Do tópico A POESIA DE LETRAS SERENAS!

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Tempestade em noite fria
Mar revolto em turbulência
Ressaca ao longo do dia
Esqueço-me em sonolência...
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Letras tombam na areia
Desfalecidas, semimortas
Vento; minh'alma serpeiteia
Recriando frases tortas...
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Intentando o lenimento
Dessa imensa agonia
Imploro ao mar turbulento:
Devolva a minha poesia...
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Lena Ferreira
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A VOZ DO POETA
A voz do poeta é muda
Quando omite o seu poema
Como um aleijão corcunda
A esconder o seu problema
A voz do poeta é fala
Quando a alma escreve
Derrama verso que cala
Ignóbias bocas em greve
A voz do poeta é grito
Quando o verso se solta
Sem alimentar conflito
O verso vai e cheio volta
Lena Ferreira
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