PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!
RecomeçoDe repente tudo vem abaixoNão há nenhuma explicaçãoDesejamos usar golpe baixoNão dar ouvidos ao coraçãoMelhor é inventar a soluçãoSempre nos dar nova chanceBuscar esperança no coraçãoIsolar de vez essa avalancheRecomeçar é sempre desafioAchar e desvendar caminhosÉ abrir o sorriso com carinhoMãos a obra e seguir em frenteSem reclamação , nada adiantaTer força de atuar calmamente!ღRaquel Ordonesღ
Amor perdidoNão posso impedirque o sol se ponha no horizonte,ou que o rio passe sob a ponte.Mas sempre há saídapara o amor em nossa vida.Das noites tristonhasrenascem os brilhos da lua.Das noites medonhasrenascem os sonhos ocultosdo passado queridorevive o amor perdido.Entre os flocos de nuvensexiste uma nesga de céupor onde contemplamos o sol.Entre as nuvens de dorsempre surge um novo amor.Joseph Dalmo
Inspiração de vidrotal um cristal minha inspiração verte hojefrágil... entocada no peitonem ousa mostrar-se!!!teme ser estilhaçadapor um toque descuidadoum grito estridente direcionadoacontece! não, que ela queiramas ela é assimnutre-se do amor, do perdãoda solidão, da paixãoda contemplaçãoe quando falta tudo? esvai-se por entre os porossem ter quem à detenhaquando escapada! voavai em busca de novos elementos[...] quem sabe um novo poetacreio sim, que ela volte, é claro!e crendo... somente declarotão raraessa inspiração de vidropedro costa
IDONEIDADE.De nada vale a beleza externa, quando o que vem de dentro, são apenas riscos que se auto-intitulam arte. E mesmo que colocados em quadros maravilhosos, com magníficas molduras e expostos no principal salão da mais aclamada galeria, ainda assim, não seriam...Dignos da multidão..Poeta Urbano
Mea CulpaMinha culpaSe me entreguei de corpo e almaSe não medi conseqüênciasSe não analisei ser lícito o que eu sentiaSe amei por todos os porosMinha culpaA dor que por vezes sentiO amor que não impediO sentimento que não sufoqueiAs sensações a que me entregueiMinha culpaO universo em que adentreiOs segredos que desvendeiOs milagres que presencieiE tudo o que ainda não seiE, sobretudo,Minha culpaO êxtase que me adentraO amor que me alimentaO olhar cúmplice que me sustentaA certeza da recíproca que me alentaO amor mútuo.Célia Sena

"Com tintas, telas e a caneta
Levo minha vida feliz
Com o tempero da alegria
E a humildade de ser sempre aprendiz." (André Anlub)
Minha Escrita II
De repouso entre um suspiro e outro
Acamado entre o amar e ser amado
Coração bate forte sendo fraco
Pensamentos voam soltos, indo alto
Minha escrita está submersa em azul anil
Com sentimentos verdadeiros e inventados
Vagueia entre o real e o senil
Persegue o concreto e o abstrato
Língua solta e comprida
Profere idiomas mal falados
E alados levam poemas declamados
Aos ouvidos que se deixam ser ungidos
Uma dor quase sempre vira escrita
Escrivaninhas, com papiros, suas penas, velhas tintas
O que não se limita, muitas vezes quer ser lido
E o que é lido no respeito não se imita.
Segue assim até nascer do branco pó
O rebento que do chão fica de pé
Que se engasga com as empáfias, o alento
Por um momento ri de todos ao redor.
André Anlub
RETRATO DE UMA VIDASou uma prostituta fabricada,Que cresce destinadaÀ vida nua e crua!Na vida, não tenho pazE sobrevivem os meus pais,Do dinheiro da minha carne nua!Tenho 16 anos de idadeE sou discriminada pela sociedadeDe toda e qualquer naçãoMas ninguém, pára e pensa,Que estou expondo-me às doenças,Com certeza, não por opção!Durmo quase sempre, às 5:00 h da manhã,Pedindo a Deus, para que minha irmã,Jamais caia nesta vida...Ter que dormir quase sempre nas ruas,As vezes, vestida, outras, nua!Dentro de si mesma, perdida!Satisfaço os prazeresEm gemidos e dizeres,Sempre que o dinheiro “corre”!E quando isso acontece,A minha carne apodreceE a minh’alma morre!Sociedade injusta!Que nos faz prostitutas,Nas esquinas do seu calçadãoPor que tanto nos discrimina,Se cada uma de nós, meninas,Fomos jogadas das suas mãos?Poeta Urbano
Dom sagradoNo princípio não lia nadaE nada me avaliaNão sabia o que algo serMuito eu via pelos cantosQuintana e suas criasNem mesmo eu sabiaQue destino iria terJá ouvi de nome LeminskiTransgressor, de fato!No início não sabia nadaQuanto indício foi me dadoPra aprender com esses mestresQue eu tenho um domSagrado...André Fernandes

Litoral
Agora me levanto ouvindo o seu cantar,
Maresias enfeitadas, vão silenciar meu espírito.
Suspira, perfume soprado, espumas brilhantes,
Bebo tal cheiro do ventinho que me atira,
Nos braços invisíveis de musa, Iara bonita,
Seu beijo um litoral de mar calmo,
Brisa que me chama me conduz aos teus braços,
E eu não nego, ventinho condutor,
Meu guia, aos braços dela, chama meu nome,
Ritmando a sedução, o batuque de suas palavras,
Um bate-bate nos meus encantos,
Minha viagem, espumas, o mar aplaude.
Chama o litoral, ventinho feitiço,
Nos encantos da musa, Iara bonita,
Caipora pierrô dança batuque, encanto do amor,
Bate palmas o mar, bate palmas o mar,
Viva, viva! Sonhada canção beira-mar!
(Rod.Arcadia)


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