PEQUENAS GRANDES PÉROLAS DA SEMANA!
VIDA & ÁGUA!Oxigênio,Hidrogênio...A vida é como água.Ventura,mágoa...Uma mistura.Às vezes puracristalina;outras tristes enredos...Água jorrandocoragense medos...Fechada na mão,escorre semprepor entre os dedos.Rui E L tavares

Ecos de palavras II
Ainda que nossas vozes fossem esquecidas pelo tempo
Ainda assim viveria falando a todos o quanto a amo
Ainda que nossa história tivesse um fim inevitável
Ainda assim não deixaria de contar mesmo efêmero te amaria.
Ainda que nossas memórias fossem apagadas pela vida
Ainda assim viveria a certeza de sua saudade, mesmo abrandadas
Ainda que a essência dure apenas pouquíssimos anos
Ainda assim seria eterno enquanto vivo, seria eternidade sentida
Ainda que fôssemos parcela de nosso criador, mesmo aqui na terra
Ainda assim seriamos anjos, feito do amor de nosso querido pai
Ainda que nosso abraço não adornasse todo o nosso carinho
Ainda assim abraçaríamos mesmo que mínimo de nosso amor
Ainda que nosso eco não retornasse e calada fosse nossa dúvida
Seria ainda a resposta de um jovem poeta no cume de minhas
Humildes palavras...
André Fernandes

TESTEMUNHA
Tendo a lua
com testemunha
e a brisa serena
da noite morna
ouvi tua declaração
sussurrada
Um 'eu te amo'
tão desenhado no ar
que até as estrelas
lá no céu, tão distantes,
puderam ouvir- silentes-
e satisfeitas, rebrilharam
Tua voz escoou mansa
pelo meu ouvido
Calei meus olhos...
Boca entreaberta,
engoli cada letra
de tua declaração
num delicado beijo
tendo a lua
como testemunha
Lena Ferreira

Noites Enluaradas
Noites enluaradas,
Dois corpos que dançam,
Bailado ritmado, valsa açucarada.
Alguém que me diz quem é o par dessa dama,
Pode ser um rei, um poeta, um encantador,
São eles a mistura de um homem só.
Esse par pode ser um gato vadio que foge,
Batucando o seu amor nos telhados da vida,
Enlaçando no seu olhar o mar de segredos da dama.
Noites enluaradas,
Dois corpos que se unem,
Bailado ritmado, valsa açucarada.
Rod.Arcadia
CREDO.Creio no infinito poder da bondadeQue reside em todo ser humanoEmbora, por conta de frivolidade,Ela seja vista como um desenganoCreio no infinito poder da bondade.Creio no infinito poder do amorQue paira sobre todo ambienteEmbora por conta de tanta dorEle seja contaminado ou silenteCreio no infinito poder do amor.Creio no infinito poder da preceQue nasce em nós, num clamor puroCreio! Creia! Deus não nos esqueceE sempre alumia o nosso escuroCreio no infinito poder da prece!.Lena Ferreira
VozesFosse ela a minha existênciaDe todos os meus devaneiosFosse ela minha reminiscênciaDe todos os sonhos e anseiosFaladas, escritas e veladasVozes a muito ditas e calmasAlgumas caladas ou atiradasOutras apenas vozes de almasFerem-nos quando elas gritamAdoçam a nos quando sussurramFalas que no dia a dia usamosEscrevemos e sempre falamosVozes minhas que a cada gestoFosse sempre voz meu de protestoAndré Fernandes
Viração do verso reversoSuave aragem adentra pela janelaTocam meus cabelos, o peito anelaNos meus versos tem sua presençaArrastada no reverso sem a licença.Quero estar ao seu lado, protegidaQuero me dar a você, razão da vidaEnvolveu a minha rua, feito viraçãoAbriu uma avenida no meu coração.Quando digo: Amo você. Acredita?Acredita, Quando digo: Amo você?Amo você, Acredita, Quando digo?Amo nos meus versos, e no reversoNão importa a ordem da expressãoImporta o pulsar, causa da emoção.ღRaquel Ordonesღ
Perfil de mulherPlena serenaencerro em mimfadas feiticeirasplebe realezaseus gozos seus risosdores gemidostradução completados sentidossíntese da femina...Eliane Thomas
OUTRA VEZPostei-me diante do espelhoTentando entender o reflexoDois tristes olhos vermelhosTiravam-me, da vida, o nexoFitei-os, atenta, bem fundoBuscando achar a respostaDas agruras desse mundoSuportar não estava dispostaFechei os olhos, abri a menteRespirei, então, serenamenteE ao abrí-los, uma luz se fezTransformou toda a vermelhidãoNum lindo azul; saí da escuridãoMinha vida teve nexo outra vez!Lena Ferreira
Na tinta escorre minha emoção
Na ponta dos meus dedos
Chora uma esferográfica
Insistente em revelar meus segredos
Em pérola de concha mais romântica.
De fato , ela não resiste
Saboreia a gostosa sensação
De caminhar nas palavras em tapete
Ornamentando minha nudez de emoção.
Despida assim me sinto frágil
A caneta rouba a palavra de forma ágil
E desenha em letra meu sentimento.
Pinta minh’alma do índigo do firmamento
Do amor que sinto por dentro, uma tela
Expõe meu imo no branco do papel e anela.
Ana Maria marques /ღRaquel Ordonesღ .
PaixãoQuero o momento perfeitode grande amor e paixãoum sei o que daquele jeitode delírio e emoçãoquero teus beijos molhadospor todo meu corpo esquecidodo lado de fora , alienadolãnguido de prazer e libidoquero teu corpo ausentepelas distãncias longíquasquero teu pulsar envolventeem minhas entranhas infinitasentão se faz essa hora encontro tão desejadoembriaguês extasiadade amor sem tempo marcado ...Eliane Thomas
Baile da Saudade.Meu vestidinho brancoComo tela nua...Rodopiava soltoPelo meio da ruaQuando vi tua mãoRepleta de cor e ilusãoDe tanto talento...me encontra.Posso ouvir a cançãoFlautas, violinos, entãoEcoaram em meu coraçãoBailamos por longos anosVinte e nove parece pouco...Pois neste baile, queridoTive a convicçãoDe que bailamos por toda a vidaAnteriores e futuras que ainda virãoSegurando tua mãoLevastes-me a mundos tantosRodopiamos em marteComemos pipoca na luaEm saturno fizemos um estrondoExpomos em Madrid e, em Londres corremos da chuvaPintamos cacos e colibrisMares tantos...Ensinaste-me a pintarCom tua paleta de sonhoBailando assim abraçadosPela cadência dos anosInfinito baile, começa...Quando a música parece pararÉ o baile da saudadeE eu quero tanto te abraçar...Márcia Poesia de Sá
MILAGRE DA VIDA.A menina passa,lívida,ao lado dos corpos,na ruacada dia,todo dia,à luz do manhã.Dura realidadeno pobre café da manhã,sem jornais.A notíciaà sua porta,coberta com jornais.A menina cresce,incólume,ao lado das luzes,sirenes,cada dia,todo dia,toda hora.Milagre da vidaque dança nos palcos,nas ruasa menina vive estampada nos jornais.Amélia de Morais

Reinício
Folhas velhas
Jogadas no chão
E a lua míngua
lá no céu:
É outono!
O menino
Sentado na ponte
Vê no rio, redemoinhos
Barquinho de papel
Seguindo seu caminho.
Clayton Pires

és tão amada
Pois merecem seus olhos
O meu mundo
Pela forma delicada
Que te cuidas
és tão mulher
Pela forma que caminhas
Assim parece ser despreocupada
Mas engana ao abrir a boca, e me cala
és tão amada
Pois faz de mim homem
Confuso feito criança
Buscando conhecer o mistérios
Que habitam em seu coração
Clayton Pires

Fiz-te um templo em mim
Fiz-te um templo em mim,
Para adorarem-te os poemas,
Os meus versos todos.
Fiz-te deles, musa,
Pás de encherem abismos.
Pés de andarem distâncias.
Fiz-te um templo, em mim,
Para adornarem-te os poemas,
Os meus versos, toldos.
Fiz-te deles, chuva.
Pós de encherem tempo,
Mãos que amarrem fios.
Fiz-te um tempo em mim.
A.R.S.

A ÁGUIA
Hoje não escrevo mais
Tanto quanto escrevia
Porque não que empurrar
Asneiras por poesias
Hoje eu não leio mais
Coisas que outrora lia
Meu saco já não tem mais
Espaço para porcaria
Hoje sou mais seleto
E não gero mais qualquer cria
Um filho? Só por amor
Só assim vejo valia
Amanhã já decidi
Só compro na garantia
Pois hoje sou mais seleto
Sou águia, sou uma harpia
ISAÍAS GRESMÉS
POR ONDE ANDEIEstive andando por aíVisitando estrelasFlutuei nas copas das árvoresE vi as mais belasSubi nas cores do arco írisGostei da amarelaSurfei nas ondas dos riosQue coisa singela...!Pulei de sonho em sonhoSem porta ou janelaAtravessei dimensõesCriei aquarelasDesenhei um por do solFui pintor e telaInvadi muitos castelosLibertei donzelasInventei naves de ventoViajei por elasVenci a velocidade da luzFui mais luz que elaConstruí um universoDestruí as celasNão acreditam no que digo?Então por que dão trela?LCPVALLELeito
Meu leito é calmo é o cantinho
Absurdamente belo de um poeta
A nascente eclode esparrama
Feito poesia em água se derrama
E no sossego de meus pensamentos
Acalma, deita e alvo se inflama
E dorme, feito a placidez...
No leito o abraço de um rio
De águas plácidas
Igual verso verdadeiramente
Cantado, cujo tálamo
Deságua em rimas
Em meu berço.
André Fernandes
ESTE AMAR SÓ NOSSO
Quando nos descobrimos amando,
nas manchetes de jornais,
anúncios classificados,
panfletos urbanos,
nas mensagens zodiacais;
sabíamos a tantas eras;
era outono em nós;
amor discernido, insano,
interminável espera,,
decoramos beijos,
em lições sensuais,
navegamos no infinito,
oceano mais bonito.
Construimos castelo,
Tingimos de brilho,
pigmentos astrais.
Semeamos nosso alimento,
em grão, fértil semente,
lavamos água, de beber,
somos complementos
a se completar totalmente.
dueto ímpar, somente,
que de melhor possa haver.
Amor atemporal, atípico, ardente,
Querer consistente, consciente;
Nos vimoss na chuva de estrelas,
No primeiro sol matinal,
Vê-la,
foi fato, fácil, fatal;
Nunca a tinha visto,
mas te amava
Presente maior,
que conquisto,
na seara da vida,
Saara e mar,
Amar que não sara
aliança bendita.
[gustavo drummond]

Perda
A solidez de todo instante
de repente frágil se torna
vítima de tanta agonia
que tudo satura e transborda
tormento ... parece tortura...
a quem cabe tôda a culpa?
indiferença , estranho amargor
desgaste do que não foi
Constata-se a frenética procura
de buscada felicidade
que às vêzes se faz tão presente
passa despercebida , a realidade !
( que não é mais...! )
Eliane Thomas.
Te procureiPelos campos da poesiate procureiinspirações passaramcorrendocomo gordas ovelhinhasPelos desertos do devaneiote perseguialados versos zuniramvelozescomo falcões audazesPelas estradas coloridaste aceneimuitas canções soarambonitascomo doces saudaçõesPelos tons do universote encanteidelirantes fadinhas voaramfelizescomo arautos da paixãoPelos céus dos amoreste conquisteiemoções dançaramvalsandocomo senhoras dos salões Anorkinda
Lágrimas de cristalLá fora na neveBrinca a meninaCom seu vestido leveE pensamentos soltosLá fora na neveCanta a meninaA melodia de amorPara o mundoE em seus olhosTransparentesGuarda as gotasSolidas de cristalLá fora na neveProcura uma chamaQue pra vida te leve Clayton Pires
Bagagem
Não corro atrás de sonhos
Levo no bolso
Um lembrete
Que me compromete
A eternidade
Clayton Pires

POESIA QUE VEM DO NORTE
Daqui do alto, tão distante
e tão perto dos poetas
minha poesia jamais descansa,
ela clama, reclama, derrama
seus versos para o sul,
sudeste, nordeste
quem sabe até para o norte,
mais alto que minha fronteiras,
quem sabe até para o espaço
onde os anjos a cantarão.
Amélia de Morais

Poesia nua
Como uma poesia que nasce sem roupa
Que ao longo de nossa existência
Vestimos com o carinho de nossos versos
Jamais deixarei despido de sentido
A essência que emana dentro
De minha veia...
André Fernandes

Ser poeta
Já fui declarado tal...
Talvez apenas em um momento
Já fui destacado como “Ser”
Mas o poeta que há de me ser
A cada dia, a cada instante
Nasce pra aprender
Se hoje sou esse tal que me dizem ser
Amanhã serei mais que isso
Serei apenas um que diz
Ser poeta!
É aprender ser...
André Fernandes
