PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!
VISITA INESPERADA
Creia-me... Eu não sou triste!
Apenas, me deixei ser visitada
Por um sopro que não existe...
Mas suga almas abandonadas!
Ele apaga cruel, meu sorriso,
Faz-me abrigo e sua morada,
Tira-me o ar que eu preciso,
Diz que viver não vale nada!
Minha alma fica então, assim,
Tão ilogicamente amargurada,
Que se esvai e some de mim...
E nem entende o meu desgosto!
Queria minha alegria resgatada
E o riso de volta ao meu rosto!
Telma Moreira
Sabe poesia?
Quando leio a mim...
Penso não ser eu quem
A te escrevi!
É coisa de outro mundo
Esse ser humano apenas
Caminha com a poesia
Ao seu lado.
É como se fosse um instrumento
Algo que foge de tudo
E de mim...
Lendo sempre a mim
Imagino... Fui eu?
André Fernandes
Quando leio a mim...
Penso não ser eu quem
A te escrevi!
É coisa de outro mundo
Esse ser humano apenas
Caminha com a poesia
Ao seu lado.
É como se fosse um instrumento
Algo que foge de tudo
E de mim...
Lendo sempre a mim
Imagino... Fui eu?
André Fernandes
Duas polaridades
Mesmo que tudo esteja perfeito,
o corpo responda do certo jeito...
Mesmo que entre você e eu,
o amor seja o santo caduceu...
Mesmo que sejamos maestros
em nossa sinfonia de carícias...
Mesmo que estejamos destros
em deliciosas e novas malícias...
Ainda assim a criatura está só
em suas íntimas percepções
e suas próprias concepções...
Ainda que a paixão dê um nó,
seguimos particularidades
satisfeitas em polaridades
Anorkinda
Mesmo que tudo esteja perfeito,
o corpo responda do certo jeito...
Mesmo que entre você e eu,
o amor seja o santo caduceu...
Mesmo que sejamos maestros
em nossa sinfonia de carícias...
Mesmo que estejamos destros
em deliciosas e novas malícias...
Ainda assim a criatura está só
em suas íntimas percepções
e suas próprias concepções...
Ainda que a paixão dê um nó,
seguimos particularidades
satisfeitas em polaridades
Anorkinda
VERSOS-ESPECTROS
Versos escritos quando dormia,
me acordam na madrugada
decadente,
parecem me ler com o olhar,
agudo, oxidante.
Paranóia? Heresia?
Alucinação exasperada,
apenas.
Um incauto instante
de insensatez,
Conflito exterior.
Atrito de personalidades,
Apêgo exarcebado,
Subjetivo amor.
Versos explicítos, em revoada,
De mãos dadas,
Voam soltos,
para o norte magnético,
Bando de ingratos,
almas desgarradas,
sem senso ético,
desleais, pérfidos
comeram no mesmo prato,
onde agora cospem.
Versos inscritos no caos,
apagados da memória,
desbotados, lívidos,
sem nunca existirem,
foram vivos,
numa ilusão que inventei,
Sem história,
Histéricos,
Herméticos,
Homogêneos,
Homônimos,
Sem pátria,
madrasta,
Párias
do sem fim.
[gustavo drummond]
Versos escritos quando dormia,
me acordam na madrugada
decadente,
parecem me ler com o olhar,
agudo, oxidante.
Paranóia? Heresia?
Alucinação exasperada,
apenas.
Um incauto instante
de insensatez,
Conflito exterior.
Atrito de personalidades,
Apêgo exarcebado,
Subjetivo amor.
Versos explicítos, em revoada,
De mãos dadas,
Voam soltos,
para o norte magnético,
Bando de ingratos,
almas desgarradas,
sem senso ético,
desleais, pérfidos
comeram no mesmo prato,
onde agora cospem.
Versos inscritos no caos,
apagados da memória,
desbotados, lívidos,
sem nunca existirem,
foram vivos,
numa ilusão que inventei,
Sem história,
Histéricos,
Herméticos,
Homogêneos,
Homônimos,
Sem pátria,
madrasta,
Párias
do sem fim.
[gustavo drummond]
Rimas
As musas namoram as rimas
São como beijo de namoradas
Ou como lutas de esgrimas
Não são apenas falas rimadas
Nos papéis são simples ou cultos
Palavras escritas no ato da cria
As linhas somente versos incultos
Pobres ou ricas que a nós criaria
Guardo meu acervo de canções
Escritas e falas que tanto aclamo
Cantam serenos em seus corações
Aclamada ode que dito declamo
Gritam com força som dos pulmões
Soprando rimas em poemas que amo
André Fernandes
As musas namoram as rimas
São como beijo de namoradas
Ou como lutas de esgrimas
Não são apenas falas rimadas
Nos papéis são simples ou cultos
Palavras escritas no ato da cria
As linhas somente versos incultos
Pobres ou ricas que a nós criaria
Guardo meu acervo de canções
Escritas e falas que tanto aclamo
Cantam serenos em seus corações
Aclamada ode que dito declamo
Gritam com força som dos pulmões
Soprando rimas em poemas que amo
André Fernandes
Depois do amanhã
Depois do amanhã
a rotina desperta de manhã
você recupera o afã
e maquia-se tal qual flor louçã
Depois do final feliz
a vida segue por um triz
você disfarça a cicatriz
e orna-se tal qual flor-de-lis
Depois das utopias
a realidade segue vazia
se você negligencia
e abandona-se tal qual flor em apatia
Anorkinda
Depois do amanhã
a rotina desperta de manhã
você recupera o afã
e maquia-se tal qual flor louçã
Depois do final feliz
a vida segue por um triz
você disfarça a cicatriz
e orna-se tal qual flor-de-lis
Depois das utopias
a realidade segue vazia
se você negligencia
e abandona-se tal qual flor em apatia
Anorkinda
POESIA! GRITO DA ALMA!
Quando, em noites frias,
minha alma solitária
desesperada, gemia
Ofereci-lhe uma saída
nas pontas das canetas,
coloridas tintas, escrevia
Saíam-me versos-soluços,
gritos surdo-mudos,
escoamento na poesia!
Anorkinda
Quando, em noites frias,
minha alma solitária
desesperada, gemia
Ofereci-lhe uma saída
nas pontas das canetas,
coloridas tintas, escrevia
Saíam-me versos-soluços,
gritos surdo-mudos,
escoamento na poesia!
Anorkinda
Teu corpo ........meu monumento !
O teu corpo me vicia
Ele tem algo que é diferente
místico e envolvente
Água da fonte que sacia.
É gostoso teu abraço
Eletriza meus desejos
É como droga , leva-me ao espaço
Em dose de licor jenipapo perco os sentidos.
Minha vida
renascida
Em teu ser - Agora é tua.
O seu corpo - é a vontade de ficar
É meu porto seguro
É minha parada obrigatória de amar.
Ana Maria Marques
O teu corpo me vicia
Ele tem algo que é diferente
místico e envolvente
Água da fonte que sacia.
É gostoso teu abraço
Eletriza meus desejos
É como droga , leva-me ao espaço
Em dose de licor jenipapo perco os sentidos.
Minha vida
renascida
Em teu ser - Agora é tua.
O seu corpo - é a vontade de ficar
É meu porto seguro
É minha parada obrigatória de amar.
Ana Maria Marques
Sol do meio dia!
Os raios do sol queimam
Os pés descalços teimam
O chão aquecido fere.
A pele forte resiste
A caminhada insiste
É longo o percurso
Persiste o coração valente
Sob a luz do sol quente
É preciso chegar!
ღRaquel Ordonesღ
Os raios do sol queimam
Os pés descalços teimam
O chão aquecido fere.
A pele forte resiste
A caminhada insiste
É longo o percurso
Persiste o coração valente
Sob a luz do sol quente
É preciso chegar!
ღRaquel Ordonesღ
Reta
Existem retas que nos levam distantes
Versos que nos levam a caminhos errantes
Algumas leves outras delirantes
Dessa forma retas nos formam poetas
Marcantes...
Existem diretas ou indiretas longas linhas
Ruas retilíneas que nos fazem sumir
Mas das minhas faço curvas desenhadas
Não são retas nem são longas setas
Somente um poeta, que fez delas
Suas carinhosas metas...
André Fernandes
Existem retas que nos levam distantes
Versos que nos levam a caminhos errantes
Algumas leves outras delirantes
Dessa forma retas nos formam poetas
Marcantes...
Existem diretas ou indiretas longas linhas
Ruas retilíneas que nos fazem sumir
Mas das minhas faço curvas desenhadas
Não são retas nem são longas setas
Somente um poeta, que fez delas
Suas carinhosas metas...
André Fernandes
ENTRE OS LÁBIOS
Por vezes ele é esperado, planejado
Em outras é simplesmente roubado
E quando ele é recíproco
Algo mais forte faz o raciocínio
Perder seu domínio
E o que se sente é simplesmente emoção...
Quando as bocas se juntam
E o desejo sede espaço aos lábios
Que se tocam em ardente paixão
Tudo perde seu sentido
E o mundo em volta é despercebido
Já não há mais tempo nem razão...
O que importa é o momento
A sincronia entre o toque e a respiração
Mas que ofegante respiração
Tão constante quanto ao ritmo do coração
E os mais puros dos beijos
Marca ocasiões...
Léo Messias
Por vezes ele é esperado, planejado
Em outras é simplesmente roubado
E quando ele é recíproco
Algo mais forte faz o raciocínio
Perder seu domínio
E o que se sente é simplesmente emoção...
Quando as bocas se juntam
E o desejo sede espaço aos lábios
Que se tocam em ardente paixão
Tudo perde seu sentido
E o mundo em volta é despercebido
Já não há mais tempo nem razão...
O que importa é o momento
A sincronia entre o toque e a respiração
Mas que ofegante respiração
Tão constante quanto ao ritmo do coração
E os mais puros dos beijos
Marca ocasiões...
Léo Messias
Pobre leitor inocente
Há poemas criados de pura catarse, eles não fazem muito sentido mesmo... Muitas vezes começam como brisa e viram ventania na mente do poeta, bagunçando todas as folhas que a faxineira, atentamente havia arrumado no dia anterior...
Das folhas já escritas, desprendem-se as frases e em saltos acrobáticos pulam no tal dito, poema...esbarrando umas nas outras como jogo de dominó...é um nó...
Fico a pensar, em quantas vezes o próprio escritor se lê e pouco compreende... Tem apenas na memória o cheiro de algumas linhas, e algumas “poucas” palavras realmente podem ser digeridas pelos olhos dele, Só os dele!
E o poema sai assim embolando ladeira abaixo, como feno em filme de bang-bang americano
Coitadinho do pobre leitor desavisado que não conhece a loucura do poeta... Pensa, repensa... lê e imagina...como ele é inteligente!
Sem saber que poeta é tudo louco...escreve de tudo um pouco, e em nada se segura...abre a janela com força, e da alma desses seres sempre voam poesia. Se com verdade ou fantasia?
Bem, isso depende do dia!
Márcia Poesia de Sá
Há poemas criados de pura catarse, eles não fazem muito sentido mesmo... Muitas vezes começam como brisa e viram ventania na mente do poeta, bagunçando todas as folhas que a faxineira, atentamente havia arrumado no dia anterior...
Das folhas já escritas, desprendem-se as frases e em saltos acrobáticos pulam no tal dito, poema...esbarrando umas nas outras como jogo de dominó...é um nó...
Fico a pensar, em quantas vezes o próprio escritor se lê e pouco compreende... Tem apenas na memória o cheiro de algumas linhas, e algumas “poucas” palavras realmente podem ser digeridas pelos olhos dele, Só os dele!
E o poema sai assim embolando ladeira abaixo, como feno em filme de bang-bang americano
Coitadinho do pobre leitor desavisado que não conhece a loucura do poeta... Pensa, repensa... lê e imagina...como ele é inteligente!
Sem saber que poeta é tudo louco...escreve de tudo um pouco, e em nada se segura...abre a janela com força, e da alma desses seres sempre voam poesia. Se com verdade ou fantasia?
Bem, isso depende do dia!
Márcia Poesia de Sá
Sedução
Jamais digo não
A um pedido teu
Pra mim é uma ordem
que merece toda minha atenção
Trato este pedido
Com a maior prioridade
E fico seduzido
Em compartilhar teu sorriso
É preciso ter sensibilidade
Pra não te deixar constrangida
Pois não posso perder a oportunidade
De te conquistar minha querida.
Joseph Dalmo
Jamais digo não
A um pedido teu
Pra mim é uma ordem
que merece toda minha atenção
Trato este pedido
Com a maior prioridade
E fico seduzido
Em compartilhar teu sorriso
É preciso ter sensibilidade
Pra não te deixar constrangida
Pois não posso perder a oportunidade
De te conquistar minha querida.
Joseph Dalmo
SOU EU?
Sou sim, de fato,
O meu último ato
Quase perdido...
Sou eu um deserto
De rumo incerto
No vazio esquecido...
Sou ainda pequena
Na anciã plena
Que crê na vida...
Sou o sorriso triste
Do amor que insiste
Em abrir a ferida...
E sou eu que digo
Ainda crer no amigo
Pra não morrer só!
Telma Moreira
Sou sim, de fato,
O meu último ato
Quase perdido...
Sou eu um deserto
De rumo incerto
No vazio esquecido...
Sou ainda pequena
Na anciã plena
Que crê na vida...
Sou o sorriso triste
Do amor que insiste
Em abrir a ferida...
E sou eu que digo
Ainda crer no amigo
Pra não morrer só!
Telma Moreira
VIDA MINHA
Eu aprendi bem mais...
Com o silêncio dos seus olhos e a simplicidade dos seus olhares; com a beleza dos seus lábios e a naturalidade dos seus sorrisos; com a inverbalidade das suas mãos e a linguagem dos seus toques; com leveza em seu ser e a precisão em seus movimentos; com a sensualidade em sua voz e a conveniência e exatidão em suas palavras...
Do que em todo o estudo e ciência da minha vida.
Poeta Urbano
Eu aprendi bem mais...
Com o silêncio dos seus olhos e a simplicidade dos seus olhares; com a beleza dos seus lábios e a naturalidade dos seus sorrisos; com a inverbalidade das suas mãos e a linguagem dos seus toques; com leveza em seu ser e a precisão em seus movimentos; com a sensualidade em sua voz e a conveniência e exatidão em suas palavras...
Do que em todo o estudo e ciência da minha vida.
Poeta Urbano
NÃO HÁ...
Não há amor tão verdadeiro
Tampouco dor tão forte
Nem orgulho ou preconceito
Que não padeça diante a morte
Não há ser por mais belo
Que não pereça perante o tempo
Nem sonho grandioso ou singelo
Materializado só de pensamentos
Não tempestade tão forte
Que oculte a luz após ela
Aquilo que nos é feio
Pra outro, já é a coisa mais bela
Não há flor por mais simples
Que não fascine uma abelha
Muitas das grandes catástrofes
Surgiram d’uma ínfima centelha
Não há religião que salve
Aquele que a fé perdeu
Aquele que não trilha à luz
Aquele que não serve a Deus.
Poeta Urbano
Não há amor tão verdadeiro
Tampouco dor tão forte
Nem orgulho ou preconceito
Que não padeça diante a morte
Não há ser por mais belo
Que não pereça perante o tempo
Nem sonho grandioso ou singelo
Materializado só de pensamentos
Não tempestade tão forte
Que oculte a luz após ela
Aquilo que nos é feio
Pra outro, já é a coisa mais bela
Não há flor por mais simples
Que não fascine uma abelha
Muitas das grandes catástrofes
Surgiram d’uma ínfima centelha
Não há religião que salve
Aquele que a fé perdeu
Aquele que não trilha à luz
Aquele que não serve a Deus.
Poeta Urbano
Saudade noturna
A noite em seu silêncio, é minha conivente
Remoendo uma saudade que tenho em mim
Me faz rememorar, vejo o filme nitidamente
Um vídeo clipe colorido, do começo ao fim.
Vejo um retângulo no chão, feito de claridade
A lua entra e improvisa os contornos da janela.
Sentada no chão assiste comigo minha saudade
Às vezes suas lágrimas borram sua cor amarela.
Meus olhos lacrimejados ofuscam com sua luz
Por horas me transporto para o passado, enfim
É um amor tão aberto que ainda hoje me seduz.
O sono entra sem ao menos pedir autorização
A claridade lá fora permanece na noite, a lua
Meus olhos se fecham e o filme vira escuridão.
ღRaquel Ordonesღ
A noite em seu silêncio, é minha conivente
Remoendo uma saudade que tenho em mim
Me faz rememorar, vejo o filme nitidamente
Um vídeo clipe colorido, do começo ao fim.
Vejo um retângulo no chão, feito de claridade
A lua entra e improvisa os contornos da janela.
Sentada no chão assiste comigo minha saudade
Às vezes suas lágrimas borram sua cor amarela.
Meus olhos lacrimejados ofuscam com sua luz
Por horas me transporto para o passado, enfim
É um amor tão aberto que ainda hoje me seduz.
O sono entra sem ao menos pedir autorização
A claridade lá fora permanece na noite, a lua
Meus olhos se fecham e o filme vira escuridão.
ღRaquel Ordonesღ
Simplesmente(mente)
.
A poesia amordaçada
não tem senso, nem sentido
é como uma corda no pescoço
do poeta, com seu verso proibido...
.
Poetar não é regra de três
é muito mais que discutir filosofia
é ter na mente a vastidão
da amplidão no pensar do dia a dia...
.
Um verso a esmo, só bate, não ressoa
é que verso preso não ecoa
simplesmente(mente)...
porque um poeta tolhido, não voa.
.
Marçal Filho
.
A poesia amordaçada
não tem senso, nem sentido
é como uma corda no pescoço
do poeta, com seu verso proibido...
.
Poetar não é regra de três
é muito mais que discutir filosofia
é ter na mente a vastidão
da amplidão no pensar do dia a dia...
.
Um verso a esmo, só bate, não ressoa
é que verso preso não ecoa
simplesmente(mente)...
porque um poeta tolhido, não voa.
.
Marçal Filho
Segredos
Eu tento te contar, Maria
Tenho medo dos olhos
Das horas, dos sinaleiros.
Tenho medo, Maria
As máscaras
Nas vitrines e nas praças,
São falsas e falam.
Eu tenho medo, Maria
Dessa mania
De amar intensamente
E cuidar sem esperar
As palavras, que mentem.
Eu tento te contar maria,
Dos meus segredos
Mas meus pulmões
Vivem encharcados
Pesando, tremendo
E engolindo sonhos
Eu tenho medo, maria.
Clayton Pires
Eu tento te contar, Maria
Tenho medo dos olhos
Das horas, dos sinaleiros.
Tenho medo, Maria
As máscaras
Nas vitrines e nas praças,
São falsas e falam.
Eu tenho medo, Maria
Dessa mania
De amar intensamente
E cuidar sem esperar
As palavras, que mentem.
Eu tento te contar maria,
Dos meus segredos
Mas meus pulmões
Vivem encharcados
Pesando, tremendo
E engolindo sonhos
Eu tenho medo, maria.
Clayton Pires
Equívoco
Apaixonou-se pela minha arte?
Digo- lhe num cochicho à parte
Já não me perduro em exposições
Não sou tela para abate
Nem ranhura de textura
Cara dura, vã beleza
Eu não sou a arte pura
Não sou suave nem brilhante
Ando de espadas na rua
Vassoura, ficou escondida
Na fogueira da bravura
Não sou o mais denso papel
Estrago na aquarela
Destaco as fibras insanas
Que pintas, a luz de velas
Já não sei se fui poesia
Se um dia eu rimei
Não sou verso, sou controverso
Confusas linhas, criei
Sou o berro da criança
Abandonada da vida
O estilhaço do carro
Jogado La na avenida
Apaixonou pela arte?
Permita-me fazer um adendo
Guarde tudo meu, ai dentro...
Pois meu coração já morreu
O que há lá é uma rocha
De granito escurecida
Baforadas destas idas
Ilhas tantas de Romeu
Ele já não ama nada
Como disse...
Não sou arte
Pois a arte...
Enlouqueceu
Márcia Poesia de Sá
Apaixonou-se pela minha arte?
Digo- lhe num cochicho à parte
Já não me perduro em exposições
Não sou tela para abate
Nem ranhura de textura
Cara dura, vã beleza
Eu não sou a arte pura
Não sou suave nem brilhante
Ando de espadas na rua
Vassoura, ficou escondida
Na fogueira da bravura
Não sou o mais denso papel
Estrago na aquarela
Destaco as fibras insanas
Que pintas, a luz de velas
Já não sei se fui poesia
Se um dia eu rimei
Não sou verso, sou controverso
Confusas linhas, criei
Sou o berro da criança
Abandonada da vida
O estilhaço do carro
Jogado La na avenida
Apaixonou pela arte?
Permita-me fazer um adendo
Guarde tudo meu, ai dentro...
Pois meu coração já morreu
O que há lá é uma rocha
De granito escurecida
Baforadas destas idas
Ilhas tantas de Romeu
Ele já não ama nada
Como disse...
Não sou arte
Pois a arte...
Enlouqueceu
Márcia Poesia de Sá
QUANDO SERÁ
no meu peito
o vazio
cadê aquele preencher
de você
o tempo é infindo
mas, escorre entre meus dedos
questiono o mar, as estrelas
quero explicações
não encontro-as
por que elas se calam
diante da tua ordem
tu, musa minha
onde escondestes
o meu agir
devolve os meus sentimentos
a minha inspiração
rogo à ti, senhora suprema
me dê esperanças...
onde habitas tu
e o meu amor
que foi embora contigo?
n'alguma constelação?
quem sabe
terei resposta um dia
[...]
quando será... ???????
pedro costa
no meu peito
o vazio
cadê aquele preencher
de você
o tempo é infindo
mas, escorre entre meus dedos
questiono o mar, as estrelas
quero explicações
não encontro-as
por que elas se calam
diante da tua ordem
tu, musa minha
onde escondestes
o meu agir
devolve os meus sentimentos
a minha inspiração
rogo à ti, senhora suprema
me dê esperanças...
onde habitas tu
e o meu amor
que foi embora contigo?
n'alguma constelação?
quem sabe
terei resposta um dia
[...]
quando será... ???????
pedro costa
Vastidão
E cresce um vazio, e dentro há!
O silencio absurdamente sombrio
E desce! Feito lágrima e a cairá
Ferirá a dor do silêncio febril!
A vastidão sela o nome é solidão
É buraco seja qual for sua forma
Deveras sim é sombra na imensidão
Que o solitário causa e a deforma
O mar é imenso, é azul e navegável
Mas torna inquieto e bravo afunda
O poeta é intenso, escrever ser amável
Mas vê formar palavras que inunda
Quando dada a prova... És infindável
Imenso, sentido, sólido verso que oriunda
André Fernandes
E cresce um vazio, e dentro há!
O silencio absurdamente sombrio
E desce! Feito lágrima e a cairá
Ferirá a dor do silêncio febril!
A vastidão sela o nome é solidão
É buraco seja qual for sua forma
Deveras sim é sombra na imensidão
Que o solitário causa e a deforma
O mar é imenso, é azul e navegável
Mas torna inquieto e bravo afunda
O poeta é intenso, escrever ser amável
Mas vê formar palavras que inunda
Quando dada a prova... És infindável
Imenso, sentido, sólido verso que oriunda
André Fernandes
Afinidades
Almas afins
estão sempre unidas
lado a lado
frente a frente
mãos dadas
ou ainda que jamais
se toquem
neste espaço
ou neste tempo
não importa
sempre haverá
um fio invisível
a enlaçá-las
e um leve sobressalto
nos roçares
e nos pressentimentos
Helenice Priedols
Almas afins
estão sempre unidas
lado a lado
frente a frente
mãos dadas
ou ainda que jamais
se toquem
neste espaço
ou neste tempo
não importa
sempre haverá
um fio invisível
a enlaçá-las
e um leve sobressalto
nos roçares
e nos pressentimentos
Helenice Priedols
VISITA INESPERADA
Creia-me... Eu não sou triste!
Apenas, me deixei ser visitada
Por um sopro que não existe...
Mas suga almas abandonadas!
Ele apaga cruel, meu sorriso,
Faz-me abrigo e sua morada,
Tira-me o ar que eu preciso,
Diz que viver não vale nada!
Minha alma fica então, assim,
Tão ilogicamente amargurada,
Que se esvai e some de mim...
E nem entende o meu desgosto!
Queria minha alegria resgatada
E o riso de volta ao meu rosto!
Telma Moreira
Por qualquer caminho...
Eu que ando tanto
e tanto já andei
Eu que ainda muito andarei...
Eu que já caminhei por estradas erradas
cai em valas, debrucei em barrancos
e aos trancos por elas passei...
Eu que já percorri lugares lindos
e o mundo atravessei
Eu que já sai sem rumo
e por pouco não voltei...
Eu hoje dou meus passos firmes
e com cautela olho por onde pisarei
Eu que finjo ter todo este cuidado
mas na verdade me deixo mesmo é ser
pelo vento
levado...
Léo Messias
Eu que ando tanto
e tanto já andei
Eu que ainda muito andarei...
Eu que já caminhei por estradas erradas
cai em valas, debrucei em barrancos
e aos trancos por elas passei...
Eu que já percorri lugares lindos
e o mundo atravessei
Eu que já sai sem rumo
e por pouco não voltei...
Eu hoje dou meus passos firmes
e com cautela olho por onde pisarei
Eu que finjo ter todo este cuidado
mas na verdade me deixo mesmo é ser
pelo vento
levado...
Léo Messias
Espera
Ao pé das páginas que escrevo,
sob um traço,
encontra-se sempre impresso
o meu nome...
A levantar suspeitas de que
escuto a fala de tua boca.
Sei que isso corresponde
a esperar que o tempo
engendre meio de diminuir
a distância...
E o peso de uma realidade.
Mas, tudo, não é isto...
Que se pode ler esperado
em meus papéis!
É que o amor revela-se
de golpe à nossa alma,
apenas parecendo
o que se pode dizer
de parecido sobre ele.
Que eu tomo nota...
Lendo a tua,
parada diante da minha!
Não é estranho, portanto,
que eu te espere chegar!
Nem é por acaso que faço
duvidarem do que trago,
quando chegas,
para cima do meu traço...
Suspeito, inclusive,
de estar inserido
em tua esperança.
_________
Gui Bassalo
Ao pé das páginas que escrevo,
sob um traço,
encontra-se sempre impresso
o meu nome...
A levantar suspeitas de que
escuto a fala de tua boca.
Sei que isso corresponde
a esperar que o tempo
engendre meio de diminuir
a distância...
E o peso de uma realidade.
Mas, tudo, não é isto...
Que se pode ler esperado
em meus papéis!
É que o amor revela-se
de golpe à nossa alma,
apenas parecendo
o que se pode dizer
de parecido sobre ele.
Que eu tomo nota...
Lendo a tua,
parada diante da minha!
Não é estranho, portanto,
que eu te espere chegar!
Nem é por acaso que faço
duvidarem do que trago,
quando chegas,
para cima do meu traço...
Suspeito, inclusive,
de estar inserido
em tua esperança.
_________
Gui Bassalo
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