POETISA CÉLIA SENA!
Mar de Amor
Quisera eu amar
Amar como se o mar fosse
Amar de um amor profundo
Amar além da vida
Sentir além do mundo.
E eis que o amor chega
Me encontra e me deixa tonta
Tonta de amor
Amor que cega e cala
Fala e exala sentidos e desejos
Ondas revoltas
De odores e sensações.
Mar de amor
Águas ora mansas
Ora tempestuosas.
Cabeça, corpo e coração
Em correntezas distintas
Seguindo direções opostas:
Mar adentro, oceano ou costa
E assim deixo de ser eu
Deixo de ser um ser.
Sou sua como se nada fosse.
Sem saber enfim, o que é de mim
Vou ao fundo desse mar
Mar de amor profundo
Mar que me toma
E me torna nada.
Nada que a correnteza leva
Leve como a brisa
Breve como a bruma
Mas, repleta de amor
Encharcada de mar
E amar...
Célia Sena
Morgue
É impossível vencer uma luta
Na qual não se conhece as regras.
Nem posso dizer que nadei e morri na praia
Eu apenas nadei contra a correnteza
E fui arrastada de volta.
Agora sou um corpo inerte
Esperando a morte chegar.
Meu Deus...
Permita que depois disso tudo
Eu ainda consiga ser eu.
Permita que depois da tempestade
Eu ainda consiga me encontrar
Embaixo desse mar de lama.
Que meus olhos ainda possam
Enxergar o que é belo,
Que meus ouvidos consigam ouvir sussurros,
Que minhas mãos possam
Sentir o calor que por hora, não existe mais.
Sou como um corpo estirado no mármore
Sem vida
Sem alma
Célia Sena
Quisera eu amar
Amar como se o mar fosse
Amar de um amor profundo
Amar além da vida
Sentir além do mundo.
E eis que o amor chega
Me encontra e me deixa tonta
Tonta de amor
Amor que cega e cala
Fala e exala sentidos e desejos
Ondas revoltas
De odores e sensações.
Mar de amor
Águas ora mansas
Ora tempestuosas.
Cabeça, corpo e coração
Em correntezas distintas
Seguindo direções opostas:
Mar adentro, oceano ou costa
E assim deixo de ser eu
Deixo de ser um ser.
Sou sua como se nada fosse.
Sem saber enfim, o que é de mim
Vou ao fundo desse mar
Mar de amor profundo
Mar que me toma
E me torna nada.
Nada que a correnteza leva
Leve como a brisa
Breve como a bruma
Mas, repleta de amor
Encharcada de mar
E amar...
Célia Sena
Morgue
É impossível vencer uma luta
Na qual não se conhece as regras.
Nem posso dizer que nadei e morri na praia
Eu apenas nadei contra a correnteza
E fui arrastada de volta.
Agora sou um corpo inerte
Esperando a morte chegar.
Meu Deus...
Permita que depois disso tudo
Eu ainda consiga ser eu.
Permita que depois da tempestade
Eu ainda consiga me encontrar
Embaixo desse mar de lama.
Que meus olhos ainda possam
Enxergar o que é belo,
Que meus ouvidos consigam ouvir sussurros,
Que minhas mãos possam
Sentir o calor que por hora, não existe mais.
Sou como um corpo estirado no mármore
Sem vida
Sem alma
Célia Sena
Nenhum comentário:
Postar um comentário