PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!
* * * * * *
PRETÉRITO IMPERFEITO
Ah...Se ele soubesse ler a essência minha
se soubesse dispersaria a maresia;
gotículas de amarguras, densa e fria
e aconchegando-me ao seu peito, diria
-serei navegante em seu mar, constante
(...)
Ah...Se ele quisesse eu não seria minha
e se quisesse, definitivo, me despediria
dessa arrogante senhora; Agonia
que me entorpeceu-eu não mais sentiria
essa insiste enormidão em dor cortante
(...)
Ah...Se ele dissesse: Vem! Sê somente minha!
se sussurrasse ao meu ouvido, me lançaria
na imensidão dos desejos contidos; arderia
em suas rede-braços, minha alma entregaria
levaria à eternidade a imagem desse instante..
(Lena Ferreira)
* * * *
Sonata e silêncio
Febril em enlevo de amor
universal amor, vida nova
A canção começou, vibrou
delírio voo adormecido
Gentil nota do puro amor
imortal amor, à prova
A música me levou, soou
retiro pré-concebido
Sonata solitária
minha mensagem
interplanetária
Silêncio final
minha imagem
te segue no astral
Anorkinda
* * * *
AO LEITOR
Louvo os versos de todo dia
que a alma poética alimenta
pão para o poeta - a poesia
é água para a boca sedenta-
Louvo poemas de nostalgia
de amor, que o peito arrebenta
louvo e com imensa euforia
o poeta primeiro que tenta
Encantar com seu belo canto
aos leitores -atentos- a ver
tudo o que sua alma carrega
Encantada, eu louvo um tanto
ao sensível disposto a ler
-só com alma, olhos enxergam-
(Lena Ferreira)
* * *
Haste, ou Bandeira
Se eu fosse apenas haste do Bandeira
Fosse sapo, fosse trem, fosse alguém
Fosse encanto, desencanto
Fosse música de outrem
Bandeira jamais seria
Mas a haste me convém!
André Fernandes
* * *
COM AÇÚCAR, COM AFETO
Palavras de carinho
sussurradas de mansinho
reverberam no infinito...
Som delicado, bonito
Volta pro coração
como acordes de violão...
Doce melodia,
notas dedilhadas
lá... com afeição,
(no coração)
em sol de bem querer!
Energia esparramada...
Inspiração na jornada,
movimento, cor...
Luz na caminhada
alma impregnada de doçura,
força extra... nos ecos de
dó, ré, mi, fá, sol, lá, si...
E as ondas se repetem:
Eu sei que vou te amar,
com açúcar, com afeto...
afeto... afeto... afeto...
Por que canta o coração?
Carmen Vervloet
* *
CORAÇÃO DE POETA
Por vezes, toma-nos de assalto num tom forte
Que nos choca com o teor da mensagem
Não apontem aonde devo guiar meus olhos
Prefiro eu mesmo, escolher a paisagem
Não me explanem suas regras turvas
Ou matem-me a sede só quando convier
Poderei perder a vida pelo que acredito
E jamais espere ver-me curvado aos teus pés
Quando a poesia grita, farpas voam
Glicerinadas, em todas as direções
Metamórfico é o coração do poeta
Repleto de tudo! Emoções e razões
No mundo do poeta, universos se criam
E nestes, outros mundos, ainda fetais
Há tanta coisa ainda por vir, eu sei
Façamos uma corrente pela paz
Louvemos, honremos a Deus, pela vida
Pelas bênçãos que Este, nos concebeu
Todo poeta, tem muito de anjo
E todo anjo tem um pouco de Deus.
Poeta Urbano
* *
(clique na imagem para ampliar)
* *
* *
VENTOS DE AGOSTO
Venta em agosto, gosto de pipas ao ar...
noites nem quentes nem frias, este meu congelar assuntos.
Vi uma lua sorrindo, ouvi as estrelas confabulando
poemas de versos agudos ... sentimentos de mil anos.
Rascunhei algumas rimas sem sentido,
na esperança de falar de amor.
Eram versos livres e metidos, clichês
cheio da minha dor.
Quando agosto for embora, vou...
esperar a primavera.
Comprarei sonhos, não de agora,
com perfumes daquela rosa...
aquela que recebi de suas mãos
em outra estação.
JULENI ANDRADE
* *
ELA CANTOU
Seu nome era Poesia
ela trazia um dom
de cura e harmonia
Ela deu o tom
sua nota em primazia
a boca sem batom
Seu olho luzia
ela causava frisson
a plateia em agonia
Ela, então, cantou
sua lírica magia
no final, ela chorou
Anorkinda
* *
QUANDO OS SONHOS SE REALINHAM...
Quando os sonhos se realinham
vê-se o futuro matizado
em vivas cores prediletas.
Liberadas das mentes
como elos de correntes
vindos de zonas secretas.
Realinham-se lado a lado
como laço único interligado
por anseios comuns a um par.
Na noite que se presta como cenário
em sonhos que se realinham
almas vão se encontrar.
E se amam em cama de quimera
num jardim com cheiro de Primavera
banhado à luz de luar!
Rui E L Tavares
* *
HORAS MUDAS
Já faz tempo que ouço
os inaudíveis sons das horas
ecoando meias promessas
de mudanças íntimas
Faz tempo...
Surda, minha alma
se apavora a cada nota
e nem nota o abalo causado
do meu pobre e frio peito
soluçante em agonia
anseando, em impulsos,
-espasmos verbais mudos-
pelos ventos da verdade
Faz tempo...
Esses sons que tanto escuto
-inaudíveis a todos e muitos-
martelam-me a consciência
estagnada - nada, nada, nada
a mim, as horas falam; mudas
(Lena Ferreira)
* *
AFINIDADES
Entrelaçados por mesmos nós,
nós vivemos uma corrente de amor,
que liberta; desperta sentidos,
acorda sentimentos em flor.
Na multidão, estamos a sós,
alastrando-nos em sustenido,
no compasso do canto novo,
que embriaga, cuida, acaricia,
deliciando a matéria prática,
encantando a alma infinita.
Prenúncio de bom dia;
nas alamedas árticas,
na caminhada bonita.
Elos que se abraçam,
Lábios em prece,
Coisas pequenas passam,
A bondade prevalece!
[gustavo drummond]
* *
A CIDADE GRANDE...
Vi a cidade grande em plena luz do dia,
viva, à plenas energias em suas artérias.
Um denso burburinho, mas eu vi poesia
nos seus ricos encantos,... e misérias.
Vi altos edifícios, tantos veículos e praças,
pessoas eu vi, muitas, sisudas, fechadas
dentro de suas herméticas carapaças
num ir e vir pelas calçadas...
Eu vi camelôs, lojas, vi ambulantes,
ouvi sirenes, gritos de pega ladrão!
todos pareciam frenéticos andantes
cada um na sua própria direção.
Eu vi entre diferenças o portal da analogia
olhei a cidade como organismo vivo
com almas misturadas à tecnologia
num todo mágico, essencialmente ativo...
Vi em tudo o homem, a razão que lhe conduz
olhei com olhos de amor e depois disso,
vi o brilho intenso da magnífica luz
que estava lá, por trás de tudo isso!
Rui E L Tavares
* *
ESSÊNCIA DO AMOR
Em cada ponto de luz da minha memória
Em cada canto nos meus sonhos
Em cada desejo incontrolável
Entre frases e palavras
Entre fotos, fatos, acontecimentos
Entre os momentos mais tristes
E os mais alegres também
Sempre estivestes comigo
Aqui dentro de mim
Sem entrega, sem beijos
Sem palavras, sem presença
Sem mais nada alem da lembrança
E tão somente uma lembrança
E é só o que tenho
Para alimentar esse amor
Que vive impregnado dentro de mim
Sem que eu possa tirá-lo, move-lo
É você...que não sai da minha memória
É esse amor, que não sai de dentro de mim
Jota Brasil
* *
MINHAS POESIAS
Não as dato,
Nem as nomeio;
pertencem a máquina do tempo,
ao redemoinho interminável.
intermitente, Geradas no seio
da mente maleável, mutante de fato.
Sempre as escrevo no momento propício,
ao menor indício
de inspiração.
Versos são atemporais,
Brisas, vendavais,
joga-se com sentidos
sentidos nos sentimentos.
com dados de resina,
em qualquer espaço,
por amor a arte,
pelo que a vida ensina,
variados momentos,
tudo faz parte,
tudo é saudável,
agradável...
(nem sempre).
Um dia datarei minha
derradeira poesia,
com duas datas,
uma estrela, uma cruz!
[gustavo drummond]
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário