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* * * * *
Águas de março.
E a bossa fez jorrar as águas
Na voz de um brasileiro
Que março caiu o tempo
Inteiro...
E a bossa fez o fino molhar
A alegria estampada
Que março cantou com
Voz molhada...
Mas que a bossa é água de março
Que o verão secou de ti
Os versos que nos foram
Cantados por ti...
Mas que essa bossa é o trato
A letra marcada, a melodia
A chuva, os versos que tanto
Marcou-nos dia a dia...
São águas de março que tanto
Enfeitaram o verão, caíram
Feito poema dentro de mim
Em vozes calmas saíram...
E Tom deu o tom de seu dom
Foste a canção, foi a menção
Que suas águas de março
Cantou o verão...
André Fernandes
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Sementes que o vento semeia
Somos captadores
Poetas, atores, pintores...
Escritores.
Temos muitos amores
Pessoas, estações, estrelas e cometas
Não temas! Escrevas!
Há um jardim encantado
Pautado, desenhado, pintado
Escrito
Seja no coração do poeta
Ou nos telhados de vidro...
Nos olhos e mãos de todo um infinito
Sementes que o vento semeia
Molha, rega, aduba, prateia...
Ah! Quem me dera...
Que em meu jardim só nascessem camélias.
Mas há plantações de begônias...
Orquídeas e verberas
E em alguns raros momentos sem luz
Nascem também ervas daninhas
Que trato de retirar
Para que não poluam
Minhas mal traçadas linhas.
Sementes?
O vento leva...
Sopre alegria, amor, cortesia...
Quem sabe assim, algum dia
Tenhamos um jardim d’amour.
Márcia Poesia de Sá
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AQUI MESMO
Quero mesmo é criar aqui
neste mundo real
tudo aquilo que sonhei
Quero ver o lado bonito
que tudo tem
e saborear quitutes de rei
Quero consolar o aflito
e lhe dizer
que tudo é como convém
Quero ensinar o que li
mostrar o astral
que tem a palavra Amém
Quero mesmo é viajar
no alegre trem
da poesia em que entrei
Quero ter como namorado
o doce prazer
de viver com o que se tem
Quero ver imortalizado
tudo o que é natural
e sentir o vento que soprei
abrandar o coração de alguém!
Anorkinda
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Canção Para Ninar Uma Rosa
A rosa ao vento se despenteia.
Cabeleira agitada no ar glacial.
Qual rubras centelhas, as melenas
caem em procissão.
Pétalas vermelhas, um filão.
sem sangue nas veias
Veste cor invernal.
Rosa lívida em trajes de açucena.
Gota a gota foi dessangrando
a seiva em torrente carmim.
O mundo está em rebuliço;
Vergel convertido em deserto;
Coração a céu aberto.
Voz embargada vai rogando:
Que ressuscite o jardim!
Rosa anêmica. Perdeu o viço.
Plantada no meio do nada
com os espinhos, e mais ninguém,
ela compartilha amarguras de flor.
A tristeza de repente falece
É um doce canto que aparece,
faz a alma sentir-se ninada.
Adormece como um neném.
Rosa acariciada recupera a cor.
Abre os olhos. Vê seu novo amigo,
Ave sem teto nem guarida.
Ainda implume; um passarinho,
que traz nas asas sua canção,
e na garganta um sol, rincão
onde a alma encontra abrigo.
Com ternura, das pétalas caídas
A Rosa feliz lhe faz um ninho
Rosemarie Schossig Torres
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Tenho três inimigos
Por cinco anos, deixou-me livre, leve e solta a brincar pelas comunidades,
a fazer amizades mais do que reais...imortais, deixou-me versar dia e noite,
espalhar poesia! Mas certo dia, ouvindo más línguas, Sr Orkut se voltou
contra mim e excluiu-me!
Duas vezes, pois duplicada eu estava, tamanha era a liberdade!
Ao voltar, sob olhares suspeitos e suspeitando também de todos os olhares,
Pensei em continuar em liberdade, mesmo que fingida, mas nada é igual quando
quebram-se os cristais!
Não consegui resgatar nem a metade dos contatos, nem a metade das comunidades
e fiquei com assuntos pendurados no vácuo virtual das palavras.
Muitos poemas meus voltaram a ser inéditos, estão fechadinhos nos cadernos
pequenos e espirais, eles gritam dia e noite pedindo ar. Sufocados, querem
espalhar versos a plenos pulmões.
Pensei: Podia ser a deixa pra publicá-los em livro impresso. Bastou pensar
e ele levantou-se a minha frente, dizendo um peremptório NÃO, o Sr Dinheiro
nunca gostou de minha cara insossa.
Não suporto ouvir meus poemas em choradeira, e voltei a digitá-los no orkut
mas também outras paragens. São 14 caderninhos repletos, tem poema até na vertical,na diagonal, nas capas...superlotação!
Problema: um dia de 24 horas não rende, a inspiração ainda quer poemas novos e
me azucrina com ideias. Eu a amo e nunca lhe digo não, mas às vezes, o verso novo
impaciente, vai embora sem nem despedidas por eu não tê-lo lapidado em tempo hábil.
Pedi, implorei ao Sr Tempo por um dia maior, eu também administro os Pequenos
Grandes Poetas, pois sem eles eu não vou a lugar nenhum, não voo sozinha.
Sabem o que ele disse: Te vira, guria!
Anorkinda
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Um lugar muito distante
Nada é distante quando amamos
E o lugar muito menos ainda
Um ambiente que imaginamos
Morar assim, por mais que não finda
Nada é longe, nem é tão perto
Nem longínquo nem mesmo remoto
Quando os dois se completam!
O lugar é o menos que se importam
André Fernandes
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Ah, saudades!!!
Misteriosa e complexa,
vilã e companheira,
a saudade vem anexa
à paixão pura e verdadeira
Também se une ao amor,
assim como à amizade,
machucando como dor
ou consolando, com bondade
Ah, saudade da minha terra,
saudades do meu pai, do meu irmão!
saudade que em si encerra
desterro ou abolição
Amélia de Morais
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AMOR
Amor,
que vejo no sol e na lua
que busco na língua tua
que sinto na pele, louca...
Amor,
que me deixa rouca
de tanto sussurrar
obscenas ternuras
no ato de te amar...
Amor,
que me eleva em enlevos
ao desvendar teu corpo
em malícia...
Amor,
livre de amarras
sem rótulo
sem medo...
Amor,
que transcende o desejo
que desnuda o corpo
que habita a alma
me eterniza tua.
.
Mavie Louzada.
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Céu aberto
Céu aberto
As andorinhas voam
Em céu de brigadeiro
Percorrem o infinito
Nas asas da liberdade
Quisera ser pássaro
A cortar o céu
Desenhar o firmamento
Com minhas asas
Voar feito um passarinho
Que sai do seu ninho
E pousa mansamente
Nos braços abertos
De nossa inspiração.
André Fernandes
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O TEMPO DO SIM
Porque chegaste tempo...sempre misterioso, efêmero, passageiro.Enigma.
Chegaste tempo do sim...sempre dadivoso, abundante, hospedeiro.Benigno.
Porque chegaste, sim...chegaste com o vento da mudança, com o sol da
temperança. Digno.
Chegaste, sim chegaste...com a mão estendida, com a vida refeita. Paradigma.
Porque chegaste pra querer o mais belo...pra vigorar como o broto singelo daquela flor do amor...Estigma
Anorkinda
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TEMPERANÇA
.
Um olhar passou e me arrastou
Conheci os mistérios do amar, amando
Entre o frio e o calor
Um vento passou e me levou
conheci os mistérios do ar, voando
entre a saudade e o amor
Amélia de Morais
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OBRIGADA!
Afogo-me
Num mar de reconhecimento
Afagam-me
Tantas ondas de carinho
Pelo caminho das águas
Rio de emoção
Pela curva do abraço
Um lago largo de afeição
Danço leve
Sob uma chuva de aplausos
Giro e me elevo
Sob o efeito dum tornado que me cerca
Assim, sempre
Inundada, encharcada, úmida
Por inúmeros sentimentos
Chega-me, também
A busca, o desejo, a dificuldade
Para encontrar um agradecimento
Que carregue uma enxurrada de gratidão
Então, derramo poucas palavras:
Pingo d'água! Pingo d'água!
Janete do Carmo
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NOITE ROMÂNTICA
Acendemos velas
E belas
Chamas
Abrimos champanha
E sorrisos
Borbulhantes
Provamos a maciez
Do tapete
E dos pelos
Respiramos nossos anseios
E o perfume do meio
Ambiente
Degustamos frutas
Maduras e doces
Ilusões
Saciamo-nos na água
No fogo, no ar
Na terra, no céu
Assim foi nossa noite
Foi ontem
Mas a vela ainda chama...
Janete do Carmo
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DIA DE SORTE...
Hoje acordei
Com a cabeça
Nas nuvens...
Pensamentos brancos
Feito algodão
Entre o lázuli do céu
O esmeralda da folhagem
Olhei no entorno
A paisagem
Convite a uma viagem
Pelas veias preciosas
Do artista
Através de pinceladas
Precisas,vibrantes...
Ditando o norte
Deste dia de sorte,
Pedra preciosa,
Bela qual diamante,
Lapidado,
Surge majestade
Em perfeito brilhante!
Lage,Mazéh
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PRIVILÉGIO
A vida é plena em mistérios
desvendáveis a todo o disposto
a retirar a fina máscara do rosto
e enxergar além do tudo etéreo
Visão aguçada é um privilégio
para poucos mas é apreendível
absorvida e muito compreensível
à quem tem amor inteiro, régio
À vida, dê somente passagem
para bons fluidos e muita energia
não acumule em sua bagagem
o que não pode transpor em poesia
(Lena Ferreira)
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PÉROLA
Era uma vez uma perolinha
de cor bem branquinha
Nascida em concha fina
onda do mar era cortina
Espiava a vida praiana
seus sonhos, seu prana
Oferecia seu pequeno brilho
ao mar, inocente vitrilho
Da poeira dos dias
incorporava harmonias
Canções pequeninas
entoava às meninas
dos olhos da lua
Anorkinda
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O INSTANTE DO NADA
.
tu és
o vácuo
o instante do nada
o silêncio da dor
a carta sem resposta
a tela branca
o poema não escrito
a flor sem corola
a ostra vazia
quando se espera uma pérola
Amélia de Morais
* * *
Nãovoltomais...nãovoltomais!
A paisagem vista da janela do trem
diz que ficou lá longe um grande amor,
uma esperança cinza de sonho vão,
diz: tealcançojá, tealcançojá, tealcançojá...
E a luz do sol que adentra o vidro da janela,
impede de ver a verde paisagem lá fora,
e a melancólica, porém doce vida que há nela,
diz: nãová, nãová, nãová, nãová, nãová...
O coração escorregando pelo peito afora,
grita de dor em plena janela contra a paisagem,
vemcá,vemcá,vem,vemcá, vem cávemcá vemcá...
A paisagem mudando sempre, deixa pra trás você,
que perfeito, puro e ingênuo deu-me o único amor,
que com o trem diz: jáfuiembora,fuiemborafuiembora...
Godila Fernandes
* * *
LETRAS BAILARINAS
Letras são bailarinas perfeitas
que bailam lépidas no papel
em piruetas chegam ao céu
e a toda alma enfeitam
Formando versos tão bonitos
em sincronia maravilhosa
escrevem, poemas e prosa
e alcançam o além, o infinito
Letras nos fazer voar tão alto
advertimos ao leitor incauto
que desprezam a imaginação:
Letras são perfeitas bailarinas
que embriagam as nossas retinas
se o poeta é pleno em inspiração
(Lena Ferreira)
* * *
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.
Nãovoltomais...nãovoltomais!
A paisagem vista da janela do trem
diz que ficou lá longe um grande amor,
uma esperança cinza de sonho vão,
diz: tealcançojá, tealcançojá, tealcançojá...
E a luz do sol que adentra o vidro da janela,
impede de ver a verde paisagem lá fora,
e a melancólica, porém doce vida que há nela,
diz: nãová, nãová, nãová, nãová, nãová...
O coração escorregando pelo peito afora,
grita de dor em plena janela contra a paisagem,
vemcá,vemcá,vem,vemcá, vem cávemcá vemcá...
A paisagem mudando sempre, deixa pra trás você,
que perfeito, puro e ingênuo deu-me o único amor,
que com o trem diz: jáfuiembora,fuiemborafuiembora...
Godila Fernandes
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LETRAS BAILARINAS
Letras são bailarinas perfeitas
que bailam lépidas no papel
em piruetas chegam ao céu
e a toda alma enfeitam
Formando versos tão bonitos
em sincronia maravilhosa
escrevem, poemas e prosa
e alcançam o além, o infinito
Letras nos fazer voar tão alto
advertimos ao leitor incauto
que desprezam a imaginação:
Letras são perfeitas bailarinas
que embriagam as nossas retinas
se o poeta é pleno em inspiração
(Lena Ferreira)
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Um comentário:
OH! kindinha, tá show isso aqu i, até a ciganinha fpoi perolada!!
Lindo demais esse teu empenho com a poesia miguinha!E fazes com tto carinho!!
bjs flor!
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