PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!
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Renascimento
Que seja entre os meus
Aqueles que se destinam a mim ...
Que seja no paraíso perdido
Do qual fui exilada...
Que seja de plenitude, enfim
Meu mundo, eternamente sonhado...
Que seja meu verdadeiro
E definitivo aconchego ...
Eliane Thomas
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Eva Maçã
Molhada de suor,
Metade do seu corpo,
Eva sorrindo paraíso.
Molhada de suor,
Eva macia,
Maçã que deu fruto.
Fruta devorada,
Que devora, minha
Eva
Macia.
Eva consome,
Molhada de suor,
Meu pedaço maçã.
Morde e sorri,
Macia boca veludo.
Macia a tua boca,
Morde, morde, desmorde.
Mordo-te, mordo e desmordo.
Eva maçã,
Molhada de suor,
Meu paraíso sonhado.
(Rod.Arcadia)
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O Renascer do Verso
E da angústia silente
Renasce o verso...
Não importa se mal trajado
Ou repetido.
Dando vida às palavras
Que desinibidas, se enfeitam
Para o grande espetáculo, imaginário...
Unido a rima, incita
E ostenta poesia...
Nem a angústia
O impede...
O velho verso, renasce das cinzas
Se recompõe nas entrelinhas
E surpreende, inédito
Em suntuosa Poesia.
Mavie Louzada.
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Meu porto...alegre
Deste berço, bem ao sul do Equador, parte porto de sonhos que singram Guaíbas águas, parte cárcere do tempo que ancora em mim, daqui lanço meus versos ao sabor do vento. E o vento parte, abençoado pela Mãe das Águas...
Escrevo meus suspiros de esperas, de amares, imito o náufrago em bilhetes e garrafas, envio beijos pelos ares. Meus sonhos me transformam sempre que inspiro o sopro destas águas, elas me recebem em carinho...
Adormeço sempre feliz depois de expor minhas crias, pois se elas partem pelo etéreo mundo, elas alcançam paragens que eu nunca verei, elas tocam e trocam vivências que jamais absorverei...
Tranquila, permaneço aqui, satisfeita partícula da Criação, vivendo no cais de todas as minhas fantasias.
Anorkinda
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Roubo
Furtaram-me aquelas cores
que eu nunca vi rebrilhar
Furtaram-me doces sabores
que jamais atiçaram meu paladar
Roubaram-me as estrelas
de um céu sempre escuro
Roubaram-me, por tê-las
a piscar brejeiras na imaginação
O ato do roubo
deu-se silente
notei-me em arroubo
Quando, do furto
ganiu de repente
um bramido de susto
Anorkinda
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ESPERO UMA CHANCE
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Escrevo assim pequeno
porque meu canto é miúdo
porque meu verso é terreno
ainda de pesquisa e estudo.
Escrevo com timidez
com letra redonda e bordada
esperando chegar minha vez
de ser lida e colada
nas pérolas dos pequenos poetas
fazer parte daquela grande seleta.
Amélia de Morais
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Chora-se a falta!.
Ao amar, ama-se o toque,
o sentir da maciez da pele,
o perfume que exala a química
dos corpos, das peles em contato...
Choram corações vazios,
em cujos sonhos a fidelidade,
não faz morada eterna,
apenas momentos de alegria.
Caminhos que se resgatam,
através da dor e do sofrimento,
caminhos de cura divina...
É pela falta que tenho de ti,
que te perdôo e te amo mais!
Godila Fernandes
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Os poemas que passaram
Os poemas que passaram
Deixaram de ser lidos
Com certeza deixaram saudade
Entre rastros de felicidade
Os poemas que passaram
Ainda deixam o caminho
De serem redescobertos
Lidos e maravilhados
Os poemas que passaram
Sem ao menos ser visto
Ainda assim são raros feitos
Dos poetas que o fizeram
Os poemas que passaram
Entre páginas e mais páginas
Ainda estão lá de fato
Esperando ser aplaudido
Os poemas não morrem nunca
São essências que ficam sempre
Mesmo os que passaram
Nunca expiram... Nem se perde
E assim vou lendo a mim
Nunca passa o que escrevi
Num cantinho eu vou deixando
La no fundo! Vou amando.
André Fernandes
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POEMA ROSA PARA UM DIA DE SOL
A Rosa que anda
é a mulher que é a vida.
A Rosa que ama
é a Rosa ferida
exprimida no caule do teu
próprio espinho-mulher.
A rosa colorida
é a flor esperança meiga
da mulher Rosa apaixonada
dócil, singela, mimada...
A Rosa, rosa
é a Rosa flor-mulher
de espinhos indefesos
para uma vida de amor...
Ah, Rosa...
Prenda-me nas tuas pétalas
e ponha-me toda pureza
do teu desabrochar
perante o sol.
A J Cardiais
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A Roça.
O amanhecer é quando canta o galo,
se agradece a Deus o novo dia,
o coração da gente pula satisfeito,
e da janela da varanda o sol espia.
Nossa casinha é toda caiada de branco,
acendemos o fogão a lenha para o café,
enquanto ordenhamos Mimosa, a vaca.
Manhãs quentes ou frias, cedo em pé.
Alimentamos os animais e vamos ao eito,
carpir, limpar o mato em torno a plantação.
É maravilhoso amar a terra e a produção.
Colhemos a fruta madura, e também a verdura,
ovos, queijo, leite, pão quentinho e, até rapadura,
é o alimento, que de bom grado, nos dá o Criador!
Godila Fernandes
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Jardim
Talvez voce não entenda
um poema escrito com nuvens.
Esse estranho jogo de palavras,
uma primavera atravessada no outono.
Talvez não entenda esses caminhos
que se mostram e se escondem.
mas creia,
mesmo nas confusas cavernas
nos labirintos da escrita,
Ainda que
entre arbustos
ou na musicalidade da metáfora,
Há o seu rosto
esculpido no meu poema.
DANNIEL VALENTE
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