PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!
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Silêncios de veludo
Onde podia ter sentido
o fragor dos ventos
ouviu-se apenas
o silêncio
dos olhos
molhados
Onde podia ter carinho
o calor dos abraços
sentiu-se apenas
o silêncio
do braço
gelado
Onde podia ter vertido
o amor dos tempos
ouviu-se apenas
o silêncio
do verso
alugado
Onde podia ter vinho
o licor dos gostos
sentiu-se apenas
o silêncio
dos labios
crispados
Anorkinda
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ENTENDA
Entenda que, liberta,
minha voz trará consigo
o sentimento represado há muito
retirando as vestes de uma alma
que desfilava andrajosa inconstância.
Entenda que, liberta,
minha voz vasculhará as sobras
das gavetas mais secretas e escuras,
desdobrando cada um dos vincos,
sacodindo, com um grito, o acúmulo de nós
depositado no fundo da garganta ressecada.
Entenda que, com o grito,
virá, à boca, um coração desnudo,
pulso acelerado em quase explosão
revelando as marcas de um sangrar constante.
Há um pranto empoçado nos meus olhos
pronto a transbordar e brilha mas minhas mãos
trêmulas e inseguras, por hora, não suportam.
Entenda que, com isso,
pode ser que o meu sorriso salgue...
e se isso acontecer, cante pois cantarei contigo
usando a força que seu canto traz para meu canto.
Entenda que, liberta,
minha voz revelará a enormidão do encanto
de amar tanto, tanto e tanto.
(Lena Ferreira)
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Criança - Alegria
Mesmo se meu mundo estiver ruindo
E minha coragem sucumbindo
Com certeza estarei rindo
Do amor surgindo,
Da beleza fluindo,
Rindo, até mesmo,
Da dor
E assim, ela vai fugindo...
Meu coração alegre
Espalha perdão por aí.
Minha alma está entregue
À criança que pari,
No dia em que nasci...
Vivo prenhe de alegria
E meu mundo se conserta sozinho.
Vai à frente meu anjinho,
Minha criança feliz...
Nasci
E cresci...
A criança que pari
Continua aqui.
Jane Moreira
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OBJETIVO DO POETA
Fui eu que despertei do sono escravo
E recolhi os sonhos como grãos do respigar.
Eu, também, pisei a realidade
E separei o vinho do vinagre.
Entende que não sofri o jugo só por mim
Mas por ti, por ele, pelo outro
Por todo desconhecido de outrora
E todos que serão, no futuro.
Assim, cumpri minha sina
Semear e colher palavras
Na seara abençoada da poesia.
Janete do Carmo
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Machucado
Ai peito que arde
Que dói tanto
Que chora demasiado.
Ai coração machucado
Que sangra por dentro
Que chora por horas.
E depois no peito resta o bagaço
Restam olhos inchados e avermelhados,
Sobra um rio de lagrimas.
E depois no coração o bagaço
Resta mágoa, resta tristeza
E o coração vira deserto.
E assim foi ao partir,
Ao se despedir de mim.
Restou apenas o beijo molhado
Molhado em meu rosto...
E me restou saudade,
A dor da saudade.
Virei um oceano de solidão...
(Rod.Arcadia)
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Reflexão
Eu nunca te escrevi...
Nem sabes o que te diria...
O poema que não fiz
Eras tu, minha poesia.
Todo o amor que eu senti
Fez-me sofrer um dia.
Porque contigo não vivi,
Pouco a pouco senti que morria.
A ti não me entreguei,
Aos poucos, adiei...
E tu de mim desististe...
Ah, se eu conseguisse!
Fazer tudo o que não fiz!
Não seria este ser que chora
Tu foste embora
Restou o Adeus...
Agora...
O adeus que se deu,
Sem nunca teres sido
Meu.
Jane Moreira
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VERDADES E FANTASIAS...
o meu jeito de escrever!
Se eu fosse deveras poeta, ou poetisa...
não só falaria do meu amor, do meu clamor...
o poeta tem mente aberta,que se energiza...
e descreve esse amplo universo com fervor...
Eu, com a dor, e o amor alheio, no entanto...
tento, finjo, me engano que descrevo
e sempre escrevo sobre o meu pranto,
sobre meu viver, e (ou) sobre o meu enlevo!
Será egoísmo de minha parte?
porque escrevo o que sinto? as vezes fantasio...
tem horas que acredito na minha pretensa arte...
tem horas que eu paro e sorrio...
E assim, vou escrevendo minhas ''mal traçadas linhas''
pensando: se continuo ou se paro de vez...
se deixo ou apago essas escritas minhas...
isso eu me pergunto, e respondo: Talvez...
Valdilene D M da Silva
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Carinho
Não é algo que inventamos
É algo que vem e que sente
Carinho é coração de gente
É amor que conquistamos
Não é sentimento qualquer
Nem assunto pra comentar
É afeição que sente e quer
Pelo resto da vida namorar
Ele é sentido quando triste
Quando nos faz aparecer
Ele é tudo que possa ser
Menos mágoa que insiste
Amiga quando eu te amar
Que seja algo pra se lembrar
André Fernandes
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Lição de Vida
Então, o que há com o mundo lá fora.
O mundo aqui dentro está se afetando
Pessoas não se importam, tudo ignora
Por todos os lados, há gente chorando.
O brado da calma está sendo abortado
As lágrimas adotam o lugar do sorriso
A terra poderia ser um céu encantado
Com anjo humano vivendo no paraíso.
Há indivíduo cegado pela ignorância
O amor é deixado em segundo plano
O ter se sobressai ao ser. É ganância.
Escrevo esses versos com esperança
Eles são verdes, no meu pensamento
O egoísmo não pode matar a criança.
ღRaquel Ordonesღ
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Institucionaliz(ações)!.
Assim é também no lar,
a truculência dos amigos,
transformam os filhos,
que geram atritos entre pais,
e , por fim, adoecem todos,
sem causas justificadas...
Que fazer em uma sociedade
arrasadoramente destituída
de esperanças e novos rumos,
senão, através do amor incondicional,
gerar encontros homosexuais,
afim de obrigar uma retomada de posição?!
Ajustem seus lares de uma vez,
comecem nele as mudanças pretendidas
e a seguir partam para um ajuste maior.
Eliminem focos de discórdia e autoritarismo.
Acostumem-se a dar satisfações de seus atos,
se querem ter satisfação dos atos de seus filhos.
A verdade é o moinho que regenera os seres após a moagem!
Godila Fernandes
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Ser querubim ou criança....
Todos os diálogos são importantes
porém há um que é o maior de todos
e neste tempo de Natal, dá muita saudade,
e em meu interior, vislumbro um bom tempo.
Ai, que saudade eu tenho das longínquas eras
do éter onde brincávamos como querubins...
e agora tão distante ainda lembro de casa,
de onde tive que partir, aprender para depois voltar.
Ai, Pai querido de amor, minha saudade é Tu,
é teu colinho abençoado onde todos sentávamos.
E juntos orávamos ao bem da humanidade...
O diálogo mais importante Criador dos mundos,
das estrelas e dos planetas foi quando Te prometi:
jamais em tempo algum, Paizinho, esquecer de Ti.
Godila Fernandes
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Eixo de Roda
há dentro de mim
introjetada
a chave da sorte
o túnel interior
da paz e busca
expansão da consciência
a provocar processos
de eternidade
há dentro de mim
introjetada
a madeira da ponte
uma Luz que equilibra
o eixo da roda
há dentro de mim
introjetada
meu pequeno big bang
a guerrreira ativa
o monge a fibra
e o acerto do bote
para não ir à deriva.
Claudia Imbovich
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PLENITUDE
Entre viver
E apenas estar vivo
Quero amar
Amor intenso
Infinito
Da flor
Ser rosa
Do azul
Ser mar
Do preto e branco
Ser colorido...
Quero a junção
Dos quatro elementos
Ser fogo, terra
Água e ar
Inteireza
Ser plenitude
No milagre infinito
De que viver
É muito mais
Que estar vivo.
Mavie Louzada.
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Às vezes estamos na Terra,
em outras estamos no céu...
Simplesmente deixamos que o amor
nos leve aonde quiser...!
Rui E L Tavares
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(clique na imagem para ampliar)
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Bênçãos....
A chuva é bênção de amor,
é a hora em que o coração decide,
a alma aprova e o espírito confirma,
a purificação e limpeza de carmas.
A chuva só é triste quando a cântaros,
ela jorra sobre todos os nossos males,
implode-os e os faz transmutar...
A tristeza da chuva é a oração da alma.
Quando a alma retoma-se em consciência,
e busca no espírito a redenção de paradigmas,
as lágrimas lavam os olhos e bendizem o amor.
O aprendizado é a felicidade que bate à porta
e sempre encontra a alegria e plenitude de viver.
A tristeza é a chuva que escorre pela vidraça da alma.
Godila Fernandes
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De repente...
E de repente
Tudo fica fora do lugar
Barco sem prumo
Peixe sem mar
Coração sem pulsar
Para os sentires do mundo.
E de repente dos olhos brilhantes
Escorrem tristeza
Imóvel sentir
Exato drama
Que derrama, espalha, ofusca
Apaga a chama.
E de repente a alegria
Se finda
Tornando a vida
Ilusão errante
Poema sem rima
Verso descontente...
Juras esquecidas
Palavras se desmentem
Promessas são quebradas
Tudo passa a ser
Distante...
De repente, não mais que de repente
Escorre entre os dedos a eternidade
A presença passa a ser saudade
Transbordando em imenso vazio.
Mavie Louzada.
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