PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!
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O poeta e a bailarina.
Entre um passo, um verso e um olhar
Dois corações unificam-se em poesia
Transcendendo a beleza do luar
Transformando noite em dia.
A bailarina pisa a rima no coração do poeta
O verso dança encantado acompanhando a canção
Rodopia a bailarina sobre a paixão que desperta
O poeta enfeitiçado lhe oferece o coração.
Entre um verso, um passo e um beijo
Do sentimento nasce a flor
A flor do doce desejo
A profecia do amor.
Thiago Cardoso Sepriano
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Nos ares e por todos os lugares
Da sacada senti a liberdade ao alcance dos meus dedos
Alcei vôo, dei linha para a imaginação e entreguei-me
Senti que a brisa fresca e leve arrancava meus segredos
Desvendada, desnuda dos sentimentos; transportei-me!
Minhas fantasias foram além, muito além do universo
Entregue em seus braços, a definição de viver se fez
Minha vida nesse momento tornou o mais lindo verso
De alma alada, e coração feliz, amor escorre pela tez.
Em pensamentos, a minha carne foi de encontro a sua
Amamo-nos na varanda, sob a chuva quente feito sol
O espaço foi insuficiente que nos espalhamos pela rua.
A noite veio,o reflexo do nosso amor baralhou-se a lua
Lugares inventados estivemos eu confesso, e aqui narro
Dormimos de rosto colado na casinha do João de barro.
ღRaquel Ordonesღ
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A CHUVA E A FLOR
A solitária flor
Recebe o afago da chuva
E se abre plena de amor
E se despe de seu pudor
Afastando suas pétalas
Recebendo até a dor
Bate a chuva na flor, com amor,
E a flor se rejubila na dor
Jane Moreira
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Simbiose
Espera de longas eras
mais parece esculpida
em granito
Teu canto sereno já virou grito
uivo , lamento descontentamento
e a correnteza do rio
vai em grande desafio
carregando a água mansa
e não se cansa
A agua bate na pedra
com ressoar adormecido
parece não ter dormido
vai levando de roldão
e eu fico a espreita
não importa se rejeita
o meu amor milenar
quem sabe o meu destino
é viver calcificada
Sereia que fica na areia
com seu canto entoando
melodias indecifráveis
que leva para o fundo
do oceano o bendito
Ser humano que pensa vencer
a dita, mas ela é tão maldita
que na rocha entrelaçada
do teu amor a olhar.
espero e não me canso
mas me sinto petrificada
e na pedra imolada
a dor de uma simbiose
que vive em triste osmose.
in natura.
RosaMel
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PAZ É PRIMORDIAL !
Qualquer que seja a discussão,
faz a verdade por mais certa, recuar,
já que no acaloramento das palavras,
a vibração do ser, desequilibra...
Como sempre se ouviu falar, entre almas,
quando o coração não ouve, grita-se ...
quanto maior a distância entre eles,mais
altas serão as palavras e menor a vibração.
Precisamos ter sabedoria para compreender
que qualquer altercância terá um objetivo:
evoluir, aprender alguma lição e usá-la.
Somente espíritos que buscam vitórias,
terão compreensão para com o outro
e deixarão no silêncio, uma contenda...
Godila Fernandes
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Memórias da Guerra (Parte III)
Guerra de Troia
Pelos livros, pelo filme, ela é muito conhecida
Descrita pelo poeta épico Homero no romance “Ilíada”
Foi um conflito bélico entre gregos e troianos
Motivado pelo rapto da rainha de Esparta.
Como dizem que na guerra, morre ou mata
Os gregos atacam troia para recuperar Helena
A paixão de uma pessoa que o fez seqüestrá-la
Páris, príncipe de troia, criou toda essa tormenta.
A guerra dura dez anos com troia sitiada
Abaixam-se as armas e os gregos usam a cabeça
Pensando em ganhar a guerra demonstrando sossego
De repente surge uma idéia, um pouco inusitada
Ulisses cria o “cavalo de tróia”
Realmente um presente de grego.
Dentro do falso ventre da estátua
Estavam muitos sedentos soldados
Com sede que não seria de água
Saíram matando adoidados.
Helena retorna a Esparta
Morrem Heitor e Aquiles
Heróis, inimigos de espada
Por causa de um rabo de saia
Na guerra se morre e se mata.
André Anlub
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Semente de verso
No verde banco da praça
feito de brisas e esperas
o tempo sem pressa passa.
O meu poema não lido
naquele livro perdeu-se.
Ficou no tempo retido?
Cavalgo no tempo errante
Se for lido meu soneto
Vingará alguma semente.
Gladis Deble
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Retirantes
A família se retira
Para longe do sertão
Não sabe o pai ainda
Pra onde os ventos os levarão
Fogem da fome, da seca,
Fogem do explorador.
Fogem da colheita não feita
Fogem do cenário da dor
Aonde vão esses filhos de Deus?
Para o Sul? Têm medo...
O bebê tem fome...
A mãe tem o seio
Já todo espichado...
O rosto marcado,
Pela resignação...
Pobre gente do sertão,
Com seus dedos, muitas vezes,
Cavam buracos no chão.
Não é cova de plantação,
É cova de separação.
Pobres seres desgrenhados,
Desprezados e esquecidos...
O corpo todo marcado
Das cicatrizes do agreste.
A mãe reza baixinho
Água, ao menos, um pouquinho,
Para matar a sede
Do meu pequenininho...
E seguem atrás da salvação,
De um pouco de atenção,
Da solidariedade,
Da responsabilidade,
Da sensibilidade,
Do Basta
Enfim,
Chega
De desigualdade,
Chega de sofrimento.
Quero meus irmãos migrantes
Levando vida decente,
Levando a vida da gente.
Jane Moreira
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Esperança Desesperada
De que matéria somos feitos
O que nos move,
Que força nos impulsiona adiante
Mesmo diante de igual força em sentido contrário?
Esperança,
Os miseráveis teimam na fé
Espera vã que não se cansa
Vivem à roda da reprodução perpétua
Da miséria pérfida a que estão expostos
E ainda assim, esperam,
Esperam por um milagre vão
Munidos de uma fé ingrata que lhes grita não
Voltai, Deus, vossa compaixão para os miseráveis
Cujas janelas dos olhos estão sempre à espera
Que se lhe abram as portas do mundo
E que possam desfrutar de um seu lugar ao Sol
E se o Sol for pedir demais,
Que lhes brilhe outra estrela
Para acalentar seus tantos ais.
Célia Sena
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SANTO POETA
Tenho pérolas na concha das mãos
Em oferta sublime aos teus anseios.
O vinho que inebria nossos nãos
E o leite que fecunda nossos meios.
Levo tramas na boca em confissão
Por minha reverência à tua sede.
O silêncio da palavra encontra a permissão
De pescar estrelas no céu da tua rede.
Cuido do teu ser como a um santo
Contemplando todo exemplo de vida
E, pequenas faltas, cubro-as com um manto.
Paro diante do teu altar e medito
Quão grande é a poesia e tão querida
Quando, por tuas mãos, fica o dito, bendito.
Janete do Carmo
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