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domingo, 24 de abril de 2011

A Páscoa crítica na

PEQUENOS GRANDES POETAS!


O MAIS CRUEL DOS MESES TAMBÉM PARA OS COELHOS

... abril, T. S. Eliot, é também para o coelhos
o mais cruel os meses...
É aquele em que eles, coitados,
são estuprados literalmente de dentro para fora
e vice versa,
ou seja, são obrigados, tadinhos, a ingerir
pela flor-do-parque-de-trás
(como diriam os chineses) cacau em demasia
para em seguida botarem antinatural e analmente
uns ovos de chocolate tão grandes
que o menor deles deixaria traumatizada
a mais poedeira e "analzuda" das seriemas...


José Lindomar Cabral



MACUNAÍMA SOBRE A PÁSCOA

Depois que Jesus Cristo,
na companhia de Seus 12 apóstolos
(inclusive e obviamente na do trágico
- e preventivamente destituído
de livre-arbítrio – Judas Escariotes)
nos isentou da Páscoa,
naquela terrível noite em que Ele,
O Grande Mestre (às vésperas
de sua profetizada crucificação)
comemorou a última delas,
e, enquanto a comemorava, ia,
simultaneamente, instituindo a Santa Ceia.

A partir de então, transgredir Seu mandamento,
deixando de comemorar o Santo Jantar
(que simboliza a libertação - dos que descendem
de Abraão, inclusive apenas espiritualmente –
de um Egito chamado Pecado e de um faraó
que agora se chama Lúcifer, Satanás, Oxalá ou Diabo)
para dar ocasião à comemoração da improcedente
e transgressora Páscoa, tornou-se aos olhos do Senhor Jesus
algo tão endemoniado, ou seja, tão explicitamente possuído
por um espírito pagão, que até os coelhos, tadinhos,
foram sexual e abominavelmente modificados a ponto
de, agora, coitados, os inocentes e referidos leporídeos,
todo ano, todo ano, todo ano, durante a Semana Profana
e Mercantilista, que eles (os pais da Diabólica Inquisição)
batizaram hipnoticamente de Santa, são obrigados a ingerir
pelo ânus grandes, duros , grossos e embrutecidos
bastões de cacau
para, em seguida, serem forçados a expelir analmente
uns ovos de chocolate tão avantajados, que o menor deles
seria capaz de deixar a fêmea mais poedeira e “analzuda”
dos avestruzes de olhos irreversivelmente esbugalhados
e cu imprestável
ou reduzido irrecuperavelmente a frangalhos para sempre...
(Glup!... reduzido “irrecuperavelmente’”
a frangalhos “para sempre” , acho eu, é pleonasmo!)


José Lindomar Cabral







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