PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!
* * * * * *
EU E O CÉU
Olhei para o céu à noite
Longe das luzes da cidade
E senti que o céu me olhava
Com a mesma curiosidade.
LCPVALLE
Olhei para o céu à noite
Longe das luzes da cidade
E senti que o céu me olhava
Com a mesma curiosidade.
LCPVALLE
* * * * *
LAVADEIRA
Lava a vida
com dedos
ora in verso
ora avesso
De molho
põe a alegria
ora esfrega
ora espuma
Torcendo
estende a alma
ora chora
ora xinga
Pausa
por meia hora
ora ora
ora, ora
(Lena Ferreira)
LAVADEIRA
Lava a vida
com dedos
ora in verso
ora avesso
De molho
põe a alegria
ora esfrega
ora espuma
Torcendo
estende a alma
ora chora
ora xinga
Pausa
por meia hora
ora ora
ora, ora
(Lena Ferreira)
* * * * *
Vergonha
A mancha
Não se desmancha
Nem se cansa.
E avança...
Sei que vai deixar por herança
A matança e a desesperança...
Engole, devagar,
Toda a vida no mar.
A mancha avança...
No mar, ela dança
A dança da morte.
E não existe esperança
Que ela se aborte.
A mancha, que mancha
De trevas a vida no mar,
É mancha medonha,
Símbolo de vergonha,
Que avança e avança
E de invadir não se cansa...
Aquele que sonha
Com a aurora risonha
Naquele lugar,
Pode se desapontar,
Que o homem
Não se cansa
De exterminar... E avança...
Como a mancha que trança
Pra lá e pra cá,
Avançando devagar,
Sem trégua,
Ferindo o mar,
Sujando o mar,
Matando o mar.
Jane Moreira
* * * * *
ELELA
Ele
entronado
Netuno
Ela,
a sereia
a contemplá-lo
Ele,
eloquente
absinto
Ela,
silente
a admirá-lo
Ele,
contundente
resoluto
Ela,
menina
a chorá-lo
(Lena Ferreira)
* * * *
Abrangência poética
Enquanto houver um tema
Haverá um poeta e, por conseqüência
A poesia será perene e se renovará
Em todos os temas e abordagens
Envolta de personalismos, regionalismos, humanismos
Naturalismos, egocentrismos e que tais
Tendo como pano fundo a vida
Tendo como inspiração a morte
Norteando-se pelos motes mais íntimos do poeta
De sorte que tanto na acidez como no lirismo
Entremeando e viajando por estilos
A poesia estará sempre vigente e vivente
Onde e enquanto existir um poeta
Ainda que este não se considere como tal
Em verdade a amplitude da poesia
Muito além de sua diversidade fórmica
Torna-se uma pujante força de linguagem
Abrangente em sua totalidade
Facilitando a grande quantidade de criações
A relatividade da limitação poética
Ofusca-se no momento em que o autor
Ilumina-se com a aura da inspiração
Ainda que com transpiração
E literalmente “solta os bichos” no papel
(Francisco Córdula)
* * * *
Mãe de filhos de outras vidas!.
Esqueci de pensar nas mães que fomos de outros filhos,
filhos de outras vidas e que hoje nos reconhecem e nós não os reconhecemos;
filhos de almas de uma mesma mônada, com os quais compartilhamos uma vivência expiando dificuldade de nos amar; equilibrando ódio de vida passada por amor na próxima. Filhos não fiquem tristes por hoje, não serem reconhecidos,por suas mães que um dia juraram amor eterno a vocês. O esquecimento faz parte do compartilhar nova vida com outros espíritos a quem ainda devemos. Portanto hoje, peço perdão, por tudo que deixei de realizar em prol de nossa evolução em outras vidas e os perdôo por não terem amado o suficiente para compreeender meu papel de mãe. Tomara que no perdão possamos reconciliarmo-nos e ainda espiritualmente estarmos felizes por uma estrada de muito amor, amor incondicional. Grata por terem vivenciado comigo uma evolução, uma estrada de amor na busca de retornar a nosso Lar. A todos os meus filhos, espalhados por todas as dimensões, eu agradeço por ter sido chamada de mâe de vocês. Amo-os, eternamente!
Godila Fernandes
Vergonha
A mancha
Não se desmancha
Nem se cansa.
E avança...
Sei que vai deixar por herança
A matança e a desesperança...
Engole, devagar,
Toda a vida no mar.
A mancha avança...
No mar, ela dança
A dança da morte.
E não existe esperança
Que ela se aborte.
A mancha, que mancha
De trevas a vida no mar,
É mancha medonha,
Símbolo de vergonha,
Que avança e avança
E de invadir não se cansa...
Aquele que sonha
Com a aurora risonha
Naquele lugar,
Pode se desapontar,
Que o homem
Não se cansa
De exterminar... E avança...
Como a mancha que trança
Pra lá e pra cá,
Avançando devagar,
Sem trégua,
Ferindo o mar,
Sujando o mar,
Matando o mar.
Jane Moreira
* * * * *ELELA
Ele
entronado
Netuno
Ela,
a sereia
a contemplá-lo
Ele,
eloquente
absinto
Ela,
silente
a admirá-lo
Ele,
contundente
resoluto
Ela,
menina
a chorá-lo
(Lena Ferreira)
* * * *Abrangência poética
Enquanto houver um tema
Haverá um poeta e, por conseqüência
A poesia será perene e se renovará
Em todos os temas e abordagens
Envolta de personalismos, regionalismos, humanismos
Naturalismos, egocentrismos e que tais
Tendo como pano fundo a vida
Tendo como inspiração a morte
Norteando-se pelos motes mais íntimos do poeta
De sorte que tanto na acidez como no lirismo
Entremeando e viajando por estilos
A poesia estará sempre vigente e vivente
Onde e enquanto existir um poeta
Ainda que este não se considere como tal
Em verdade a amplitude da poesia
Muito além de sua diversidade fórmica
Torna-se uma pujante força de linguagem
Abrangente em sua totalidade
Facilitando a grande quantidade de criações
A relatividade da limitação poética
Ofusca-se no momento em que o autor
Ilumina-se com a aura da inspiração
Ainda que com transpiração
E literalmente “solta os bichos” no papel
(Francisco Córdula)
* * * *Mãe de filhos de outras vidas!.
Esqueci de pensar nas mães que fomos de outros filhos,
filhos de outras vidas e que hoje nos reconhecem e nós não os reconhecemos;
filhos de almas de uma mesma mônada, com os quais compartilhamos uma vivência expiando dificuldade de nos amar; equilibrando ódio de vida passada por amor na próxima. Filhos não fiquem tristes por hoje, não serem reconhecidos,por suas mães que um dia juraram amor eterno a vocês. O esquecimento faz parte do compartilhar nova vida com outros espíritos a quem ainda devemos. Portanto hoje, peço perdão, por tudo que deixei de realizar em prol de nossa evolução em outras vidas e os perdôo por não terem amado o suficiente para compreeender meu papel de mãe. Tomara que no perdão possamos reconciliarmo-nos e ainda espiritualmente estarmos felizes por uma estrada de muito amor, amor incondicional. Grata por terem vivenciado comigo uma evolução, uma estrada de amor na busca de retornar a nosso Lar. A todos os meus filhos, espalhados por todas as dimensões, eu agradeço por ter sido chamada de mâe de vocês. Amo-os, eternamente!
Godila Fernandes
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RELEVO
Lá fora uma chuvinhaa fina sugere o aconchego
Pelos contornos fartos
do meu corpo robusto e frágil
passeia a língua malemolentemente
numa calma que acalma a paciência
mapeando a geografia por inteiro
todo
montanhas, vales, precipícios, fendas; quase morro
Bebe do rio manso e fresco e quente
um líquido viscoso e forte, tenperado de desejo
demora-se em sede desértica nossa
Incessantes carícias mornas
espasmos
Adentra com vigor em gruta funda
afundo em orgasmos explosivos
de intermináveis cores
com o peso do seu corpo teso e úmido
banhado em suores agri-doce
lambo
Descansa o cansaço entre meus seios
aconchegando os pelos nos meios veios
contorna os meus lábios com seu tato delicado
e beija minha face morena com ternura plena
pura
Refazemo-nos para mais uma exploração
relevo
(Lena Ferreira)
* * * *
PRECE
Senhor...
No silêncio deste dia que amanhece
quando um milagre se completa em cada canto
eu te agradeço por viver até agora
e por compartilhardes comigo o teu caminho.
E minha alma por inteira se renova
ante a magia deste sol e desta lua
destas flores, destes frutos, desta vida
e desta terra que me dá pão e coragem.
Mas ante tantas desventuras, tantas dores
tanta injustiça, tanta fome e misérias
eu fico aflita sem saber o que se faça
então te peço um pouco mais de caridade.
Bem sei Senhor, que é tão dificil esta luta
pois a maldade tem raizes bem profundas
e a bondade que semeio em meu caminho
é pouca coisa ante um povo injustiçado.
Por isso eu peço, ó Senhor, olha teu filho
não desampare a criança e o velhinho
dá a minha gente o direito a igualdade
e esperança a quem não sabe mais sonhar.
Doroni Hilgenberg
* * * *
Do que não falo
Falo pouco
e apenas quando quero
porque...
de que adianta dizer
das coisas tantas que venero
se...
quem ouve não vê
o transe no qual me desespero
se...
quem ouve não lê
o que no meu íntimo gero
e...
quem sente prazer
em ouvir tanto lero-lero?
Anorkinda
* * * *
Amor Inteiro
Meu amor não cabe no peito
E nem mesmo sei direito
Aonde me levará...
Esse amor já nasceu inteiro
E foi o amor primeiro
E para sempre será.
É amor de todo o instante;
É meu parceiro constante,
Que nunca findará.
Esse amor de brilho imenso,
De paixão e fogo intenso,
Ninguém mais conhecerá.
Amor de dentro para fora,
Amor de ontem e de agora,
Que o tempo não levará.
Meu amor é de verdade,
Da terra à eternidade.
Nem morrendo, morrerá.
Jane Moreira
Amor Inteiro
Meu amor não cabe no peito
E nem mesmo sei direito
Aonde me levará...
Esse amor já nasceu inteiro
E foi o amor primeiro
E para sempre será.
É amor de todo o instante;
É meu parceiro constante,
Que nunca findará.
Esse amor de brilho imenso,
De paixão e fogo intenso,
Ninguém mais conhecerá.
Amor de dentro para fora,
Amor de ontem e de agora,
Que o tempo não levará.
Meu amor é de verdade,
Da terra à eternidade.
Nem morrendo, morrerá.
Jane Moreira
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IMPLACÁVEL
Não quero migalhas do teu pão
De forma alguma nasci para ser metade
Prefiro a abstinência da felicidade
Que parcelas de satisfação.
Não pense que o fato de querer-te
Eleva-te ao plano superior
Sou plena, inteiramente amor
Mas sempre o primeiro plano.
Deixo à tuas migalhas
Teus próprios enganos
E que possa aplacar a tua fome
O que hoje desejo, não tem nome...
...Inteiro, absoluto, implacável.
Mavie Louzada.
IMPLACÁVEL
Não quero migalhas do teu pão
De forma alguma nasci para ser metade
Prefiro a abstinência da felicidade
Que parcelas de satisfação.
Não pense que o fato de querer-te
Eleva-te ao plano superior
Sou plena, inteiramente amor
Mas sempre o primeiro plano.
Deixo à tuas migalhas
Teus próprios enganos
E que possa aplacar a tua fome
O que hoje desejo, não tem nome...
...Inteiro, absoluto, implacável.
Mavie Louzada.
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(clique na imagem para ampliá-la)
* * *
Horas Vagas
Guardada no quarto
Entre quatro paredes
Por quartos de hora benditos
Enquanto o sono não vem
Abrigo o fio do infinito
Atado ao cio do tempo que escoa,
Esquálido
Em território branco
Inválido
Onde os ponteiros correm
Um atrás do outro
Pálidos
Numa viagem sem fim
Em deserto ocre,
Árido
De certo à procura de mim
Que irei despertar
A qualquer momento
Entre a meia noite
E o meio dia
E nenhum quarto a mais
Trazendo a trama na mão
Tecida dos sonhos
Que o tempo não levou
Célia Sena
Horas Vagas
Guardada no quarto
Entre quatro paredes
Por quartos de hora benditos
Enquanto o sono não vem
Abrigo o fio do infinito
Atado ao cio do tempo que escoa,
Esquálido
Em território branco
Inválido
Onde os ponteiros correm
Um atrás do outro
Pálidos
Numa viagem sem fim
Em deserto ocre,
Árido
De certo à procura de mim
Que irei despertar
A qualquer momento
Entre a meia noite
E o meio dia
E nenhum quarto a mais
Trazendo a trama na mão
Tecida dos sonhos
Que o tempo não levou
Célia Sena
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NINGUÉM...
Ninguém entende a alma de um poeta!
É um enigma sondá-la e entendê-la.
O mundo vil, em desencanto, a veta,
Só porque o bardo diz ouvir estrela...
Ninguém entende a alma de um poeta!
Ninguém entende o seu poetar divino.
Ninguém entende a sua luz e meta
A transcender no verso cristalino...
O vate canta o que o céu clareia:
O mar, o sol, a lua, a branca areia,
E o perfume oloroso de uma flor...
Ah, o poeta canta e mui delira
Ao tocar, com amor, as cordas da lira,
Do seu pequeno e desmedido amor!
J. Udine
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