POETISA JULENI ANDRADE!
HABITUALMENTE
Ser humano é habitual.
Vivência diária do tempo
no qual...
ser animal que não anda a pé.
Natural instinto de sobreviver:
saborear os raios disparados,
nascer das entranhas do urro,
arrancar poesia das estrelas.
Tirar teias das aranhas
na parede do quarto
cheirando à lavanda,
espraguejar às pragas da plantação...
administrar venenos pelos campos em flor.
Colher os frutos de dentro da terra;
enterrar os corpos embaixo do chão;
impregnar oceanos, rios, riachos,
os cachos de nuvens...
E cavar um buraco na camada de ozônio
é sinônimo
de humanização.
JULENI ANDRADE
.Ser humano é habitual.
Vivência diária do tempo
no qual...
ser animal que não anda a pé.
Natural instinto de sobreviver:
saborear os raios disparados,
nascer das entranhas do urro,
arrancar poesia das estrelas.
Tirar teias das aranhas
na parede do quarto
cheirando à lavanda,
espraguejar às pragas da plantação...
administrar venenos pelos campos em flor.
Colher os frutos de dentro da terra;
enterrar os corpos embaixo do chão;
impregnar oceanos, rios, riachos,
os cachos de nuvens...
E cavar um buraco na camada de ozônio
é sinônimo
de humanização.
JULENI ANDRADE
OUTRA ATITUDE
Vamos passear, entre os entremeios,
depois dos terremotos...
Vamos dançar, Vamos duvidar das certezas,
de tudo o que for enfiado pela goela.
Vamos namorar na varanda
à luz da melodia inovadora.
Voltar pra casa embaixo d’água
num navio fantasma com a bandeira branca.
Vamos todo mundo...
ninguém pode faltar à festa do renovar.
Num cemitério, plantar as sempre-vivas.
Vislumbrar os automóveis coloridos, parados na esquina,
Colher as flores, que nascerem na terra ressequidas
de ressentimenos...
no asfalto, quebrar o silêncio dos violentados.
Vamos todo mundo...
tudo imaginar... fazer.
Se faltar calor, o frio mata.
A gente esquenta tanto a cabeça.
Se ficar pequeno e o céu estreitar,
a gente aumenta o volume do voz.
Se não for possível gritar sozinho, façamos coro.
A gente tenta explodir o peito.
Vamos velejar nos oceanos das atitudes.
No mar de lama, jogamos toda hipocrisia.
Se faltar o vento, eu sopro em seus ouvidos...
a gente inventa um novo mundo, outra história.
JULENI ANDRADE
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Vamos passear, entre os entremeios,
depois dos terremotos...
Vamos dançar, Vamos duvidar das certezas,
de tudo o que for enfiado pela goela.
Vamos namorar na varanda
à luz da melodia inovadora.
Voltar pra casa embaixo d’água
num navio fantasma com a bandeira branca.
Vamos todo mundo...
ninguém pode faltar à festa do renovar.
Num cemitério, plantar as sempre-vivas.
Vislumbrar os automóveis coloridos, parados na esquina,
Colher as flores, que nascerem na terra ressequidas
de ressentimenos...
no asfalto, quebrar o silêncio dos violentados.
Vamos todo mundo...
tudo imaginar... fazer.
Se faltar calor, o frio mata.
A gente esquenta tanto a cabeça.
Se ficar pequeno e o céu estreitar,
a gente aumenta o volume do voz.
Se não for possível gritar sozinho, façamos coro.
A gente tenta explodir o peito.
Vamos velejar nos oceanos das atitudes.
No mar de lama, jogamos toda hipocrisia.
Se faltar o vento, eu sopro em seus ouvidos...
a gente inventa um novo mundo, outra história.
JULENI ANDRADE
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