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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * *

As circunstâncias

Mesmo tão longe, mesmo ausente
entro pelas vias do teu pensamento
faço poesias ao teu encantamento
enfeito estrofes e te dou de presente.

E quando renasce o sol pelas esquinas
tomo café te desejando um bom dia
embrulho um suspiro de boa energia
e sopro ao vento em direção à Minas

O sol me aprecia com olhos brilhando
Eu vejo que a vida tem muito sentido
Que tudo que escrevo nada é perdido
Eu serei os meus versos te esperando!

E mesmo que não chegue às gerais
O tempo e a distancia nada separa
Os meus cabelos a tua alma agarra
Eu não vou te esquecer nunca mais!


Fabio Granville / ღRaquel Ordonesღ .

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* * *
Amor


Eu quero gritar o seu nome
E destruir o muro que me afasta de você.
Eu quero arrebentar as correntes
E correr de encontro a essa felicidade.

Eu quero rasgar o meu peito
E extrair dele, em palavras, todo esse sentimento.
Eu quero morar nos seus sonhos!
E respirar, em cada dia, a tua presença.

Eu quero parar de sentir tua falta
E por abaixo a cortina que afasta nossos olhos.
Eu quero consumar esse desejo
E unir nossas mãos, ainda que por uma noite apenas.

Eu preciso destruir o muro que me cerca
E arrebentar as correntes que me prendem longe de você.
Eu necessito do seu carinho, da sua atenção
E preciso gritar o teu nome entalado no meu coração.

(Thiago Grijó Silva)

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* * *
Entregue ao universo


Constelação de muitas sementes
formam da ceifa a brisa constante
dos olhos da alma criam-se nuvens
espartos de mares tão navegantes
entregamos ao universo
feito sementes e ceifas
ou por vidas
belos amantes.


E a natureza cria seus úmidos silêncios
provocam oásis de belezas
prosseguem-se em notas musicais
e a sonata que cantou antes
hoje já se faz morada
não foi morte
e sim um agar deslizante
possuído por tantas liberdades
com a coragem de se possuir
feito veleiros
no corpo da noite
em que o amor se fazia canção.


Ah, eu bem que me atrevi
dançar estes fados de poesias
mas jamais
jamais pensei
que a balsa que me levava ao fundo
poderia ela um dia submergir
em tão sonoros silêncios
e eu me calei por dentro
ao simplesmente
simplesmente me ouvir
em um silêncio quase taciturno
de beiradas horas
que escapuliam em quase diamantes
na minha espera de todos os dias.

Maria Sofia

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* *
Eu canto!.

O pranto que já rolou,
o doce enlevo do infante,
um sorriso sem medidas,

eu canto a alma que chorou,
a ilusão toda do antes,
uma vida de idas e vindas.

Eu canto o amor que regenera,
a fruta que matura a semente,
a vida que gera vida e não desmente.

eu canto a energia do interior,
da alma de cada ser e minha,
como se a última vez fosse de amor.

Canto nosso presente interessante,
nossa vinda sutil tão marcante,
canto gratidão à alma do Criador!

Godila Fernandes

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* *
Pérola na Ostra

Palavras soltas, indo com o vento
São como as idéias que habitam a escuridão
Rebentos que eu mesmo invento
Pura e unicamente classificados de suposição.

O julgamento final de minhas ações
Tal qual as palavras que deixei de escrever
São unidas com pensamentos em vão
Que desuniram o mais sincero bem querer.

Perdido em vírgulas, parágrafos e pontos
Jogados em pergaminhos com teclas
Que nascem minhas poesias e contos
Sem luzes... Escuridão que renega.

Sublinhado pela tinta de corpo e forma
Letras tortas, curvas e retas
Seguindo manuais anexados as normas
Sem destino, puramente, sem regras.

Fecho a ostra - guardo as idéias
Desligo-a de uma tal de tomada
Milhões de criatividades são centopéias
Que andam e moram dentro do nada.

André Anlub

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* *
IN OFF

Calo-me
Porque nem todas as verdades
Devem ser ditas

Mente
Quem diz que não mente nunca
Nunca, é tempo demais
E, além do mais,
Algumas verdades são deveras pérfidas
São cruéis.
Muitas doem.

Mente
Quem diz preferir a verdade doa a quem doer
Mera ilusão
Algumas são tão corrosivas
Que é preferível não dizer

Eu, de minha parte,
Prefiro uma mentira mal contada
Que me façam crer
À uma verdade desgraçada
Que me mate o ser.

Célia Sena

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* *

Busca de um Sonho


Hoje eu acordei querendo um sonho
E fui buscá-lo a sua casa
E frente a porta trancada,
Fiquei a esperar...

E como o tempo não passa
Contei nas janelas
Nenhum convite para adentrar.
Fiquei a esperar...

Enquanto o dia vai morrendo
Paro! E tento chamar.
Nenhum sonho habita por lá,
Mas continuo a esperar...

(Thiago Grijó Silva)

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* *
Placebo


Pontas dos dedos
fecham os olhos
Palmas das mãos
escoram a face
encoberta rendição
Alma cansada...
Às vezes mato um poeta

Quero um banho
relaxante de Lua
Esparramar-me
em nuvens densas
e ter o peso
sob os meus ombros
Inverso desejo

Meu céu
é quase todo negro
se não fossem
as estrelas
que me revelam

Mas ainda é cedo...
Antes de esvair-se
a madrugada
quero e percebo:
Preciso sem medo
engolir o Universo

Placebo, soluço, alvorada

Daniel H. M. de Carvalho

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* *
Quase tristeza

Tarde quente,
sinto um vento
de melancolia
fremir meu peito.
Tão suave,
quase não dói,
nem sinto a alma
padecer
Será tristeza ?
Raio de beleza
atravessando
o dia ?
Talvez seja
poesia.

Thiago Cardoso Sepriano

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* *
RINDO ÀS RESPOSTAS?

Vem descansar acolhida em meus braços
Merecido repouso por desmedida entrega
Voarei por longos e ardentes sonhos contigo
Desbravar todo o teu ser e te amar às cegas

Agarra-me assim, como peça moldada
Que à outra se prende num ajuste perfeito
Far-te-ei cafuné como um bebê a dormir
Acolhe-se e voa encaixada em meu peito

Leva-me em teus sonhos, devoto e fiel
Amar-nos-emos e o limite será o céu
E assim, será por infindáveis anos

Mesmo sob menos réplicas que questões
Nossa história ultrapassará gerações
Amar e apenas amar. Esse é o plano.

Poeta Urbano

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* *
Lua, Vá Embora

 

 

 

Numa tarde cinzenta

De cinzas que não me guarde

Aqui dentro, meu coração chora:

- Lua, vá embora, senão, me mate.

 

Numa hora onde nada dá pé

Quando até o certo não sai

Da maneira que se quer

Reflita, moça, pois aqui, do outro lado

Eu te acompanharei,

e que o dia chegue logo, pois quero te amar

simplesmente, como sempre te amei.

 

E se tivermos que sangrar

Que sangremos juntos

Pois não é o que muda mundos

Que há de nos separar.

 

Sabe quando o tempo

parece não mais passar?

Lua, que me venhas embora

Há vagas num coração aí afora.





John Borovisque.

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Efeito dominó

Se eu não tocar seu coração
É porque amor não terá sido
O que julguei haver sentido,
Visto que mesmo a indiferença
Seria alguma reação

Porque o amor é único,
É mágico, divino, humano
Trágico
Não há como estar imune
Ninguém nega e fica impune

O amor, quando chega
Vibra, seiva viva, fibra
Feito pedra atirada no lago
Vesgas, nesgas ondulantes
Que tocam cada um
E nada é mais, o que era antes.

Célia Sena

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* *
Coração Pequenino

Junto ao coração pequenino, amor nascendo,
Em flor, a fé do menino vai tiquetaqueando.
Tem tanta vida aguardando o seu corpinho.
Ainda sem medos está ânimo, tão novinho.

E em cada alento há tinta verde esperança,
que se pinta em seu sorriso feliz de criança.
Dançam, riem os olhos curiosos, travessos.
Gulosos de saber o que tem além do berço.

Mal ele chegou já mostra que quer ter razão.
E a sua canção é um berro pedindo atenção.
Os ouvintes indo e vindo só pra lhe atender,
provam que a sua vontade é mesmo prá valer...

Rosemarie Schossig Torres

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* *
Leve[mente]

Esse olhar pesado
que hoje trago
não é meu.
Agro fruto
de circunstâncias
e escolhas
que não fiz.

Esse mesmo olhar
enevoado e envelhecido
além dos anos,
interroga-me
sobre perdas e ganhos
na inútil tentativa
de caminhar
além do caminho.

E assim vou
quebrando espelhos,
rasgando trajes
que não me servem
e enterrando mortos
que insistem
em voltar.

Mas apesar das lúgubres
noites de agonia,
sempre haverão
brisas de verão,
jardins da infância
e poesia.

Haverá sempre
um derradeiro olhar
de beleza
para elevar a mente.
Renascer lentamente,
leve[mente]

Thiago Cardoso Sepriano

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Um comentário:

Raquel Ordones disse...

LINDO DE VIVER!!!!

obrigada sempre!