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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012




PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


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POR ONDE ANDA A SAUDADE?

Um vento ressabiado
soprou no meu ouvido
um silêncio cansado
um grito escondido
Eu me enchi de tristeza
esvaziei o baú da felicidade
De onde vem essa frieza?
Por onde anda a saudade?
Que canto triste me invade
roubando meu doce sorriso?
Esquece essa mera verdade
me conta a outra metade
da história que mais preciso.

Amélia de Morais

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Amanhecendo-me
Acordo com os falatórios da lua, ela sempre a tentar uma
palavra com o sol...e se desespera
levanto com as dores da realidade, e ao sentar nas letras,
com os olhos fixos na negritude do horizonte a minha frente, me desfaço.
Palavras vão subindo qual bolhas de sabão, e o tempo voa com
elas...
Agora o horizonte se abre ao vermelho que o come pelas
beiradas, invadindo a escuridão
morna de ninhos...alforrio os meus sonhos reais.
E sinto passar por mim um cheiro forte de loucura, é
doce...quase enjoativo
se dissipa na próxima página escrita, e vai não se sabe para
onde. A lua já se foi
falando baixo e reclamando de seu destino...ah! se ela
soubesse do meu...
Na verdade, as páginas já se acumulam em meu vazio, não mais
reconheço minha alma
ou talvez a reconheça tanto que me assombro!
Preferível voltar a esta vida, fingir que preciso mesmo
levantar, comer, tomar banho, trabalhar... possivelmente é necessário a mim
fingir infinitamente que sou corpo.
Amanhã...quem sabe, antes do nascer do sol
eu tenha mais uma vez esta chance de me rever.
Bom dia...
Márcia Poesia de Sá

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SILÊNCIO

Quando esvazia meu pranto
seca o canal lacrimal .
Não partem redes de pesca
Nem voltam barcos do mar

Se meu espelho quebrar-se
e as imagens evadirem-se,
foge a magia dos ritos
e minha alma fica fria.

Caso essa chuva não venha
e o silêncio tome conta,
saio de cena a tempo
de evitar maiores danos.

Se o fantasma da solidão
passar em noite sem lua,
arrasta suas correntes
nas metáforas do meu chão.

Borbulham frágeis na taça,
ao sabor da discussão;
Partículas da anti-matéria,
silêncio após explosão

Gladis Deble

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***Visão***

Que aura tão linda desponta no mar
o sol e a lua ondas esperam galgar
Quem vem lá com vestido rendado
com mãos espalmadas e doce olhar

Trazendo na testa um raio estelar
ungindo seu povo em suave bailar
Ó mãe quem me dera que a tua visão
em mim derramasse tua mansidão

No mar minha casa deleito o olhar
e lá no horizonte fico a espreitar
Se vejo o encontro do povo do mar
que sacode e balança meu caramujar

Que bênçãos derrames em favos de méis
em perfumes de flores fartos farnéis
Em ondas que embrulham trazendo cabal
o mistério da lenda em grande final

E eu sonho e como sonho em dia claro
levantas nas ondas e contigo deparo
Em azul tão celeste crivado de estrelas
obrigada mamãe por deixar-me vê-las.
by
***RosaMel***

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Assim sou...

Sou a gota de chuva
que escorre pelos olhos
da vidraça nublada,
Sou a última orvalhada
que escorrega pela flor
e umidifica o chão...
Sou o extenso rio,
que corre sob o deserto
e que alimentará um lago...
Sou a água leve e benta,
que junto com o sal,
batizará a alma decidida!
Sou a água cristalina,
que verte cheia de Luz
pelo Pai abençoada...
Sou Tudo e não sou nada,
na ilusão terrena que se vive,
sou apenas eu sem ti ou alguém!
Sou a fênix ou a pomba branca
que a Paz dissemina por aqui,
sou o cósmico que permeia o devasso.
Sou tua irmã que busca,
tua alma encantada por magia
e a afaga com doçura...
Sou o ventre que te embala,
na mãe que a Terra reveste,
que esconde no amianto deste chão.
Sou tudo o que quiserem teus sonhos,
menos triste realidade como ilusão,
sou tua estrada ou, por certo, não sou nada.
Godila Fernandes

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NA VARANDA

Na esfera luminosa
onde anjos brincam de roda;
jogam pétalas na brisa.

Salpicam beijos na aura.
E as presença delicadas
derramam risos na aurora.

Quisera que nessa noite
Cheirando a cravo e a rosa
fossem verdade os sonhos na varanda
lá de casa,

Gladis Deble

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Equidistante

Nada se sobrepõe à sabedoria.
Há em toda natureza das coisas,
de um átomo a uma nebulosa,
mais de três voltas pelo Universo,
poderoso campo de infinitude..
Do grão de mostarda
que contém toda uma vida,
uma cachoeira em extensão,
ideia cria conflitos
que desafiam a razão...
Chegou, enfim, a estação.
No ponto equidistante,
tempo que se refaz,
certo de que Tudo cabe num verso...

Anorkinda

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