PEQUENOS GRANDES POETAS

 RESULTADO 9º CONCURSO DE POEMAS PEQUENOS GRANDES POETAS!

DIAS MELHORES VIRÃO!

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MILAGRES

Hoje, eu trago pássaros no olhar
vejo tardes lilases
bençãos de ouro entre trigais

A vida é uma semente
que pode dar frutos generosos
estrelas maduras nos galhos

Um grão de mostarda
nas mãos de Deus
trata-se de um oceano

Temos todas as chances...
milagres revestem as flores
povoam os campos e os homens

DANNIEL VALENTE

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NOVO MUNDO

O amanhã chegará bem lindo,
bagagem de bem querer; bem-vindo;
o hoje infestado de calmaria,
boas novas, sem idéias velhas,
presente é de gentilezas,
clima ameno,
seres serenos,
sempre um bom dia;
a guerra vai parar,
a paz irá pairar
no céu da América;
seres desarmados,
somos amados,
amamos todas raças;
sol cheio de graça,
sorrisos em coro.
(inexiste choro,
ranger de dentes ...)
Pés não ferem a grama,
a mente pensa amenidades,
pedras só ornando jardins;
somos todos afins;
dos corações nascentes de amor;
feras inofensivas,
presídios vazios abrigam bibliotecas,
versos sem raiva e censura,
preces ecumênicas, irmãs;
tomara que seja duradouro,
oxalá seja rotina;
sem algemas,
sem rancor,
sem muros de lamentações;
todos, de mãos entrelaçadas,
almas dadas,
armas-adornos;
palavras balsâmicas.
uma nova dinâmica
neste mundo criado por nós,
a uma única voz.


[gustavo drummond]

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Melhores dias

Sabe aqueles dias
frescos, primaveris
perfumados por flores
árvores coloridas
e pássaros gorjeiam
a vida em pintura natural?

Reconheces aquelas tardes
quentes à beira de um regato
habitado por peixinhos dourados
onde o brilho n'água fala com você
sobre os mistérios da vida em geral?

Sabe aquela horas
na companhia de amigos
que esquentam seu coração
com histórias e gestos
que falam da divina emoção?

Reconheces que toda
e qualquer visualização
de momentos de prazer
é perfeitamente possível
de se tornar real aqui e agora?

Saiba que é isto mesmo
que esta poesia pretende...
Colher o fruto e espalhar as sementes
de melhores dias, para sempre!

Anorkinda

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RÉQUIEM PARA MELHORES DIAS

Cabisbaixo, carregando um medo surdo,
Vergado pelo peso que preenchia o espaço dos sentidos,
Atalhou o caminho da vida,ruminando o sumo de palavras
amargas,junto a uma avalanche de grandes incertezas

Não conjugou o tempo perfeito do verbo,se abrigou no imperfeito
Agasalhado em lembranças do passado e olhar fixo no futuro
Não dançou aos quatro ventos,nem cantou no advento de novas estações
Mágoas espalhando nódoas,carimbavam o passaporte da sua viagem

Perdeu a hora _o trem_o lugar_o aqui_o momento
Sempre à espera,deixou escapar os grãos da realidade
Plantando solidão, no afã do desejo de uma futura_ melhor colheita,
não viu a vida desfilar horas felizes,momentos de sagração

Cultivou angústias,colheu desafetos,não viu os frágeis abetos
que desabrochavam e seguiam majestosos,tentando alcançar o infinito,
sugando a seiva que a mãe natureza lhes oferecia todos os dias,
a mágica do renascimento nas belas telas do amanhecer!

Não viu o samba chegar_ a banda tocar_o tempo passar
Absorto estava, à espera da chegada de uma canção_solução,
um réquiem para os melhores dias que na certa iriam chegar.
Não percebeu que melhores dias são os colhidos no presente_agora!

(Lage, Mazéh)

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