Do tópico DIVA PROCURA!
ÀS MARGENS DO RIO
Rio de água límpida que desce a serra
nascido de vertente num lugar de encanto
na nascente tanta beleza encerra
mas no seu curso a perde no entanto.
Desce a encosta entre perfume de alecrim
esbelta criança, um riacho varonil
e chega a planície ainda assim
para desabrochar sob um céu de anil.
Robusto se torna, um belo curso d'agua
largo, profundo e caudaloso
entre margens a desfilar a mágoa
de não ser mais aquele rio formoso.
A poluição lhe tolda o brilho cristalino
e o olor de alecrim já diluído
dá ao rio que antes foi um menino
um aspecto velho, fraco e poluído.
Às margens do rio ainda venho
para chorar sua morte prematura
pois na mente seu vigor ainda tenho
e relembro com saudade e amargura.
Aqui, às tuas margens, velho rio
quando tua orla era perfumada e florida
preenchi em minha alma um imenso vazio
conheci o grande amor da minha vida.
Como tu, no auge de tanto vigor
ao final da tarde, quando o Sol se punha
jogamos em tuas águas uma flor
juramos amor e tu foi a testemunha.
Hoje volto à tua presença, com carinho
às tuas margens, sentado, sem alegria
jogo outra flor, desta vez sozinho
e escrevo esta amargurada poesia.
Rui E L Tavares
Rio de água límpida que desce a serra
nascido de vertente num lugar de encanto
na nascente tanta beleza encerra
mas no seu curso a perde no entanto.
Desce a encosta entre perfume de alecrim
esbelta criança, um riacho varonil
e chega a planície ainda assim
para desabrochar sob um céu de anil.
Robusto se torna, um belo curso d'agua
largo, profundo e caudaloso
entre margens a desfilar a mágoa
de não ser mais aquele rio formoso.
A poluição lhe tolda o brilho cristalino
e o olor de alecrim já diluído
dá ao rio que antes foi um menino
um aspecto velho, fraco e poluído.
Às margens do rio ainda venho
para chorar sua morte prematura
pois na mente seu vigor ainda tenho
e relembro com saudade e amargura.
Aqui, às tuas margens, velho rio
quando tua orla era perfumada e florida
preenchi em minha alma um imenso vazio
conheci o grande amor da minha vida.
Como tu, no auge de tanto vigor
ao final da tarde, quando o Sol se punha
jogamos em tuas águas uma flor
juramos amor e tu foi a testemunha.
Hoje volto à tua presença, com carinho
às tuas margens, sentado, sem alegria
jogo outra flor, desta vez sozinho
e escrevo esta amargurada poesia.
Rui E L Tavares
PROCURA-SE
Procura-se uma palavra nova
Pra espalhar no mundo por todos os povos
Uma ideia que não exija prova
Chega de andar pisando em ovos
Procura-se um novo adjetivo
Convincente, pleno e derradeiro
Que seja ideal e a ninguém, nocivo
Chega de farinha pouca meu pirão primeiro
Procura-se o substantivo certo
Pra dar, quem sabe, nome ao inominável
Que esteja em cada ponto de todo o Universo
Chega de pancadas e tempo instável
Procura-se o verbo perfeito
Pra quem considera o Ser, uma ladainha
Que seja um que não imponha preito
Chega de puxar brasa pra minha sardinha
Procura-se uma nova letra
Pra se encaixar no alfabeto que vier
Que a ninguém possa parecer cambeta
Chega desse salve-se quem puder
Procura-se sinceramente e de coração
Explicação para o que houve no dia
Que independente de fé ou razão
A terra era sem forma,...e sem poesia.
LCPVALLE
À sombra da poesia
Não acredito na sanidade
Nada poderá ser...
A sombra se estende
Sobre mim mesmo
Sobre o instrumento mais belo:
___A poesia!
Se não acreditar em algo bom
Tudo vira loucura
E a barbárie instala no coração,
Que estava a poetar
Então morre o sonho:
___Sem poesia!
Eu não entendo
Corre uma lágrima lenta
Fria e sem concórdia
Sem nada
Gelando os passos escritos
Finda assim o mais belo:
___A poesia!
Diogo Dias Fernandes
Não acredito na sanidade
Nada poderá ser...
A sombra se estende
Sobre mim mesmo
Sobre o instrumento mais belo:
___A poesia!
Se não acreditar em algo bom
Tudo vira loucura
E a barbárie instala no coração,
Que estava a poetar
Então morre o sonho:
___Sem poesia!
Eu não entendo
Corre uma lágrima lenta
Fria e sem concórdia
Sem nada
Gelando os passos escritos
Finda assim o mais belo:
___A poesia!
Diogo Dias Fernandes
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