FOLHAS AMARELADAS
Tenho nas mãos, o tempo
mas não posso manipulá-lo
nem mesmo revertê-lo...
Apesar de tê-lo em mãos,
não posso tocá-lo,
nem ao menos vê-lo.
Posso apenas recordá-lo
nestas folhas amareladas
que reviro uma a uma...
Sem poder, no entanto
reviver, nem que seja,
por momento alguma.
Seguro o tempo que se foi
e que nestas folhas registrei
sem poder reverter-lhe a trajetória...
Em meio ao pó que a vida deixou
leio o que escrevi
contando a nossa história.
Em minhas mãos tanta felicidade,
tanta alegria transcorrida
naquelas horas passadas...
Hoje apenas registros,
frases que viraram saudade
nestas folhas amareladas.
Rui E L Tavares
O TEMPO NO ESPELHO
Críticos
são os olhos do tempo
que te observam do espelho
por onde te refletes.
Essa imagem
é teu juíz,
a sentença transitada
à qual te submetes.
Esses cabelos brancos,
as pálpebras caídas,
a aparência cansada,
esse timbre de voz...
São marcas do tempo
que levou teus viços
como um contínuo vento,
impiedoso algoz.
O castelo que não erguestes,
a hora que não pregastes a paz,
o livro que não escrevestes,
a árvore que não plantastes...
Tudo ficou para trás.
E essa imagem no espelho,
como um credor determinado
faz no teu presente uma cobrança
de todas as dívidas do passado!
Rui E L Tavares
Críticos
são os olhos do tempo
que te observam do espelho
por onde te refletes.
Essa imagem
é teu juíz,
a sentença transitada
à qual te submetes.
Esses cabelos brancos,
as pálpebras caídas,
a aparência cansada,
esse timbre de voz...
São marcas do tempo
que levou teus viços
como um contínuo vento,
impiedoso algoz.
O castelo que não erguestes,
a hora que não pregastes a paz,
o livro que não escrevestes,
a árvore que não plantastes...
Tudo ficou para trás.
E essa imagem no espelho,
como um credor determinado
faz no teu presente uma cobrança
de todas as dívidas do passado!
Rui E L Tavares
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