PEQUENAS GRANDES PÉROLAS
* * * * * * *
Espaço entre a razão e o sentimento
Entre a razão
e o sentimento
Há um vácuo
que pede ajuda
A razão não liga
para sofrimento
Faz da emoção
expressão muda!
Raquel Ordones
* * * * * *
Vitória
No chão da minha vida
A semente se lança
Quando minha intuição alcança
Um nexo , uma vitória de reconhecimento
Dos meus poemas ....um sentimento !
E o papel engravida .
Ana Maria Marques
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Espaço entre a razão e o sentimento
Entre a razão
e o sentimento
Há um vácuo
que pede ajuda
A razão não liga
para sofrimento
Faz da emoção
expressão muda!
Raquel Ordones
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Vitória
No chão da minha vida
A semente se lança
Quando minha intuição alcança
Um nexo , uma vitória de reconhecimento
Dos meus poemas ....um sentimento !
E o papel engravida .
Ana Maria Marques
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INDIGESTÃO
.
Rasguei o seu desprezo
com a precisão do incisivo
.
Mastiguei sua indiferença
com a força dos molares
.
Umedeci a não-resposta
com minha saliva tanta
.
Mas não passa na garganta...
.
Engolir tanta desfeita
Sinto muito...Não vai dar...
.
(Lena Ferreira)
.
Rasguei o seu desprezo
com a precisão do incisivo
.
Mastiguei sua indiferença
com a força dos molares
.
Umedeci a não-resposta
com minha saliva tanta
.
Mas não passa na garganta...
.
Engolir tanta desfeita
Sinto muito...Não vai dar...
.
(Lena Ferreira)
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Poema sem ritmo
Meu verso pode não ter
aquele ritmo , aquela rima
que você tanto esperava para viver
Mas o meu e teu poema
têm palavras que o dicionário não faz entender.
Ana Maria Marques
* * * *
CANTARES!.
O cântico dos poetas, já fez coro com a natureza.
O cântico dos poetas já alcançou o angélico...
O cântigo dos poetas precisa desvenciliar-se
de regras, de farpas de rimas, de vis sonoridades.
O poeta é ser de Luz que embala almas alheias,
é ser de amor que confunde e abençoa o dual.
O poeta é marginal, ladeia estrada afora.
O poeta é a cálida presença da morna aura.
Entre o poeta, a aura e a alma confundem-se os tons,
mesclam-se de luzes e raiares a primogenitura...
Enrodilham-se solares, enovelam-se luares,
A poesia é latente, fugaz, eterna contradição do espírito,
pois é a alma quem sente o livre chão do peregrino,
nos percalços, nas quadraturas, das redondilhas do verso.
godila fernandes
* * *
Teu sorriso
Quero ser a boca... O seu sorriso
O beijo que maravilha seu gosto
Até serei um único rio, o seu riso
De janeiro beijando até agosto
Quero me fartar com seus braços
Envolver no caminho da sedução
De dois apaixonados com abraços
Sufocando e beijando com paixão
Ah! Se tal lascivo o sonho beijar-te
Amar-te-ia no momento da fraqueza
Da beleza do seu encanto, amparar-te
Tocando o céu da boca com destreza
De poeta quando toca sua melhor arte
Ser o teu sorriso beijado, ser delicadeza!
André Fernandes
* * *
A Chave da Eternidade
Eis que todos os elementos se reúnem
Portas, portais, luz e sombras
Homem, mulher
Onde usar a chave?
Por qual porta adentrar?
Qual o caminho para a eternidade?
Dirão os céticos que a chave
Há de abrir algum portal
Ledo engano
Vedes que o portador da chave
Tem os olhos vendados?
“O essencial é invisível aos olhos”
A chave da eternidade é o amor
Pois ele é além-matéria e sobrevive,
Assim como a alma que o abriga
E a luz que o conduz.
Não procure ao teu redor
O que está dentro de ti.
Célia Sena
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CAMUFLAGEM
Acordo... espelhos...
Como primeiro ato do dia,
Contemplar a minha imagem.
Batom... vermelho...
A face se irradia,
Sob o efeito da maquiagem.
Penteio... o cabelo...
Visto-me de alegria...
Para completar a camuflagem!
Viviane Ramos
* *
FASES
Minguante:
nova
mente
cheia
de decepção
crescente...
Lena Ferreira
* *
SINTO MUITO, NÃO VAI DAR!
A vida é um corre-corre
Uma avenida sem semáforo
Somente "não pare", "siga", "avante"!
Não tem mão dupla
Não tem contorno, nem retorno
A placa sempre indica "adiante"!
Ás vezes, tem um buraco na pista
Outras vezes é lisa, derrapa
Cai e levanta, o caminhante!
Bem ou mal, não tem acostamento
Não tem lugar para reabastecimento
Quem apressa o final, dormiu no volante!
Também sigo meu caminho, sem desvios
Encurtar distâncias não preciso
Sinto muito, não vai dar; estou vigilante!
Janete do Carmo
* *
OS MENINOS DO FUTURO
(Política)
Eles estão chegando
Nascendo por todo canto
Ricos, de vez em quando
Pobres em número de espanto
Branco, moreno e escuro
Os meninos do futuro
Há um poder transformador
Na palma de nossa mão
Para imbuir de amor
Nossa gigante nação
E cuidar com todo o acuro
Os meninos do futuro
Promessas de paz e harmonia
Tempos de sonho e sossego
Que tenham uma terra um dia
Com saúde, educação e emprego
Sem cerca, muralha ou muro
Os meninos do futuro.
LCPVALLE
* *
Sou sui generis
por nomeação.
poeta por
intuição
canto
em todos cantos.
o encanto feminino.
desde menino
amava os passarinhos.
conhecer novos caminhos.
minha cor: vermelho,
meu aroma: madeira.
sou outro lado do espelho.
a beira
de um ataque lírico.
índio, vidente, nômade.
guerrilheiro urbano,
desarmado,
amado
ou não.
sou o interior
dos sonhos e quimeras,
a fila de espera
do trem de passageiro.
sou efêmero eterno.
último dos primeiros.
verão do inferno.
céu eterno.
amo o solo do alaúde,
todos, defeitos,
virtudes.
um breve hiato,
ligeiro intervalo,
um cheio prato,
tantas doses de absinto,
quando silencio calo
para fluir
tudo que sinto!
[gustavo drummond]
* *
Sonho de uma noite de verão
no calor da noite
à beira do lago
sob a luz do luar
há um mundo paralelo
uma efervescência de vida
invisível e despercebida
a quem passa por ali
terra, água, fogo e ar
cedem sua essência
a estranhas criaturas
que em constante lida
- atividade surreal -
modelam formas do astral
transformam sonhos
realizam desejos
gnomos e ondinas
sílfides e salamandras
por devas orientados
vibram e rodopiam
nos quatro pontos cardeais
e renovam a natureza
na dança dos elementais
Helenice Priedols
* *
O TREM
O trem partiu às sete horas
Como me disse um tal Raul
Não sei pra onde foi embora
Não foi pro norte, nem pro sul
Quem vai, quem fica, sempre chora
O trem sumiu no céu azul
Ele não tinha maquinista
Não tinha rodas, nem vagões
Não trafegava sobre pista
E nem parava em estações
Não tinha mestre, nem artista
Só transportava corações
O trem partiu e nós perdemos
Onde será que então erramos?
O que será que não fizemos?
Por que será que aqui ficamos?
Talvez o trem seja pequeno
E volte em um milhão de anos.
---
Isto é só uma simulação
O trem é pequeno
Os que quiserem embarcar
Abandonem suas bagagens.
LCPVALLE
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