POETA ALEXANDRE DE PAULA!
Dos Quereres
Eu quero ser livre
Mais, bem mais que qualquer moderno
Para fazer meu verso terno
Ou ríspido quando assim o quiser
Quero-me liberto
Para usar a rima rica
Ou a pobre quando a mim
For aprazível
Quero o vocábulo raro
E o léxico vulgar
Para falar do povo que agora chora
Ou para cantar as dores de outrora
Quero a métrica perfeita
E o verso livre, branco
Para louvar as sutilezas
Da rosa a desabrochar
Quero o arcaísmo
Que há muito fora guardado
E o neologismo
Qu'inda vou criar
Quero a mesóclise
Colocar-me-ei perfeito
Mas, também imperfeito
Me colocaria, por que não?
Eu quero ser o momento
O que a arte pedir
Rabiscos dispersos numa folha
Ou formas claras num céu qu'inda não há.
Alexandre de Paula
Eu quero ser livre
Mais, bem mais que qualquer moderno
Para fazer meu verso terno
Ou ríspido quando assim o quiser
Quero-me liberto
Para usar a rima rica
Ou a pobre quando a mim
For aprazível
Quero o vocábulo raro
E o léxico vulgar
Para falar do povo que agora chora
Ou para cantar as dores de outrora
Quero a métrica perfeita
E o verso livre, branco
Para louvar as sutilezas
Da rosa a desabrochar
Quero o arcaísmo
Que há muito fora guardado
E o neologismo
Qu'inda vou criar
Quero a mesóclise
Colocar-me-ei perfeito
Mas, também imperfeito
Me colocaria, por que não?
Eu quero ser o momento
O que a arte pedir
Rabiscos dispersos numa folha
Ou formas claras num céu qu'inda não há.
Alexandre de Paula
Pranto natural
Sei que choras a rasgar o alvo céu
Finas gotas dum pranto cáustico e ácido
Derramas sobre nós num gesto plácido
A dor que te causara pobre réu
A ganância, o desejo vil, tão flácido
Queimaram tua densa mata ao léu
E já na boca agora está teu fel
Fenecem com o ardor do viscoso ácido
Já não pode-se apenas explorar-te
Degradar-te, destruir-te em toda parte
Agonizas, porém inda resistes
Levantar-te-ás ao fim dos cantos tristes
Saberão, enfim, que nada teu foi vão
Teu choro há de lavar a podridão.
Alexandre de Paula
Sei que choras a rasgar o alvo céu
Finas gotas dum pranto cáustico e ácido
Derramas sobre nós num gesto plácido
A dor que te causara pobre réu
A ganância, o desejo vil, tão flácido
Queimaram tua densa mata ao léu
E já na boca agora está teu fel
Fenecem com o ardor do viscoso ácido
Já não pode-se apenas explorar-te
Degradar-te, destruir-te em toda parte
Agonizas, porém inda resistes
Levantar-te-ás ao fim dos cantos tristes
Saberão, enfim, que nada teu foi vão
Teu choro há de lavar a podridão.
Alexandre de Paula
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