PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!
* * * * * *
Emoção Presente
As palavras eu cavo, embaralho.
Escavo pelas suas entrelinhas...
E aos pés de cada objeto talho
sentidos, injeto verdades minhas.
Sinônimos de vocábulos formulo.
São fábulas que minha alma diz.
Amalgamo outros ditos, acumulo;
várias vozes que têm mesma raiz.
Por mais composições que invente;
diferentes termos crie a imaginação,
estará sempre a emoção presente,
aquela primeira, que sente o coração.
Rosemarie Schossig Torres
As palavras eu cavo, embaralho.
Escavo pelas suas entrelinhas...
E aos pés de cada objeto talho
sentidos, injeto verdades minhas.
Sinônimos de vocábulos formulo.
São fábulas que minha alma diz.
Amalgamo outros ditos, acumulo;
várias vozes que têm mesma raiz.
Por mais composições que invente;
diferentes termos crie a imaginação,
estará sempre a emoção presente,
aquela primeira, que sente o coração.
Rosemarie Schossig Torres
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IN CÔMODO
Persiste
o nó na garganta
mais não grito
retiro força, sei de onde
mais não me digo
Sigo...
Não canto mais
mais não me encanto
mais não me agito
Sigo...
Forjando armadura
silêncio e repúdio
escudo com fuso
em um dos meus pés
tropeço, caindo, engulo perigo
mais não me engasgo
mais não persigo
Sigo...
Acomodo ao rasgo
os dóridos olhares
os vincos ocultos
as dobras lunares
as cobras, os vultos
mais não me assusto
mais não me insulto
(Lena Ferreira)
Persiste
o nó na garganta
mais não grito
retiro força, sei de onde
mais não me digo
Sigo...
Não canto mais
mais não me encanto
mais não me agito
Sigo...
Forjando armadura
silêncio e repúdio
escudo com fuso
em um dos meus pés
tropeço, caindo, engulo perigo
mais não me engasgo
mais não persigo
Sigo...
Acomodo ao rasgo
os dóridos olhares
os vincos ocultos
as dobras lunares
as cobras, os vultos
mais não me assusto
mais não me insulto
(Lena Ferreira)
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A voz do Vento
Da onde venho o vento canta
Implacável percorre campos e matas
Zumbe altivo nas acácias.
O ar gélido produz arrepios
congela um a um amores meus
e as flores já fenecem no estio.
Soluça a brisa no cipreste esguio
enquanto eu, a alma em cacos,
só quero você e abrigar-me do frio.
Gladis Deble
Da onde venho o vento canta
Implacável percorre campos e matas
Zumbe altivo nas acácias.
O ar gélido produz arrepios
congela um a um amores meus
e as flores já fenecem no estio.
Soluça a brisa no cipreste esguio
enquanto eu, a alma em cacos,
só quero você e abrigar-me do frio.
Gladis Deble
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Punhal
Minha pena é meu punhal
E minha verve a lâmina
Que o poeta empunha
Minha tinta preta do tinteiro
Torna-se rubra com o seu ferir
Cada escrita minha, de língua afiada
Dentro de mim, há alguém que grita
Na calada da minha inspiração
Cada assassinar de minha divina criação
Meu papel torna-se calabouço
Ontem eu fui, e hoje estou sendo
E amanhã este papel será sempre...
A minha fiel masmorra.
André Fernandes
Minha pena é meu punhal
E minha verve a lâmina
Que o poeta empunha
Minha tinta preta do tinteiro
Torna-se rubra com o seu ferir
Cada escrita minha, de língua afiada
Dentro de mim, há alguém que grita
Na calada da minha inspiração
Cada assassinar de minha divina criação
Meu papel torna-se calabouço
Ontem eu fui, e hoje estou sendo
E amanhã este papel será sempre...
A minha fiel masmorra.
André Fernandes
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A Voz do Vento!.
E eis que em meu coração,
o vento assovia pelos cantos,
fazendo congelar a canção
de minha alma, uivar minha dor!
Por que o vento não acaricia,
por que o vento não mima?!
Mas pelo contrário dói-me,
fustiga meu coração a sofrer.
A voz do vento agora geme
em apupo a minha canção,
distancia-me da verdade.
A voz do vento é como a minha,
clamando por ti amor de alma,
sem vê-lo, nem escutá-lo, perdido.
Godila Fernandes
E eis que em meu coração,
o vento assovia pelos cantos,
fazendo congelar a canção
de minha alma, uivar minha dor!
Por que o vento não acaricia,
por que o vento não mima?!
Mas pelo contrário dói-me,
fustiga meu coração a sofrer.
A voz do vento agora geme
em apupo a minha canção,
distancia-me da verdade.
A voz do vento é como a minha,
clamando por ti amor de alma,
sem vê-lo, nem escutá-lo, perdido.
Godila Fernandes
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RIO DE SANGUE E LÁGRIMAS.
Rio de Janeiro, rio de sangue e lágrimas.
Possessão - matança similar de Herodes
A atacar com furor inocentes crianças...
Corre-corre, terror, arma que explode...
Gritos de pavor... Uníssonas desesperanças...
Rio de Janeiro que clama: “quem me acode?!...”
Ri e zomba o demônio materializado!
Escoceia, espuma pela boca em fúria...
Blefa, mente, proclama-se sem pecado...
Diz odiar o mal, a indecência, a luxúria...
Rio de Janeiro, Rio de Abril em maldição.
Rio da desolação, Rio da amargura...
O Cristo, de braços abertos, perplexo e mudo,
Lança o Seu olhar divinal e misericordioso...
Vê o Rio em sangue a se banhar... Contudo,
Ora ao Pai por esse ato insano e impiedoso!
E chora, por ver a humanidade apodrecida,
Mergulhada no pecado vil e homicida!
Rio de Janeiro, rio de sangue e lágrimas.
Rio a gemer em suas sanguíneas águas
As dores cruciantes de pecados e mágoas...
Rio das inundações, das desgraças, das lástimas...
Ó meu Deus, por que esse Rio não é Jordão,
Para trazer ao seu povo a água da Salvação?!
Senhor derrama bênçãos de luz sobre o Rio!
Converte o teu povo. Dá-lhe a graça da Paz e do Amor!
Destruí – nele a iniqüidade, e o Mal em arrepio...
Que o sangue dos martirizados e inocentes
Sirva de penhor de benditas esperanças!
Ó Senhor, piedade do Rio, dos pais...das crianças!...
J. Udine
Rio de Janeiro, rio de sangue e lágrimas.
Possessão - matança similar de Herodes
A atacar com furor inocentes crianças...
Corre-corre, terror, arma que explode...
Gritos de pavor... Uníssonas desesperanças...
Rio de Janeiro que clama: “quem me acode?!...”
Ri e zomba o demônio materializado!
Escoceia, espuma pela boca em fúria...
Blefa, mente, proclama-se sem pecado...
Diz odiar o mal, a indecência, a luxúria...
Rio de Janeiro, Rio de Abril em maldição.
Rio da desolação, Rio da amargura...
O Cristo, de braços abertos, perplexo e mudo,
Lança o Seu olhar divinal e misericordioso...
Vê o Rio em sangue a se banhar... Contudo,
Ora ao Pai por esse ato insano e impiedoso!
E chora, por ver a humanidade apodrecida,
Mergulhada no pecado vil e homicida!
Rio de Janeiro, rio de sangue e lágrimas.
Rio a gemer em suas sanguíneas águas
As dores cruciantes de pecados e mágoas...
Rio das inundações, das desgraças, das lástimas...
Ó meu Deus, por que esse Rio não é Jordão,
Para trazer ao seu povo a água da Salvação?!
Senhor derrama bênçãos de luz sobre o Rio!
Converte o teu povo. Dá-lhe a graça da Paz e do Amor!
Destruí – nele a iniqüidade, e o Mal em arrepio...
Que o sangue dos martirizados e inocentes
Sirva de penhor de benditas esperanças!
Ó Senhor, piedade do Rio, dos pais...das crianças!...
J. Udine
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Cruel insanidade
R uptura na mente... Abriu à maldade
E ntre balas e sangue, tanta crueldade
A njos terrenos, seu desígnio foi feito
L onge de Deus, seu duelo é suspeito
E coam os berros, e mães desesperam
N o coração forte dor, filhos esperam
G anha no imo a ferida, imenso vazio
O sangue golfa no leito, no peito do Rio
ღRaquel Ordonesღ
R uptura na mente... Abriu à maldade
E ntre balas e sangue, tanta crueldade
A njos terrenos, seu desígnio foi feito
L onge de Deus, seu duelo é suspeito
E coam os berros, e mães desesperam
N o coração forte dor, filhos esperam
G anha no imo a ferida, imenso vazio
O sangue golfa no leito, no peito do Rio
ღRaquel Ordonesღ
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***Pensou Errado***
Nem vem que não tem
não sou passarinho
nem atire farelinho
que eu não caio nessa
não
comigo e na base
do carinho, chegue
de mansinho
venha com calma
e desarma
desce do pedestal
és apenas um homem
besta total..
por isso...
pega leve, seja breve
seja cauto
eu não desço
do salto
não sou isca
sou arisca
e não te arrisca
se enganou
pediu?
levou...
***RosaMel***
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Nem vem que não tem
não sou passarinho
nem atire farelinho
que eu não caio nessa
não
comigo e na base
do carinho, chegue
de mansinho
venha com calma
e desarma
desce do pedestal
és apenas um homem
besta total..
por isso...
pega leve, seja breve
seja cauto
eu não desço
do salto
não sou isca
sou arisca
e não te arrisca
se enganou
pediu?
levou...
***RosaMel***
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