PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!
* * *
MAKTUB
Serei seu poeta constante,
nas diversidades das estações,
ainda que falte novas inspirações;
deixe ... invento, formato ... crio ...
creio em mim ... creio em ti ...
o poder da mente, odor de menta,
presente na ausência frágil,
filmando estrelas sensuais,
roendo cometas verdes,
ramalhetes de versos silvestres,
colocados na sua janela cromada,
assim está escrito nas sementes
brotadas nas pedras das jóias,
incrustadas no âmago do exterior,
poemas discretos, subjetivos,
enraizados de amor,
de flores astrais,
mar nosso de todos dias,
ondas magnéticas,
genes, genética,
sou seu poeta particular,
seu trovador,
seu livro,
livre
de
conceitos,
formalidades...
[gustavo drummond]
.
* * *
(CLIQUE PARA AMPLIAR)
.
* * *
DESENCANTO
No espaço da dança joguei meus sonhos
Num breve rodopiar romperam-se os ligamentos
A fantasia deu lugar à nostalgia da realidade
Exalando pelos poros,gestos monótonos
nos braços cansados,olhos molhados,
pés sem equilíbrio tentando recriar os passos
perdidos- incertos- exaustos
Numa lenta e triste melodia_do tédio.
(Lage,Mazéh)
.
* * *
(CLIQUE PARA AMPLIAR)
.
* *
Moça Educada
Moça educada
até termina com "por favor" e "muito obrigada";
é, moça educada é outro nível
e talvez seja, realmente
Moça educada
sempre nos deixa com um um gostinho bom
na boca, e com um nó na garganta;
não, nós não temos nenhuma opinião formada sobre ela
Arrastando multidões inteiras
com sua tamanha gentileza;
tamanha gentileza essa que, até os que nem
eram tão vis assim, se conspiraram contra mim
Moça educada
sempre é habilidosa com as palavras;
sabe controlá-las na hora certa, dosá-las;
ela sabe me curar, e me matar, como me faz agora
E tudo o que eu sei
sobre essa moça, que sempre me fez rir
até nas horas mais incertas
é que, na verdade, ela nunca existiu
. John Borovisque
.
* *
Onde mora o arco-íris eu vou
Vou descalça e de tranças
vou com doces no bolso
vou com caderninho
caneta e algum sonho
Vou seguir o colibri dourado
e sentar na pedra faladeira
ouvir conselhos de coruja
e cantar com uma lavandeira
Eu conheço o caminho
ja fui lá algumas vezes
onde mora o arco - íris
é onde as aranhas tecem suas teias
De lá se avista o mundo todo...
as fadas, gnomos, bruxas e sereias
De lá também nascem os sonhos
em caixinhas prateadas
feitas de coloridas areias
Márcia Poesia de Sá
.
* *
Gioconda
Sou a paz e a inquietude
um sorriso duvidoso
trago nas mãos
os tantos ritos
e nos olhos, algo de amores
Controversa, questionadora
mente em festa de interrogações
Sou a arte feminina
o hormônio das paletas
a graça das meninas
tantas vezes reproduzida
estudada, copiada
mesmo assim
nada entendida...
sou a mulher e suas muralhas
Tenho o álamo como berço
e o céu como viagem
Tantas camadas me fizeram
horas de risos e de lágrimas
a arte virando espelho
de todas as mulheres
e seus insolúveis disfarces.
Márcia Poesia de Sá
.
* *
DELÍRIO DE UM POETA
Escreve no espelho d'água,
Partículas de sentimentos,
Interior de mágoas,
âmago de amor desatinado,
Beijos palpáveis,
Prazer e tormento,
Metáforas amáveis,,
fingimentos concretos,
abstratos jeitos
do que não é, nem será.
Encena sorrisos,
sórdidos, sublimes;
sendo causa, se faz efeito.
Seu lar ... tantos lugares,
De Berlim a Bagdá.
Meticulosamente preciso,
precisa se imaginar
ser túnel, hangar,
futuro passado,
passar por utópicas pontes,
Desatinado,
se afogar em fontes
turvas, anoréxicas,
poesias agudas,
andróginas, ilógicas,
irreais ...
[gustavo drummond]
.
* *
DE LUZES E CRISTAIS
A centelha que mora em mim
arde quando saio em vôo lúdico
através da geografia das palavras
Me distraio na calmaria de um mar
ou entre sombras do silêncio de um vale.
Ora, me acho entre rochas de cristal
buscando ser hábil garimpeiro
para acordar o bruto diamante
que carrega consigo um futuro brilhante!
(Lage, Mazéh)
.
* *
Paisagem Sonhada
Canta ao longe o galo; da alva cai o véu,
que vai, descerra as cortinas do cenário.
Surge então verde o monte; azul o céu...
A imaginação se perde; será o contrário?
Minhas janelas abertas ao sol se abraçam,
para depois quietinhas se fecharem tristes.
Essa é a hora em que choram as vidraças.
Mas não se apavoram, pois arco-íris existe!
Graça alcançada! Olhos riem, ficam a delirar.
Paisagem sonhada surgindo, enfim, no chão.
E nem carece ao vento a poetisa perguntar:
Andorinha, quem que te teceu na imensidão?
Rosemarie Schossig Torres
.
* *
Amiga-mãe!.
Fazias parte da mobília da casa,
eras o sol que alegre a invadia,
eras grande parte da minha vida vazia,
eras meu anjo com uma só asa...
Ouço tuas risadas nas noites de lua,
quando juntas caminhávamos na rua,
foste a mãe que eu queria, foste tudo,
alegria, festa, inocência, amor sobretudo.
Fazes parte, até mesmo, de minhas células,
e dizem que o amor é platônico, bobagem,
o amor é enorme e se descobre na grande viagem,
Partes e me deixas para trás, sem tua alegria,
Não poderei colocar mobília nova, em teu lugar,
Fica a saudade, de sempre, das noites de luar...
Godila Fernandes
.
* *
"5 MARIAS"
Falando em saudade
Me ponho a cantar
Belezas dos tempos idos
Dos brinquedos, "5 Marias"
era a razão maior dos folguedos
Lançávamos para o alto,as sementes (de pêssego)
Nossas pequenas mãos iam recolhendo,
uma a uma,até não mais conseguir abarcar
o tamanho dos nossos sonhos, espalhados pelo ar.
(Lage,Mazéh)
.
* *
Versos Andarilhos
Felizes são meus versos de colorir,
Que conseguem ler o bom das pessoas
Essas que, por serem simplesmente boas,
Nem de versos precisam, pra sorrir.
Peço pros diversos que me vão ser
Que mostrem o caminho às suas vidas,
Pra que beijem as pessoas esquecidas,
As que não vão nos esquecer.
As que, por mais que pudéssemos oferecer
algum risco de vida,
Nunca nos privaram de comida
E de algum crescer.
Felizes são os versos que declamo,
Andarilhos por si só
Os feitos sem cuidado, os que amo,
Que vivem debaixo de pontes e dos quais
eu não consigo ter um pingo de dó.
.
(John Borovisque)
.
MAKTUB
Serei seu poeta constante,
nas diversidades das estações,
ainda que falte novas inspirações;
deixe ... invento, formato ... crio ...
creio em mim ... creio em ti ...
o poder da mente, odor de menta,
presente na ausência frágil,
filmando estrelas sensuais,
roendo cometas verdes,
ramalhetes de versos silvestres,
colocados na sua janela cromada,
assim está escrito nas sementes
brotadas nas pedras das jóias,
incrustadas no âmago do exterior,
poemas discretos, subjetivos,
enraizados de amor,
de flores astrais,
mar nosso de todos dias,
ondas magnéticas,
genes, genética,
sou seu poeta particular,
seu trovador,
seu livro,
livre
de
conceitos,
formalidades...
[gustavo drummond]
.
* * *
(CLIQUE PARA AMPLIAR)
.
* * *
DESENCANTO
No espaço da dança joguei meus sonhos
Num breve rodopiar romperam-se os ligamentos
A fantasia deu lugar à nostalgia da realidade
Exalando pelos poros,gestos monótonos
nos braços cansados,olhos molhados,
pés sem equilíbrio tentando recriar os passos
perdidos- incertos- exaustos
Numa lenta e triste melodia_do tédio.
(Lage,Mazéh)
.
* * *
(CLIQUE PARA AMPLIAR)
.
* *
Moça Educada
Moça educada
até termina com "por favor" e "muito obrigada";
é, moça educada é outro nível
e talvez seja, realmente
Moça educada
sempre nos deixa com um um gostinho bom
na boca, e com um nó na garganta;
não, nós não temos nenhuma opinião formada sobre ela
Arrastando multidões inteiras
com sua tamanha gentileza;
tamanha gentileza essa que, até os que nem
eram tão vis assim, se conspiraram contra mim
Moça educada
sempre é habilidosa com as palavras;
sabe controlá-las na hora certa, dosá-las;
ela sabe me curar, e me matar, como me faz agora
E tudo o que eu sei
sobre essa moça, que sempre me fez rir
até nas horas mais incertas
é que, na verdade, ela nunca existiu
. John Borovisque
.
* *
Onde mora o arco-íris eu vou
Vou descalça e de tranças
vou com doces no bolso
vou com caderninho
caneta e algum sonho
Vou seguir o colibri dourado
e sentar na pedra faladeira
ouvir conselhos de coruja
e cantar com uma lavandeira
Eu conheço o caminho
ja fui lá algumas vezes
onde mora o arco - íris
é onde as aranhas tecem suas teias
De lá se avista o mundo todo...
as fadas, gnomos, bruxas e sereias
De lá também nascem os sonhos
em caixinhas prateadas
feitas de coloridas areias
Márcia Poesia de Sá
.
* *
Gioconda
Sou a paz e a inquietude
um sorriso duvidoso
trago nas mãos
os tantos ritos
e nos olhos, algo de amores
Controversa, questionadora
mente em festa de interrogações
Sou a arte feminina
o hormônio das paletas
a graça das meninas
tantas vezes reproduzida
estudada, copiada
mesmo assim
nada entendida...
sou a mulher e suas muralhas
Tenho o álamo como berço
e o céu como viagem
Tantas camadas me fizeram
horas de risos e de lágrimas
a arte virando espelho
de todas as mulheres
e seus insolúveis disfarces.
Márcia Poesia de Sá
.
* *
DELÍRIO DE UM POETA
Escreve no espelho d'água,
Partículas de sentimentos,
Interior de mágoas,
âmago de amor desatinado,
Beijos palpáveis,
Prazer e tormento,
Metáforas amáveis,,
fingimentos concretos,
abstratos jeitos
do que não é, nem será.
Encena sorrisos,
sórdidos, sublimes;
sendo causa, se faz efeito.
Seu lar ... tantos lugares,
De Berlim a Bagdá.
Meticulosamente preciso,
precisa se imaginar
ser túnel, hangar,
futuro passado,
passar por utópicas pontes,
Desatinado,
se afogar em fontes
turvas, anoréxicas,
poesias agudas,
andróginas, ilógicas,
irreais ...
[gustavo drummond]
.
* *
DE LUZES E CRISTAIS
A centelha que mora em mim
arde quando saio em vôo lúdico
através da geografia das palavras
Me distraio na calmaria de um mar
ou entre sombras do silêncio de um vale.
Ora, me acho entre rochas de cristal
buscando ser hábil garimpeiro
para acordar o bruto diamante
que carrega consigo um futuro brilhante!
(Lage, Mazéh)
.
* *
Paisagem Sonhada
Canta ao longe o galo; da alva cai o véu,
que vai, descerra as cortinas do cenário.
Surge então verde o monte; azul o céu...
A imaginação se perde; será o contrário?
Minhas janelas abertas ao sol se abraçam,
para depois quietinhas se fecharem tristes.
Essa é a hora em que choram as vidraças.
Mas não se apavoram, pois arco-íris existe!
Graça alcançada! Olhos riem, ficam a delirar.
Paisagem sonhada surgindo, enfim, no chão.
E nem carece ao vento a poetisa perguntar:
Andorinha, quem que te teceu na imensidão?
Rosemarie Schossig Torres
.
* *
Amiga-mãe!.
Fazias parte da mobília da casa,
eras o sol que alegre a invadia,
eras grande parte da minha vida vazia,
eras meu anjo com uma só asa...
Ouço tuas risadas nas noites de lua,
quando juntas caminhávamos na rua,
foste a mãe que eu queria, foste tudo,
alegria, festa, inocência, amor sobretudo.
Fazes parte, até mesmo, de minhas células,
e dizem que o amor é platônico, bobagem,
o amor é enorme e se descobre na grande viagem,
Partes e me deixas para trás, sem tua alegria,
Não poderei colocar mobília nova, em teu lugar,
Fica a saudade, de sempre, das noites de luar...
Godila Fernandes
.
* *
"5 MARIAS"
Falando em saudade
Me ponho a cantar
Belezas dos tempos idos
Dos brinquedos, "5 Marias"
era a razão maior dos folguedos
Lançávamos para o alto,as sementes (de pêssego)
Nossas pequenas mãos iam recolhendo,
uma a uma,até não mais conseguir abarcar
o tamanho dos nossos sonhos, espalhados pelo ar.
(Lage,Mazéh)
.
* *
Versos Andarilhos
Felizes são meus versos de colorir,
Que conseguem ler o bom das pessoas
Essas que, por serem simplesmente boas,
Nem de versos precisam, pra sorrir.
Peço pros diversos que me vão ser
Que mostrem o caminho às suas vidas,
Pra que beijem as pessoas esquecidas,
As que não vão nos esquecer.
As que, por mais que pudéssemos oferecer
algum risco de vida,
Nunca nos privaram de comida
E de algum crescer.
Felizes são os versos que declamo,
Andarilhos por si só
Os feitos sem cuidado, os que amo,
Que vivem debaixo de pontes e dos quais
eu não consigo ter um pingo de dó.
.
(John Borovisque)
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