PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!
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CREPES E CREPUSCULOS
Gosto de sonhos e docinhos ao entardecer
Principalmente com uma jovem mulher
com seus cabelos longos
grampos
e pirilampos
Adoro crepes e crepúsculos ao anoitecer
Principalmente com uma bela mulher
com seus cabelos lisos
tantos
e pirilampos
Espero festas e penetras ao acontecer
Principalmente com uma toda mulher
com seus cabelos soltos
brancos
e pirilampos
Acordo em liras e folguedos ao amanhecer
Principalmente com uma doce mulher
ornada em crepes e crepúsculos
mantos
e pirilampos.
(LCPVALLE-06/07/10)
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UMA LÁGRIMA
Quando o dia chega assim,
Saudoso, triste, melancólico,
Trazendo consigo lembranças,
Que me invadem sem licença,
Abrindo as janelas do passado...
Obriga-me a viajar no tempo,
Mostra-me filmes já engavetados,
Perdidos entre bugigangas inertes,
Esquecidas, encobertas em poeiras,
Evitando angústias e lágrimas..
Involuntariamente assisto imagens,
Trazidas assim por esse dia cinzento,
Do primeiro olhar, do deslumbre,
Do primeiro toque, do primeiro beijo,
E do gosto doce do dia seguinte.
Assisto, mesmo relutando e sem querer,
Os dias correndo sempre ao nosso encontro,
Tardes, noites e madrugadas só nossas,
De conversas, afagos, carícias e amor pleno,
E as manhãs chegando formosas e brilhantes.
Mas resisto a assistir o que vem depois,
Não quero reviver a mágoa do desencontro,
Dos caminhos adversos que tomamos,
Só lembro do lenço branco e do aceno,
Mesmo assim sinto a lágrima que cai e dói.
EACOELHO
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Samsara
Deixar o chão e alçar vôo
Alma dividida
Entre o ninho e a partida
Peregrino errante
Em luta constante
Quebrar o espelho
Rasgar os véus
Galgar os céus
Transpor limites
Aspirar a verdade
No sussurro do divino
No segredo do destino
Governar a própria sorte
Morrer além da morte
Abandonar a Roda
Até deixar de ser...
E então nascer
No Grande Coração
Helenice Priedols
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Rasguei o verso
Sentada à beira do meu sentimento
molhando os pés da minh’alma
escrevi sem medo.
As letras escorriam entre os dedos
E penetrando no papel
Desvirginando o seu branco véu.
Ouvi o meu silêncio lendo;
folheei meus desejos
E no ato do beijo
que ascendia o meu universo
Ele não veio,
Então rasguei o meu verso
Sem receio.
ღRaquel Ordonesღ
* * *
PRECONCEITO
.
o homem feriu o homem
com a força da palavra
com a forca da exclusão
com a faca do desprezo
um pensamento podre
habita na rede de insultos
o homem cortou o laço
e o sangue cobriu esse espaço
Meu umbigo chora.
Amélia de Morais
* *
Sonho Pequenino
No teu sorriso de luminosidade
plantei minha felicidade
Me fiz criança
para colher um sonho
pequenino
cantando a melodia
da vida
em flauta
de esperança .
Ana Maria Marques
05-07-10
* *
Olhos rasos d’ água
Olhos espelho
da minha alma
Olhos serenos
espelha a calma
nos olhos imaculados
do Nazareno
Olho e vejo
um mar de lágrimas
no olhar profundo
de crianças com fome
no infeliz mundo
Fico triste, congesto
com os olhos rasos d’água,
Na poesia... faço
o meu protesto.
Joseph Dalmo (jul, 2010)
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Carinho
Não é algo que inventamos
É algo que vem e que sente
Carinho é coração de gente
É amor que conquistamos
Não é sentimento qualquer
Nem assunto pra comentar
É afeição que sente e quer
Pelo resto da vida namorar
Ele é sentido quando triste
Quando nos faz aparecer
Ele é tudo que possa ser
Menos mágoa que insiste
Amiga quando eu te amar
Que seja algo pra se lembrar
André Fernandes
* *
OLHOS DE CRIANÇA
.
Ai...Eu não quero mais essa neblina
Essa névoa a embaçar o pensamento
Causando irritação em minhas retinas
Meus olhos não aguentam o tormento
.
Ai...Eu não quero, na vida, mais tropeço
Quero enxergar meus passos; preciso
Essa neblina, turva; eu até me esqueço
De desenhar, em meu rosto, um sorriso
.
Ai...Eu queria, agora, olhos de criança
Que essa neblina tão traiçoeira e cara
Virasse chuva abundante; água mansa
.
Pois quando em chuva, vira a neblina
A visão dos fatos torna-se mais clara
Na mente confusa, a razão descortina
.
(Lena Ferreira)
* *
SERVÍS
Somos as falenas sem flores
o antídoto dos valores
que se perderam no tempo
somos (in)virtudes malévolas
guerrilheiros sem ter causas
justiceiros sem porvir...
Somos o passado enrustido
casta suja e não a nata
da coroa portuguesa...
Agimos como tolos de Babel
sem princípios...
Procuramos justificativas,
onde a razão não encontra pouso
Acreditamos no conto da carochinha
avalizamos políticos estúpidos
para depois lamentar tragédias
somos os vilões da raça
e, apontamos desgraças
mas, nada fazemos para o quadro mudar
Somos a perdição da história
seguimos alheios nessa luta inglória
sem perspectivas e sem horizontes
andamos por trilhas tortuosas
perdidos nas encostas perigosas
da procissão dos condenados.
.
Marçal Filho
* *
EU VOLTO
Bucólico
prisioneiro de mim
instala-se no meu peito
o tédio
mistura de abstinência
e coma induzido
envolto em nuvens opacas
eu - espião dos montes
carrego a certeza que me é imposta....
retomo o meu cetro
no caminho incerto
alerto
o meu ego
...ainda cego
há um vulto, envolto
mas: solto
inda que não me encontres
creia e confie em mim
com a certeza que: sim
-aliançados...
....eu volto.
pedro costa
* *
Emoção
Não entendo a emoção
Onde ficam os seus olhos?
A razão sucumbe ao coração
Poetas! Eis que faço a sensibilidade
Aferir meu sentimento
Já que a mente de um grande artista
Perde ao toque de uma
Delicadeza...
André Fernandes
* *
ARTE SEM VERGONHA
O pincel vai lambendo a tela
Que antes pálida
Agora vai adquirindo cor
E assim vai-se o dia todo
Essa “sem-vergonhice”
Os dois se esfregando
Sem nenhum pudor
Nasce então a arte
Nasce então mais um filho
O pincel virgem adquire experiência
O pincel outrora estéril
Agora produz como nunca
E após tudo feito
A tela sai a se exibir
Sem culpa nem pudor
Sem vergonha (...)
jota brasil
* *
CONSCIÊNCIA
Navego em letras,
percorro verbos
substantivos
alguns pronomes
e, de relance,
salto no escuro,
cônscia que a luz
é ousar sempre,
enquanto a vida
brinca de ser.
Aline de Mello Brandão
Emoção
Não entendo a emoção
Onde ficam os seus olhos?
A razão sucumbe ao coração
Poetas! Eis que faço a sensibilidade
Aferir meu sentimento
Já que a mente de um grande artista
Perde ao toque de uma
Delicadeza...
André Fernandes
* *
ARTE SEM VERGONHA
O pincel vai lambendo a tela
Que antes pálida
Agora vai adquirindo cor
E assim vai-se o dia todo
Essa “sem-vergonhice”
Os dois se esfregando
Sem nenhum pudor
Nasce então a arte
Nasce então mais um filho
O pincel virgem adquire experiência
O pincel outrora estéril
Agora produz como nunca
E após tudo feito
A tela sai a se exibir
Sem culpa nem pudor
Sem vergonha (...)
jota brasil
* *
CONSCIÊNCIA
Navego em letras,
percorro verbos
substantivos
alguns pronomes
e, de relance,
salto no escuro,
cônscia que a luz
é ousar sempre,
enquanto a vida
brinca de ser.
Aline de Mello Brandão
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