POETA ÂNDERLO STRWSK!
O silêncio das palavras
A palavra emanada da boca
Sussurra-nos um grito de dor
Em ondas que figuram ao longe
Num passado um grito de amor
A palavra emanada da boca
É fugaz, num minuto se vai
Despercebida, por vezes inútil
Uníssono que o instante retrai
A palavra tem forma e força
E viva, é o doce e o fel
E mais forte que a palavra da boca
É a palavra escrita no papel
A palavra quando em branca folha
Nos exige maior atenção
Entendida só é por escolha
Porque é lida com coração
Em termos, pausas, versos
Se resumem num pensamento
Que ao invés de sons diversos
Nos atingem em meio ao silêncio
Outono/2006
A.R.S.
A palavra emanada da boca
Sussurra-nos um grito de dor
Em ondas que figuram ao longe
Num passado um grito de amor
A palavra emanada da boca
É fugaz, num minuto se vai
Despercebida, por vezes inútil
Uníssono que o instante retrai
A palavra tem forma e força
E viva, é o doce e o fel
E mais forte que a palavra da boca
É a palavra escrita no papel
A palavra quando em branca folha
Nos exige maior atenção
Entendida só é por escolha
Porque é lida com coração
Em termos, pausas, versos
Se resumem num pensamento
Que ao invés de sons diversos
Nos atingem em meio ao silêncio
Outono/2006
A.R.S.
Já que os versos são imortais
"... não serei o cantor de uma mulher,
de uma história, não direi os suspiros
ao anoitecer, a paisagem vista da janela..."
(Mãos Dadas - Carlos Drummond de Andrade)
Não vou cantar os cinzas dos prédios
Ou as nuances de seus velhos ventiladores
Nem falar do vento que toca o rosto
Ante a noite fria no inverno das cidades
Não quero parecer com aquele ou outro,
tão pouco viver das lembranças não minhas
chorar tudo o que não experimentei
ou olhar as paredes úmidas do quarto
Queria só que vissem nessas tolas palavras
Alguma razão bela e implícita, um mistério
Talvez das palavras avulsas e fugazes
Ou da simplicidade com que fujo à realidade
"Não serei o cantor da paisagem vista da janela"
Algo assim me veio aos olhos,
Talvez repita alguém já morto, ou vivo,
já que os versos são imortais...
A.R.S.
"... não serei o cantor de uma mulher,
de uma história, não direi os suspiros
ao anoitecer, a paisagem vista da janela..."
(Mãos Dadas - Carlos Drummond de Andrade)
Não vou cantar os cinzas dos prédios
Ou as nuances de seus velhos ventiladores
Nem falar do vento que toca o rosto
Ante a noite fria no inverno das cidades
Não quero parecer com aquele ou outro,
tão pouco viver das lembranças não minhas
chorar tudo o que não experimentei
ou olhar as paredes úmidas do quarto
Queria só que vissem nessas tolas palavras
Alguma razão bela e implícita, um mistério
Talvez das palavras avulsas e fugazes
Ou da simplicidade com que fujo à realidade
"Não serei o cantor da paisagem vista da janela"
Algo assim me veio aos olhos,
Talvez repita alguém já morto, ou vivo,
já que os versos são imortais...
A.R.S.
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