POETISA ARABELA MORAIS!
Por que somos poetas?
Porque é preciso mostrar
que o céu é azul...
mas de um azul intenso
ou de um azul zangado
até de um azul cinzento
ou de um azul iluminado...
Porque é preciso dizer
que a floresta é bela...
mas de uma beleza extrema
ou de uma beleza selvagem
até de uma beleza amena
ou mesmo uma beleza coragem...
Por que somos poetas?
Porque não há melhor maneira...
de dizer bem sutilmente
o que é tão descarado.
Ou dizer enfatizando
o que está bem escondido...
De mostrar que
como as cores,
as emoções têm nuances
E como o universo-homem
é por elas afetado...
E que o perfume das flores,
num poema, bem descrito,
quase pode ser sentido
e, por vezes, ser tocado...
E o amor, assim falado,
colocado num poema,
é amor que vale a pena.
Por que somos poetas?
Porque o universo-homem
Necessita ser amado.
Arabela Morais
Porque é preciso mostrar
que o céu é azul...
mas de um azul intenso
ou de um azul zangado
até de um azul cinzento
ou de um azul iluminado...
Porque é preciso dizer
que a floresta é bela...
mas de uma beleza extrema
ou de uma beleza selvagem
até de uma beleza amena
ou mesmo uma beleza coragem...
Por que somos poetas?
Porque não há melhor maneira...
de dizer bem sutilmente
o que é tão descarado.
Ou dizer enfatizando
o que está bem escondido...
De mostrar que
como as cores,
as emoções têm nuances
E como o universo-homem
é por elas afetado...
E que o perfume das flores,
num poema, bem descrito,
quase pode ser sentido
e, por vezes, ser tocado...
E o amor, assim falado,
colocado num poema,
é amor que vale a pena.
Por que somos poetas?
Porque o universo-homem
Necessita ser amado.
Arabela Morais
Pedido ao tempo
Pára tempo!
Cansei de brincar
De gente grande...
É sempre mais uma resposta
a dar
É sempre mais uma decisão
a tomar
É sempre mais um horário
a cumprir
É sempre mais um peso
a carregar
Pára tempo!
Retroceder é pedir demais?
Quero a tranquilidade
da infância
Quando dilema mais atroz
era decidir
entre pêra, uva ou maçã...
Quando a maior responsabilidade
era chegar em casa
com o boletim todo azul...
Pára tempo!
Estátua!
Fica assim bem paradinho!
E talvez eu recupere
a beleza do arco-íris
pra que minhas notas
hoje
sejam multicoloridas
E talvez eu colha as frutas
do pomar de
minhas brincadeiras
de infância
e faça deliciosa salada
pros amores atuais
E talvez depois
desse sonho
dessa viagem
eu volte melhor e mais forte
E possa correr pra marca
na brincadeira de esconder
dizendo:
- Batida tempo!
- Te achei!
E na brincadeira de pega-pega
ainda que te aproximes
não me possas pegar
pois vou dizer:
- TÔ DE CESSA!
Arabela Morais
*
Obs.: "Tô de Cessa" era a expressão usada nas brincadeiras de infância quando precisávamos sair um pouco para fazer qualquer coisa fora da brincadeira. Quando dizíamos "Tô de cessa", não podíamos ser pegos.
Pára tempo!
Cansei de brincar
De gente grande...
É sempre mais uma resposta
a dar
É sempre mais uma decisão
a tomar
É sempre mais um horário
a cumprir
É sempre mais um peso
a carregar
Pára tempo!
Retroceder é pedir demais?
Quero a tranquilidade
da infância
Quando dilema mais atroz
era decidir
entre pêra, uva ou maçã...
Quando a maior responsabilidade
era chegar em casa
com o boletim todo azul...
Pára tempo!
Estátua!
Fica assim bem paradinho!
E talvez eu recupere
a beleza do arco-íris
pra que minhas notas
hoje
sejam multicoloridas
E talvez eu colha as frutas
do pomar de
minhas brincadeiras
de infância
e faça deliciosa salada
pros amores atuais
E talvez depois
desse sonho
dessa viagem
eu volte melhor e mais forte
E possa correr pra marca
na brincadeira de esconder
dizendo:
- Batida tempo!
- Te achei!
E na brincadeira de pega-pega
ainda que te aproximes
não me possas pegar
pois vou dizer:
- TÔ DE CESSA!
Arabela Morais
*
Obs.: "Tô de Cessa" era a expressão usada nas brincadeiras de infância quando precisávamos sair um pouco para fazer qualquer coisa fora da brincadeira. Quando dizíamos "Tô de cessa", não podíamos ser pegos.
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