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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!



* * * * * *

Novela poética

Os poemas são mistérios
Os meus são assim
Cheios de segredos e devaneios
Alguns são nobres meios
Que não tem fim
Meus poemas são o começo
De mim, enfim!
Uma novela poética
Assim!

André Fernandes


* * * * *

ARREPIOS

Tenho arrepios na alma
Quando ouço a loa
Da lua nascendo no mar
E não abro mão
Dessa pele sensível
Que cobre meu coração
E que me torna possível
Sobre todas as coisas versar

Amélia de Morais



* * * * *
Nas diferenças, encontramos crianças abandonadas,
Encontramos aquelas que vivem maltratadas,
Encontramos crianças violentadas...

Não sabem, pobres seres, que podem ter escolhido
O caminho que hajam percorrido,
Muito antes de renascerem?

Mesmo àquele que, conhecendo as leis
De ação e reação, de retorno e reencarnação,
Faz rolar o pranto, quando essas criaturas se lhe deparam.

Desígnios de antes, desígnios pré-estabelecidos,
De espíritos que, mal vividos,
Pretendem se resgatar...

Mas quem pode suportar o sofrimento de uma criança?
Quem pode ver, sem sofrer, um quadro de desesperança?
Insondáveis são as questões do além...

Então, é preciso resignação de simples espectador,
Lembrando da máxima, para suplantar a dor:
Nascentes onde deverias nascer...

Só resta oferecer sua mão, seu ombro, seu carinho,
Dar conforto e pão ao pobrezinho
Amá-lo, deixar-se amar...

Ao abandonado, se puder, adotar...
Ao maltratado, se puder, ajudar...
Aos outros, tudo fazer para seu sofrimento abrandar.

Jane Moreira


* * * *
Eu livro

Sou feito livro, na gigante e arejada biblioteca da terra
Sou novela, ficção, musical, aventura, erótico e guerra.
Às vezes “comprada”, por uma simples olhada na capa
Contemplam-me por fora e então me sinto leitura fraca.

Nem pesquisam o meu índice, olham apenas aparência
A capa física vale muito, desvalorizam minha essência
Outras pessoas me estimam pelos títulos que possuo
Nulificam as minhas páginas e tentam evitar que evoluo

Outros ainda buscam em mim sensacionalismo barato
Dramas alheios, terror, demudando-me em algo ingrato
Lêem-me a cada momento, às vezes capa, até coração.

Mas minha capa sou eu, real e sem nenhuma mutação.
Faço questão de ser um bom livro, agradável ao leitor
Capas rasgam; sentimentos não, muito menos o amor.



ღRaquel Ordonesღ


* * * *

MANEIRAS E MAGIAS

Não deixo pistas
Nem marcas perdidas
Que ficam escondidas
Por manias anarquistas

Não faço magias
Nem ilusionismo
Nem maneirismo
Faço apenas poesias


Joseph Dalmo


* * * *
ABRIGADA


Ia, louca e delirante, pela noite extensa
Vão em vão, vagava em busca de abrigo
Consigo, carregava a angústia do futuro
Areia quente a escorrer-lhe pelas mãos

Curvava-se, vez por vez, catando grãos
Pó, poeira encarnada, folhagem e visgo
Seguia a desenhar pelo vento, letras
Toscas, indizíveis e incompreensíveis

Recitava para nuvens, madrugada inteira
Fase minguante, dizia que lhe completava
O vazio de um tudo completando o nada
Cortando ruas, sangrava em esquinas

Tecia e destecia tramas infundadas
Guardava uma gota de sal na retina
Sinalizando, na tez, a aflição e agonia
Garganta travada pelo verbo desdito

Ia, louca e delirante, pela noite; tensa
Bordava estrelas com a ponta da língua
Acordava o nascente, cuspindo delírios
Adormecia, a custo, abrigada à lucidez

(Lena Ferreira)


* * *

A Sabedoria De Um Louco

Me deixe só por um segundo do minuto,
para que eu possa dar um pulo e, com minhas
unhas rasgar o céu escuro

Talvez eu encontre um feixe de luz, que me reluz,
que me conduz ao Ser ou não Ser supremo, eis a questão!

Onde mora o ser supremo, é acima ou abaixo de nós?

Mas onde fica acima, onde fica abaixo se o mundo gira?!
Será que o ser muda de morada a cada vinte quatro horas,
será que não estou pulando á toa?

Acho que vou usar as escadas dos fundos!

Mas onde fica os fundos?

Porque se têm acima e abaixo, tem que ter a frente e atrás!

Mas onde fica a frente, onde fica atrás?

Talvez a frente seja onde o Sol nasce e, atrás onde
o Sol se põe, mas quem me garante que ele não entra pela
porta dos fundos!

Porque você bem sabe que todo empregado entra pela porta dos fundos!

Será que o mundo tem dois fundos?

Vai saber...Tudo é possível neste mundo, não é?

Quer saber, chega deste papo de louco, eu vou tratar de
procurar as laterais do mundo, quem sabe a porta de saída
fica por lá!


Pergentino Júnior


* * *
É bom , querido , sentir tua falta
Quanto mais ela me habita
Meu coração , minha emoção navega em presença
Dou uma de atriz
Levanto o pano de fundo dos meus sentimentos
Alinhavo uma colcha de querer em renascença
Em razão de prazer e dor
O teu vazio
É uma casa grande para o amor
Um desvario
Você aparece no meu real
Minha carne conhece teu pêlo
Tua luxúria
em pão de uma doce agonia
Não dormirei em silêncio .

Ana Maria Marques


* * *
ESTRADA (Indecisa)

Às curvas nem sempre perfeitas
que permitem vislumbre e alegre regresso
são feitas por passos marcados,
por limites cruzados, palavras e verso.

Deserto é cidades, pela poeira e idade
vão passando e fazendo o seu vão diário,
com amigos, perigos, feridos e rótulos
do nunca, do hoje e do imaginário.

Claudenir


* * *

SOBRE NOMES

Por vezes meu nome é saudade
Em outras me chamo lembrança
Mas para manter a sanidade
Meu sobrenome é esperança.

LCPVALLE


* * *

FICO


Se é para falar de amor,
diga ao povo
que fico.

Porque o trabalho
chama
e o operário não resiste.

O dia é hoje
e a esperança é agora,
para amar...não tem hora.

Porque o mundo
tem fome de ternura
e a poesia alimenta.

Cabe ao poeta
tecer o pão de cada dia
no cálice que serve a arte.

Se é para falar de amor
diga ao povo que fico.


DANNIEL VALENTE


* * *
A Baiana

Ela desce a ladeira com o tabuleiro na cabeça,
Ela desce a ladeira com o tabuleiro na cabeça...

Com saia rodada,
Com saia, ela vai...

Com saia rodada,
Com graça, ela vai...

É tudo, tudo, tudo, tudo coco!
É polpa, polpa, polpa da fruta!
Não poupa açúcar, não poupa jamais!

Ela me dá, me dá, me dá meu troco,
Em forma, em forma, em forma de sorriso!

O Sol a pino, o Sol já vai!
O Sol a pino, o Sol já vai!

Ela sobe a ladeira com o tabuleiro na cabeça,
Ela sobe a ladeira com o tabuleiro na cabeça...

A noite vem vindo, é noite e ela vai!


Pergentino Júnior


* * *
PAI

Desnutrido
Iludido
Triste
Vazio
Restrito
Constrangido

Vejo!
Sinto!
Lôdo!
Medo!
Dor!
Desespero!

Claudenir

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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010


POETISA CARMEM VERVLOET!


FRENTE A FRENTE COM O DESTINO

Sonhadora, fiz-me guerreira, um dia,
A garota mais intrépida da cidade
Parti nos ventos frescos da ousadia
Cavalgando nos sonhos da mocidade.

As liras tangiam misteriosas melodias
Enquanto eu embarcava na escuridão
Navegando nas águas revoltas da valentia
Num barquinho carregado de ilusão!

Andei por caminhos desconhecidos
Arei, semeei, cultivei, colhi...
Velhos canteiros por mim rejuvenescidos
Onde eu ouvia cantar os bem te vis.

Os sinos tocavam as matinas
E nosso amor surgiu alvorecido
Mas logo o destino escondido nas neblinas
Surpreendeu-nos, em insensatez, acometido

Naufraguei em mares negros e profundos
Levando junto o brasão do nosso amor
Mas voltei à tona em apenas alguns segundos
Decidida a sentir da vida seu mais íntimo sabor!

E assim enfrentando o destino
Que a cada dia me apronta nova cilada
Vou entoando da alegria o meu hino
Semeando flores pelas margens das estradas...

Colhendo a essência do amor em cada nova alvorada!

Carmen Vervloet


DILEMAS

Nos tempos de outrora, a liberdade era o melhor presente
e em lembranças de alegria, hoje, a saudade pulsa latente...
Noites enluaradas, cirandas, estrelas e violas
e nos raios do luar qualquer tristeza ia embora.

Branca era a paz, cantávamos no mesmo compasso
e nos acordes da canção solfejávamos nosso destino
envolvíamos o mundo com nossos pequenos braços
e voávamos nos nossos sonhos quais colibris bailarinos

Agora reiterados dilemas, o medo... chora a viola!
Se eu saio sou ave ferida, se fico sou pássaro na gaiola.
Em cada lampejo de liberdade, a lâmina fria ameaça
e entre os dedos do pânico, a vida condenada passa.

Os sonhos desintegrados, plúmbeos, em densa fumaça
e eu suprindo o isolamento busco na internet amigos
ancoro no mundo virtual minha solitária barcaça,
resguardo-me dos achaques eminentes, mas abraço outros perigos...

Dilemas... quantos são os dilemas que a vida moderna trás!
Se eu saio sou ave abatida, se fico sou pálido lilás!
Como viver feliz refém de sangrenta violência,
presa entre quatro paredes,
prestando aos anjos do mal total obediência?

Emudece a poesia nesta gaiola de aço,
sufocada entre tantos dilemas
e afoga-se em lágrimas, nestas linhas molhadas que traço!

Carmen Vervloet

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POETISA CARMEN REGINA!


MENINA DO SONHO*

Poesia é uma menina,
cara lavada, nem usa batom.
Quer ser minha obra prima,
este encanto de botão.

Tiro brilho da aquarela,
coloco nos olhos dela,
Cor de rosa, leve, sutil,
tem corredeira esse rio.

Horizonte, logo adiante,
impõe limite ao olhar,
mas, pra ela, é indiferente,

Sonho segue na frente,
certo está que irá chegar,
abrir os braços, amar!


*Carmen Regina



Era uma vez


Era outra vez menina
perdida no jardim das lembranças

O rosa germinava
no canteiro do amor perfeito.

Tudo era mágico, belo e sagrado.

Ela tinha um sonho
e isso a tornava
rainha do mundo.


Carmen Regina

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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


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O poeta e a bailarina.


Entre um passo, um verso e um olhar
Dois corações unificam-se em poesia
Transcendendo a beleza do luar
Transformando noite em dia.

A bailarina pisa a rima no coração do poeta
O verso dança encantado acompanhando a canção
Rodopia a bailarina sobre a paixão que desperta
O poeta enfeitiçado lhe oferece o coração.

Entre um verso, um passo e um beijo
Do sentimento nasce a flor
A flor do doce desejo
A profecia do amor.

Thiago Cardoso Sepriano

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(CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR)

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Nos ares e por todos os lugares

Da sacada senti a liberdade ao alcance dos meus dedos
Alcei vôo, dei linha para a imaginação e entreguei-me
Senti que a brisa fresca e leve arrancava meus segredos
Desvendada, desnuda dos sentimentos; transportei-me!

Minhas fantasias foram além, muito além do universo
Entregue em seus braços, a definição de viver se fez
Minha vida nesse momento tornou o mais lindo verso
De alma alada, e coração feliz, amor escorre pela tez.

Em pensamentos, a minha carne foi de encontro a sua
Amamo-nos na varanda, sob a chuva quente feito sol
O espaço foi insuficiente que nos espalhamos pela rua.

A noite veio,o reflexo do nosso amor baralhou-se a lua
Lugares inventados estivemos eu confesso, e aqui narro
Dormimos de rosto colado na casinha do João de barro.

ღRaquel Ordonesღ


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A CHUVA E A FLOR

A solitária flor
Recebe o afago da chuva
E se abre plena de amor

E se despe de seu pudor
Afastando suas pétalas
Recebendo até a dor

Bate a chuva na flor, com amor,
E a flor se rejubila na dor

Jane Moreira


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Simbiose

Espera de longas eras
mais parece esculpida
em granito

Teu canto sereno já virou grito
uivo , lamento descontentamento
e a correnteza do rio
vai em grande desafio
carregando a água mansa
e não se cansa

A agua bate na pedra
com ressoar adormecido
parece não ter dormido
vai levando de roldão
e eu fico a espreita
não importa se rejeita
o meu amor milenar
quem sabe o meu destino
é viver calcificada

Sereia que fica na areia
com seu canto entoando
melodias indecifráveis
que leva para o fundo
do oceano o bendito

Ser humano que pensa vencer
a dita, mas ela é tão maldita
que na rocha entrelaçada
do teu amor a olhar.
espero e não me canso
mas me sinto petrificada
e na pedra imolada
a dor de uma simbiose
que vive em triste osmose.
in natura.

RosaMel

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PAZ É PRIMORDIAL !

Qualquer que seja a discussão,
faz a verdade por mais certa, recuar,
já que no acaloramento das palavras,
a vibração do ser, desequilibra...

Como sempre se ouviu falar, entre almas,
quando o coração não ouve, grita-se ...
quanto maior a distância entre eles,mais
altas serão as palavras e menor a vibração.

Precisamos ter sabedoria para compreender
que qualquer altercância terá um objetivo:
evoluir, aprender alguma lição e usá-la.

Somente espíritos que buscam vitórias,
terão compreensão para com o outro
e deixarão no silêncio, uma contenda...

Godila Fernandes


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Memórias da Guerra (Parte III)

Guerra de Troia

Pelos livros, pelo filme, ela é muito conhecida
Descrita pelo poeta épico Homero no romance “Ilíada”
Foi um conflito bélico entre gregos e troianos
Motivado pelo rapto da rainha de Esparta.

Como dizem que na guerra, morre ou mata
Os gregos atacam troia para recuperar Helena
A paixão de uma pessoa que o fez seqüestrá-la
Páris, príncipe de troia, criou toda essa tormenta.

A guerra dura dez anos com troia sitiada
Abaixam-se as armas e os gregos usam a cabeça
Pensando em ganhar a guerra demonstrando sossego
De repente surge uma idéia, um pouco inusitada
Ulisses cria o “cavalo de tróia”
Realmente um presente de grego.

Dentro do falso ventre da estátua
Estavam muitos sedentos soldados
Com sede que não seria de água
Saíram matando adoidados.

Helena retorna a Esparta
Morrem Heitor e Aquiles
Heróis, inimigos de espada
Por causa de um rabo de saia
Na guerra se morre e se mata.

André Anlub


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Semente de verso

No verde banco da praça
feito de brisas e esperas
o tempo sem pressa passa.

O meu poema não lido
naquele livro perdeu-se.
Ficou no tempo retido?

Cavalgo no tempo errante
Se for lido meu soneto
Vingará alguma semente.

Gladis Deble


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Retirantes

A família se retira
Para longe do sertão
Não sabe o pai ainda
Pra onde os ventos os levarão

Fogem da fome, da seca,
Fogem do explorador.
Fogem da colheita não feita
Fogem do cenário da dor

Aonde vão esses filhos de Deus?
Para o Sul? Têm medo...
O bebê tem fome...
A mãe tem o seio
Já todo espichado...
O rosto marcado,
Pela resignação...

Pobre gente do sertão,
Com seus dedos, muitas vezes,
Cavam buracos no chão.
Não é cova de plantação,
É cova de separação.

Pobres seres desgrenhados,
Desprezados e esquecidos...
O corpo todo marcado
Das cicatrizes do agreste.

A mãe reza baixinho
Água, ao menos, um pouquinho,
Para matar a sede
Do meu pequenininho...

E seguem atrás da salvação,
De um pouco de atenção,
Da solidariedade,
Da responsabilidade,
Da sensibilidade,
Do Basta
Enfim,
Chega
De desigualdade,
Chega de sofrimento.
Quero meus irmãos migrantes
Levando vida decente,
Levando a vida da gente.

Jane Moreira


* * *

Esperança Desesperada

De que matéria somos feitos
O que nos move,
Que força nos impulsiona adiante
Mesmo diante de igual força em sentido contrário?

Esperança,
Os miseráveis teimam na fé
Espera vã que não se cansa
Vivem à roda da reprodução perpétua
Da miséria pérfida a que estão expostos

E ainda assim, esperam,
Esperam por um milagre vão
Munidos de uma fé ingrata que lhes grita não

Voltai, Deus, vossa compaixão para os miseráveis
Cujas janelas dos olhos estão sempre à espera
Que se lhe abram as portas do mundo
E que possam desfrutar de um seu lugar ao Sol

E se o Sol for pedir demais,
Que lhes brilhe outra estrela
Para acalentar seus tantos ais.

Célia Sena


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SANTO POETA

Tenho pérolas na concha das mãos
Em oferta sublime aos teus anseios.
O vinho que inebria nossos nãos
E o leite que fecunda nossos meios.

Levo tramas na boca em confissão
Por minha reverência à tua sede.
O silêncio da palavra encontra a permissão
De pescar estrelas no céu da tua rede.

Cuido do teu ser como a um santo
Contemplando todo exemplo de vida
E, pequenas faltas, cubro-as com um manto.

Paro diante do teu altar e medito
Quão grande é a poesia e tão querida
Quando, por tuas mãos, fica o dito, bendito.

Janete do Carmo


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domingo, 12 de dezembro de 2010

Do tópico

JOGUE AO VENTO

Tercetos em parceria



Longe andava o teu olhar,
Que já não tinha aquela luz,
porém embevecia o meu enchendo-me de amor.

Jane Moreira, Ana Maria Marques e Godila Fernandes

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E o café matinal tornara-se um lindo hábito entre nós dois,
Seu sorriso mais que o brilhar do sol
Aquece meu coração, num gole só!

Godila Fernandes, Ana Maria Marques e Telma Moreira

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Tenho vontade de trancar o mundo...
afinal todo sofrimento nesta vida
é uma roda-viva solta em delírio

Mazeh Lage, Anorkinda e Ana Maria Marques

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Pássaros, borboletas e fadas
reuniram-se no jardim do Éden
planejando mil surpresas de amor!

Amelia de Morais, Godila Fernandes e Anorkinda


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A cada distração Divina, um anjo vem a terra.
experimenta o amor do humano em êxtase
E, muitas vezes, seu capítulo no céu, encerra.

Godila Fernandes, Anorkinda e Jane Moreira

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Voltas e mais voltas no ar, piruetas mil, encerram o espetáculo
Bailarinas despem seus trajes, palhaços despem seu riso
A realidade chega para vestir os personagens!

Godila Fernandes, Jane Moreira e Mazeh Lage

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Coloca-se a doce aura sobre os campos de trigo dourado
Envolve também os que ali labutam pelo pão de cada dia
e da colheita recolhem-se os mais delicados frutos da vida

Godila Fernandes, Jane Moreira e Anorkinda

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As intempéries são carmas coletivos, bem como catástrofes,
Ironicamente, são remédios da alma, são resgates do passado.
E quase nunca compreendidos coletivamente.

Godila Fernandes, Jane Moreira e Mavie Louzada

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A vida tem estradas, encruzilhadas e atalhos;
Mas em cada curva podemos encontrar flores cobertas de orvalho
Esqueçamos as rosetas e os perigos, continuemos abraçados.

Jane Moreira, Nice Canini e Gladis Deble


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Quero viajar numa folha de árvore encantada,
Solta ao vento,sem destino para pousar
Atravessar oceanos e montanhas, feliz, pelo vento levada.

Godila Fernandes, Mazeh Lage e Jane Moreira

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Amor é o enlevo de um pulsante coração
É a ansiedade envolta em tranquilidade
Amor é tormento bom, doida pacificação

Godila Fernandes, Jane Moreira e Anorkinda

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Desaparecem detrás da vida
Os que não Voam nas asas da fantasia
E não tem amor, nem saudade...

Anorkinda, Nice Canini e Mavie Louzada

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Encantam-me os olhos e a voz de maviosa criatura
E todo o meu ser é tomado por sua derramada ternura,
espécie do amor do Criador, cheinho de candura... .


Godila Fernandes e Jane Moreira

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O vento que açoita a areia da praia
Vasculha e espalha o meu coração
Mas o amor não foge da ráia
Porque o amor são bolhas de espuma coloridas
A se encantar co o tempo
a se soltar no vento!

Godila Fernandes, Mavie Louzada, Amélia de Morais e Nice Canini

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Qualquer que seja a história o final é sempre o mesmo,
Porque o homem não conhece seu tamanho
e mede a vida pela medida dos seus horizontes.

Godila Fernandes e Nice Canini

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