Tópicos

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Do tópico DE DIOGO, O GRITO!

O dia em que apanhei

Ainda que todas as flores me sejam negadas,
E que meus olhos estejam proibidos de ver os jardins,
Eu ainda buscarei o perfume e o sabor das rosas.

Ainda que todas as portas se fechem,
Os corações se calem,
Eu ainda terei o vento pra beijar a face.

Ainda que o ódio do padrão esteja presente,
Que a fúria da ignorância me rasgue o peito,
Eu estarei livre para pensar e acreditar.

Ainda que as guerras levem a morte por toda parte,
E que ninguém possa ver a verdade da ganância,
Eu mostrarei minha carne em dor.

Ainda que tudo possa ser diferente,
E que tudo possa levar ao desespero,
Eu vou estar aqui, do outro lado do abismo.

Diogo Fernandes

...


Mãe África

Faz algum tempo que escuto os gritos da Mãe África
Gritos que me tiram o sono, que me tiram a visão da superficialidade
Quando dou por mim o sangue ferve nas veias
E como por mágica sinto os tambores
Batendo por justiça dentro do peito.

Hoje meu amigo trouxe um CD de uma banda de rock irlandesa
Eu não imaginava o quanto sentiria falta dos batuques do terreiro
Senti falta do meu povo e o sangue borbulhou novamente
Onde estão as músicas de minha terra?
Qual mão histórica e cruel separou meu existir de minha Mãe?

Eu perguntei pra mim mesmo
E as resposta vieram com raiva e dor
Minha família escravizada pela ganância
Transportada nos tumbeiros
Construíram com o sal do rosto sob a música dos chicotes
A nação que meus pés indignados andam.

Os homens do conhecimento
Descobriram que todos vieram da Mãe negra
Que os filhos brancos, paridos nas terras frias
Possuem o sangue do continente em agonia
Não precisavam descobrir nada
Se abrissem ouvidos ao clamor dos tambores e dos gritos que procedem da África.

Diogo Fernandes




Do tópico ENCANTO, FORÇA E VERSO CINTIA DE ANDRADE!

CÍRCULO

Cansei dos flagelos do tempo
E da passagem lenta das horas.
O meu caminho há muito não encontro...
Enquanto outros o traçam numa linha reta,
estou em meio ao labirinto.

À minha procura, ou de algo que se pareça comigo.
Ando lentamente no círculo...
Sem nunca chegar onde estava.

E não sei o que procurar ao redor,
tendo às vezes a sensação de ter encontrado.
Corro, pensando assim alcançar,

E faltam forças e o ar às vezes.
Estou cansada de mais um dia...
E à procura de outro.


Cintia de Andrade

...



Silêncio Dito


Confundo as minhas palavras e os meus silêncios...
Cálices tombados, reticências... pontos.
“Trema”. Era o medo que me vinha à boca
de língua torta e singela,
Dizer das poucas sabedorias.


Era a mim tão estrangeiro aquele alvo
que eu apenas latia e abanava o rabo
uivando à uma lua longínqua,
implorava qualquer que fosse o gesto.


E já era o gato de botas batidas
cuspindo coisas que engolira no caminho.
Mas ainda tinha em mim algo de belo...
As cordas, puxei
abrindo as cortinas brevemente.


Espiava o inédito a me amedrontar.
Mas mesmo que aquele céu de mil luas
desabasse sobre mim,
os meus olhos veriam o meu ser de queda,
como vêem o meu ser de cura,
ou o meu ser destituído de mim.


Corro atrás do medo e corro dele,
no desvio me livro e me defronto.
Sou apenas alguém à procura de algo.
Sou apenas algo à procura de alguém.


Cintia de Andrade

..

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Do tópico A POESIA [em segredo] de CELSO MENDES!



(clique nas imagens para ampliar)




Do tópico DOCE POESIA...CLAUDIA DUARTE!

Gaivota Solitária

No silêncio da saudade
Sem rumo, sem lugar
Voando no escuro
A procura de onde pousar

A alma voa e sobrevoa
Sobre perdidos versos
Na ânsia de um encontro
Dentro deste universo

Fragil, delicada e amarga
Desolada nesta imensidão
Entregue a propria sorte
Na carência do coração

Libertando do cansaço
A gaivota vira criança
Acredita no sonhos
E alcança a esperança

Em num voo solitário
Busca a tal felicidade
No pouso inseguro
Nas àguas de qualquer cidade...


Cláudia Duarte

...

Amizade e Bem Querer...


Um sentimento peculiar
Tão cheio de ternura
Uma amizade invulgar
Feito pra qualquer cura...

Cada palavra uma viagem
Que faz crescer o sentimento
E a sua meiga imagem
Gravada em meu pensamento...

Linhas escritas com euforia
Tão cheias de cumplicidade
No amor, na paz da amizade...

Esta amizade que nasceu nos versos
E tornou-se um bem querer
Que jamais irei esquecer.

Cláudia Duarte


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

CAVALHEIROS DA POESIA

Este é o tópico/movimento de parcerias sublimes
entre os amigos poetas e as poetisas da Pequenos Grandes Poetas

TRÊS LINDAS PARCERIAS!


MEU PIERRÔ
TUA COLOMBINA


Sinto-te assim ,
Num musical do entardecer
Teu cheiro é uma fragrância de estar a fim
Meu Pierrô , minha alegria de viver .

E no calor da fantasia no entardecer,
Que abre cores e carnavais,
Segue o bloco de sorrisos a florescer.

Os raios de sol , expandem teu calor
As ondas do mar , teu abraço
Não morreu em mim , o amor
Uma vontade de tê-lo sem cansaço .

Amada Colombina vem seguir minha emoção
Vem tragar a brisa, pinte seu rosto, veste que o bloco
Chega, vem trazendo o meu coração .

E eu Pierrô na alegria te espero, amada minha,
Na fragrância do perfume, no ritmo da canção,
No balançar marítimo do nosso carnaval , o amor caminha .


Ana Maria Marques & Rodrigo Arcadia

...


PARCERIA DANÇANTE
.
Hora marcada
Com a dama alada
Tem lugar e dia.
.
Escutar o vento
Que imprime ao tempo
Suave melodia...
.
Em noite enluarada,
De leveza encantada,
Baila a nostalgia.
.
Soprar distante
Por um instante...
Onda de alegria.
.
Com um gesto de carinho,
Voar livre de passarinho,
Se fez a parceria.
.
Dança o sentimento
A todo momento...
Valsa a poesia!
.
Celso Mendes & Janete do Carmo

...

A valsa de hoje

Não me importo com proibições
Ou de censuras das nossas canções
Só desejo suspirar
Durante o nosso bailar

Já dei ouvidos aos credos
Já afastei meus medos
Agora nado no mar turbulento
Com coragem e desprendimento

Hoje apenas exporto doçuras
ou as emoções das nossas loucuras
O pó das estações
é o sobejos das lamentações

Já alcancei experiência suficiente
pra não me sentir deficiente
Agora posso valsar
Contigo em suave embalar

Joseph Dalmo e Anorkinda





Do tópico A BELA ARABELA!


POR QUE CORRES?

Por que corres tanto?
Para quê?
Quanta pressa de chegar
a nenhum lugar!
Calma, devagar...
Se permita sonhar.
E repara,
tem alguém a olhar.
Correndo assim
nem vais notar!

Arabela Morais


...


BARULHO DAS ONDAS

B eijando a areia
A s ondas chegam
R everberando
U m som de acalanto
L onge, o sol ilumina a
H umilde Terra em mais um
O sculo astral.

D entro do clima, escuto
A canção das ondas
S erenando o meu coração.

O utros sons
N ão me dispersam, pois
D as ondas tenho
A música mais
S ublime.

Arabela Morais


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010




Do tópico ANORKINDA NEIDE, LUZ EM POESIA!

MEU NOME

Gravado no papel meu nome é Neide
Entranhado na minha história é Anorkinda
Pedaço do papel que represento com deleite
Esculpido na minha memória que não finda

Reavivado nome xamânico dos meus dias
Superficie indígena onde me revelo
Espirito renomeado nas noites frias
Pedaço do meu ser que é mais belo

Sem pestanejar dedico minha filiação
Na terra do branco vindo do sul
Uma alma antiga cheia de vibração

É com um grande festejar que abdico
Do nome Neide personalidade útil
Mas Anorkinda revive e a ela me dedico

Anorkinda Neide

...

A tecelã e o trovão

Uma pequena tecelã
vivia a tecer sonhos
com suas mãozinhas
e olhos tristonhos.

Ela tecia num afã,
sem piscadela,
um lindo amanhecer
de faíscas amarelas.

A pequena tecelã
sorria ao tecer
o céu azulado
e as pradarias.

Uma chuva vã,
num certo dia,
assustou a moça,
tremeu ventania.

A tímida tecelã
não podia ver
o céu em fúria
e a escurecer.

Em loucura sã
ela suplicou.
O forte trovão
lhe percebeu

frágil tecelã
em desespero
que tecia o céu
com tanto esmero.

Enviou sua irmã,
a luz-relâmpago,
para iluminar-lhe
um simples recado:

'Acalme-se tecelã
sou passageiro.
Vou embora logo
deixo-lhe o cheiro

da terra terçã
tão acostumada
aos ciclos mutáveis
de febre depuradora.

Querida tecelã,
vou-me agora,
volte ao teu céu
límpido em aurora

e eu como um ímã,
em magnetismo,
te amarei nesta
distância de abismo!'

Anorkinda



Do tópico A SENSIBILIDADE ANGELICAL DE ANGELA CHAGAS!


Minhas Verdades

Vou deixar a vida me levar
E me fortalecer,
Para o destino enfrentar

Não quero me esconder
O que desejo,
É te encontrar...

Depois te encantar,
Viver um grande amor
Com muita explosão...

Depois morrer,
Renascer e a tudo reviver
Seremos eternos amantes,
Num só coração, quero me perder,

Nas entranhas do seu ser
Apenas ser eu mesma, ser
Verdadeira,..ter um enorme prazer!
Contigo viver sem medo,
E nunca me arrepender!


Angela Chagas

...



Intrigas

Aprendi que o melhor da vida
É amar e ser amada
Quando você ama sozinha
A alma fica despedaçada...

Nada melhor que a vida
Para nos dar boas lições
Mesmo causando feridas
Mesmo causando intrigas

Sou dona da minha vontade
Dona de um poder enorme
Que transborda a minha verdade
Algo que ajusta,nada fora do conforme

Neste percurso vivido
Tentei caminhar sobre as certezas
Não existem linhas certas
Há riscos, nas portas entreabertas...

Às vezes o tempo perece
Coisas que o coração não esquece
Lembro- me que na vida há razões
“Que a própria razão desconhece.”..!

Angela Chagas

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS DA SEMANA!


Alucinação

No breu da noite, em meu quarto
Vejo apenas paredes e insinuação
Busco a inspiração
através do meu pranto
Mergulho no meu campo de ação
A fantasia de poeta, um tanto quanto
Atrevida, está que nunca me diz não,
Que me envolve num manto
Queda o horror da solidão
Banha-me no orvalho santo
Da madrugada, me embriaga de paixão
E os meus versos nascem como canto
Saltitando na garganta meu poema alucinação.

Diná Fernandes






Energia divina

Que venha do meio do céu
A tua força e me arrebata!

Que tenha o tamanho do céu
O teu poder e me transfigure!

Que reverta o escuro do céu
A tua cor que me inebria!

Que submeta o clamor do céu
E faça de mim sua poesia!

Anorkinda




TOMA-ME

Toma-me... em teus braços nesses arpejos,
desejos, sejam em ti, como cântaros, pura
candura... que me levem, frêmitos ensejos
que pejos... se desprenda de ti em ventura

Rubores cubram teu corpo, teu seio, almejo
velejo... em meio, a gemidos... ranhaduras
cesuras... mas, só de ti, me resta um sobejo
eu vejo...entre mórbidas, afãs, desventuras

Assim... desprende-se de mim em merejo
arquejo, diante de ti, em tantas loucuras,
agruras... sem direção, rumo, eu manejo

Vida... desse nosso amor, sem trincaduras,
ranhuras, relembro ao som de um realejo
marejo... lembro d’um poeta em amarguras

Pedro Costa


NOVOS MUNDOS

Atmosferas repletas de paz
fumaças perfumadas
dos
incensos

Solos recheados de força
raízes eternizadas
de
carinhos

Plantas verdejantes de luz
seivas energizadas
com
calor

Crianças fartas de abraços
coraçõezinhos dilatados
de
acalantos

Mulheres inundadas em sorrisos
poder feminino
de
docilidade

Homens sensibilizados
em mundos refeitos
em
solidariedade

Anorkinda



Troversando

Sinta a mente fervilhar
Sinta o aroma do Universo
Sinta o desejo a desovar
Deslize na rota do sucesso

(...)

Da vitória não se orgulhe
Da queda não tenha medo
Se a vida diz... mergulhe
Cresça como arvoredo

(...)

Torça as teias negativas
Acaricie bem os sonhos
Não congele a expectativa
Com pensamentos bisonhos

(...)

E se aquela névoa de cinzas
Vier mascarar seus desejos
Siga em frente, abrace a brisa
Nunca perca da vida o ensejo

Diná Fernandes


EU E AS RIMAS


Ouçam qual a mais bonita
rima pobre ou rima rica
quando pobre, sempre imita
se rica, nem sempre explica

viajo nas duas... as tais
adoro ouvir o som delas
as vezes, som de cristais
mas as vezes só badelas


há sim, certa eloquência
vibrando nas cordas vocais
dando à elas, a incumbência
de esclarecer os demais

aceito bem todas - as duas
são irmãs e se dão bem
se vestidas ou se nuas
cada um veste o que tem.


Pedro Costa


O Ator e A Poeta


Ele brincava com poemas que ela fizera.
Dela, ele sabia decor o texto.
Ele, aos suores cantava as frases dela.
Ela sorrindo aplaudia palavras dele.
Ele contava as histórias que a inspiravam.
Ela imprimia em papel sensibilidades que o encantavam.
Dele, ela sabia pouco
Ela, ele às vezes conseguia decifrar.
Ele falava tanto e ela não entendia uma palavra.
Ele dava a ela uma voz forte
E ela devolvia uma poesia branda para tranquilizá-lo.
Dela as lágrimas corriam muitas vezes,
Ele as derramava enquanto explicava faltas, mas também sofria.
E se ele as fingia, em seu palco
ela também chorava em verdade, como os outros que o viam.
Ela escrevia-lhe sobre suas dores e seu amor
E ele se lembrava enquanto brincava de viver outra vida.
Ele quebrava a cara longe dela,
Ela escondia-se da lua na ausência dele.
Ele pintava na cara comédias, dramas
Ela observando, escrevia um novo modo de apresentá-los.
Ele pra ela era o espetáculo mais perfeito
E ela para ele, a poesia mais linda.



Cintia de Andrade



A CRIAÇÃO DO UNIVERSO!

Numa incalculável explosão
o imensurável compacto fez-se inverso
foi um instante de inspiração
do maior artista do Universo.

Com tinta divina jogada na tela
criou o espaço e as estrelas
e encantado com elas
sentou-se nas nuvens para vê-las.

E no encanto que o criador seduz
inspirou-se ele na obra esplendorosa
vestiu as estrela de luz
e criou as nuvens de nebulosas.

Na grande onda de expansão
lançou um sopro divino
ao andar dos corpos deu lentidão
estabelecendo a cada um o seu destino.

Criou na sua tela os mundos
girando em sistemas solares
descansou por alguns segundos
e fez o céu, e fez os mares...

Ainda na tela, bem mais ao sul
num mágico repente divinal
pincelou um pingo azul
e o fez girar de forma magistral.

Ficou admirando o pingo azul e frio
para aquecê-lo criou o Sol
mas vendo-o ainda vazio
deu-lhe uma Lua como lençol.

Pintou o verde, pintou os mares
batizou-o de Terra florida
e no maior de todos os criares
Deus criou a vida...

Alguns bilhões de anos depois
olhando para o pinguinho que girava
resolveu retocá-lo pois
havia algo que lhe faltava.

Então, concentrado, o ser supremo
num ato criativo soberano
chegou da criação ao extremo
criou a perfeição do ser humano.

Deu-lhe o brilho da inteligência
uma alma imortal que reluz
soprou-lhe no cérebro uma consciência
e pincelou-o com sua própria luz!

Rui E L Tavares



*CAMUFLAGEM
.
Um dia quem sabe...
Não vou marcar nem século,
nem década...
Mas desvendarei teu engano!

Um dia quem sabe...
Não marcarei nem ano,
nem mês...
Mas descobrirei a tua nudez!

Um dia quem sabe...
Não direi nem hora, nem minuto,
nem mesmo o segundo...

Tudo será revelado...
Então pode ser que teu jeito calado,
seja só disfarçando um segredo.

E ao se calar camufla teu medo
mas aí, nada mais pode mesmo importar,
o universo será testemunha
do que sempre quis esconder!


Marçal Filho



VERSO E RE(VERSO)

V enha, inimigo dos versos
E stou pronta para o combate
R edigindo belos poemas
S ufoco teus embates
O rgulhosa em vários temas

E nquanto te distrais sem rimas

R epercute pelos ares poéticos
E sta luta e seu re(Verso)
V enço sempre, ora pois
E laboro meus Universos
R isadas vem depois
S oluçando em vitórias
O rnamentadas por aplausos sintéticos

Anorkinda


domingo, 7 de fevereiro de 2010


DIVAS DA POESIA

É festival de parcerias femininas... das amigas-poetas desse movimento viciante e poético virtual tão apaixonante!

MAIS TRÊS LINDAS PARCERIAS!


ONDE ESTÁS

Estás nos meus pensamentos
Na minha brandura
Nas minhas mãos de poeta

Estás nos meus sonhos
Nos meus segredos
No mar que embala o sonho meu

Estás nos meus desejos
Nas entrelinhas dos meus versos
No sol que nasce todo dia
E também no entardecer...

Estás a todo momento
Dentro e fora de mim
Nas minhas inconstâncias
Nas reentrâncias tantas

Invades minha privacidade,
Remete-me a doce infância,
Leva-me também à loucura

Bailas comigo ao vento frio
Rodopias na corda bamba que é minha vida
Equilibras os meus pólos acelerados
Compassas o meu peito desafinado
Fazes soar em mim os benditos sinos do pecado

Amélia Morais & Lena Ferreira

...


Varandinha

Quero flores de um jardim sem poda
E o Gramado de uma vida linda
Como pétalas sobrepostas de uma rosa
Perfumando sonhos que brotarão ainda!

Quero sorrisos plantados ao natural
E contemplar o arrebol através da parede
Embalar o pensamento em tom casual
No aconchego artesanal de uma rede

Quero a paz florescendo em meu coração
E um horizonte estampado com muitas cores
Partilhar o céu com quem me estende a mão
E dar ao seu viver, deliciosos sabores

Quero colher frutos benditos dos meus desacertos
Consertando os erros que causei por descuido
Cantar com os pássaros os matinais concertos

E na varandinha de meus anos
enquanto voam as gaivotas dos medos
verei brotar orquideas de esperanças
nos olhos das janelas que abertas descançam

Janete do Carmo e Márcia Poesia de Sá

...



PALAVRAS DESCRUZADAS

TRANS[AR] poesia
TRA[MAR] nostalgia
EXUB[E]RANTE sensatez
SEM[HORA] e l[aço]
SENS[ATO] pas[so]
DE[TERMINADO] [com]eço
[TESTE]MUNHA e lug[ar]
DE[MARCAR] agora
[ALO]JAMENTO s[ou]
SEGREDO ... n[osso]

Aglaure Corrêa Martins & Janete do Carmo