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sexta-feira, 8 de outubro de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!



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Minha Palavra


Minha palavra abriu o mar
De sua canção e acordou o mundo.
Minha palavra fez doar
Amor tão profundo,

Abriu grandes asas de pássaro,
Minha palavra lhe fez mais viva,
Mais poesia, o cântaro
Que matou a sua sede.

Minha palavra é meu domínio,
São asas de um pássaro alegre,
O abraço que te protege do frio,

O beijo mais terno,
O fraterno amor que sinto,
Minha palavra ecoou o infinito.


(Rod.Arcadia)



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Viver a Vida 

Arrisque...
O tempo flui sem interrupção
trazendo novas energias
o que foi ruim um dia
hoje será alegria
a caminho do coração.

Esqueça...
De sempre querer garantias
de filtrar tuas escolhas,
excluir o novo que surge a cada dia,
isolar a intuição numa bolha
ou mesmo num alçapão
abaixo do coração.

Arrisque...
Salte para o desconhecido
experimente o novo de cada momento
una-se ao universo em casamento
esqueça o acontecido mal sucedido
feche o crivo da razão
use como guia o coração...
Aproveite a mágica oportunidade
não hesite diante da ambigüidade.

Arrisque...
Lance um novo olhar à vida
esqueça horas doridas
que te seguram e te prendem...
Enxergue sinais do universo
não viva imerso 
num mar de medos 
afogando oportunidades 
de felicidade!

Arrisque...
Crie coragem...
Fuja da tua própria arbitragem
e verás luz
na fagulha que te conduz
ao mais longínquo sonho...
E teus fantasmas já não serão viajantes
perderão a força de gigantes
dormirão calmos num raio de luar
enquanto tu descobrirás outro mundo
navegando neste novo olhar...

Carmen Vervloet



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Ato de amor e felicidade

A felicidade que escorre do olho
líquida e transparente, salgada
percorre a face, encontra a língua
tua, que entre dentes, a resgata

Misturam-se as felicidades nossas
nas salivas e lábios, sôfregos
reciprocidade de desejos e beijos
teus, que arrepiam, os poros todos

A felicidade que brilha nos instantes
nossos, transes de grande amor,
trilha as veredas mais estimuladas

Mistura-se em humores nos centros
nossos, de prazeres completos,
sensores sutis, exaltam-na, por fim

Anorkinda



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Mel Que Maltrata

Onde nasces amor? Que berço
te embala e nina a tua emoção?
Não sei de ti nem meio terço!
Num zás-trás estás no coração.

Sorrateiro viestes. Nem notei.
E quando dei por mim, incrível!
Já não era só. Dois me tornei.
Que poder é esse? Infalível...

Agora que estás dentro de mim.
A solidão é uma dor que mata.
E o ciúme corrói, veneno ruim.
Mel, que não sei...dói, maltrata.

Queria manejar tal sentimento!
Dominar o fogo que disseminas.
Chama queimando a fogo lento,
que vai me turvando em surdina. 

Ao fim minha alma já não indaga.
Caminha seu rumo; segue a sina.
Sou feito ferido que ama a chaga. 
digo: vem, chama, me contamina.

Rosemarie Schossig Torres



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OS VERSOS

Os versos
são nômades, ciganos,
visitam almas inquietas,
plantando-lhes verbos soberanos,
palavras secretas.
Apresentam-lhes o oceano,
a lua, o céu, a vida toda, completa
apontam-lhes o homem de um alto plano
Os versos são estafetas,
Os versos são arcanos,
Que nos revelam poetas.

Amélia de Morais



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O SOL NÃO VEIO...

Colosso,
o céu violeta
nesta manhã fechada.

Desabrocham rosas,
voam borboletas
e andorinhas em revoada;

Sabiás cantam
no pé de manga,
a aranha espreita na teia;

O quero-quero faz o ninho,
floresce a pitanga,
o pardal se banha na areia...

Mas o Sol não veio,
não deu as caras na rua.
Ficou nos sonhos de quimera.

Atrás do horizonte
de amores com a Lua
na noite de Primavera!

Rui E L Tavares



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Bandeira, minha bandeira
.
Bandeira branca,
me entrego aos versos teus.
Minha alma é aberta e franca.

Receba os carinhos meus,
na forma desta canção
nascida do coração.

És meu emblema,
estrela tatuada no peito,
brilhante como o poema.

Teus livros nas mãos estreito,
presentes na vida inteira.
És minha estação primeira.

Se o silêncio dorme contigo, Bandeira
Tua poesia é faladeira.

Amélia de Morais



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Portal..Saudoso Portal!.

A priscas eras,
eras assim,
belo e divino,
Portal de Luz!
Por onde a vaidade
e o egoísmo criaram
a maior desavença,
no tão harmonioso
e inquebrável Cristal!
As águas te purificaram,
e com certeza, agora,
estamos evoluindo
para te alcançar, meu amor,
e estancar as lágrimas...
Lemúria, Lemúria querida!

Godila Fernandes



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A Luz do Sol

I



Nós giramos nos mesmos percursos
Contraponto as nossas necessidades,
Rodopiamos nos mesmos círculos,
Vendavais e torrenciais.
Somos o girassol
De braços abertos a luz do sol.

II


Meus dedos roçam a ternura
O meu coração está mudo.
Fala meu bem no meu ouvido
Antes que o sol vá embora.

III


Ai. Posso eu ter você
No cantinho,
Poeticamente silenciosos
Antes que o sol, o sol
Desapareça das nossas vistas?

IV


As mãos dadas no cantinho,
Olhar poético e severo
Silenciosos pela luz do sol.

V


Modestamente eu te dispo
Luz do sol, raio de estrelas,
Voz de ternura no coração.

Ai. É tão doce sentir,
Tão doce me machucar no seu corpo.
Não diga nada,
Poeticamente silenciosos
Eu te dispo.


(Rod.Arcadia)



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Beijo do acaso


Minha casa tem um telhado
De sol 
Piso de areia branquinha
Paredes de águas cristalinas
Cimentado em muro de maresia.

No jardim de conchas
e pérolas
Guardo o gosto do beijo
Do acaso
Como um peixe que sai
do aquário 
Dou um mergulho de desejo
Como quem se despe
Deixando o mar entrar em mim .


Ana Maria Marques



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Inocência e Poesia

A vida por vezes cansa, Quem me dera

CRIANÇA eu fosse...
QUE tudo fosse infância que
BRINCA de esconde, esconde
E que vê o sol sorrindo 
O mar cantando, como
POETA que sonha
QUE tem alma eterna de criança, que
FAZ de conta, que encanta, com 
UM sorriso desenhado num
POEMA ... Criança e Poeta
ESTÃO ligados
AMBOS na mesma sintonia
NA mesma magia
MESMA Felicidade
IDADE atemporal
MÁGICA da vida em inocência e poesia.

(Quem me dera eu fosse criança ... Quem me dera eu fosse poeta)

Mavie Louzada.



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MELISSA ANDRADE



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AMOR

EU faço do meu pranto
CANTO e danço e amo e insisto
PORQUE não gosto de ser triste...
O melhor da vida é o
INSTANTE que se converte ... por que o amor
EXISTE, persiste, insiste e simplesmente ama...

Mavie Louzada 

.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010




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Se procurar bem você acaba encontrando.
Não a explicação (duvidosa) da vida,
Mas a poesia (inexplicável) da vida.


Carlos Drummond de Andrade



Teorias se acumulam pra explicação da Vida .
É fato mais que sabido e conhecido mas,
certezas ou incertezas também amontoam-se
tornando o Ser Humano , mais perplexo
a cada dia que passa , diante de tantas
revelações , questionamentos infindáveis,
enfim , um certo ceticismo diante de tudo .
Mas uma coisa , é incontestável !
Apesar do mundo caótico que encontramos,
apesar da loucura frenética em que vivemos,
nossos sentimentos se rendem as belezas divinas,
onde possam repousar nossas mentes, ainda pequenas,
no sentido de amorosidade, humanidade , fraternidade,
em doces acordes de música , arte e "delicadezas",
insondáveis , talvez a poucos,
mas acessíveis a grande maioria ...
A poesia inexplicável da vida !


Eliane Thomas


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Ciúmes!.

Ciúmes
é
a
mentira
simulada
de
verdade
e
a
verdade
cega,
cheia
de
mistérios.
É
tatear
nas
sombras
fingindo
andar
nas
nuvens.
É
ser
leal
a
um
coração
covarde!

Godila Fernandes


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Voe num céu laranja

Abra tuas asas, alma borboleta
voe num céu cor de laranja
toque o pólen e espalhe...
espalhe a vida, renove!

Abra tuas asas, alma de fada
voe num céu cor de laranja
toque o coração e ame...
ame a vida, comove!

Abra tuas asas, alma pássara
voe num céu cor de laranja
toque a nuvem e absorva...
absorva a vida, infinita!

Abra tuas asas, alma de anjo
voe num céu cor de laranja
toque a brisa e sopre...
sopre à vida, a palavra bendita!

Anorkinda


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O que não faço por você

Quero estar ao seu lado,
Vou fazer tudo por isso
Nada me custa,
E me faz tão bem,
Mostrar a você,
O que tenho por dentro,
E ainda dizer
Que vive em mim
Não quero que pense,
Que amar é sofrer
Isso é paradigma
De quem nunca amou
E se não amou,
Errou no conceito
Eu tenho certeza
Você vai me entender
Eu só preciso
Do seu consentimento,
Escuta meu coração
Com o ouvido do seu coração
Me presenteie com ele
Então!


ღRaquel Ordonesღ


* * *
Drama

Tenho um drama verdadeiro
Sou artista de mim mesmo
Ergo a tenda, sou palhaço
Sou cambista e pioneiro

Sou a arte, sou a fome...
A fumaça e a bailarina
Sou a dor que me consome
Sou a tela e a esgrima

Sou a ave que morreu
O livro doado ao incêndio
Sou as rezas dos ateus
E as caravelas dos tempos

A atriz velha e surda
Cuja memória é oculta
O ator que já sem voz
Faz monólogo ao albatroz

Sou o poema perdido
A onda resseca na praia
O cansaço de toda uma vida
Que em folhas secas, farfalha...

Sou o drama do poeta
E a asa predileta
De teus olhos já sem vida...

Sou a catarse regurgitada e remoida...
...Sou o ultimo gole
A ingenuidade da rolha

A proteção do espasmo
E a garganta que dói...

Sou o silêncio que berra!
A mente que exaspera,
E a saudade que rói.

Márcia Poesia de Sá


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