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sexta-feira, 3 de setembro de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


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Displicência responsável

Meus dias com você eram felizes, até então
Feito corda afinada eu me fiz em suas mãos
Meu coração tocava em ritmo nossa cantiga
Fui sua companheira, sua amante, e amiga.

Você não me deu valor, vi então indiferença
Já não tinha o seu amor, nem sua presença
Ciente do que fazia me deixava abandonada
Segui o meu caminho em uma nova estrada.

Não foi por um acaso que reencontrei você
Dizendo: fui canalha e senti muita saudade
Que eu era a única, o seu amor de verdade!

Rebati em baixo tom, com muita educação
Você não cuidou de mim, sofreu o coração
O amor não é momento, nem é liquidação!

ღRaquel Ordonesღ

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Viajante Cósmico.

Perdi-me numa dimensão...
Encontrei grande energia.
Lembrou-me um tempo ...
um tempo na Terra, de magia.
Sou um nada solto nela,
jogado de um lado a outro,
até que o portal se abra
e eu do outro lado, aglomere-me.
Energia vital, energia de amor,
que transmuta elétrons em seres
e assim imantados , abrindo portais,
seguimos na dimensão paralela,
universo de nosso Pai, afora...

Godila Fernandes


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Poesia sentida

Quando nos faltam os olhos
O coração se encarrega de olhar
De sentir que a poesia lhe confere
Aos que os olhos apenas notam

Quando falta-nos o tato
A quem tanto deseja tocar
A mão toca de fato
A poesia nos toca no olhar

André Fernandes


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Cantiga


Roda, roda, doce cantiga.
Canta, canta, uma roda amiga.
Quem me tira pra dançar?

Roda, roda, doce cantiga,
O velho da montanha, gira, gira.
Quem tira a criança pra dançar?

E cantiga vai e cantiga vem,
Canta, canta pra reis e rainhas.
Quem vai conceder à primeira?

E vai gente humilde pelas ruas,
Cantiga dançar e cantar,
Vão lordes e animais dançarem cantiga doce

Uma terra boa, dançam sem parar
Canta, canta, sem desafinar,
Velha cantiga do canto popular.

Roda, roda doce cantiga,
Vão meninos e meninas cantar.
E quem será meu par?

(Rod.Arcadia)



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Enquanto o dia não vem

Deito as mãos
Sobre teu ser adormecido
E agradeço à nua noite
Não haver amanhecido

Assim, contemplo-te
Após haver-me percorrido
Vida afora, corpo adentro
Um ao outro pertencido

E de amar-te tanto e mais
O amor se faz abrigo
Na paz que o sono te traz
Meu sonho se faz sorriso

Nisso habita minha graça
Meu divino, humano vício
De esperar que adormeças
Pra te olhar sem compromisso

Extasio-me em feliz tristeza
Verto em ondas, maresia
Choro aguado, pranto leveza
Lavo a alma, calmaria

E às altas horas fugidas
Meu já pouco fingido juízo
Encolhe-se, deita e dorme
Aninhado em seu próprio umbigo

Célia Sena


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Singular


Simples
singela
somente
sou...
simbiose
soturna
sã?
saberias...
se soubesse
sou só
sentimento

se estranhas?
eu...vento!


Márcia Poesia de Sá


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REALIZAÇÃO

Voce é a hora certa,
Meu alvo e meta.
A hora precisa.
Preciso de voce.
Sonho que se realiza.
Tudo que se quer ter.
Rosa que desperta.
Passáro que se liberta.
Tesouro descoberto.
Meu longe mais perto.
Canção que quero ouvir.
Dor que preciso sentir.
Amor que me impregna.
Meu veio, minha mina.
Diva estelar.
Lua cheia, luar.
Passado presente.
O futuro agora.
Sinto o que sente.
Vem...
e me namora,
assim...

[gustavo drummond]

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O serenar da noite

O úmido sentido

s equestra palavras
e nquanto é possível
r eina um desconforto
e stremecido e incontido
n oite de emoções escravas
a meaça o coração sensível
r eina o soberano medo, absorto

d egusto o sereno
a roçar os lábios

n ão suporto o vazio
o rnamento do Nada
i nvoco o poder dos sábios
t estemunho um sibilar macio
e sgueira-se a salvação em luar de prata!

Anorkinda


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Grandeza

Na grandeza do gesto
posso acenar com gosto
posso beijar teu rosto
posso aceitar o almoço
oferecido com afeto

Na grandeza da virtude
posso ajudar a todos
posso ter bons modos
posso apagar engodos
riscados no concreto

Na grandeza do amor
posso te tocar o peito
posso chegar com jeito
posso eliminar o poço
fundo dos defeitos

E aconchegar-te à vida

Anorkinda


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Essa infantilidade que me persegue

Falo pouco do que na verdade sinto
é como se fosse abrir as jaulas de vidro
que se cabem aqui dentro

Escondendo segredos
riscando paredes com sangue
resguardando gritos
secando lágrimas
me puxando pra dentro

O que queria era encontrar um companhia
pra acordar bem cedo
com vontade de brincar de esconde-esconde
juntar parelelepídos
e sentir frio na barriga
ao roubar-lhe um beijo doce
ao por do sol

Desculpe a intensidade dos meus olhos
é que sempre sonhei feito criança boba
não querendo acordar
mas morrendo de vontade
que tudo fosse realidade

é que sempre fui inconformado
como o tempo voa
e as coisas vão se ficando para trás

Clayton Pires


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*PAZEAR

Eu pazeio distribuindo sorrisos
tu pazeias extirpando dores
ele pazeia num bem preciso
nós pazeamos exalando amores
vós pazeais evitando a guerra
eles pazeiam preservando a Terra

* verbo citado por Delasnieves Daspet
- Poeta Del Mundo pela PAZ

(Lena Ferreira)


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RENEGO

Há lobos vestidos de cordeiro
disfarçar-se em plena multidão
munidos de tanta persuasão
seduzem com sorriso primeiro
desfiam elogios em borbotão
destilam fel e arrotam sereno
rasgando seda e inflando egos
essa atitude, juro: eu renego
postura vil, destilando veneno
vestidos de cordeiros, entrego!

(Lena Ferreira)


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PRECONCEITO
.
o homem feriu o homem
com a força da palavra
com a forca da exclusão
com a faca do desprezo

um pensamento podre
habita na rede de insultos
o homem cortou o laço
e o sangue cobriu esse espaço

Meu umbigo chora.

Amélia de Morais


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Semeadura


Semeia, semeia
Brota no solo a sagrada poesia.

Germina a terra fértil,
Nascem raízes no solo rico.

Semeia, semeia terra
Daqui vai nascer um poema

Semeando a boa mente,
Semente fertilizada de poesia.

E o semeador poeta vai declamar,
Sendo um peregrino da boa obra,

Vai mostrar as pessoas que a semente
Brota com riqueza e fertilidade.

Brota na boa musica,
Num lugar sem luz.

E semeia, semeia nessa terra
A linda poesia que nasce no coração da humanidade.


(Rod.Arcadia)


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A chave do céu

Azul anil
Verde viril
Tem caramelos?
Tem ouro em pó?

Chave do céu
Abre papel
Entra a pena
Voa assim...

Porta na nuvem
Vejo o Pedro
Cara de sono
Tava dormindo
Silêncio eterno
O consumindo

O povo da terra
Não tem subido
Muito...

O elevador
Lotado
Da para as áreas do fundo
Lá sim, lotação carregada!
Mas para o céu,
Só uma ou outra
Coitada

A chave? Ah sim... Viajei!

A chave do céu
É simplesinha
Nada de ouro ou arabesco
O dono da casa
Detesta
Gente metida a besta.

Ele comprou esta chave
Na barraquinha da esquina
Tava na promoção
Custou só um e trinta.

Márcia Poesia de Sá


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Definindo o amor:

Para o filósofo:

O Amor, como a linda estrada,
Tem flores, mas tem espinho...
Quem for nessa caminhada,
Tem que saber o caminho...

Para o cínico:

No amor eu só me atrapalho
Sou eterno aventureiro
Amar dá muito trabalho
Tem que se dar por inteiro.

Para o sofredor:

Amor é palavra doce
Soa assim em meus ouvidos
Mas que bom se o amor não fosse
Às vezes, amor bandido.

Para o romântico

Quando o amor é verdadeiro
Enche a vida de beleza.
Ele é o nosso timoneiro,
Não vai contra a correnteza.

Para o desiludido:

Fiz-me escravo desse amor
Só vivendo de emoção
E o amor foi o causador
Da minha desilusão

Para o amoroso:

Está no gesto de amar
Todo o amor e toda a glória
Por amor vale lutar
Com certeza da vitória.

Jane Moreira


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É num sopro lento
com pensamento fluíndo
que nasce um verso.

(Lena Ferreira)


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Não se preocupe em entender,
viver ultrapassa qualquer
entendimento (Clarice Lispector)

Se a vida uma oportunidade der
De mais uma manhã ver acordar
Não desassossegue em entender,
Viva com força sem nada explicar.

Se um amor invadir seu coração
Viva essa brasa profundamente
Não dê ouvidos à megera razão
Deixe o anseio tomar sua mente

Não tente entender os motivos
Deus é unicamente inexplicável
Seu mistério de luz é invejável.

Viva hoje com toda sua verdade
Ontem e amanha; nada justifica
Viver de verdade por si já explica.

ღRaquel Ordonesღ


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Planetinha entrou correndo,
pedindo ruidosas explicações,
apontando seu comprido dedinho,
disse a adorável mãe galáxia:
por que os humanos mentem
e colocam a culpa em nós,
afirmam que faremos transição...
Mãe Galáxia nem o deixou terminar:
Planetinha querido não devemos julgar,
humanos são humanos e errar é humano,
não somos humanos, portanto,pense como tal.
Planetinha levantou-se e saiu sorridente,
foi encontrar-se com outros amigos planetas
e convidá-los a brincar de pular precessão,
que é empurrar um ao outro até ficarem todos
enfileirados de frente para a velha via láctea.
Adoravam brincar assim, no Universo de Deus!

Godila Fernandes

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010



POETA P. VIAJEI!


SILÊNCIO SEPULCRAL

Sabendo de seus passos
inadequados à existência
limitado, como um pássaro negro
encostado em canto fúnebre,
naquela vala mora uma estrada
cimento a cobre de adorno
inusitadas flores,
obrigando à fertilidade.

Silêncio que não faz bem
Este som do cemitério
Palavras que não vão
Unidas a um negro verbo,
Lamaçal de poeiras cruzes
Cruzes que já perderam as orações,
Range um passo largo
Algo grave aconteceu,
Logo o silêncio cai na cova e acham que morreu.

P.Viajei

Um velho. Não um velho qualquer



que se apoia em bengala,
mas um velho amanhã
que se torna hoje.

Um velho ali sozinho e sem ninguém,
com pena de si mesmo,
com pena do que poderia ser

e será.

- Um velho!

-Sim tu és um velho e eu tendo medo
dessa sua amizade...
tomara que morramos juntos.


P.Viajei

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POETA MATEUS ARAÚJO!

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Casulo

Meu coração é um casulo
transpareço miúdo num rachado leve
entre ser e poeta sou nulo.
Um feto que ao casco respira, breve.

Dentro, adentro, sedento
de um ar que sonho lá no externo.
voar no âmago de fora do vento,
tentando num canto o tornar eterno.

Estes dias passam como vitrais
entre as cousas que escrevo e o lume
o sentimento, a pedra e o cais
invólucro da qual meu papel se assume.


Meu casulo é eterno rachado
digo que nos bosques, as mágoas,
os júbilos e os sons gentis do fado,
escapam para o transparecer dessas águas.

-Mateus Araujo

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terça-feira, 31 de agosto de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS



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DESTINO, MENINO TRAQUINO

O destino
menino manhoso
nem negro, nem branco
nem mesmo albino

me lança na vida
no circo do mundo
trapézio sem redes
suspiros, ao fundo

O mesmo destino
traquino, amoroso
nem forte, nem fraco
nem mesmo franzino

me acolhe no colo
na rede, balança
pra festa convida
e comigo dança

Amélia de Morais


* * * *

Carnaval eterno

E deleitei-me assim contigo
entre confetes, carnaval antigo
E considerei-me colombina
bonita que contigo combina

Dançamos juntos nas eras
do tempo presente, quimeras
Brincamos com os pares
enfeitiçados nos festejares

Fechei os olhos, suavemente
estrelas brilharam em nós
Elevando-nos a voz

E cantei, despudoradamente
sob o sol do inverno
Unindo-nos num laço eterno

Anorkinda


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Propósitos do Homem


O homem por sua vez
Foi absorvido por suas quimeras.
Quisera tocar com sua mão as estrelas.

Ele em seu ato mergulhou
Em profundas águas, se aprofundou
Em sabedorias, em conhecimentos

De que ele mesmo não soube domesticar.
Quis que o holofote sempre o iluminasse,
Que o astro-rei abençoasse seus trabalhos

E que a lua lhe entregasse a dama mais bela
No seu oásis, navegou e naufragou,
Foi orgulhoso e dançou com seu eco.

E o homem, louco como ele é,
Soprou a trombeta que desmoronou o seu castelo,
O seu castelo intimo, o seu interior danificado.

(Rod.Arcadia)


* * *

Eu, espelho

Espelho em meu reflexo
os cortes do caminho
espinhentas trilhas
ferimentos daninhos

Espelho em meu sexo
as fêmeas intenções
humores excêntricos
fissuras e incisões

Espelho em minha viagem
os vermelhos-sangue
líquidos desagues
vertentes exangues

Espelho em minha imagem
as mágoas do percurso
ardilosas veredas
rios fora dos cursos

No fundo, me espelho em mim...

Anorkinda


* *

Dulcíssimo ser

Preciso de um altar,
uma toalha de estrelas,
flores, muitas flores,
uma cascata de primavera
esparramando cores e aromas
sobre a relva de cetim.
Velas, amor meu,
perfumadas e ternas;
um incenso de aroma delicado,
a melodia das esferas no ar
coral de anjos, de fadas;
o plenilúnio,
a magia da madrugada,
e a poesia na alma
para louvar-te,
adorar-te
e
saborearte.

Carmen Regina


* *

APENAS MIMOS


Um vaso de versos,
Um buquê de cometas,
Bombons de perfume,
Carinhos diversos,
Frases perfeitas,
Sol como lume,
Sal para tempero.
Afagos silvestres,
Beijos com esmero,
Telas rupestres,
Uma música de Milton.
Dança no rócio,
Lingerie de qualquer tom,
Rútilo anel,
Namoro e ócio,
Flocos de mel.
Um acalanto suave,
Rara ave,
de canto infinito,
Meu olhar mais bonito,
Minha vida, o presente,
Embrulhada para presente.

[Gustavo Drummond]


* *

MÃOS PEQUENINAS


Meu destino descansa
nas pequeninas mãos do amanhã
como um menino levado, arteiro
ativo, altivo e belo

Descansa
enquanto o ontem avança
alavancando mudanças
na minha extensa história

A memória
dos dias passados ao vento
dão contentamento
sorriso tão claro, limpo, lindo
ao menino travesso
que entre tantos brinquedos
escolheu para minha vida
lúdicas palavras proferidas
desenhadas pelas pequeninas
mãos do amanhã

(Lena Ferreira)


* *

Grandeza

Na grandeza do gesto
posso acenar com gosto
posso beijar teu rosto
posso aceitar o almoço
oferecido com afeto

Na grandeza da virtude
posso ajudar a todos
posso ter bons modos
posso apagar engodos
riscados no concreto

Na grandeza do amor
posso te tocar o peito
posso chegar com jeito
posso eliminar o poço
fundo dos defeitos

E aconchegar-te à vida

Anorkinda


* *

Abençoar


Não quero te matar com violência dos meus beijos,
Não quero violentar com minhas caricias,
Só quero dizer te amo.

No seu ouvido, em nosso quarto.
Deixe a lua cantar para nós,
Iluminar nossos corpos,

Deixe que ela nos vigie,
Com seu branco sorriso,
Senhora solitária que é.

Não queria fazer você explodir feito estrela
No firmamento de meus beijos,
Nem tão pouco ouvir nascer seus gritos,

Só quero dizer te amo,
E aceitar a lua nos abençoar,
Ela, lá no alto,

Senhora solitária,
Do riso branco alegre,
Iluminando a poesia dos nossos corpos.

(Rod. Arcádia)


* *

Realize pequenas com grandeza.

E pensar que o homem
que verdades não traz,
faz de conta que semeia,
enquanto olha para trás...
vê mulher e filhos na estrada,
vê amigos maldizendo-se,
vê a vida que no suor se esvai.
Pobre criatura que tudo que faz,
dispensa um dourado tempo,
que cansado, assoberbado, cai
e olha tudo sem alento...
pobre homem avarento...
pobre homem egoísta...
sem coração, sem beleza,
Não aprendeu que só com amor
Realiza-se com grandeza!

Godila Fernandes


* *


Tão longe , de mim distante

Visto um purpúreo manto
de saudade
Dos teus olhos castanhos
Do teu jeito de homem
apaixonado
Do teu querer no meu quarto
Derrubando paredes...
Sem tua presença
Tão longe , de mim distante
Virei mulher uivante
Sem precisar de lua cheia.


Ana Maria Marques


* *


Plantação

A maior realização
É saber plantar luz
No coração.

Márcia Poesia de Sá


* *

Viagem a paralelas.

Imagine que estranho,
meu anjo saiu a passear.
Deixou-me calada e imóvel.
Junto a mim, uma infante,
minha criança interior,
fazendo risinhos vingativos...
Estes dois mancomunados
decidiram ensinar-me,
resolveram que a solidão
a que costumo deixá-los
tomasse conta de mim também.
Ora, pois, estão muito enganados,
vou fingir que sorrio e que gostei.
E ela olha-me curiosa, indagando-se
de meu sorriso pouco sincero...
Ah! Criança maravilhosa que conhece
meus trejeitos e se alegra com a verdade.
Volta o anjo andarilho e sonhador,
assoviando uma diferente canção.
Pergunto-lhe por onde andou
e o danado responde, fiquei em seu interior.
E não é que é verdade, estávamos juntos,
os três: minha criança, meu anjo e eu,
viajando com meu espírito em outra dimensão.

Godila Fernandes


* *

TEU SUSSURRAR DENTRO DE MIM


Quero falar dos teus beijos
Que mesmo a distância, eu conheço
O cheiro do teu hálito, o sabor...
Que alarga meus desejos.

Quero ditar os segredos
Que tua voz não me disse
Mas que li nas linhas dos teus anseios
E foi como se ouvisse...

O teu sussurrar dentro de mim
E foi então...
Que renasci!


Viviane Ramos

* *