Tópicos

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Do tópico

ROUBA RIMA!



Beco sem saída
dizia a placa.
Uma asa caída,
vestígios de faca.

Anorkinda

....



.fui passear de dia
.tropeçei numa paca
.aí, como eu sofria...
.tive que voltar de maca

Valdilene Silva

......


Um belo dia
gritei e pulei
era de alegria
contigo eu sonhei!

Anorkinda

....

que te amo eu sei
.e você, me ama?
.para sempre te amarei...
.por favor, me chama...

Valdilene Silva

.....



Está certo, rei
faremos assim:
decretas a lei
de amares só a mim!

Anorkinda

.....


O nosso jardim
está cheio de flores de jasmim
Perfume romântico e suavíssimo
Em caramanchão : te amo .

Ana Maria Marques

......


Oh! Querubim!
Ouça-me aqui!
Diga-me sim,
entrego-me a ti!

Anorkinda

......

Hoje estou aqui
Amanhã posso estar lá
Melhor mesmo não pensar
Vale mais me divertir!

Mavie Louzada

......


Andei assoviando
de leve, a nota fá
sei lá, pensando
bem, é melhor parar!

Anorkinda

.....


Não para não, Kinda...
continue feliz, cantando
eu nem comecei ainda...
logo logo, tou chegando!

Valdilene Silva

......

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * *

A ver avessos

Porque nos avessos
É que amarram-se os versos.
É do lado de dentro
Que ficam os nós, as pontas,
Nos cantos, no centro,
Todo acerto de contas,
O resultado da lida,
As sustentações de todos os pontos.
Ponto cruz das encruzilhadas,
Ponto atrás que não traz mais nada,
O caseado a guardar botões,
O alinhavo das rendas,
Os nós das minhas emendas.

Quem vê o sorriso
Bordado no meu rosto
Não conhece os meus avessos,
Não decifra meus sinais,
Não sabe os riscos que traço,
As linhas, agulhas, laços,
O passo-à-passo de mim.
Nem eu sei.
E nisso reside a graça,
No ponto-à-ponto,
Até o último nó
A revelar toda a trama
Fim e começo
Direito e avesso

Célia Sena

.


* * *
Frutos do mar.


Vida, longa vida,
triste sina colorida,
nas ondas do mar estou.

Jogada de cá pra lá,
bato e rebato eu cá
entre um penhasco e outro,


Quero repousar no regaço,
da areia muito fina do recato
da sereia que canta no alto.

que eu descanse de navegar
e possa agora dormir e rolar
neste mar de espumas brancas.

Sou concha criada no fundo,
de um oceano mui profundo
não me leves à beira-mar!

Soltem-me espumas do mar,
deixem -me dormir e flutuar,
nos braços das estrelas-do-mar!

Godila Fernandes

.


* *
Ao canto quântico!.

Há em cada coração,
enquanto na dualidade,
carmas a equilibrar...

Amor nunca será sem espinhos,
mar de rosas com lágrimas,
é carma, como vinagre e vinho.

Os contrastes se formam,
batem desesperados corações,
e sofrem amores que torturam.

Aceita tua linda sina,
creia que há resgate, menina!
Deus é Pai, não um carrasco.

Em breve no quântico,
te liberas desta roda de encarnação
e descansas das dívidas, no perdão!

Godila Fernandes

.

* *
Alpha e Ômega!.

E o casulo é desfeito,
a feia lagarta vegeta,
pendurada na folha, morta!

Em semelhante envólucro
Levamos a vida assim,
curtindo tudo, até o fim...

Qual fim, coisa alguma,
começa aí a beleza da vida,
que com a morte não finda.

Tal qual ilustre metamorfose,
passa de humano à borboleta,
o homem de fase lagarta...

Deus com um toque final,
na morte para o dual,
dá asas a vida na alma!

Godila Fernandes

.

* *
Bordado de linhas soltas


Hoje algo me rói
e o claro da lua me mostra as sombras que guardei...
algo me rói
e o encontro foi marcado no Olimpo
tempo, tempo, tempo!
é tão doloroso este sentir dentro
tão interno quanto os ossos que doem em paz
A ousadia de amar-te me amplia
faz de mim, reflexo cego
cataclismo em cores a escorrer
algo me rói e rói fundo
a saudade do teu cheiro me suspira
e teu gosto explode no céu da minha boca
que saliva
o obscuro querer desmedido
faz de mim tão pequenina menina
a fingir-me de mulher
mesmo quando e se eu sumir
ainda me acharás no avesso
de ti...
naquele lugar
onde me guardastes por tantos anos
lembras?
algo me rói
e me borda novamente
n'algum ponto do infinito.

Márcia Poesia de Sá

.

.