Tópicos

sábado, 27 de março de 2010

DIVAS DA POESIA

É festival de parcerias femininas...
das amigas-poetas desse movimento viciante e poético virtual tão apaixonante!




Mais três linduras!


SEDE

Minha sede não cabe num copo
Esgotou até as garrafas
Pelas retinas, escapa
Quer beber o horizonte...

Desejo que vaza
Pelo ladrão da alma
Sem caber extravasa
Num querer imenso, esgotado...

Em vidas acanhadas
Talvez assoladas
Pelo sofrimento extirpado,
Que é vertido em lágrimas...

Tenho vontade de solver
As imagens das belas esferas
Conduzir para o meu renascer
E o meu destino resplandecer!

Angela Chagas & Rosemarie Schossig Torres

...


(clique na imagem para ampliar)

...


Véu de Poesia

Andei por caminhos diferentes
Pensei que me perderia...
Vaguei descontente
Fingindo ter alegria

Infantilmente fiz um véu
Para compor a fantasia
Rendado e de papel
Onde me santifico em poesia.

Poesia onde busco alegria
Me transporta a cada surgir de novo dia
É como se eu me cobrisse
E a leitura do meu coração eu permitisse

Quem se atreverá a me ler?
A navegar no que eu sou...
Arriscar a sanidade e se perder
Neste desvairado caminho por onde vou...


Raquel Ordones e Viviane Ramos


sexta-feira, 26 de março de 2010



Do tópico VERSOS (E)TERNOS

Parceria de Lena Ferreira e Marçal Filho



DE CANÇÕES E DIPLOMAS


Na retórica do tempo
traço nova trajetória
e me poupo do declínio
dessa falha tão inglória...

Há que ter um novo alento
e existir maior perdão
na ressalva que lhe deixo
vou trazer outra canção...

Pisarei no traço feito
tal e qual um equilibrista
que bambeia sem cair
e na vida é grande artista...

Eu terei outra esperança
comporei canção mais linda
pois das falhas fiz escola
meu diploma é minha vida


Marçal Filho/Lena Ferreira

...


OUTRA CHAMA

Cheia de um vazio imenso
A aflição corroe meu peito
Causando inevitável efeito:
Alma, mente e corpo tensos...

Cheia de um grande vazio
Taça amarga já transborda
Comendo dores pela borda
Sinto meu verso por um fio...

Vejo a chama se apagando
Nas querências desse ardume
E uma tez que traz negrume
Sobrepõe a luz brilhando...

E então busco outra chama
Quero sempre em brilho estar
Minha paz vem no poema
Que acabei de recriar.

Lena Ferreira/Marçal Filho



Do tópico VERSOS IRMÃOS

A parceria de Anorkinda e Rô Elkeyn



INSANA LUCIDEZ

É vagar por este mar de pensar
descobrir-se especial, desigual

é sonhar pelo ar do versar
sentir-se repleto de afeto

é testar a lucidez com acidez
vestir-se da loucura pura

desnudos de doutrinas
clareando os caminhos

abertamente pensando
vivendo fora dos ninhos

pareando o real e o palpável
buscando respostas no intocável


Anorkinda e Rô Elkeyn





Lembranças

Lembro meu tempo de criança
quando tudo era festa
os filmes eram longas serestas
e assistindo-os fazia lambança

Lembro dos amiguinhos
no esconde-esconde
nos belos joguinhos
coloridos e no ping-pong

E as lembranças afloram
todas com a leveza da alma
que só uma criança tem
pois tristeza e pesar elas ignoram

Lembro das bonequinhas
de papel, coloridas
e de suas roupinhas
tão bem escolhidas

Lembro das brincadeiras na lama...
Lembrança inesquecível também:
brincávamos de mocinho e bandido,
tinha até o barulho do trem!

E as lembranças ignoram
o tempo que já passou
e sorrimos como antes
na mais doce alegria infantil!

Rô Elkeyn e Anorkinda


quinta-feira, 25 de março de 2010


Do tópico POEMAS DA LUZ SERENA

Parceria de ANORKINDA E LENA FERREIRA


Luz Serena

D.Serena
serenamente
vinha pelo caminho
de letras e flores
e amores em versos

D.Luz
luzidia
piscou à sua frente
com um sorrisão
e na mão uma rima

D.Serena
luziu
em covinhas
de simpatia

D.Luz
serenou
o coração
de poesia

Luz Serena
é a parceria
de sabores e cores
estelares da emoção

Anorkinda


...





MATERNA ESTRELA
.
Você é a luz na minha caminhada
Guiando sempre os meus passos
Clarão na minha escura estrada
Se no meu peito há descompasso
.
Você é o brilho que tanto preciso
E que faz-me sentir mais viva
Capaz de devolver o meu sorriso
Se a torpe tristeza vem e me priva
.
Você é a brasa soprada; chama forte
Que vem aquecer a minha noite fria
Você é o farol que me indica o norte
Restituindo-me a sonhada harmonia

Você é, do meu céu, meu universo,
A minha estrela; brilho fulgurante
Declaro eu, nesses rasgados versos
A mais presente apesar de distante...

.
Lena Ferreira


quarta-feira, 24 de março de 2010


Do Tópico DO OIAPOQUE AO CHUÍ

Parceria de ANDRÉ FERNANDES E ANORKINDA

Alinhar ao centroCHÁ DA TARDE

Bule fumegando no ar frio
D. Redondilha sorri alegre
E o chá da tarde vem o trio
Bolo, biscoito e leite quente

Dona Agradecida olha e ri
Agradece a acolhida da tarde
- Trouxe uma poesia pra ti!
Diz D.Redondilha num alarde

Nela eu falo sobre a cidade
A correria e a falta de amor
E a senhora poesia lê a flor

Agradecida dona menina abraça
Ternura de duas meninas, a graça
De encontrarem-se em felicidade

André Fernandes e Anorkinda

...


Inflama a chama azul

Desandar é verbo sem pensar
É deixar de seguir em linha reta
É fugir regressando ao seu lar
É dormir disperso, não ser correta

Desando quando quero versar
Me embriago na longa espera
Perco o rumo sem saber voltar
Desandar é desistir de ser sincera

Regresso em meu corcel puro
Feito poesia do mais perfeito cordel
Vou trotando e vou seguro
Viajando no atrevido cor de mel

Regressando em dia escuro
Disfarço no atropelo meu
O descaminho de um futuro
E ando agora longe do breu

Torno a acender a chama furtiva
Evoco a flama desse retorno
E assim que ela deixar de ser fugitiva
O combustível se inflama ao entorno

Iluminando a trilha divina
Que é meu viver e trono
Declamo a rima que afina
o fim de meu confuso outono

André Fernandes e Anorkinda


terça-feira, 23 de março de 2010


Do tópico ARTE, AMOR E INSPIRAÇÃO

Parceria de ANORKINDA E MÁRCIA POESIA DE SÁ

inspiradas na arte de JOSEPHINE WALL


Inefável inspiração

Somos todos viajantes deste infinito espaço
como todos bons amantes
atores do mesmo palco
pássaros alados do destino
perdidos em meio as tintas
rebuscam a tela virgem
e fazem nós obras primas de nós mesmos

Pincelam em nosso livro da vida
experiências de texturas
cores novas de luz
e esperança de assinatura

Assim despertas o dia em mim
inefável inspiração na luz
do amanhecer que me dedicas
nas cores que te formam

Raiando um dia assim
terno em amores
repleto dos sabores
que por amor a mim abdicas

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

...


Sentires e poetares

Sinto meu mar em lua cheia
Cheia sinto este meu mar
Mar de tantos mares em cheias
Cheias águas de meu mar

Minto à lua descarada noite
Noite minto meu poetar
Poetar de tantos versos noites
Noites luares do meu poetar

Poetar de tantos açoites
Açoites de tanto versar
Versar meus sentires sem rumos
Rumos pra te encontrar

Encontrar-te deusa do mar
Mar de tantos luares
Luares que ajustam rumos
Rumos dos nossos poetares

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda



Do tópico:

EU TE DOU UMA TROVA!


Trovinha para Márcia Poesia de Sá



De longe a maresia
me traz teu cheiro
de amar em poesia
te faz meu luzeiro!

Anorkinda





Uma trovinha para Rodrigo Arcádia


Meu garoto de verdade
Carinho, um riacho de amor
Tem no coração humildade.
Inigualável é o seu valor

ღRaquel Ordonesღ




Uma trovinha para Udine

Udine, mestre poeta
em quarteto e terceto
transforma a sua meta
no mais perfeito soneto.

Rui E L Tavares






Uma trovinha para Anorkinda

Sonho e poesia infinda
brota do olhar da menina
que traz o nome Anorkinda:
essa moça nos ama e anima!

J. Udine




Uma trovinha para Raquel Ordones

O MEL MAIS DOCE E MAIS PURO
BUSCADO EM UM FAVO SAGRADO
RAQUEL, EU TE ASSEGURO
ÉS TU, PELO QUE'U TENHO NOTADO

PEDRO COSTA




Uma trovinha para Viviane Ramos

Viviane, Vivi, Vi e venceu!
Com seu coração de gigante
E o dom que Deus lhe deu
Faz poesias lindas a todo instante!

Marlene Nassa





Uma trovinha para Lena Ferreira

Lena, meu mar, meu lugar
um oceano profundo...
uma amiga de todas as horas
uma poesia a cada segundo...

Márcia Poesia de Sá





Uma trovinha para Diná Fernandes

Ciganinha poeta inteira
Entre prosa e verso
Desfila toda faceira
Colore nosso universo

Mazéh Lage





Uma trovinha para Marlene Nassa

A Marlene bem direto
Abraçado com carinho
A você dou meu afeto
E todo meu beijinho

André Fernandes




Trovinha para Isaías Gresmés


Uau! Um poeta bem legal!
Não me canso de te ler
E revelar este especial
carinho de sua amiga eu ser!

Anorkinda



segunda-feira, 22 de março de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS DA SEMANA!


VIAGEM (CRÔNICA)

Talvez seja o efeito da cafeína acumulada dos tantos cafés que já tomei hoje. Quem sabe dos resquícios do malte dos whisky´s que bebi ontem. Quem sabe da cevada das cervejas de antes de ontem. Ou ainda das viagens no sabor dos beijos, do calor dos abraços, das carícias e dos afagos que tenho vivido; já não sei direito. Sei somente que tenho uma vontade louca, desvairada e quase impossível de adentrar no coração e na mente de um poeta, pegar carona nas suas viagens, na sua inspiração, percorrer as imagens que se fazem na sua criação, só para desvendar os segredos dos seus inventos e assim poder enxergar com seus olhos, sentir com seu coração, perceber com sua intuição, todas as suas emoções.

Tenho esse desejo louco e torto de entender a estratégia logística das viagens de um poeta. Como ele viaja, se decide onde aporta, ou onde aterriza; se suas viagens são programadas, com roteiro previsto, ou apenas monta na garupa do destino e chega onde o tempo por si só decide. Queria saber se os sonhos e lembranças dos poetas têm asas, o tamanho delas e se são impulsionadas ou não por turbinas supersônicas que ultrapassam a velocidade da luz ou pensamentos, travestidos de sonhos.

Tenho um desejo quase febril de um dia me esconder sorrateiramente no porão da imaginação de um poeta e sem querer saber seu destino, ficar espreitando suas manobras, suas idas e vindas, pelos mares dos desejos contidos nos seus poemas, no céu salpicado de sonhos e lembranças dos seus devaneios, nas profundezas das trevas por aonde vai descarregando seu infortúnio ou mesmo pelas noites horrendas de escuridão e tempestades por onde vagueiam seus medos.

Um dia ainda vou vaporizar e me infiltrar na sua bebida e assim – quem sabe – eu consiga me inebriar e disfarçadamente consigo viajar, como se fosse o próprio e ai sim saberia de tudo e contaria a todos plagiando todos os seus versos.

EACOELHO


SONHO FINDO


Perdoa-me, devo ir
É chegada a hora de partir
É o fim, o sonho findou
Agora acordada, sigo e me vou...

Para longe dos teus olhos
Onde não vejas minha dor
Onde não te doam meus desgostos
Para que acredites que não fora amor

E não fora então!
Não como o deveria ser
Fora apenas ardente paixão
Porque assim nos cabia arder

Queimamos... restaram as cinzas
As sopro... voam... neblina
A embaçar os olhos, ou são lágrimas?
Gotas cristalinas que molham estas páginas

Onde escrevo o nosso fim
E verso a dizer-te adeus
Este é o ensejo, que seja assim
Vou-me... sem olhar nos olhos teus.


Viviane Ramos


PARA GANHAR UM SORRISO TEU

Te trouxe ligeiro
uma carruagem de mesuras,
uma revoada de brisa,
um jardim inteiro,
de orquídeas afrodisíacas,
tela de Monalisa,
cerejas de pura doçura,
versos brancos, meigos.
porcelanas preciosas,
valiosos cristais,
rosas cheirosas,
poemas de vitrais.

beijos raros,
carinhos recentes,
colo, perfumes,
toques ávidos,
presença presente,
aromados vaga-lumes,
uma ária de Mozart,
um canto gregoriano,
trovas medievais,
baralho cigano,
bordados orientais.

para ter um sorriso,
da mulher tão amada,
faço isso e aquilo,,
toda carícia almejada!

[gustavo drummond]



Tolerância


Jogo minha tolerância num velho poço,
De águas profundas, um poço escuro.

Já gastei meus gritos, meus protestos,
Minha boca ferida sangrou.

E minha tolerância vou esquecer, retirar da memória,
Vou deixá-la reclamar, perturbar, chorar,

Dentro do poço, vai ficar escondida na escuridão,
Meus gritos vazios vão ser ecos silenciosos.

E a marcha dos meus pés gastos caminhará,
Nas areias do tempo sem tolerância,

No meu protesto, minha bandeira balança,
Balança no vento do oriente.

(Rod.Arcadia)



Vejo as labaredas

Sinto as labaredas de um fogo de línguas
Chamuscando as paredes da minha calma
Alma em devaneio, labirinto
Pele em vulto quente, flamejante

Construções medievais em janelas distantes
Fazem revoar as cortinas de meu ser
Teus caminhos brandos tão distantes...
Fechando meus olhos, posso ver

E o vento quente que te toca
Traz a mim teu cheiro ao alvorecer
Enquanto teus pensamentos rodopiam
Os meus anseiam por te ter

Mesmo vendo assim, tão perto um firmamento
Repleto de estrelas de você
Sinto que há mais por dentre linhas
Sinto escrito em azul, meu bem querer

Sensações, razões que me anunciam
Abertos os portais de um novo amor
Cupido dá risada de alegria
Meu coração palpita de temor

Estradas, longas horas, companhia...
Relógios tão repletos de saudades
E a poesia escreve em linha clara
O olhar apaixonado em noite rara
Faminta de teus sons de colibri

Papel, branco e tão puro comunica
Poetisa escreve por linhas tortas
O amor contido em um suspiro...

Ao te ver...
Dentro dessas labaredas
Neste bem querer.

Márcia Poesia de Sá



MINHA MEDIDA


Retomei o meu domínio
Galgo os passos do meu dia
Hoje sou meu próprio abrigo
A lágrima não inunda minha vida

Determinada, sigo avante
Sem tornar ao ponto de partida
Mantenho a falsa paz constante
Sem me deixar estar combalida

Aprendi as regras do jogo sujo
Já não me importa a medida
Do sangue que é o custo
Para recriar-me, destemida

Recrio-me do sangue inocente, meu!
Retiro entranhas pela ferida
Mas a dor quem me causa, sou eu
E não mais tua mão erguida.


Viviane Ramos


MÁRCIA POESIA DE SÁ

M-aravilhe este mundo com os versos seus,
A-rranque da alma, os arpejos mais inspirados,
R-evoada de lirícas poesias, benditas por Deus.
C-olorindo a vida com tintas mágicas, tons criados,
I-ncendeie com rimas , em labaredas, este país,
A-ssuma a direção, imponha o ritmo, dite o compasso.

P-olvilhe com adjetivos sútis, esta encantada dádiva.
O-rvalhe docemente, estas meticulosas metáforas febris.
E-spalhe esta alegria interior, dê-lhe asas, deixe-a voar
S-ingre todos mares, desafie procelas; poeta em plenitude.
I-nstigue, provoque; com seu íntimo enfoque, aroma natural.
A-rome esta vida com trovas de trevos; tantas folhas vírgens.

D-ivinamente flui seus poemas, passáros soltos, livres, lindos.
E-xagere nas metafóras, abuse do contra-senso, seja voce só.

S-erá mais , maior, elevada, amada; na morada dos deuses-poetas,
A-rejando, fluindo, encantando; diva dos versos belos; linda esteta!

Gustavo Drummond


É A LUZ NA POESIA

A luz na poesia de repente
Começou a estrelecer, a brilhar
Num piscar constante
Comemorando a versar

Raquel sempre pronta e contente
A Michelle, a Anorkinda, o Rui
Até o Pedro se pôs a empenhar
Márcia grita: Estou aqui, amores!

Viviane com seu jeitinho
Coloca cor de rosa em tudo
Arcádia, romântico por natureza.
Marlene é da poesia, o mundo

André com seu jeito menino
Udine, Senhor dos versos
Todos os poetas da Pequenos
Da poesia faz um universo.

Uma maratona, eis a ideia
homenagear a poesia é fundamental
Under também veio colaborar
Juntamente com Marçal

Durante toda a semana
Revesando a inspiração
Amélia, Mazéh e Janete
versaram com o coração

Anlub, bom camarada
Mavie, muito tímida
Trouxeram suas rimas
E Gustavo, poesia da vida

Até mesmo Isaías
Colaborou bonito
Anderlo largou o silêncio
No movimento atrevido

Juleni e Alexandre
Também ajudaram
A deixar tudo caprichado
Agradecemos a todos que versaram!

Marlene Nassa, Raquel Ordones e Anorkinda



O sol da janela


A madrugada se espreguiça
E por entre folhas posso ver...
Ele chegando junto a brisa
Embelezando meu viver...

Aquecendo cada ninho
Fazendo as cores florescer
Revigorando as ternas águas
Beijando as flores, posso ver

Aquece também meu peito...
Em um dourado encantador...
E enquanto eu medito
Ele me dá bom dia!

Debruçado risonho
Na janela com alegria
Todos os dias, ele vem...
Calmo, manso, lindo e loiro

Sol de tantas viagens
Planetas, mundos vindouros
Mas da terra não esquece
Ele ama este lugar

Adora fazer piruetas
E nas nuvens, brincar
Esconde, esconde de festa
Escuto ele gargalhar

Mas no final da tarde, exausto
Volta a relaxar...

Arrodeando minha casa...
E em outra janela aparece...
Para boa noite, me dar.

Márcia Poesia de Sá


Por que somos poetas?



Porque é preciso mostrar
que o céu é azul...
mas de um azul intenso
ou de um azul zangado
até de um azul cinzento
ou de um azul iluminado...

Porque é preciso dizer
que a floresta é bela...
mas de uma beleza extrema
ou de uma beleza selvagem
até de uma beleza amena
ou mesmo uma beleza coragem...

Por que somos poetas?

Porque não há melhor maneira...
de dizer bem sutilmente
o que é tão descarado.
Ou dizer enfatizando
o que está bem escondido...

De mostrar que
como as cores,
as emoções têm nuances
E como o universo-homem
é por elas afetado...

E que o perfume das flores,
num poema, bem descrito,
quase pode ser sentido
e, por vezes, ser tocado...

E o amor, assim falado,
colocado num poema,
é amor que vale a pena.

Por que somos poetas?
Porque o universo-homem
Necessita ser amado.

Arabela Morais


Palpitações de Um Coração


Carente coração reclama,
Foge de mim carência maldosa,
Enlaça seu laço naquele que te chama.

Segue seu rumo carência desvairada,
Palpitações de um coração apaixonado,
Aqui em mim foge em queda e derrabada.

E segue seu curso, rio abaixo,
Abandona-me deixa-me aqui sem dona,
Pra descarregar carência em luxo.

Palpitações de um coração,
Um bate, bate emocionado,
Toca bem baixinho essa canção,
Leva embora esse amor apaixonado.

(Rod.Arcadia)


Mulher ideal

Seria a perfeição de um ideal
Ou o ideal de uma perfeição
Essa mulher sensacional
A quem nos dá amor e atenção

Quem seria essa mulher afinal?
Seria a Amélia muito falada
Ou a Eva a quem foi o inicial
Seja Amélia ou Eva serás amada

O ideal, esta em tudo que fazemos
Pela qual sonhamos um dia ter
Amar, namorar e de fato queremos

Que ao idealizar não basta querer
Simples assim... Mulher ate temos
Mas quantidade não é bel prazer!

André Fernandes



domingo, 21 de março de 2010



DIA MUNDIAL DA POESIA!

E a poesia de ANDRÉ ANLUB E MAZÉH LAGE!



POETA...

Tenho prá mim
que poeta já nasce pronto.
Alma de poeta é diferente
Encantamento
Sensibilidade
Percepção da responsabilidade

Toma palavra pela raiz
Da flor extrai puro matiz
Tranforma amor em magia
O faz pulsar em agonia
Sobe aos céus,brinca nas nuvens
Mergulha na profundeza dos mares

Viaja por todos lugares
Com a sutileza do amante
Com a fúria de um gigante
Pelas lentes da emoção
Ordena os sentidos
Percebe os ruídos

Pelos caminhos da poesia
Sua alma,sua palma
Sua arma ,sua palavra
Atirada na hora exata
Como fogo e ferro
Queima...Crava!

Mazeh Lage


Poesias, Textos e Letras

Sou muito mais que queria
Nas palavras que escrevi na minha vida
Extravasei a primazia
Com a ambição adquirida

Textos, cor e poesia
Quero mais em meu viver
Escrever, matéria prima
Arco-íris de prazer

Satisfação garantida
Mantida pela inspiração
Se faltar nessa receita
Fico sujeito a reprovação

Busca o âmago do amor
Simplesmente tudo que der
Ganhou fama, deitou na cama
Variação de um poema qualquer

André Anlub


Chegada...

Lá vem ela
Perfeita
Beleza natural
Sem retoques
Sem botox
Silicones
Cataclismas
Sem interferência
Do predador
Arma e alma
Proscritas
Triste sina!

Posando nua
Imensa tela
Cheia de graça
Concebida
Em sua forma
Original
Com interferência
Mão de poeta
Arma e alma
Descritas
Pura poesia
Ouro de mina!

(Lage,Mazéh)


A Você

A você dedico meu tempo
Termino meu verso
Estampo meu cansaço no corpo e na alma
Desperdiço meu sangue que já é pouco
Choro muitas vezes por um sorriso
Outras por nada
Abaixo a cabeça
Me calo
Me inclino, reverencio
Aceito

André Anlub

DIA MUNDIAL DA POESIA!

E a poesia de AMÉLIA DE MORAIS!




POESIA BOA ESTÁ NA CABEÇA

.
Poesia pode ser luz,
poesia pode ser água,
poesia pode ser pão,
poesia pode ser ar,
porque a poesia
ilumina a cabeça,
refresca o corpo,
alimenta o espírito,
oxigena o coração.
Poesia boa
não nasce do nada,
não é mato,
germina e brota
na cabeça,
corre nas veias,
desponta nos dedos...
e o verbo habita entre nós.

Amélia de Morais


VOZES SILENTES

.
Ah!, como conheços essas vozes!
São vozes
do vento,
das flores,
do mar,
dos olhos,
das mãos.
Vozes do silêncio.
São vozes
da alma,
do tempo,
dos campos,
da noite,
do coração.
São silentes vozes da poesia
cochichadas ao pé do ouvido do poeta,
que as traduz.

Amélia de Morais


ENCANTAMENTOS

.
Meus versos
quando doces,
meus versos
quando alegres,
meus versos
quando serenos,
contam minha vida feliz,
cantam minha alma livre,
convidam pra dança
meu coração de poeta.
Meus versos, tão meus
traduzem encantos
que brotam em mim
e caem letra a letra,
das minhas mãos.

Amélia de Morais


EXERCÍCIO DE UM DOM

.
Mais que palavra
seja dom
ensaiado noite e
dia.

Seja som
cantado
a qualquer hora.

Seja ritmo
descoberto
no pulso e no coração.

Seja alma,
seja carma,
seja luta e libertação.

Seja verdade
e fantasia,
exercício que pulsa
e expulsa pela veia
verso e poesia.

Amélia de Morais


RE(PRESÁ)LIA

.
Enlouqueço
Sem o verso
Solto a língua
Largo o terço

Sem certeza
Corro o risco
Contra o tempo
Laço o tema

Mãos rebeldes
Catam verbos
Criam histórias
Pintam o muro

(Im)Pressões

Amélia de Morais


SURDINA

.
Abafo meu riso
piso no seu sorriso
de siso a siso

Com os olhos
devolvo o seu silêncio

Abafo meu grito
dito, escrito, bendito
recito meu verso aflito

Com as mãos
entrego a minha poesia

Amélia de Morais

APRENDIZADO

.
Aprendi com a vida
a vitória tem mais sabor
quando se arrisca cada letrinha
na palavra que gera poesia.

Amélia de Morais


MEU VÍCIO

.
Trago nos meus gestos
um nem sei que de lembranças,
de recortes de saudades,
de carinho adormecido.

Trago a cabeça em chamas
clamando por um gole d'água,
suspirando por uma rede,
aspirando poesia em pó,
vício meu de todo dia,
descanso dos olhos meus.

Amélia de Morais

NA BELEZA DOS POETAS

.
Palavra mastigada
e algo mascarada
Transmuta fonemas
em alguns dilemas

Letra arrumada
pra balada
festa poética
de ser algo cética

Verbo imperfeito
de namoro desfeito
repete a cantada
mal dita, desafinada

Os versos solenes
intrínsecos nos genes
esbanjam beleza
intrínseca na natureza
(dos poetas)

Amélia de Morais e Anorkinda


SUA MINHA CANÇÃO

.
Como se suas palavras
brotassem das minhas mãos,
pintassem o meu papel.

Como se sua poesia
me abrisse ao meio,
me expondo ao mundo inteiro.

Como se sua música
nascesse da minha garganta,
soasse na minha boca.

Como se seu ritmo
explodisse pelo meu corpo
dançando mundo afora.

E sem ser a autora,
solicito a parceria,
como se fosse eu.

Amélia de Morais

ESCALADA

.
Minha poesia
é um brincar de criança
que corre, ri, faz folia
que cai, chora, se cansa

Minha poesia
é vida de adolescente
onde tudo é alquimia
que sofre tudo que sente

Minha poesia
é mulher adulta
repleta de ventania
e na dificuldade se avulta

Minha poesia
é verso ancião
na cabeça, sabedoria
saudade dos pés no chão

Minha poesia
palavras encantadas
da alma, fotografia
de todos sentimentos, cada
pra minha completude , escada

Amélia de Morais
21/03/2010