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sexta-feira, 16 de março de 2012

 POETISA VIVIANE RAMOS!



A PAZ EM PAUTA

A paz que necessito
É pautada em meu silêncio,
Nos sonhos que abrevio,
Em meu interno desalento.

A paz que necessito
Anuncia a guerra que desejo,
É trombeta soando ao ouvido,
É a cor do sangue que antevejo.

A paz em pauta, que pausa,
No exato instante no não!
Na fúria que enfim, desata
E pauta liberdade ao coração.

Viviane Ramos

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POETISA VERA FELIZ!







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terça-feira, 13 de março de 2012



PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!



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Sombras

Meu olhar se perde nos campos
E o passado se revela novamente...
Como um filme que se desenrola
E o tempo pára de repente...

E as sombras vão tomando forma,
Vistas assim da minha janela.
E o tempo, que tudo transforma,
Não muda a imagem da tela...

Vejo a alegria dançar no jardim,
E a esperança com ela brincar.
Lindos vestidos de cetim,
E aqueles olhos cor do mar...

A tristeza se esconde no porão,
Vejo o desespero se erguer
E não mais cair em tentação.
Liberta está a vontade de viver...

E o filme chega a seu final
Na cena mais tocante do meu dia.
Amanhã, ao sereno matinal,
Sei que vou reviver essa magia...

Jane Moreira

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À PROCURA...

Onde estão os ventos para girar os moinhos
dos nossos pensamentos?

_ para soprar as velas
da nossa imaginação?

_ para mover nossos sonhos
até então estagnados?

Eles estão parados, de olhos esbugalhados,
perplexos e com medo de sair por aí

soprando mais escuridão  nas idéias claras
 que o Criador pintou e a criatura simplesmente ignorou.

(Lage,Mazéh)

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BOCA

Boca, boca, bocas
construindo sorrisos
cantando alegrias
calando tristezas
colada em beijos
curando carencias
Boca colorindo a natureza

Amelia de Morais

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Quem sabe...

Quem sabe, se das alturas
da individualidade humana,
semeando-se amor e carinho,
nasça um pé de linda emoção.

Quem sabe, esta arvorezinha
cresça e em cores calorosas,
abasteça os ares de alegria.

Quem sabe, se dos frutos
da esperança e fé humanas,
produza-se paz e compreensão,
e faça-se disto, exportação.

Anorkinda

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TEMPO DE CORRER

é o tempo que passa
- tão rápido -

é o povo com pressa
- nem olha -

é o dia que viça
- de novo -

é o vento que roça
- a pele -

E o relógio fuça
- o tempo -

Amélia de Morais.

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Meu caro amigo,

vou te deixar por debaixo da porta um segredo, e neste segredo ha sopros de brisa do mar
quando abrires, fecha os olhos e sente...sentiras em tua face um certo vento quente, e provavelmente haverá respingos de sal.
Te mandei um pedacinho de um mar, um mar de coisas tantas...
quem sabe um dia ainda possamos rir desta distância, e talvez comemorar da vida, a dança
Mas hoje apenas quero mandar este bilhete, junto a ele irá um ramalhete
Hortênsias azuis, para te lembrar do céu
Meu caro amigo, temos a alma exposta num papel
e este papel virará folha amarelada qualquer dia, mas os dias provarão que valeu a pena
persistir, insistir e lutar...
Sei que as vezes cansa...da vontade de embriagar-se de tudo isso e mandar esta vida como barquinho de papel em mar revolto,
sei das aves brancas e dos corvos
Sei do frio da terra e do ar
mas ainda que com passos lentos,.sabemos navegar ao vento
somos veleiros de expressão, sombras de gaivotas em águas cristalinas

Neste bilhete de poucas linhas e com gosto de mar
entrego-lhe a bandeira branca da vitória
e que assim seja.


Márcia Poesia de Sá
 

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Íntimo Céu

Há um bocado de presença na ausência,
quando amor evocado cheira a eternidade.
Adeus não é partir e sim ficar na saudade.
Nostalgia, enfim, do coração faz residência.

E aquela velha canção relembra vivências,
ressuscita a emoção; tristeza feliz invade,
recordando que se amou, viveu de verdade.    
É a antiga afeição avivando reminiscências.

A alma se rende a um sentimento que falta,
que por um momento deixa de ser passado.
A memória se faz presente, sobe a ribalta...

Vem dizer que o verídico nunca é derrotado
Lá no mais íntimo céu brilha sua estrela alta
e Ilumina na trilha o que nunca será olvidado.

Rosemarie Schossig Torres

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CHUVA QUE TRAZ SAUDADE
(2012)

Chuva que me traz tua lembrança
Que aperta a saudade:
Do teu sorriso, tua voz mansa.

Ao som da chuva
Harmoniosamente com o frio que abraça,
Deito-me na cama
Com o desejo que não falta
De tê-la envolvida nos meus braços
Trocando o calor dos corpos.

Saudade que a chuva faz questão de trazer
Aperta o peito até doer
Aumentando o desejo de tê-la
Completamente minha.

Roberto Camara 

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Para que a dor desse amor

Possa enfim, se dissipar

Para que a agonia
Da lembrança do teu olhar
Se transforme em magia
Na canção que eu vou cantar

Canto para que o amor
Possa então se controlar
Para que a tristeza
Possa então se alegrar

A saudade...
A esperança...
Vão dançar como crianças

Canto para que minha voz
Possa então, se espalhar
Porque sei que minha canção
Um dia vai te encontrar.

Poeta Urbano 

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