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sexta-feira, 30 de julho de 2010

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!

* * * * * * *

SER FELIZ

.
Isso de ser feliz
é para quem tem braços
de abraçar a vida
sem grandes cerimônias
- corajosamente -
.
É para quem
saúda o vento,
sorri para o sol
beija a brisa morna
bebe nuvens; tantas!
ouve a estrondosa canção
dos trovões, sem estremecer.
.
É para quem conta
as infinitas gotículas da chuva
e fecha os olhos, apertados,
ao aspirar o perfume de uma flor.
.
(...)

E é, também, para quem, ao final do dia,
deita-se com a lua, coberto de nuvens
e põe-se a namorar estrelas
até o amanhecer.

(Lena Ferreira)


* * * *

Ventos da Mudança

No espaço entre o pensamento
e a palavra
ainda reside a dúvida
presa por um fio
como aranha
que se recusa a abandonar a teia.


O ar da renovação nos inunda
poros e pulmões.
Se não é absorvido não nos absolve.
Sufoca, arrasta no turbilhão.


Quem pode com a vida?
Quem pode com a arte?


Helenice Priedols


* * * *

QUEM SOMOS
.
Somos estrelas
primeira, última e centenas
milhares delas
Somos centelhas
brilhantes, douradas e pequenas
que o céu revela
Somos mensagens
curtas, longas e sinceras
somos sentinelas
Somos nossas histórias
e de outros, sonhos e quimeras
tintas, pincéis e telas
E mesmo sendo tantos
somos da vida, faísca mera
do universo, mínima parcela

Amélia de Morais


* * *
SEM NOME

Mãe do mundo, que vive em tudo
Alivia o peso da terra sobre mim
Resgata o brilho que perdi
Inclua-me na fila dos meninos
Arma-me com as armas de Jorge....

Detém oh! Mãe, o carrasco
E determina o meu perdão

Farta-me de tua carne
Água derrama sobre minha cava
Tece um caminho com minha lã
Impede que eu caia...em mim
Aquece a minha alma fria

Lava o pó dos meus olhos
Ergue-me até as estrelas
Ignora meus pecados por uma hora
Trança para mim uma rede
E despacha-me... agora

Sei que sou pecador, mas sou bom
Ainda vou voltar para louvar a ti
Na lua nova ou quando do mundo o fim
Darei a ti meus dentes
Ricamente vestirei teu chão
Invasivamente com minha força
Na sua quente entranha entrarei
Igreja imaculada, guardo teu nome acima do meu.

Fátima


* * *
FIM DO ARCO-IRIS!

Irisavas-te na manhã quando nevava
em flocos suaves de matiz ameno
num arco-iris bordado pelo sereno
que no vidro brilhante gotejava.

Quem da rua visse teu sorriso pleno
tingido no tom que do arco aflorava
parava ao ver-te,... se encantava
pelo encanto do teu rosto tão moreno.

Eu que te vi, meu Deus!, assim tão bela,
vi o arco-iris no fim da curvatura
expor-te pote de ouro,...Luz mais pura
atrás de um simples vidro de janela.

Ali, o derradeiro fim da minha procura
não preciso mais procurar por ela!

Rui E L Tavares


* * *
APRENDENDO
.
Quando meto os pés
pelas mãos,
é quando aprendo
a andar na vida

E se fecho os olhos
pra sonhar baixinho,
O meu coração
se abre por inteiro
pra ver o mundo

Amélia de Morais


* *


PONDERAÇÃO

Deus, é uma experiência
Conhecê-lo cada vez mais, é prática
Afirmar sua existência ou não, é dedução
Mas o que importa?
É tudo um fechar e abrir, de portas.

Física, é uma experiência
Conhecê-la cada vez mais, é prática
Afirmar seus resultados ou não, é dedução
Mas o que importa?
Ela continuará abrindo portas.

---

Deus, é uma experiência
Conhecê-lo cada vez mais, é prática
Afirmar sua existência ou não, é dedução
Mas o que importa?
É tudo um fechar e abrir, de portas.

Física, é uma experiência
Conhecê-la cada vez mais, é prática
Definir seus resultados ou não, é presunção
Mas o que importa?
Ela continuará abrindo portas.

(LCPVALLE-27/07/10)


* *

A concha e a onda

Segura, a conchinha sossegou-se
em beira-mar, o sol a lhe esquentar...

Atrevida, a onda achegou-se
em vai-e-vém, a maré a lhe embalar...

Paixão, os opostos se atraem...
a diferença entre elas a encantar

Romance, os fatos se impõem...
a lua também vai testemunhar

Um amor que não vai se acabar!

Anorkinda


* *

DOS SIBILOS

Cessa o vento que o canto ecoa
Em sibilos de variados encantos
A sinfonia que o momento entoa
Contagia os corações; os tantos

Que vagavam na vida; iam à toa
Sem sentir, alimentando prantos
Com suas liras de dores em loa
Insensíveis ao verdadeiro canto

Cessa o vento; efeito das notas
Sentimentos mudam suas rotas
Olhos passam a enxergar além

Ouvidos muito mais sensíveis
Escutam os sons inaudíveis
Dos sibilos que dizem: amém!

(Lena Ferreira)


* *

PÉ NA ESTRADA

Noite enluarada e
assustadora
Lívida canção
progenitora

Nuvens velocistas
sob a lua
Tórridas sinopses
seminuas

Cáusticos dizeres
incongruentes
Cínicos prazeres
reluzentes

Pálido resplender
prata alabastro
Outra velha história
mais um padrasto.

(LCPVALLE-28/07/10)


* *

TORTURA

Estranhos pensamentos
visitam minha mente,
compulsivamente.
Latejam veias, matam neurônios,
como se houvesse um sino de bronze,
determinando horas, segundos; primeiros
sinais de desvario repetitivo onze
toques ecoam, agudos, retumbantes;
como se derramassem na corrente sanguínea,
ocupassem artérias, matéria, espírito, a calma.
uma cantilena monótona qual chuva intermitente.
Faz o coração galopar como cavalo árabe,
olhos lacrimejar, em quase enchente; inchados.
A boca tão seca, trinca como terra do sertão árido.
Maldita sina ...
Sensação de existir, não existindo,
ser, não sendo; ir, não indo.
Um caos mental prolifera,
Algema conceitos,
Espanca idéias,
Chicoteia inspiração...
Queima com cigarrilha a carne cansada.
Pobre de mim!
Zumbi,
Espantalho,
Marionete,
usado por forças misteriosas,
nem sei para que fim ...

[gustavo drummond]


* *

No Blog da Kindinha!

As letrinhas bailam contentes,
como criança em ciranda de roda,
como andorinhas antes da chuva cair,
como ventania a rodopiar folhas secas.

Como ela o amor aos duendes, fadinhas,
silfos, unicórnios, gente pequena do verde,
este blog se embeleza e na alquimia do amor,
transforma-se na magia da sopa de letrinhas.

Poetas e poetisas rodopiam alegres poemas,
traduzem o que lhes vai no coração maduro,
um amor gigante pelos Pequenos Grandes Poetas!

Sou feliz em ter estado junto com suas luminescências,
ter experimentado amor em doses de colher de chá,
e, poder afirmar o crescente valor de minha jornada.

Beijos aos Blogueiros, todos poetas à mã cheia!

godila fernandes


* *

TEU SILÊNCIO


Hoje eu passei o dia pensando
no que será pra mim reservado.
já não existe muita esperança
de te-lo novamente do meu lado


Quero fugir do meus pensamentos
mas eles teimam em me atormentar,
de lembrar aqueles doces momentos
que estavamos sempre a nos falar

Só o teu silêncio resta pra mim agora
e a lembrança que teima comigo ficar.
queria ter você perto aqui nesta hora
para outra vez com você conversar


tere&tere

* *


(clique na imagem para ampliar)


* *

É preciso, é possível

É preciso precisar e saber buscar...
O infindo e fecundo silêncio de cada um
O uno entre nós e nós mesmos

É preciso ler o que ainda não foi escrito
E saber as inspirações vindouras
Após o calado grito!

É preciso ir, apenas.

É possível ser... viver...sorrir
Achar graça das quedas, aprender com elas
Como criança ao andar de bicicleta

É possível doar, sem doer.
Amar sem sofrer
Cantar e desafinar, e daí?
É possível errar e corrigir
É possível se permitir.

É necessário cantar com olhos
Sorrir com as mãos e pintar com a voz

É absolutamente possivel assinar com sangue
Sentir com pulsar...
E pousar...

Quando cansar.

Márcia Poesia de Sá


* *

MUDANÇA

Que brisa, que nada!
Quero, vento! Ventania!
Quero a alma rasgada
Ao escrever poesia.

(Lena Ferreira)


* *

FASES, SOMENTE


Sim. Eu ainda tenho fases.
.
Não mais como as da lua
São fases de viver pela rua
Fases de andar, alma nua
Sem grandes preocupações.

Fases de chegar primeiro
Fases de gastar dinheiro
Fases de metade e inteiro
Fases; tantas interjeições

Fases de: ou nada ou tudo!
Fases de: calado ou mudo!
Fases de: ainda me iludo!
Fases; tantas exclamações...

Mas... São somente fases:
Não estremecem as bases
Não escarnecem das frases
Nem causam mais comoções.

(Lena Ferreira)


* *


(clique para ampliar)


* *

GARGANTA

De tanto chamar seu nome,
De tanto clamar sua presença,
A voz rouca quase some,
árida, parece ter um espinho
atravessado. Intensa insistência;
Nem o melhor vinho,
ameniza.
a água mais pura,
desce tropeçando.
gotas de menta,
chá de hortelã,
nada cura,
segue arranhando,
até depois de amanhã.
Gritando para paredes,
ecos que voce não escuta.
Aflição e tormenta,,
Fome, sede;
Dose dupla
de agonia.
A garganta em chamas,
esgota-se a esperança;
finda o dia,
morre a poesia,
Amor também se cansa
de esperar!

[gustavo drummond]


.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

POETISA HELENICE PRIEDOLS!



Asas

vou abrir as asas por dentro
quero a liberdade plena

o tempo só pesa
nos vãos
onde mora a ignorância

a serenidade está guardada
em algum poema rasgado

se o passado ficou perdido
nas lágrimas, nas entrelinhas,
ainda é possível voar
sobre o fogo e sobre as pedras
e começar um novo dia
assim leve, assim livre


Helenice Priedols

Levando a vida
o meu caminho

às vezes escolho
às vezes aceito

o que a vida me oferece

às vezes acolho
às vezes rejeito

e assim vou levando

o amor eu recolho
o resto... dá-se um jeito!


Helenice Priedols

.
POETA GUSTAVO DRUMMOND!

COQUETEL DE AMOR

Coloque numa banheira de hidromassagem
todos ingredientes;
um a um,
meticulosamente:
-carinho
-doação
-exagerada dose de cumplicidade
-uma tonelada e meia de amor autêntico
-cumplicidade
-respeito
-paciência
-aceitação
-afeto,
-dedicação.
Misture tudo
numa dança de rumba,
balance,
vai sacudindo,
remexendo
adoçando
temperando,
experimentando,
Vai consumindo a todo instante,
Sem contra-indicação
tantos efeitos colaterais,
pode até engordar,
eventualmente.
mas, com certeza te fará contente,
Te fará feliz.

[gustavo drummond]


HEREDITÁRIO

Meu signo: Aquário,
Meu amor primeiro,
Meus versos primários,
Ofício: Templário
Cor: Vermelho;
Tudo hereditário,
herança de meus descendentes,
erário de meus ancestraís.
este jeito demente,
parafusos a mais.
Personalidade de granito,
Particularidades gerais,
cicatrizes, tatuagens,
manchas, mechas,
flechas, lanças.
estão presente no sangue,
de alto teor radioativo,
Tudo é genético,
anti estético,
potente sedativo,
para quem vive no mangue,
corpo com cinco chagas,
trancado a sete chaves,
vive no imaginário
dos aflitos,
na consciência ciente
de que é só
hereditário.

[gustavo drummond]
.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * *

Encontros furtivos


Encontros em grande estilo
do mais intenso prazer
corações e almas se fundem
num alucinado bem querer

somos um em busca do outro
numa eterna atração
lânguidas carícias e beijos
pelo corpo em sua extensão

nosso suor e boca colados
em desalinho magistral
os lençóis desaprumados
uma descompustura fenomenal

encontro de corpos e sentidos
um prazer descomunal
você em minhas entranhas
conduz-me ao juízo final


Eliane Thomas

* * *

Chegou o tempo

Chegou o tempo
dos insondáveis labirintos,
dos olhares de amor famintos,
das sombras silenciosas.

Chegou o tempo
dos sentidos obscuros
do penetrar pelos vãos dos muros
das palavras enganosas.

Chegou o tempo
da escassez de sentimentos
das penúrias, dos lamentos,
dos pobres desamparados.

Chegou o tempo
de lambermos as feridas
feitas por balas perdidas,
dos homens desesperados.

Chegou o tempo
de enterrarmos todas as dores,
inventarmos novas cores
e limparmos nossas almas.

Chegou o tempo
de ler a história que escrevermos,
de agir em novos termos,
e de repararmos a Vida.

Helenice Priedols

* * *

METAMORFOSE

E quem é que não nasceu larva?
De pupa se transforma em lagarta...
Algumas monocromáticas, outras multicoloridas
Algumas inofensivas e indefesas,
Outras com um toque que queima como fogo ou ácido
Por vezes, ataque, outras, defesa

Após uma existência rastejante
O ser minúsculo envolve-se num casulo
A pupa recolhe-se em estágio de repouso
E despe-se do que já não lhe serve mais

Deixa para trás a roupa velha
E veste roupa de festa
Reveste-se de gase etéreo

Transforma, transmuta, transcende
Quebra a casca e ressuscita
Renasce para nova existência

Linda borboleta
Sílfide a sobrevoar flores e seres,
Habitante de sonhos e versos...
És livre
Vá, sobrevoar a vida.

Célia Sena


* *

EPITÁFIO

O ancião poeta,
claravidente,
antevendo a morte próxima,
A mente repleta
de lágrimas,
escreveu em lilás,
o que queria inscrito
em seu humilde túmulo,
na pedra inerte,
para todo futuro:

Pensei tanto,catei inspiração, muito escrevi
Ordenei vocábulos, versos, vida, poesias.
Enfilerei idéias utópicas; mar, pó, maresia.
Transitei por temas, ilusões, sentimentos.
Agora dormem amassados, na vaga alma!

[gustavo drummond]


* *

Grandiloquente insensatez.

Pasmei a palma da m'ia mão,
ao te encontrar encatrecida
e estendida em solidão,
como uma alma aquecida.

Palmei a pasma sensação,
do te abrigar, estreita via,
em tola via em que tu vinhas,
para o meu parvo coração...

Rasurei a espera na emoção
de te tomar de todo, a vida
num grande gesto de paixão,
calma, segura e decidida.

Esperei a rasura, feita à mão,
tomar a feição perfeita
como minh'alma pouco afeita
aos assomos da imprecisão.

Ânderlo Strwsk e Anorkinda


* *

Saudade

Trago-te flores da minha lânguida saudade
---Ramos ressequidos de lágrimas
Banhados de aroma de fim de tarde
Ao som do canto dos sabiás .

Oh! dor forte
Que bate no peito --- dor da separação !
Não tem coração que aguente
O choro de uma órfã em oração.

Cai , gota a gota do meu coração
Numa dor , doendo
Sentimento forte --- de solidão .

É a saudade que me consome
De tão companheira , tornou-se minha amiga
Sem precisar de um nome .


Ana Maria Marques


* *

EMBORA

.
Embora ouça teus passos de lua
Rondando a minha janela
Embora sinta o teu toque de orvalho
Acariciando minhas letras
Embora veja teus olhos de encanto
Percorrendo minha alma, inteira
Deixa-me o teu cheiro de saudade
Antes mesmo de ir embora...
.
(Lena Ferreira)


* *

Centelha

Minh’alma incendeia
E meus pensamentos
Faíscam
O fogo abrasa
E alastra
Por todo meu ser
A uma simples
Fagulha de você!


ღRaquel Ordonesღ


* *

Me acostumei com essa brincadeira

Agora procuro na manhãs
a paz dos pássaros e da sua presença.

já devia ter dito do silêncio;
me perco nas palavras submersas
no vão dos olhos.

entreguei meu corpo ao desejo
e você resolve brincar e some?

mergulhei mares de estrelas
vasculhei rastros de sonhos
revisitei nossa primeira vista
cansado, voltei pro meu canto.

será proibido um querer tão intenso?
(solilóquio dos pensamentos)
enquanto se faz difícil
pego meus planos incertos
e me escondo.

depois volta com beijos bestas
compartilhando ausências
que já nem questiono tanto.

Clayton Pires


* *

DIAGNÓSTICO

Faz tanto tempo,
mas me lembro bem;
andava inquieto, arredio,
jogando flores em nuvens,
catando estrelas cadentes,
navegando em barco de jornal,
atravessando riso, rua, rio
escrevendo nos muros cinzentos;
Soltando labaredas pela mente.
Diziam que sofria de algum mal.
Levado ao médico, examinado,
minuciosamente; tantos exames;
alguns remédios, novos alimentos.
Até chegar o diagnóstico final;
Do qual, minha mãe cética;
duvidou totalmente;
-Este menino, Senhora;
(disse o Doutor, na hora)
tem hemorragia poética...

[gustavo drummond]


* *

.
POETISA GODILA FERNANDES!

Mulher!.

Num passado distante,
a Amélia, mulher de verdade:
cozinhar, lavar, passar, ser
domesticado e subempregado,
Amélia, mulher de ver idade...
Presente, Amélia, já virou Kátia,
Patty, Sue e tem unhas grandes,
bem manicuradas, não lava,
não passa, não cozinha...
O cumplice, marido, namorido...
Faz por ela... ela apenas o
seduz, ele, unicelular, se reduz!
Futuro: quarto sexo, está sendo
observado, não mais mulher
ou homem, mas seres sincronizados,
robotizados, sob efeito de multi
mídias, de um multiuniverso de amor.
Amélias purificaram-se...
Pattys purpurinaram-se...
Cósmicas e planetárias,
apenas estrelas, sementes,
TODAS, transmutaram-se!

godila fernandes



DESCUIDO!.


Descuidei-me um tantinho e
sumiram-me as forças...
descuidei-me outro tantinho e
a vontade de sair também sumiu...
descuidei-me outro tantinho e
o mundo veio acima e eu fui abaixo.
descuidei-me um tantinho e
ouvi tua voz e senti teu perfume,
rolei no azul de teu tunel e
quase não quis mais voltar!
Ah! descuidei-me um tantinho e
colocaste-me de volta no lugar, anjo!


godila fernandes

.