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sexta-feira, 23 de julho de 2010

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * * * *

DAS POSSIBILIDADES

.
Se pudesse,
Diria-te da brisa
Constância presente
Que tanto me acalma
Desfilando nas brumas
Dos sonhos insones
Recostando o verso
No vinco da alma
Catando riso, sereno, grão
.
Se pudesse,
Diria-te do vento
Eloquência silente
Que tanto me apraz
Pisando na tempestade
Dos pesadelos despertos
Restituindo o universo
No meio da palma
Retirando dores e pranto
.
Se pudesse,
Diria-te que te amo tanto...
.
(Lena Ferreira)

* * * *

FINAL


Rola
Gosto
De sal
Gotas
Do desgosto
De fel
No rosto
Até o céu
Da boca...

Cresce
Mágoa
Desce
Do peito
Adormece
A alma
Na dor
Até a boca
Do estômago!

Fecha
Cortina
Do ato
Mentira
De fato
Morte
No beijo
Até o corte
Da língua...


Telma Moreira


* * *

Diz

Diz que é pra mim
a loucura destes versos
desta lua louca lá fora

Diz que é pra mim
a textura destes tons
desta voz rouca de agora

Diz que é assim
que amam os universos
nesta era louca e nova

Diz aqui pra mim
que oram os bons
nesta reza rouca... e me aprova!

Anorkinda


* * *

MIL ALMAS

Teço meus versos como quem ama
rendo-me ao sentir com intensidade
e a quem diga que me falta verdade
esforçarei-me a explicar essa trama

Na alma, arde uma vivíssima chama
que envia, à mente, muita criatividade
sentires tantos que em inventividade
deitam a mão ao papel; verso - cama

A quem pense que, por isso, minto
digo que, quando escrevo, eu sinto
cada segundo do sentir que invento

Teço versos como quem tem mil almas
invento amores e dores; me acalma
e acalmar-me é o verdadeiro intento

(Lena Ferreira)

* *

A gota!.

Desliza leve e suave,
feito óleo perfumado,
pela vidraça fechada,
um pingo doce de chuva.

Esquece o pó do caminho,
Olha-me de mansinho
como a dizer quero parar
mas a ordem é seguir.

Escorra querida gota,
que leva vida no interior,
compondo a sonata Divina,
do mais belo amor!

Os olhos param na imensidão
da gota que cai do céu
que pela vidraça escorre
descobrindo meus véus...

Sonoro é teu escorrer
ribombando céu afora,
menina gotinha em missão
deixa a marca quando chora.

Quedamos prostados de amor
perante tamanha imensidão
uma pequenina gota de chuva
orvalha de Luz, o coração!

Pensei estar vendo fora,
pela vidraça da janela
e a lágrima era eterna,
a gota azul, que ainda rola!

godila fernandes


* *

Em noite bordada, o lindo céu
mostra-me as estrelas
e o beijo apaixonado
que, imaginei, me darias
ao lançar, no infinito
do amor, o diáfano véu!

Stella Vives


* *

BENDITA LOUCURA

Respeitem a minha insensatez,
não me imponham o normal.
Não sigo padrões,
convenções,
imposições.
o políticamente correto,
vivo a vida atual,
aguardo o futuro,
breve terá vez,
o passado está sepulto,
Bom é ser louco e feliz.
Sou maduro-imaturo,
ignorante-culto,
sou cult, curto
e grosso.
Jogo flores em aviões,
Atiro pedras em nuvens;
Mas não rasgo dinheiro,
nem tenho medo
de ser feliz.
Sou total, inteiro,
melhor fazer
que omitir.
Tudo é bom, prazer,
Com veemência,
defendo o direito de sentir,
esta gostosa demência.

[gustavo drummond]


* *

POESIA DA VIDA INTEIRA
.
Dorme nos meus braços
a força que um dia tive
e sobre os meus pés
a dança que um dia fiz

Dorme na minha cabeça
a memória imediata
e no meu rosto
o sopro da juventude

Dorme sobre o papel
as dores da vida inteira
descritas com discrição
nos versos da minha poesia

Amélia de Morais


* *

Promete

Promete que não vai me esquecer
Já anotou meu novo endereço
Sei que já não sou mais seu bem querer
Triste, arrasado, mas mereço

Me procure para pegar suas coisas
Me escreva para pedir dinheiro
Não sou muito bom nas palavras
Mas prometo atenção por inteiro

Me mande notícias das crianças
Escola, amizade e além
Não me conte se arrumar outro alguém
Não quero perder a esperança

Enfim termino essa carta
Estou farto de levantar o seu ego
Um dia você ainda me mata
Porque tenho esse amor mais que cego

André Anlub


* *



* *

SAUDADE

Bem que eu queria te ver mais uma vez,
Olhar teu semblante que tanto bem me fez,
Deslumbrar teu sorriso que tanto me fez feliz,
Recordar que foi você o amor que sempre quis.

Não, melhor não abusar deste meu coração,
Certamente não vou segurar tamanha emoção,
Melhor não deixar você novamente me ver chorar,
Creio, prefiras outras imagens para me lembrar.

Mas a saudade é tanta, é assim tamanha,
Consola-me saber que nem sempre se ganha,
Perdi você, meus sonhos, todos os planos,
Ganhei lembranças, saudade, por muitos anos.

Quero sim te ver de novo, uma vez que seja,
Perceber em teus olhos que ainda me deseja,
Dizer simplesmente, no silêncio do meu olhar,
Que não consigo, não quero, deixar de te amar.

Assim à distância te quero bem aqui perto,
Como desejo sentir teu cheiro, esse riso aberto,
Ter seu abraço terno, teu beijo de bem querer,
Estou repleto de lembranças, impossível te esquecer.

EACOELHO


* *

Redundância

Desnecessário
Absolutamente desnecessário
Dizer-me do quanto me amas

Vejo no olhar
Sinto no toque
Sorvo no beijo
Aqueço no pousar dos corpos
Desejo no roçar da pele
Arrepio no eriçar dos pelos
Derreto no calor do peito
Pressinto em pensamento

Bebo na fonte
Desse amor despido
E na certeza de ser desnecessário dizer
Se ainda assim quiser fazê-lo
Irei amar-te ainda mais.

Célia Sena


* *

NO BAILAR DA INSPIRAÇÃO

Mil, são mil silêncios
martelando na tecla fria,
enquanto...

o tempo fecha
e a mente esquenta.

Silêncios cruzando todos meus céus.
Cada inferno cheio de raios oscilantes,
aos pés de uma luz azul turquesa

(símbolo de toda beleza
esquecida
por tempos e tempos)

Pés pisando em nuvens carregadas...
aguardando a hora de chover estrelas.

O solo fértil é semeado
por uma estranheza quase lúcida...

nascendo
um feixe
de poesia.


JULENI ANDRADE


* *

Personagem

Penas aladas de um sentir
Estranhas esferas a girar
Risos de uma plateia que assiste
Sonhos, estórias e lendas.
O teatro iluminado anuncia
Nova turnê de verdades
Alma, relida, contada...
Gema da terra quebrada
E o personagem se faz vivo
Momentaneamente aplaudido, mais nada.

Márcia Poesia de Sá


* *

Charme e Dengo


Dá-me seu corpo,
Sua boca ardente,
Seu sabor, seu adocicado prazer.

E retira minha armadura,
Minha espada e meu escudo
E me vença na sedução

Dos seus olhos carentes e
Eles parecem à pintura do mar,
O mar azul, o mar de meu bem.

Meu bem, do seu charme,
Eu quero um dengo,
Do meu dengo quero charme,

Valsa, miracles e sorrisos.
E de mil versos carentes que surgem
Na presença que fica perto do coração

Recanto esses carentes versos,
Recanto a sua beleza, faço na sua,
Meu canto poético, minha ode,

Meu barco que navega somente pra você
Sem deriva, sem mar revolto,
A você meu barco navega,

Sem tormentas, sem tempestades,
Sem ventos, o meu barco navega,
Navega ao seu encontro,

E de você eu quero dengo,
Do seu dengo eu quero charme,
Do seu charme quero dengo.

Dá-me seu corpo, sua boca ardente,
Seu sabor me dá, ó meu bem seu dengo,
Do seu charme eu quero um dengo,
Um dengo e eu trarei meu barco para sua margem.

( Rod.Arcadia)


* *

CANSAÇO

Meu corpo pede colo,
pede seda, pede alma
Meu corpo pede consolo
pede descanso, pede calma

Meu corpo, copo quebrado
pede cola e abraço
Meu corpo, meio alquebrado
pede no teu, um espaço.

Amélia de Morais


* *
BOLHAS DE SABÃO

Voar em uma nave
de bolhas de sabão.
admirar o azul da terra
de bem alto.
Beber suco de asteróide,
escorregar na luz crescente,
Dançar na cauda de cometa,
Desenhar desenhos animados
com nuvens passageiras.
Sonhar em outro planeta.
Vagar por eclipses;
sem deslize.
Divagar em Saturno,
devagar comer flocos
de granizo.
Acordar sol,
ao som
de um solo
de prisma artesenal.

[gustavo drummond]


* *

O cemitério é o melhor fetiche

Ainda que fosse tarde
mas a lua fria
lá no céu, nos contemplasse

Eu te deitaria no telhado
dos gatos vadios
e com uma mordida em sua
tatuagem de cereja
ascenderia a chama

(deixando a lua, as flores
as velas, mortos de inveja)

Ouvindo sussurros de quem se afoga
em suor: 'Ah! acabe com essa sensação
que me devora!'
e nossos corpos em transe e delírio
se derreteriam na pedra de mármore

e só acordaria no outro dia
com tudo acabado
para dizer que não preciso mais
de tê-la em mim.

Clayton Pires


* *

Hoje acordei com o vento

Por uma pequenina fresta da janela
Esquecida aberta, na noite passada
Cochichava baixinho o vento...
Acorda poetisa...
Acorda siuuuu...

Tem um verso aqui perdido
Por entre as flores do jardim
Já lhe buscou na lua três vezes

Quase caiu no laguinho
Quando observava um peixinho
Acorda poetisa! Tadinho...

Já entrou no ninho do rouxinol
Foi banido de lá às bicadas

Caiu na água da flor...
Este foi pior
Um horror!
Se o verso não fosse um acrobata
Teria levado uma dentada

Tadinho do verso perdido
Está cansadinho e indeciso
Há pouco deitou na rede
Acorda poetisa! Siuuuu...

Abri os olhos então...
E o vento quase um tufão
Falou mais alto assim...
Psiiiiiiiiuuuuuuuuuuu
Acorda!

Abri a janela, ao invés de fechar
A brisa da madrugada
Está de encantar...
Um cheirinho de manhã invade o lugar

Procurei o tal verso, já sem encontrar...

Mas senti um calor no peito
Uma alegria estranha
Será que o verso se foi?
Ou entrou em minhas entranhas?

Márcia Poesia de Sá
.


quarta-feira, 21 de julho de 2010

POETISA FÁTIMA!


INFANTE RIGOROSO


A PERSONAGEM FUGIDIA QUE LHE HABITA
É ANTES DE TUDO PRISIONEIRA DE SI
ESPECTRO DE FUGAZ DOÇURA
VERTENTE SEGURA E ANIMADA
POR DOIS QUERER, ORA BONDADE E AFETO
ORA VILANIA E SARCASMO.

INCOMPREENSÃO CONTIDA E ESCONDIDA
POR TRAZ DE APARENTE SERENIDADE
EXPLODE FEITO ELÉTRICA TEMPESTADE
DERRAMA-SE FEITO CHUVA ÁCIDA
SOBRE OS VIAJANTES DESSA CARAVANA
TOMADOS DE SOBRESSALTO, POR TUA BIRRA.

INFANTE RIGOROSO, A APONTAR
OS MALES DO MUNDO DE MEUS DEUS
SEMPRE A JULGAR E VOMITAR
AMALDIÇOA QUALQUER UM COM PALAVRAS DURAS
FEITO CRIANÇA MIMADA E MAL CRIADA
EXIGENTE COM OS ...CRIADOS SEUS.

POUCAS HORAS BASTAM, PARA SEPARAR
UM AMIGO NOVO DE UM VELHO TEIMOSO
HORAS NOS OFERECES, PARA SENTIRMOS REMORSO
SOBRA POUCO, E POUCA VONTADE DE FALAR
DOLOROSA SENSAÇÃO INTRAVENOSA RESULTA
DE UMA PEQUENA QUERELA COM TAL MOÇO.

Fatima

..


VENTANAS

Janela aberta sobre a cidade escura e nua
Luzeiro que resplandece solitariamente na madrugada
Observa os movimentos poucos, de almas indolentes
Com dois grandes olhos, perscrutadores e rajados.

Derramados os pensamentos nunca escutados
Cansam-se as mãos e os dentes por fim travam
Abandona o posto sentinela, em via, desvia sua luz
Para outros lados, outros braços que mais, seduz.

Sonhos transparentes de águas, peixes pequenos
Seixos largados nas margens soltos no vento
Pés que pisam a terra quente, severos e inclementes.

Espaço aberto, cratera provocada, erosão sem sentidos
Distância, sentença consentida, aprovada e assumida
Silencio, que cobre o dia a está hora há muito amanhecido.

Fátima

..
POETISA ELIANE THOMAS!


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.

segunda-feira, 19 de julho de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * * *

Versos d'Estrela

Deusa de encanto e brilho
dama do Reino do Sol
lume, clarão, enigma,
cores de um arrebol...

Sonho de Aldebarã,
mística do esplendor
seixos, perfumes e pétalas,
asas de colibris

Cheiro de gata selvagem,
olhos da cor do mar
boca de um anjo lindo,
tríade do verbo amar

Aura resplandecente,
saga do meu desejo
choque entre o vermelho e o dourado
falsetes do meu arpejo.

Marçal Filho


* * *

Se fosse uma cor

Quão seria custoso
escolher ser uma só cor
todas belas radiantes
a visão de um diamante

que em todo esplendor
na luz dispersa
faz-se fulgor
eu sou toda arco iris

Sou espectro multicor


Eliane Thomas

* *

REFLEXÕES DE INVERNO



Hoje em dia estamos reflexivos.
Os pensamentos vão de um canto ao outro do mundo,
sem se ater em ponto algum.
Buscamos respostas urgentes para nossas existências.
Motivos concretos, que sejam verdadeiros, sem mistérios.
As efêmeras alegrias tecnológicas não bastam,
os sonhos elaborados estão irrealizáveis,
os objetivos avançados tornam-se obsoletos em poucas horas.
Assim estamos nós que somos a humanidade da Terra.

Minha alma aflita lança um surdo grito ao meu Espírito
e sente o sinal descer como um raio sem trovão,
como as águas que correm sem haver leito do rio,
fazendo arder minha pele, queimando ligeiramente minha carne,
transformando o carbono do qual sou composto em silício do futuro.
Sou diferente sem ser alterada. Um novo ser em usual molde retemperado.
Filho do sol, filha da luz, atemporal.
Constante insatisfação me rodeia. Minha companheira de jornada
Pela manhã ao acordar minha mente presente
Ao anoitecer cansada, da faina do labor minha alma semi atenta
Mas na madrugada indormida viajo virando paginas em branco
O aflorar de palavras vindas do meu íntimo,
me comovem e por vezes me traz alivio, porque mesmo que desconheça de onde,
reconheço que sei muitos e insondáveis segredos.

Ao abrir um cofre convenientemente guardado,
longo do alcance das mãos furtivas e de curiosos olhos sinto o frescor da alvorada bendita,
prometida nas escrituras, nos arcanos ou nas profecias.
As estrelas assistem meu infortúnio e me jogam uma chuva fria sobre o dorso,
lavando meus braços, mãos e os meus dedos,
das nódoas que impedem meu sucesso e conseqüente sossego.

Permeio os versos, mesmo os de outrem
Permito o canto, o conto, o capitulo
Porque tudo me convém e tudo me é licito
Mas não permito que brote açoites ou gritos
Se assim virem será por pouco tempo, e serão os meus.
Mais consciente, parei de gritar aos surdos
Em não agredir resolvida, desprezei o açoite
Meu querer não mais se compromete
Escolho o arrebatar o despertar
Escolho a amizade, a parceria, escolho o amor
Esses meus idéias sem idealismos de hoje

Ah! como me comprazo com o clarão
Do toque sutil de dois pungentes corações
Depois de tanto tempo perdidos
Distantes, pelos ódios enlouquecidos
Ah! o amor razão, que cura as mais antigas feridas

Quero falar, não para o mundo.
Quero falar comigo, de um jeito novo
Migrar por entre visões sem preocupar-me
Ser sadio ou alucinação de minha mente fantasiosa ou fantástica
Pretendo recordar meus dons, os bons dias
Não apenas os tristes ou agourentos momentos
Porque estes eu já os tenho marcados a tento
Eu quando voltar dessas viagens nem contar
Guardar calada o que vi, como fosse meu prêmio....

FÁTIMA

* *

Ser poeta



Ser poeta é permanecer em conexão
De todos os sentimentos e imaginação
De todas as senhas e suas revelações
De todos os arquivos e suas extensões

Ser poeta é tirar o sonho do anonimato
Não se importando com o seu formato
É digitar os versos, as estrofes e fatos
Em desenhos de rima e enviar relatos.

Ser poeta é ser real virtual, encantado
É digitar, e da mente não ser deletado.
É o entusiasmo criador na vida anexado

Ser poeta é hakear o backup do coração
Em um clique, copiar e colar a expressão
Fazer da palavra aos olhos, uma emoção!

ღRaquel Ordonesღ

* *

Se eu fosse o luar...

Se eu fosse o luar...
Por ao menos um dia,
Eu seria o luar,
Mas lindo que verias.

Eu iria inteira brilhar,
Para alumiar tua fantasia.
E no meu cintilar...
Encanto acharias.

Se eu fosse o luar...
Ao menos por um dia...
Ah... tu me amarias.

Viviane Ramos


* *

PONTO

O ponto dá muitas idéias
Não sei dizer quantas são
Pode ser ponto parágrafo
Ou ponto de exclamação

Ponto alto, ponto baixo
Não importa a posição
Quem sabe umas reticências...
Três pontinhos em direção?

Notaram na frase acima
O ponto de interrogação?
Às vêzes quando escrevo
Esqueço a pontuação

Tem a menina no ponto
Esperando a condução
Ráios de um ponto a outro
Antecedendo trovão

Quero ver quem me aponta
Onde há um ponto sem razão
Vejo um ponto no céu
Pinto um ponto no chão

Lembro Fritjof Capra
No Ponto de Mutação
Das bases da existência
Da vida e reflexão

A partir de um ponto há uma história
Desenrolando, em ação
Até o último ponto
O ponto de união

Por que questionar os pontos?
Por que a preocupação?
Se somos apenas pontinhos
Na vasta imensidão?

(LCPVALLE - 27/11/08)

* *

A gota!.

Desliza leve e suave,
feito óleo perfumado,
pela vidraça fechada,
um pingo doce de chuva.

Esquece o pó do caminho,
Olha-me de mansinho
como a dizer quero parar
mas a ordem é seguir.

Escorra querida gota,
que leva vida no interior,
compondo a sonata Divina,
do mais belo amor!

Os olhos param na imensidão
da gota que cai do céu
que pela vidraça escorre
descobrindo meus véus...

Sonoro é teu escorrer
ribombando céu afora,
menina gotinha em missão
deixa a marca quando chora.

Quedamos prostados de amor
perante tamanha imensidão
uma pequenina gota de chuva
orvalha de Luz, o coração!

Pensei estar vendo fora,
pela vidraça da janela
e a lágrima era eterna,
a gota azul, que ainda rola!

godila fernandes

* *


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domingo, 18 de julho de 2010

POETA EACOELHO!


(clique na imagem para ampliar)
...




IRREVERÊNCIA

Quero gargalhar do tempo,
Que não me dá tempo,
Para pensar nos dias.

Vou vangloriar o tempo que roubei,
E que me dei de luxo e ousadia,
De gastá-lo à toa sem importar às horas.

E contando estrelas na noite pura,
Irreverente ao tempo que passa,
E que faço que nem vejo, ignoro,
Fazendo caso da sua pressa.

Sou menino que brinca,
Alheio ao tempo e ao brinquedo,
Vagando no futuro, sem tempo pra voltar.

Sou a rede estendida,
Esperando um corpo,
Uma mente solta,
Um ser sem pressa,
Para espreguiçar a vida.

Sou irreverente ao tempo,
Servil dos dias que passam,
Que se demoram na rede,
Balançando folhas soltas ao vento,
Alheias ao tempo irreverente

EACOELHO
POETA CLAYTON PIRES!


EU SEI

Sabe porque estou aqui?

porque você é doce.

E mesmo que eu tente olhar em todos os ângulos, ou até tente conhecer novos ares, nada é tem o mesmo sabor que ti. ou melhor, nada é real.
Eu gosto de você. você não me ilude.


Quando me pede para fechar os olhos e dançar contigo, eu confio.
pois nunca me abandonou.


Me sinto seguro com sua companhia, me sinto sóbrio, lúcido.
e melhor, você você me entende. prefiro que seja assim: em silêncio.


Mas não sei até quando. às vezes me bate uma imensa saudades do que eu não conheço. daquelas coisas que já tentei viver tanto e não consegui, sabe?

sim, é isso, mas nunca chego no fim. caio. e volto pra tí.
sei, talvez seja mesmo o destino.


Clayton Pires

....
(clique na imagem para ampliar)

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