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sexta-feira, 20 de agosto de 2010




PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


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PRETÉRITO IMPERFEITO

Ah...Se ele soubesse ler a essência minha
se soubesse dispersaria a maresia;
gotículas de amarguras, densa e fria
e aconchegando-me ao seu peito, diria
-serei navegante em seu mar, constante

(...)

Ah...Se ele quisesse eu não seria minha
e se quisesse, definitivo, me despediria
dessa arrogante senhora; Agonia
que me entorpeceu-eu não mais sentiria
essa insiste enormidão em dor cortante

(...)

Ah...Se ele dissesse: Vem! Sê somente minha!
se sussurrasse ao meu ouvido, me lançaria
na imensidão dos desejos contidos; arderia
em suas rede-braços, minha alma entregaria
levaria à eternidade a imagem desse instante..

(Lena Ferreira)


* * * *
Sonata e silêncio

Febril em enlevo de amor
universal amor, vida nova
A canção começou, vibrou
delírio voo adormecido

Gentil nota do puro amor
imortal amor, à prova
A música me levou, soou
retiro pré-concebido

Sonata solitária
minha mensagem
interplanetária

Silêncio final
minha imagem
te segue no astral

Anorkinda


* * * *

AO LEITOR

Louvo os versos de todo dia
que a alma poética alimenta
pão para o poeta - a poesia
é água para a boca sedenta-

Louvo poemas de nostalgia
de amor, que o peito arrebenta
louvo e com imensa euforia
o poeta primeiro que tenta

Encantar com seu belo canto
aos leitores -atentos- a ver
tudo o que sua alma carrega

Encantada, eu louvo um tanto
ao sensível disposto a ler
-só com alma, olhos enxergam-

(Lena Ferreira)


* * *
Haste, ou Bandeira

Se eu fosse apenas haste do Bandeira
Fosse sapo, fosse trem, fosse alguém
Fosse encanto, desencanto
Fosse música de outrem
Bandeira jamais seria
Mas a haste me convém!

André Fernandes


* * *

COM AÇÚCAR, COM AFETO

Palavras de carinho
sussurradas de mansinho
reverberam no infinito...

Som delicado, bonito
Volta pro coração
como acordes de violão...

Doce melodia,
notas dedilhadas
lá... com afeição,
(no coração)
em sol de bem querer!

Energia esparramada...
Inspiração na jornada,
movimento, cor...

Luz na caminhada
alma impregnada de doçura,
força extra... nos ecos de
dó, ré, mi, fá, sol, lá, si...

E as ondas se repetem:
Eu sei que vou te amar,
com açúcar, com afeto...
afeto... afeto... afeto...

Por que canta o coração?

Carmen Vervloet


* *

CORAÇÃO DE POETA

Por vezes, toma-nos de assalto num tom forte
Que nos choca com o teor da mensagem
Não apontem aonde devo guiar meus olhos
Prefiro eu mesmo, escolher a paisagem

Não me explanem suas regras turvas
Ou matem-me a sede só quando convier
Poderei perder a vida pelo que acredito
E jamais espere ver-me curvado aos teus pés

Quando a poesia grita, farpas voam
Glicerinadas, em todas as direções
Metamórfico é o coração do poeta
Repleto de tudo! Emoções e razões

No mundo do poeta, universos se criam
E nestes, outros mundos, ainda fetais
Há tanta coisa ainda por vir, eu sei
Façamos uma corrente pela paz

Louvemos, honremos a Deus, pela vida
Pelas bênçãos que Este, nos concebeu
Todo poeta, tem muito de anjo
E todo anjo tem um pouco de Deus.

Poeta Urbano


* *

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* *

VENTOS DE AGOSTO

Venta em agosto, gosto de pipas ao ar...
noites nem quentes nem frias, este meu congelar assuntos.

Vi uma lua sorrindo, ouvi as estrelas confabulando
poemas de versos agudos ... sentimentos de mil anos.
Rascunhei algumas rimas sem sentido,
na esperança de falar de amor.
Eram versos livres e metidos, clichês
cheio da minha dor.

Quando agosto for embora, vou...
esperar a primavera.

Comprarei sonhos, não de agora,
com perfumes daquela rosa...

aquela que recebi de suas mãos
em outra estação.


JULENI ANDRADE


* *

ELA CANTOU

Seu nome era Poesia
ela trazia um dom
de cura e harmonia

Ela deu o tom
sua nota em primazia
a boca sem batom

Seu olho luzia
ela causava frisson
a plateia em agonia

Ela, então, cantou
sua lírica magia
no final, ela chorou

Anorkinda


* *

QUANDO OS SONHOS SE REALINHAM...

Quando os sonhos se realinham
vê-se o futuro matizado
em vivas cores prediletas.

Liberadas das mentes
como elos de correntes
vindos de zonas secretas.

Realinham-se lado a lado
como laço único interligado
por anseios comuns a um par.

Na noite que se presta como cenário
em sonhos que se realinham
almas vão se encontrar.

E se amam em cama de quimera
num jardim com cheiro de Primavera
banhado à luz de luar!

Rui E L Tavares



* *

HORAS MUDAS

Já faz tempo que ouço
os inaudíveis sons das horas
ecoando meias promessas
de mudanças íntimas

Faz tempo...

Surda, minha alma
se apavora a cada nota
e nem nota o abalo causado
do meu pobre e frio peito
soluçante em agonia
anseando, em impulsos,
-espasmos verbais mudos-
pelos ventos da verdade

Faz tempo...

Esses sons que tanto escuto
-inaudíveis a todos e muitos-
martelam-me a consciência
estagnada - nada, nada, nada
a mim, as horas falam; mudas

(Lena Ferreira)


* *

AFINIDADES

Entrelaçados por mesmos nós,
nós vivemos uma corrente de amor,
que liberta; desperta sentidos,
acorda sentimentos em flor.
Na multidão, estamos a sós,
alastrando-nos em sustenido,
no compasso do canto novo,
que embriaga, cuida, acaricia,
deliciando a matéria prática,
encantando a alma infinita.
Prenúncio de bom dia;
nas alamedas árticas,
na caminhada bonita.
Elos que se abraçam,
Lábios em prece,
Coisas pequenas passam,
A bondade prevalece!

[gustavo drummond]


* *

A CIDADE GRANDE...

Vi a cidade grande em plena luz do dia,
viva, à plenas energias em suas artérias.
Um denso burburinho, mas eu vi poesia
nos seus ricos encantos,... e misérias.

Vi altos edifícios, tantos veículos e praças,
pessoas eu vi, muitas, sisudas, fechadas
dentro de suas herméticas carapaças
num ir e vir pelas calçadas...

Eu vi camelôs, lojas, vi ambulantes,
ouvi sirenes, gritos de pega ladrão!
todos pareciam frenéticos andantes
cada um na sua própria direção.

Eu vi entre diferenças o portal da analogia
olhei a cidade como organismo vivo
com almas misturadas à tecnologia
num todo mágico, essencialmente ativo...

Vi em tudo o homem, a razão que lhe conduz
olhei com olhos de amor e depois disso,
vi o brilho intenso da magnífica luz
que estava lá, por trás de tudo isso!

Rui E L Tavares


* *

ESSÊNCIA DO AMOR

Em cada ponto de luz da minha memória
Em cada canto nos meus sonhos
Em cada desejo incontrolável
Entre frases e palavras
Entre fotos, fatos, acontecimentos
Entre os momentos mais tristes
E os mais alegres também
Sempre estivestes comigo
Aqui dentro de mim
Sem entrega, sem beijos
Sem palavras, sem presença
Sem mais nada alem da lembrança
E tão somente uma lembrança
E é só o que tenho
Para alimentar esse amor
Que vive impregnado dentro de mim
Sem que eu possa tirá-lo, move-lo
É você...que não sai da minha memória
É esse amor, que não sai de dentro de mim

Jota Brasil


* *

MINHAS POESIAS

Não as dato,
Nem as nomeio;
pertencem a máquina do tempo,
ao redemoinho interminável.
intermitente, Geradas no seio
da mente maleável, mutante de fato.
Sempre as escrevo no momento propício,
ao menor indício
de inspiração.

Versos são atemporais,
Brisas, vendavais,
joga-se com sentidos
sentidos nos sentimentos.
com dados de resina,
em qualquer espaço,
por amor a arte,
pelo que a vida ensina,
variados momentos,
tudo faz parte,
tudo é saudável,
agradável...
(nem sempre).
Um dia datarei minha
derradeira poesia,
com duas datas,
uma estrela, uma cruz!

[gustavo drummond]

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quarta-feira, 18 de agosto de 2010


POETA LCPVALLE!



OLÁ AMIGOS!

Amigos não caem do céu
Amigos não nascem do chão
Amigos crescem devagar
Do fundo do coração.


LCPValle.



POSSIBILIDADES



O sonho pode
durar uma noite

Mas o sol despontará
pela manhã

E mostrará um dia inteiro
de oportunidades

Com dezenas
de portas abertas

Com dezenas
de paisagens através da moldura
da janela

Com dezenas de caminhos
entre as paisagens

Com dezenas de destinos
pelos caminhos a sua escolha

Com dezenas de mundos
que se pode criar

Porém, lembre-se:

Da janela do seu quarto
você pode ver

Apenas um quarto
do que pode ter

Além dos limites
dos quatro pontos cardeais

Mas se por acaso assim não for...
Se o sonho não foi bom...

Responda ao sol
ao seu sorriso

Apague o sonho
Acenda a vida

ASCENDA À VIDA!



(LCPVALLE-05/10/06)


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segunda-feira, 16 de agosto de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


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É PRECISO SEGUIR...

Vai em frente, vence o teu medo
É preciso arriscar, se quiser a mudança
Liberta-se do comum, dos segredos
Olha a diante e vislumbra a esperança

Dia e noite, há suor sobre a pele
O descanso é santo, à labuta por vir
Somos capazes! Pensemos com fé
A vida é tal, qual se possa sentir

Amemo-nos como vos ensinou o pai
Plantemos o amor para colher a paz
Deposite alegria para creditar sorrisos

É importante crer que há algo maior
Que o mundo poderá ser melhor
Que contemplaremos o paraíso.

Poeta Urbano


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A ÚLTIMA LÁGRIMA

Não há mais o que fazer
prostro-me inerte
ante o abismo da morte.

Num inútil flerte
com as horas vazias
sem um amor que me conforte.

Agora já são frias
as lágrimas que ainda rolam
deslizando por valas tortas.

oriundas de fontes secas
são gotículas sem viço
que já vertem mortas.

A última lágrima viva nasce
pende dos meus olhos
e finalmente escorre...

Passa por meus lábios
ouve o teu nome
cai ao chão e morre...!

Rui E L Tavares


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Ressurreição

Quando eu de vez, me for
Não chorem por mim
Antes, sorriam
Lembre-se de que eu ressuscitei

Ressuscitei antes que morresse
Ressuscitei em vida

Desisti da eutanásia
A que me havia condenado
Antes que o último fio de vida
Me fosse desligado

Ressuscitei da viva dormência
E trouxe o sonho
O sonho que sonhei
Em estado de semi-consciência

Vivi do sonho
E o sonho viveu
Por causa disso,
Agora o sonho sou eu

Ressuscitei e fui feliz
Amei por todos os poros
Fui do amor um aprendiz

Sorri o melhor sorriso
Abracei o maior abraço
Toquei o mais leve toque
Andei um certeiro passo

Por isso
Quando eu me for
Não chorem por mim
Antes sorriam ao lembrar-me
Porque fui feliz

Célia Sena


* *

ENTRE O BEM E O MAL


Há o tédio
arredio

e um viver
e o vazio

Um fazer:
desafio

e o ser mais
que desfio

Entre o ter:
desvario

e o ser,
por um fio

há um bem
e um mal

entre a margem
e o rio

Aline de Mello Brandão


* *

SONETO (ORAÇÃO) DO AMOR MAIOR


Senhor, hoje então, aqui eu venho
buscando sempre de ti uma luz
Mas, a quem amo, se eu não tenho
Eu não entendo esse amor de jesus

Se esse amor é forte a tal ponto
De por no chão um homem de fé
pois contigo me deixa em confronto
pela dimensão que pra mim ele tanto é

colocando toda minha crença em Deus
Jamais creio que não haja solução
Acredito sim que para os filhos seus

Tu tens sempre o melhor galardão
Reservados pr’aqueles que são teus
Não creio senhor... que tu me deixes na mão


Pedro costa


* *

EIS TUDO

Eis tudo
-tudo-
o que me
enviaste:

olhares vagos
sobras de beijos
risos descrentes
verbos vazios
(...)

Eis tudo
_tudo_

Devolvo-te!

(Lena Ferreira)


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VEM CHEGANDO A PRIMAVERA

Vitória acorda vestida com saias verdes e corpete de flores,
Numa alegria, que meu coração, contagia e encanta
Ganho lentes de setembro que intensificam as cores
Fico enfeitiçada ante a nova estação e toda sua pujança.

Moças elegantes usam brincos de princesa
E no pescoço esguio colares de pétalas de rosa.
Curvo-me e reverencio tanta e tamanha beleza
Sou borboleta azul beijando açucenas formosas

Envolvo-me com o cravo na sua virilidade grená
E quase, distraída, fico prenhe do sedutor gravatá
Mas chega o lírio branco e me envolve em sua pureza
No canteiro da minha praça que a mente capta com sutileza

O milagre da primavera transforma minha cidade
Idosos e meninos hoje têm a mesma idade
Os olhos que eram tristes... cheios de brilho e esperança,
Os anciões deixam reencarnar sua inanimada criança

Os maus por alguns momentos sepultam a crueldade
E transitam pelas ruas entre gestos de amabilidade
Carregam, com pétalas cheirosas, seus assassinos fuzis
E a paz em primavera reina por entre flores neste país.

Mas tudo é apenas magia que me traz a primavera
No sonho que fez da minha mente um veloz catavento
Sua beleza e seu perfume, por um minuto, o mal superam
E dão asas de beija flor ao meu utópico pensamento.

Carmen Vervloet


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Rumos

Traços riscados no papiro de uma vida
Amiga bendita, a tal da memória
Inglórias lutas que foram vencidas
Batalhas silentes no palco das horas

Entrar e sair de sonhos rasgados
Nadar, mergulhar em seus pensamentos
Momentos, instantes... Alguns Tormentos
E seguem o caminho sem olhar para trás

Os olhos são lagos de esperança
Que refletem as verdades pintadas à frente
Na alma, a direção delineada
Entre curvas, segue esta gente

São tantas as possibilidades...
Que os mapas escritos perderam o valor
E com o lápis do tempo apontado para frente
Riscaram na face, os veios da dor.

Márcia Poesia de Sá


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Silêncio

Faço amor no silêncio
Meus urros se calam
No som que os corpos emitem
Não falo...
Só sinto o silêncio dizer
Prazeres emudecidos
De camas úmidas
Na calada
Da noite...

André Fernandes


* *

Eu.........música do meu poema

Minha alma flutua
Deu para entender-se com outro corpo
Cada poro , uma letra , uma música nua
Murmurando o pranto e o riso do meu corpo.

A vida é alegre - Sigo o cantar das andorinhas
Soprando minhas palavras...
Numa célula de insistir ser poeta
Alcatifando meu sangue nas veias.

Nos meus íntimos sentimentos
Corro pelos ossos das estrofes
Feliz ! colhendo meus espinhos.

Sinto-me feito uma louca
Satisfeita...em outra alma
Eu toda: Semente para um poema .

Ana Maria Marques


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O AMOR É ÍMÃ


Balangandã

de fogo e afã

de corpo e élan

nu - talismã

do cio, xamã

de mente sã

de amor e lã

paixão - ímã

Aline de Mello Brandão


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OUTRORA...

Naqueles tempos de outrora
o sol nascia, imponente
Os passarinhos anunciavam
um dia dourado, clemente

Naqueles tempos de outrora
a lua caía, indolente
Os namorados anunciavam
um futuro esperado, candente

Naqueles tempos, tal como agora
o sabor de cada dia presente
era degustado e cantavam
os anjos, a canção bendizente

Naqueles tempos, tal como agora
a doçura do Homem plangente
era experimentada e dançavam
as crianças, o bailado vidente

de que um dia seriam gente grande!

Anorkinda

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