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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

POETISA TELMA MOREIRA!

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POETA SAULO CAMPOS!



JÓIA RARA


A indiferença anda tão em alta
Que um simples sorriso alheio me comove
Um olhar gentil às vezes me faz falta
E basta um obrigado para que me renove

Fico tão feliz ao ouvir um bom dia
Se ganho um abraço fico comovido
Assovio, canto e teço poesia
E de tanta alegria, faço um alarido

Um aperto de mão me faz sentir amigo
Uma palavra amena me enche de graça
Qualquer coração pode ser meu abrigo

Uma simples lembrança por vezes me acalma
Um pouco de atenção e a tristeza passa
Um carinho apenas me alivia a alma


Saulo Campos

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LIRA DA SAUDADE


Quando em minha mocidade
Sem importar com o amanhã
Encantavam-me os papagaios
E os chicletes de hortelã

Fui um menino vadio
Uma criança feliz
Não me sentia vazio
Brincando no chafariz

Depois de moço crescido
Perdi o medo do escuro
Só apavora-me a incerteza
Do outro lado do muro


Saulo Campos

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domingo, 20 de novembro de 2011

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!



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MAKTUB

Serei seu poeta constante,
nas diversidades das estações,
ainda que falte novas inspirações;
deixe ... invento, formato ... crio ...
creio em mim ... creio em ti ...
o poder da mente, odor de menta,
presente na ausência frágil,
filmando estrelas sensuais,
roendo cometas verdes,
ramalhetes de versos silvestres,
colocados na sua janela cromada,
assim está escrito nas sementes
brotadas nas pedras das jóias,
incrustadas no âmago do exterior,
poemas discretos, subjetivos,
enraizados de amor,
de flores astrais,
mar nosso de todos dias,
ondas magnéticas,
genes, genética,
sou seu poeta particular,
seu trovador,
seu livro,
livre
de
conceitos,
formalidades...

[gustavo drummond]

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DESENCANTO

No espaço da dança joguei meus sonhos
Num breve rodopiar romperam-se os ligamentos

A fantasia deu lugar à nostalgia da realidade
Exalando pelos poros,gestos monótonos

nos braços cansados,olhos molhados,
pés sem equilíbrio tentando recriar os passos

perdidos- incertos- exaustos
Numa lenta e triste melodia_do tédio.

(Lage,Mazéh)

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Moça Educada

 

 

Moça educada

até termina com "por favor" e "muito obrigada";

é, moça educada é outro nível

e talvez seja, realmente

 

Moça educada

sempre nos deixa com um um gostinho bom

na boca, e com um nó na garganta;

não, nós não temos nenhuma opinião formada sobre ela

 

Arrastando multidões inteiras

com sua tamanha gentileza;

tamanha gentileza essa que, até os que nem

eram tão vis assim, se conspiraram contra mim

 

Moça educada

sempre é habilidosa com as palavras;

sabe controlá-las na hora certa, dosá-las;

ela sabe me curar, e me matar, como me faz agora

 

E tudo o que eu sei

sobre essa moça, que sempre me fez rir

até nas horas mais incertas

é que, na verdade, ela nunca existiu

 

 

. John Borovisque

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Onde mora o arco-íris eu vou

Vou descalça e de tranças
vou com doces no bolso
vou com caderninho
caneta e algum sonho

Vou seguir o colibri dourado
e sentar na pedra faladeira
ouvir conselhos de coruja
e cantar com uma lavandeira

Eu conheço o caminho
ja fui lá algumas vezes
onde mora o arco - íris
é onde as aranhas tecem suas teias

De lá se avista o mundo todo...
as fadas, gnomos, bruxas e sereias

De lá também nascem os sonhos
em caixinhas prateadas
feitas de coloridas areias

Márcia Poesia de Sá

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Gioconda

Sou a paz e a inquietude
um sorriso duvidoso
trago nas mãos
os tantos ritos
e nos olhos, algo de amores

Controversa, questionadora
mente em festa de interrogações
Sou a arte feminina
o hormônio das paletas
a graça das meninas

tantas vezes reproduzida
estudada, copiada
mesmo assim
nada entendida...

sou a mulher e suas muralhas
Tenho o álamo como berço
e o céu como viagem

Tantas camadas me fizeram
horas de risos e de lágrimas
a arte virando espelho
de todas as mulheres
e seus insolúveis disfarces.


Márcia Poesia de Sá

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DELÍRIO DE UM POETA

Escreve no espelho d'água,
Partículas de sentimentos,
Interior de mágoas,
âmago de amor desatinado,
Beijos palpáveis,
Prazer e tormento,
Metáforas amáveis,,
fingimentos concretos,
abstratos jeitos
do que não é, nem será.
Encena sorrisos,
sórdidos, sublimes;
sendo causa, se faz efeito.
Seu lar ... tantos lugares,
De Berlim a Bagdá.


Meticulosamente preciso,
precisa se imaginar
ser túnel, hangar,
futuro passado,
passar por utópicas pontes,
Desatinado,
se afogar em fontes
turvas, anoréxicas,
poesias agudas,
andróginas, ilógicas,
irreais ...

[gustavo drummond]

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DE LUZES E CRISTAIS

A centelha que mora em mim
arde quando saio em vôo lúdico
através da geografia das palavras

Me distraio na calmaria de um mar
ou entre sombras do silêncio de um vale.
Ora, me acho entre rochas de cristal

buscando ser hábil garimpeiro
para acordar o bruto diamante
que carrega consigo um futuro brilhante!

(Lage, Mazéh)

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Paisagem Sonhada

Canta ao longe o galo; da alva cai o véu,
que vai, descerra as cortinas do cenário.
Surge então verde o monte; azul o céu...
A imaginação se perde; será o contrário?

Minhas janelas abertas ao sol se abraçam,
para depois quietinhas se fecharem tristes.
Essa é a hora em que choram as vidraças.
Mas não se apavoram, pois arco-íris existe!

Graça alcançada! Olhos riem, ficam a delirar.
Paisagem sonhada surgindo, enfim, no chão.
E nem carece ao vento a poetisa perguntar:
Andorinha, quem que te teceu na imensidão?

Rosemarie Schossig Torres

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Amiga-mãe!.

Fazias parte da mobília da casa,
eras o sol que alegre a invadia,
eras grande parte da minha vida vazia,
eras meu anjo com uma só asa...

Ouço tuas risadas nas noites de lua,
quando juntas caminhávamos na rua,
foste a mãe que eu queria, foste tudo,
alegria, festa, inocência, amor sobretudo.

Fazes parte, até mesmo, de minhas células,
e dizem que o amor é platônico, bobagem,
o amor é enorme e se descobre na grande viagem,

Partes e me deixas para trás, sem tua alegria,
Não poderei colocar mobília nova, em teu lugar,
Fica a saudade, de sempre, das noites de luar...

Godila Fernandes

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"5 MARIAS"

Falando em saudade
Me ponho a cantar
Belezas dos tempos idos

Dos brinquedos, "5 Marias"
era a razão maior dos folguedos
Lançávamos para o alto,as sementes (de pêssego)

Nossas pequenas mãos iam recolhendo,
uma a uma,até não mais conseguir abarcar
o tamanho dos nossos sonhos, espalhados pelo ar.

(Lage,Mazéh)

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Versos Andarilhos



Felizes são meus versos de colorir,
Que conseguem ler o bom das pessoas
Essas que, por serem simplesmente boas,
Nem de versos precisam, pra sorrir.


Peço pros diversos que me vão ser
Que mostrem o caminho às suas vidas,
Pra que beijem as pessoas esquecidas,
As que não vão nos esquecer.


As que, por mais que pudéssemos oferecer
algum risco de vida,
Nunca nos privaram de comida
E de algum crescer.


Felizes são os versos que declamo,
Andarilhos por si só
Os feitos sem cuidado, os que amo,
Que vivem debaixo de pontes e dos quais
eu não consigo ter um pingo de dó.



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(John Borovisque)

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