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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * * * * * *
LÍRICO...

Me julga como louco
Por não saber nenhum pouco...
... nada, nada sobre mim.

Não entende meu sorrir
Não decifra meu cantar
Não acompanha meu caminhar
Seu mundo é bem distânte de mim...

Se o frio para mim
Aquece o meu amar
Esfria o seu amor
Aumenta o seu penar...

Se o calor do sol
Eleva minha fantasia
À você só angustia
O sol quente, a queimar...

Por isso meu caro amigo
Não me julgue sem saber
Pois nunca irá entender
Os passos de meu bailar...

E quando me ver dançar
Não é loucura apenas
É que ouço os poemas
Que jamais vai escutar.

Mavie Louzada


* * * * * *
Desapego

eu queria
estar sempre de mãos abertas
de bolsos vazios
e sem nenhum cordão a me guiar

eu queria
recusar todas as ofertas
dispensar os desafios
e não ter o que guardar

eu queria
ofuscar toda memória
sair pelo mundo sem destino
e de tudo me desapegar

mas acontece
que eu tenho uma história
não sou da vida inquilino
tenho amores, amigos e um lar

então vivo dividida
se de um lado eu me desfaço
do outro eu mais me enlaço
e tento em contrapartida
a vida não complicar

Helenice Priedols


* * * *
MORADA
.
.
Em mim habita o bem.
Nos meus olhos,
nas minhas mãos,
na minha voz,
no meu ventre.
Em mim habita o amor.
Na minha pele,
na minha boca,
no meu corpo,
nos meus dedos.
Em mim habita a paz.
Nos meus gestos,
no meu andar,
no meu cheiro,
no meu gosto.
Em mim habita o verbo.
E o verbo se faz luz
que guia os meus caminhos.

Amélia de Morais


* * * *
DOMANDO A MENTE

Há de se fechar as entradas
dos pensamentos nocivos,
não se caia em ciladas,
nem se leve pelo destruitivo.

Semear grãos de boa colheita,
gerar frutos de ótimo gosto,
fertilidade mais que perfeita,
arrumar os comôdos, tudo posto.

Eliminar as teias de aranha,
desinfetar o sotão cerebral,
ignorar obstáculos, manhas,
definir o procedimento ideal.

Germinar manhãs serenas,
sonhos inéditos, de ternura,
Reformular cenários e cenas,
Se preparar para a era futura.

[gustavo drummond]


* * * *
Amor platônico

Não sei de você,
Não sei de seus medos
E nem de seus amores.
Não sei seus segredos,
Desconheço seus medos,
E se você tem temores...

Não sei de você...
Inventei um romance
Na minha fantasia.
Não lhe dei uma chance...
Você é uma figura vazia,
Que pincelei de amor,
Enfeitei de paixão
E te adoro no chão...

Te inventei para mim
Para meu mundo enfeitar
Meu sorriso, sorrir
E meu sonho, sonhar...

É um amor platônico
Repleto de ilusão
Me faz perder a razão
Não deixa a coragem chegar...

Mas preciso traduzir
Desvendar os seus segredos
Derrubar meus loucos medos
E esse amor revelar.

Olhe então o meu sorriso
O brilho de meu olhar
Saia do imaginário
Preciso realmente te amar.


Jane Moreira e Mavie Louzada


* * * *
Na Pintura da Chuva


O que eu vejo em teus olhos?
Ó, amor meu, nessa pintura
Que a chuva pincela de você.

Ah... São aquarelas vindouras,
São pinceis adocicando tua pele,
São os pingos da chuva te agraciando.

Eu te desenho na pintura da chuva,
Eu pincelo meus lábios nos teus,
Adocico tua boca na minha,

Enlaço-te nas águas da chuva
Que te recria, minha obra de arte,
Banho-te de cores mais bonitas.

O que eu vejo em teus olhos?
Ó, amor meu na pintura da chuva
Vou pincelando teu amor dentro de mim.

(Rod.Arcadia)


* * *
SONETO DE AMOR-ÁGAPE.


"Dentre todos os tipos de amor existentes,
Um se destaca pela excelsa perfeição:
O Amor de Deus - que se propaga eternamente
Ao mais recôndito do nosso coração!...

É o chamado Amor-Ágape: Partilha e Pão!
Amor divino e transcendente em misericórdia.
Jesus morreu na Cruz por nossa Salvação,
Provando, assim, Sua Paz e concórdia!

"Deus é Amor!": clama o Evangelho de São João.
Amor eterno de sublime mansidão
A tocar nossa alma em constante alegria...

É o Amor Verdadeiro de perene Luz,
Que nos Liberta, Salva e Cura: meu Jesus,
És,sim, a maior Fonte de Amor e Poesia!..."


J. Udine


* * *

SEI QUEM VOCE É

Não te conheço
por digitais,
documentos,
informações;
mas pelo apreço.
toques labiais,
doçura de sentimento,
colocações.

Sei que é voce,
quando a brisa
muda de rumo,
a chama me atiça,
maleável prumo,
sorriso contagiante,
silêncio que diz tanto,
leveza do semblante,
sinceridade do pranto.

Te reconheço a milhas,
mesmo disfarçada
loba na matilha,
lua menstruada,
rosa grávida,
semente ávida,
sem preço;
Eu te conheço...

[gustavo drummond]


* * *

Lembranças

Guardadas estão as lembranças
Para sempre em mim, memórias
Dos nossos momentos, as labaredas
De todas aquelas canções,
Nossa historia!

Todas as nossas gotas derramadas
De carinho e de amor de verdade
Estão em minha alma em um armário
Estão guardados no meu silencio
Minha sinceridade!

Não guardo os momentos feito refúgio
Nem uso disfarce, optei por calar
Quero guardar somente para mim
O mundo não precisa saber
Esse é meu jeito de amar!


ღRaquel Ordonesღ


* * *
ENLUARADA!

Quando a lua desponta
A vida responde e acontece
Marés se enchem,
Os bichos se amam
O botão desabrocha
E se faz de flôr.

Quando a lua passeia,
Se infiltrando pelas frestas
arestas
florestas
È beleza tanta
que a noite vira festa
Como doce canção
a enternecer meu coração.

Quando a lua empratece,
E tinge de azul e branco
os rios
as matas
mares e cascatas
Deus se derrama em harmonia
Transborda o peito do poeta
Em suave alegria
E enluara toda à poesia


Nice Canini


* * *

BORDADO DO AMOR

Usei da linha mais prosa
todinha cor de rosa
era brilhante
provocante

Alinhavei histórias
caidinha de amor
as memórias
em frescor

Bordei um lindo desenho
sozinha em empenho
quase insano
soberano

Enfeitei os vestidos
rainha do amor
meus sentidos
em torpor

Abusei da linha imaginária
doidinha usuária
do alinhavo
escravo

Costurei também o coração
com a linha do amor
tonta emoção
em langor

Anorkinda


* * *
AS MÃOS DE FRANCISCO...


SOBRE A PALMA DA MÃO DE SÃO FRANCISCO
POUSAVAM OS ENCANTADOS PASSARINHOS...
BEM FELIZES, CANTAVAM, SEM BELISCO,
COMO SE CONFORTADOS EM SEUS NINHOS

ESTIVESSEM...AS MÃOS DO HOMEM DE ASSIS
ERAM REPLETAS DA DIVINA LUZ,
E, POR ESPOSAR A POBREZA, QUIS
SEGUIR OS MESMOS PASSOS DE JESUS...

AS MÃOS DE SÃO FRANCISCO, CARIDOSAS,
EXALAVAM O AROMA DE MIL ROSAS
EM SUA ESSÊNCIA DE ESPALHAR A LUZ...

SUAS ABENÇOADAS MÃOS CHAGADAS
ASSIM COMO AS DE CRISTO, PERFURADAS,
TRAZIAM OS ESTIGMAS DA CRUZ!...

J. UDINE


* * *
Na amplidão

Se tiveres sempre os olhos postos
na amplidão da vida, os horizontes...

Se estiveres sempre aberto às luzes
do amanhecer diário, os presentes...

Estarás mais perto dos céus do amor
envolto na paz interna, precursora
das soluções mundanas

Estarás mais pleno de si mesmo
solto na possibilidade infinita
de ser feliz

Anorkinda


* * *
Omissão
(Rondel)

Omissão é falta de amor
É ver o irmão em apuro
Sozinho com sua dor
Sem um porto-seguro

Implorando com langor
Sentindo-se tão inseguro
Omissão é falta de amor
É ver o irmão em apuro

Seja onde e como for
Ou, se grito vem do escuro
Ajudar é dever, não é favor
É ter um coração puro
Omissão é falta de amor

Diná Fernandes


* * *
ABRASADOR


Encosto em teu corpo
Não escondo o jogo
Coerente, me exponho.

Dialeto do amor
Totalmente sem pudor
Os teus lábios, beijo.

Em desejo abrasador
O meu fogo em teu calor
Opulento, incendeia...

O anseio
Tece a teia
Emaranhado do amor...

Inextricável paixão
Sôfrego
Sacio a fome em teu corpo.

Mavie Louzada.


* * *
De Consolo e Palavras

Palavras são apenas
O carinho efêmero
Podem até trazer alento
Mas muitas vezes são
Levadas pelo vento

Palavras podem ser
Ditas para valer
E assim nos fazerem crer
Podem também ferir
E até podem fazer rir
Mas consolo, na verdade,
Só o tempo, cedo ou tarde...

Palavras, só palavras,
A ninguém vão consolar,
Se com elas não vier
O carinho, o abraçar.

Jane Moreira

.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


POETISA DÁGUIMA VERÔNICA!

O ENTARDECER LÁ NA ROÇA


O entardecer lá na roça
de tão bonito que ele era,
- nas cores da primavera
pintava nossa palhoça.
Na estradinha da porteira,
morava a velha paineira
bem em frente à nossa choça.

Feito fios de ouro do sol
o vermelho era trançado,
diziam que era bordado
aquele nosso arrebol.
Era um céu de muitas cores,
cenário de mil amores,
canteiro de girassol!

Passando a língua no coxo,
as vaquinhas no curral,
raspavam resto de sal
deixado pelo boi mocho.
Querendo abrir a tramela,
assanhada, a Sentinela,
cobiçava o potro roxo.

Carregada com seus cachos
a paineira envelhecida,
- pensionato de acolhida,
no aconchego de seus braços,
recebendo a passarada
para mais uma noitada
entre cochilos e “amassos”.

Meu pai olhando o matinho,
sentado no seu pilão,
sem descuidar do gavião
querendo comer pintinho.
Mamãe “banando” feijão,
já eu, cardava algodão,
sentada no meu banquinho.

Nessa tarde quase morta,
ao som de moda caipira,
o meu pai , na alça de embira,
bota o seu chapéu na porta.
Vai pro rabo do fogão,
faz um pito com a mão,
se a palha é seca, que importa?

Minha mãe pega a bacia
esquenta água na fornalha,
põe no cesto a sua malha
que tricota para a tia.
Bota os pés para lavar
logo após já vai deitar
bem longe já vai o dia.

Chega a hora de deitar,
- o momento do rosário,
todo dia nesse horário
a família vai rezar.
- “Bença” mãe e “bença” pai,
cada um pro quarto vai.
O silêncio vai reinar!

O velho colchão de palha
barulhento e bem macio
é muralha contra o frio
naquela casa sem calha.
Todo mundo já deitado
o meu pai mais sossegado
vai pegar água na talha.

Dáguima Verônica de Oliveira



CAMBALEANTE

Meu viver foi só trabalho
remando contra as marés,
costurei cada retalho
consertando o seu viés.

Toda sorte se escondeu
e dela nem tive abraço,
nem por isso me doeu,
não dei chance ao meu cansaço.

Fui dando tudo que tinha
e como o surrar de um sino
a dor foi somente minha,
nunca culpei o destino.

Às vezes cambaleante,
outras vezes dei guinada,
de mim mesma fui amante
por mim mesma fui amada.

Plantei um bobo sorriso,
inventei o meu jardim,
rabisquei o paraíso,
fiz meu Deus perto de mim.

Peço ao sol ele me aquece
e não me deixa chorar,
nessa força a alma não tece
a tristeza em meu olhar.

Com o andar cambaleante
fiz a trilha verdadeira,
não sei dar passo gigante,
porém sei chegar inteira.

Desenhei o meu futuro,
Jogo força em cada passo,
sou a luz do meu escuro,
é na raça que eu me faço.

Dáguima Verônica de Oliveira





POETISA CLAUDETE SILVEIRA!

AMOR SAUDADE

Por mais que a vida
afaste você de mim
jamais esquecerei
nossos ternos
e doces momentos
A loucura dos nossos beijos
o calor do desejo
lábios mornos
boca molhada
corpos nus
embalados no desejo
que então sentíamos
E o me ainda hoje arrepia
quando aos pensamentos
me entrego
e sinto
o cheiro de amor
que dos poros exala
Não nego o desejo solitário
ao relembrar
tuas mãos me tocando
meu todo te desejando
teu cheiro em mim impregnado
Hoje apenas saudades
que ficou em teu lugar.

Claudete Silveira


ENSIMESMADO

Criaste em tua volta
uma redoma de vidro
és o centro de tudo
em teu gélido mundo
Abandonaste os sentimentos
as gentilezas...
As palavras doces
já não são mais importantes...
Não fazem mais parte do teu mundo?
Por nada magoas quem te ama
mas não se entrega.
A vida por entre os dedos escorrega
e não percebes
ou não te atreves a querer vivê-la
por medo
ou arrogância...

Claudete Silveira



segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011



PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * *


MINÚSCULO

Deus me dá pouco
e ao mesmo tempo, muito.

Ele sabe que só preciso
de um grão.

Mas esse minúsculo
que Deus me dá, é tanto...

Que cabe a poesia
e a minha vida inteira.

Danniel Valente


* *
Gente Grande .... desarrumada .


A poesia continua presa
dentro de mim
Áspera
Em tampa de represa
Não consigo arrumar meu cotidiano
Uma agonia sem fim
Esse vagão da minha vida
Normalpata
Árvore sem floração
Água sem transparência
Aula
Sem chamada
Vida de gente grande
Desarrumada
Eu diria que é uma
Sensação terrível
Sem conseguir colocar nos papéis
minhas palavras ...

Ana Maria Marques


* *

Para Amar o Mar

O Mar
É minha areia antiga
Nele
Deixo o dia entrar
Na salinidade
Das suas águas
Mergulho minhas insanidades
Minhas angústias
Unguento
De sol a sol
Percorro seu infinito
Não preciso
de muitos
motivos
Para amar o mar
Basta Um !
Ele parece a mãe da minha mãe
Cuidador da minha vida
Arruma meus horizontes
Em maresia
Algas mornas
Aroma de um novo
sonhar.


Ana Maria Marques


* *

Pluma

Eu vivo dias de pluma,
de versos impregnada
Sempre a bailar e a subir
de éter embriagada...

Se a brisa leve me esgarça
como um fio de matéria
eu me desfaço num traço
surfando na massa etérea...

Na minha vida de mito
repartiu-se minha asa
Queria seguir a lua
e trazer o sol pra casa.

Gladis Deble


* *

AMOR ESSENCIAL

Amor é um caso sério
envolventemistério
mesmo que leve anos
seja leve como isopor
frágil como recém nascido
entre ganhos e danos
enfeitiça a rubra flor
solo estremecido
solo de jazz
sem temor ou culpa
poliniza os versos
fecunda estrelas
gera sonhos diversos
polpa de deliciosa fruta
paz que predomina
pausa na guerra
sensível, sublima
transcende a terra
ultrapassa a razão
coisas do coração!...

Gustavo Drummond


* *
Brincando com você

Quando a gente faz amor
Somos duas crianças a brincar,
Tu me das teu calor
Faz tudo para me agradar..

Me morde com jeitinho
Passa a língua no meu corpo,
Sempre com muito carinho
E vais ficando bem louco..

Retribuo esta tua loucura
Este teu amor verdade,
Esta paixão não tem cura
Nela não existe maldade..

Então para ti eu me entrego
Cheia de amor e desejo,
Para teu corpo nada nego
Nos realizamos aos beijos...

tere&tere


* *
Abraço infinito

Da percepção da cor
a luz que refracta
insere em minha visão
o laranja, despedida do sol
o cinza, peso chumbo das nuvens
o azul, reflexo marinho celeste
o branco, movimento espuma de ondas
o sem fim de matizes em minha aura

Abraço infinito da vida
a eternidade que visita
impele meu transcender
a paz do firmamento perene
a impetuosidade do clima
a imensidão das águas salgadas
a efervescência das marés
a abrangência do Todo em meu Ser

num moto-contínuo de dimensões paralelas

Anorkinda


* *
Chamas em Movimento.

Sou reflexo da tua chama,
Que me envolve, que me chama,
E nos consome, na fome...

No desejo de nós dois,
Não há que deixar pra depois.
No campo, no mar, na cama...

Onde estivermos, nós nos amamos,
E juntos, ao esplendor, chegamos,
Em total entrega e oferta.

Dançamos ao relento,
E, até nesse momento,
Somos chamas em movimento.

Jane Moreira


* *
Utopias De Poetisa

Se toda visão apaixonada
fosse melodia, igualzinho
àquela utopia dourada
da poetisa, nela adivinho:

Brisas levando canção;
sinfonias de primavera,
transbordando no verão.
Aí inverno não prospera.

Se todo sonho cantasse
amor em notas musicais,
talvez paixão o ar levasse
a quem não amou, jamais.

Rosemarie Schossig Torres


* *
Conselho de Mãe

Faça a mala.
Apague a luz e feche a porta.
E saia.

Saia do conformismo
Da inércia, da ilusão.
Diga adeus ao egoísmo
Doença que nos prega ao chão.

Não é fugindo da vida
Que as coisas vão melhorar
Levanta dessa cadeira
Você não tem a vida inteira
Para tentar ser feliz
Felicidade é uma arte
Só a tem quem a reparte
E não quem ao mundo maldiz.

Mostre suas virtudes,
Tome mais atitudes,
Assuma uma posição.
Mude o que está errado,
Deixe a preguiça de lado,
Viva com mais paixão.

Ajude seu semelhante,
Sinta-se mais importante,
Ouça mais seu coração!

Helenice Priedols


* *
Catando versos

Catar versos é meu dia-a-dia
Tudo na vida é poesia
É uma folha que cai
Ou uma flor que se abre
Tudo vira uma elegia

No meu canto eu me solto
Dou asas ao pensamento
Abro a janela, sinto o vento
Ou a brisa que vem do mar
É a vida que compreendo

Em cada momento
Que vivo eu aproveito intensamente
Para meu perfeito acabamento
E se estou triste
Logo, logo, recupero o meu alento

Nunca lamento o deixei
Que não tive, esqueço
Às vezes contemplo e não vejo
Nunca acuso, nem julgo
Acho que só tenho o que mereço.

Joseph Dalmo


* *
Por Toda Eternidade


Voe, voe o mais alto que puder.
Está livre, as correntes estão quebradas.
Voe, voe que esse céu azul você pode ter,
Esse céu azul é seu, batas as asas.

Agora você tem toda a liberdade.
Há um sorriso no canto da sua boca,
Há um menino dentro de si, ele sorri felicidade.
Voe, voe nesta liberdade louca

Que você conquistou,
Voe, voe o menino dentro de si
Porque o homem que restou

De você, ficou lá, naquele casulo.
E por toda eternidade
Voe nas asas da liberdade.

(Rod.Arcadia)


* *
Folha Ao Vento

A brisa improvisa carícias
e a mente vai flutuando,
folha ao vento, inventando
mãos, acendendo malícias.

Zéfiro mais que leve: leviano
leva o juízo e traz tentação.
Ouço seus guizos; a viração
diz em surdina sons insanos.

Mas é só eu dobrar a esquina
e tudo some; no lugar o senso.
Bem comportado, menos denso
surge um vento de pura rotina.

Rosemarie Schossig Torres


* *
A VERDADE

As vezes um mal entendido
põe uma amizade à perder
mas nem tudo está perdido...
se chegarmos a esclarecer!

Porém, se o outro não entender
se nao quizer nos perdoar...
aí então,por equívoco, vamos sofrer...
e o amigo,por um engano, nos desprezar!

Levados pelas mãos do tempo
encontraremos o afago da justiça
o bem que colocará a pedra no lugar.

Mas no coração da própria consciência
deverá habitar a calma e o repouso
se a verdade estiver conosco.

VALDILENE D M da SILVA & DANNIEL VALENTE

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