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sexta-feira, 29 de julho de 2011

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


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Buquê de sentimentos
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Aprendi que é heroísmo
calar-me quando estou sofrendo
Aprendi que é delicadeza
calar quando o outro está falando
Aprendi que é fraqueza
em calar diante da injustiça
Aprendi que a humildade
é não exaltar a si próprio
Aprendi que é caridade
calar sobre os defeitos dos outros
Aprendi que é uma penitência
em calar para não falar palavras inúteis
Aprendi que é prudência
calar quando não há necessidade de falar
Aprendi que é sabedoria
em calar diante do mistério que não entendemos
Aprendi que é covardia
ficar indiferente diante do sofrimento
Aprendi que é omissão
não ajudar quando o outro espera uma mão
Aprendi ficar em silêncio
quando DEUS fala ao meu coração.

Joseph Dalmo

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Eu quero

Eu quero estrelar em teus sonhos
Sob os flashes de tuas fantasias
Despir-me dos desejos risonhos
Nas passarelas das tuas manias.

Quero me entregar ao teu toque
Desfilar meus lábios por tua tez
Quero suar o suor do teu galope
Em frenesi desmedido outra vez.

Nos teus braços poder descansar
Tocada e retocada por teu pincel
Meu corpo ao teu cuidado confiar

Eu quero teu choro poder aplaudir
Usar teu alvo e perfumado lençol
Toda a minha paixão poder cobrir!


ღRaquel Ordonesღ

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BASTANTE

Nos baste o que antecede o pó
Nos baste o verde, o preto, o azul
E o castanho dos olhos todos
Nos baste o cansaço e o suor
De revolver a terra, plantar e colher
E lavar os olhos na água que brota na pedra
Nos baste o sol, a lua
O calor que aquece o norte
O frio que refresca o sul
Que isso nos baste

Amélia de Morais

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***A Vida Em Retalhos ***

Trouxe um saco de retalhos, alguns estão em frangalhos
Muitos deles estão bons, são simples com vários tons
Coloridos bem vistosos, foram vestidos garbosos
Aventais trabalhadores, com bolsinhos multicores

Trouxe também já bem feita, a minha colcha perfeita
com esmero agasalho, feita toda de retalho
Assim procede na vida, que as vezes colorida
segue enfeitada cores, em retalhos de amores

Quem sabe e faz bem feito, juntar pedaço perfeito
Vai fazendo a tecitura, lamenta chora e jura
por cima do véu oculto, naquele pano de luto

Onde esconde um segredo, que foi para o degredo
Apesar da confissão, jurando sempre que não
Segue a vida satisfeita, e em simples costura ajeita
by
***RosaMel***

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quinta-feira, 28 de julho de 2011


Do tópico

PARCERIA LIVRE!





Reza Forte


Meu segredo é contundente
E me fere como um punhal,
Medonho segredo que espanta...
Como irei desabafar?
Se, ao contar-te, certamente,
Eu te faria mal...
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Ouvirei com atenção
O seu horrendo segredo,
Usarei toda magia, quebrarei
Com reza forte, o mal que
Possa causar-me.

Jane Moreira e Diná Fernandes

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No mundo da poesia


Sou pura emoção
E sou somente indagação
Quero unir nossas mentes
Mas você é pura razão
Você é afirmação

No mundo da inspiração
Uniremos nossas almas
Versos de amor brotarão
Lembrança da musa amada.



Jane Moreira e Zia Marinho

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FLOR EM POESIA



Essa poesia que me encanta
Eterniza em mim, alma de criança
Faz o mundo sempre colorido
Com tempero verde de esperança

Essa poesia que me leva
Por caminhos nunca percorridos
Torna o meu caminho mais bonito
Com sabor de algodão doce, da infância

Essa poesia que me fascina
Penetra fundo minha alma de menina
Traça caminhos de ternura
Por onde meus sonhos caminham

Essa poesia que me enleva
E que minha alma eleva
É meu jardim multicor
É da poetisa sua flor.

(Mavie Louzada & Jane Moreira)

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quarta-feira, 27 de julho de 2011

11º DESTAQUE

PGP InLove!!



Sopro Ressuscitador

Da dor e do pranto, resguardado,
sob a poeira de tantos tropeços,
aguardando, talvez um recomeço,
ficou ali o nosso amor enraizado.

Num lapso do tempo, congelado,
ignora o fim... Esquece o começo,
quer virar a história pelo avesso.
Esse novelo muitas vezes enleado.

Apartado dos caminhos da paixão,
plantou num limbo a solitária flor,
refratária ao breu e à desolação...

E aos seus pés, num parto sem dor,
nasceu farta de fé uma doce ilusão.
Agora só falta o sopro ressuscitador

Rosemarie Schossig Torres

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terça-feira, 26 de julho de 2011




PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!



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Solitário.

Olho através da vidraça,
janela escancarada ao mundo,
dia gris e a chuva de ameaça
num outonal dia ao fundo.

Nada entristece mais que a solidão
e um olhar vago perdido no espaço,
a suave brisa que dança as folhas no chão,
uma cabeça adormecida sobre o braço.

Preparado para o desconforto a sós,
já no vislumbre de um eterno inverno,
preparo o coração e hiberno

esqueço que o amor desistiu ali,
que a vida segue com seus nós,
como as folhas, no balé do vento terno.

Godila Fernandes

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CANTO A-TOA

Andorinha balança o fio
Feliz em fazer verão.
Junta-se ao bando a cantar
A-toa fazem canção.

Eu canto cá no meu canto
Pelos dias que virão.
Meu coração vai a-toa
Entoa com as andorinhas
Cantos prá nova estação.

Gladis Deble

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INSÔNIA...

No ritmo
da taquicardia
do mundo
Vou seguindo...
Fiada que sou
Na sensatez
de me saber
"Vagamundo"
Ou melhor dizendo
"Vagabunda",
no melhor sentido
da palavra...

Sem eira, nem beira
Vou seguindo
Na rolante esteira
Da vida...
Que besteira
Pensar que num passo
Vislumbro a saída...
Qual delas?
Por agora
sòmente a cura
da pura insônia
que me invade!

(Lage,Mazéh)

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Jogo Dual.

Tudo na vida resume-se
em morte, vida, ômega, alfa,
do dual que partilha-se,
no compromisso de alma.

Resgata o pobre, o rico,
o novo, o idoso, o feio,
os contrastes do Universo
num único e grande cenário.

Alma em vivência próspera
ou mesmo em triste sina,
no brilho da luz a espera,

retorna a grande Seara,
à casa Paterna, o Lar,
na mesma condição que viera!

Godila Fernandes

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Fuga do Fogo Eterno

Eis que os pés ganham asas
E voam por sobre as casas
Onde residem os anjos,
Guardiões da chama eterna.
Serafins, querubins, arcanjos
Aplaudem os serpenteios,
Os pés, as pernas
Que rodopiam os passos, laços,
Os braços, as brasas rasas
Acesas, coesas às chamas
Que misturam-se à fogueira,
Fagueira, faceira, arteira
Pulsando a artéria aorta
Abrindo de vez a porta
De entrada do coração.
Começa a dança da vida
Bailarina, fina, atrevida
Que rouba o fogo que não se apaga
Pra acender cada um de nós.

Célia Sena

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***Trem das Montanhas Azuis***

Quem diria que o bem e o mal, num romance astral
desceriam do céu deslizando, em ondas de mil megatons
E as trombetas que soam, é o tão aguardado sinal
que alardeiam em crentes, descrentes em ecos e sons

São lindos, divinos, anjos que vem com seus guardiões
descendo, fazendo a escala com seu trem condutor
Parando, esperando, as almas que sopram refrões
quem vai partir, de longa data, se faz sabedor

Este céu que eu vejo, mudou seu tom, para mil sobretons
e este rastro de luz que irradia, em tal corte celeste
percorrendo os tempos da nova esfera, em novos éons

Assim segue a trilha escarpada, em serpentes de fogo
deslizado feliz nas montanhas azuis e na mata frondosa
a fumaça que solta se espalha, formando o seu logo

Que se acheguem, aqueles que esperam e sabem do trem
que já vem, carregado de boas mensagens que vem para alguém
donde habita o ser que acredita, na imagem que fita o ser do além.
by
***RosaMel***

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Caixa de Sonhos

Tons de outono
Sombrearam meu destino
Em nuances de carmim fino,
Laranja, ouro-envelhecido,
Feito sol em fim de tarde,
Quase já tendo ido.
Chega-me leve o som adocicado
Que tilinta o realejo,
Desejo já desbotado
Ao fundo do meu quintal.
Ali descansa minha sorte,
Dia vida, dia morte,
Desfolhada em bem-me-quer.
Pousa em pequena caixa sortida
De fiapos, linhas da vida
Tecendo um destino só.
Quiçá seja hoje o dia
De calar essa cantoria
De sol, lá, si, fá, sem dó.
Toque-se uma valsa
Não quero mais dançar só
Amarrei minha sorte em nó
E a ordem do realejo
É sorrir meu destino em beijo
Chegou-me o amor,
Fruto do meu desejo.

Célia Sena

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O SEXTO SENTIDO

Quem mais me vê
Além dos olhos penetrantes
Do cair da noite?

Quem mais me ouve
Além dos ouvidos avantajados
Dos trovões da tarde?

Quem mais me toca
Além dos ventos arrepiantes
Dos meados do ano?

Quem mais me sente
Além do aroma incomparável
Da floresta verde?

Quem mais me gosta
Além das ondas amaciantes
Do Arpoador?

Quem mais...
Além de você,... com seu
Imenso amor?

LCPVALLE

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O POETA COM ALMA DE CRIANÇA

Retirava a embalagem das palavras,
Usava-as bem nuas,
com expostas fraturas,
que chamava de metáforas.
tripudiava o convencional,
versos escancarados,
sem cadeados, grades,
idioma universal
da sensibilidade.
Arrepiavam, seus adjetivos,
um roçar de rimas,
um rimar de rosas,
subjetivo,
renomeava as coisas,
alternava o clima.

Entre tragos de vinho,
Florescia em sonhos,
Transgredindo o tempo,
se fazendo orvalho,
voando com o rouxinol,
fazendo de si a própria arte,
a escorrer liberdade pelos
cantos dos lábios.
Como se fizesse parte
do poema.
Dedilhava versos,
como se beijam os amantes,
com emoção.
domando métricas,
recolhendo
o que sobrou no chão.

[gustavo drummond]

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