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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * *
Trovas e costuras

Quatro cores
quatro versos
são de amores
os universos

Na cor azul
do alinhavo
norte e sul
crio o favo

Tal colmeia
tons terra
dão a ideia
do que gera

No vermelho
grita fogo
bem no meio
vida e jogo

Tal folhagem
vem o verde
paz paisagem
pede a rede

No patchwork
trovo feliz
a boa sorte
vida aprendiz

Anorkinda

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* * *
Esteja comigo

Faça do meu coração,
Teu teto, e teu abrigo
Esteja sempre comigo.

Desate a tua emoção
Dê-me o teu carinho
Ande comigo pelo caminho

Faça-me perder a razão
Faça sol ou faça chuva
Vista se em mim feito luva.

ღRaquel Ordonesღ

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* * *
Princesas

Se quisermos ir mais longe
precisamos acreditar
na nossa própria fleuma

Nossa vontade de andar
mambembe e bem motivada
Pela terra a viajar.

Se o grupo vai unido
monta motes a brincar;
são princesas a criar ...

Nosso reino encantado
Inspira versos e prosa
Na Pequenos, coroadas.

Quando acertamos o mote
os versos vertem da concha
São pérolas do coração.

Para poder ir mais longe
E ter uma boa visão
Obedecemos a Kinda,
Rainha da emoção.

Gladis Deble

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* * *

Arte arde

arde...
arde como ardem as estrelas em pleno dia
arde arte!
queima esta monocromia
coma esta fome rara
degluta esta minha agonia

arte vicia
vicia, como viciam os prazeres
e este vicio é todo dia

garganta
colo de melancolia
peito de mãe que amamenta
gotas de leite
branca poesia

a arte arde
dentro e fora
da mente
que mente ser arte
a arte que a gente sente

berram os silêncios em noite quente
ardem as artes dentro...
impotente.

Márcia Poesia de Sá



* *


DIA BRANCO...

Ai meu amor,
Seja como for
Não deixe
De aplacar
Esta dor!

Não mergulhe
Sem rumo
Sem bússola
Neste poço
Indevassável,

Labirinto da alma,
Escuro
Sem fundo
Espaço tirano
Minando fel...

Não se deixe
Levar por entre
Elos do fogo
Que o rancor
Alimenta...

Escale rochas
Voe,sobrevoe
Sobre pântanos
Curta o prazer
De um dia branco

Devagar surgindo
Em doces sonhos,
Iluminando os sentidos
Da vida,
Para uma Nova Era!

(Lage,Mazéh)

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* *

Versos Dispersos...

Oh! Versos loucos!
Oh! Versos moucos!

Onde estão as belezas que proclamas?
Onde estão os amores
As flores...os sabores
Onde estão os mistérios
As montanhas...Seus minérios...
Sua água santa
Que tantos milagres imanta...
Aquele amor de anjo
Celeste enquanto criança...

O sopro do vento peregrino
Virou a página do destino
Adeus tempo menino
Regaço de sonhos
Berço de ilusões...
Tristes versos!
Versos loucos,
Moucos versos
Versos dispersos!

(Lage,"Mazéh")

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* *
PENSAMENTO ESPARSO

Quando o dia
Desmaia
Na minha praia
E o sol anuncia
O morrer do dia
Grita no meu peito
Uma agonia.

Quero escrever
Preciso de idéias
Mas
O pensamento
Esparso
Disperso
Escasso

Cala minha mente !

Vejo o céu
Em sombra
Um breu
Dos dias
Idos
Sofridos...

Vou para um canto
Sem entender
meu viver

Por que minha inspiração
Se recolhe sem encanto ?
Minha mente enferma
Sem harmonia
Sem melodia
Não sabe responder .

Ao som da minha teimosia
Tento sem pena de mim
Mais uma poesia
Deus sabe
- Tudo isso é minha terapia .

Ana Maria Marques

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* *
***O Mundo em Retalhos***

E teceu o criador, o mundo com muito amor
com retalhos de cetim, fez o mundo lindo enfim
Nas cores primaveris, deu o amor que bem lhe quiz
usou a geometria, fazendo com tal mestria

Pegou flores verdadeiras, e pelas manhãs primeiras
colheu belos girassóis, usando nos arrebóis
Fez então grande alquimia, colhendo na natureza
aguçando a fantasia, tramando luz e beleza

Alinhavou com cipós, as nuvens brancas no céu
enchendo com vários nós, prendendo feito um véu
Nosso lindo astro rei, buscou nas minas de ouro
dizendo: -"Iluminarei !" este mundo é um tesouro

E faltando as criaturas, foi buscar lá nas planuras
por entre os anjos celestes, trazendo também as vestes
Mas porém o conteúdo, pensou...pensou...ficou mudo
onde encontrarei valor, que disponha eternamente?
Dar-lhe-ei o meu amor, unindo á mim somente.
by
***RosaMel***

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* *
Novena

2


O sol preenche seu corpo de carinhos
E esse corpo, azul como o blue
Que pertence no azul do meu blue
Vai o sol adormecer seu corpo.

Seu corpo são as estradas do blue,
Antigas estradas do blue que navego
Onde o sol sempre sorri.

Essa canção de tristeza,
No azul possuído de desamor,
Mas esse amor, ah, são palavras
Feitas de estrelas no cosmo.

Seu corpo é o blue da minha canção,
Onde me perco sem direção.
Canto, canto o desamor
Que o sol sempre sorri.

( Rod.Arcadia)

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* *
Que assim seja, psicoses perdidas
sem permutas do algoz, que assim seja
medo, raiva que ameaça, coragem
companheira à guerreiros, lutemos
então! Tragam justiça na espada.

Sangue, fúria, terror, construiremos
nossa feição de alegria ao pés
derrotados. Que assim sejam então
combatentes supremos, até o sangue
se cruzar nas escadas do inferno.

P.Viajei

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* *
ESCRITOS

Há um livro rascunhado
rico em imagens internas,
Sempre sujeito ao acaso.
Percebo apelos intensos
de fazeres criativos ...
Não há linearidade
e nesse processo me atiro
Se não escrever sufoco,
Pelas diversas paisagens
Meus olhos campeiam livres.
Figuração que instila ,
Abstração me invade...
Quando as palavras flambelam
Provocadoras da luta;
Como flecha eu me lanço;
Tenham formato de clava
Machado, arpão ou lança.

Gladis Deble

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* *
SIMPLEZINHO

Fiz um versinho
Pra você

Feche os olhos
Cubra os ouvidos

Esconda as mãos
Vem comigo

Nunca tive inspiração
Nem tenho

Não sei escrever e nem
Desenho

Não sei se crê em mim
Nem deve

Quero só tocar seus lábios
De leve

Mesmo que o amor seja eterno
E breve.

LCPVALLE

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* *
O rio da vida.

Olho para a água turva,
que corre do manacial,
morro abaixo sem freios,
mergulho e sigo-lhe as curvas.

o impiedoso rio das almas,
conduz a todas sem receio,
sabedor que será uma única vez,
aproveita-se do alheio.

Aos poucos veste-se de calmaria
e investe com toda a pompa, talvez,
um momento de paz na correria.

nem folha às margens movem-se,
alma límpida em minha nudez,
procuro a mão confortadora de Deus.

Godila Fernandes

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(clique na imagem para ampliar)

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* *
TRANSGRESSÃO

Canta a alma libertina
De boca em boca,
Mão em mão...
Essa vida louca!

Ri do caos e desatina
Com a liberdade,
Luas e ruas
Escuras da cidade...

Vende a sua menina
No prazer caro,
Dias a fios,
Noites em claro!

Chora dor dessa sina
Na espera vã...
Soa os nãos,
A cada manhã...

Telma Moreira

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* *
SECRETOS OLHARES

Durmo sobre o arco-íris
Sonho cores cobertores
Vejo fadas, asas, flores...

Tímidos versos calados
sobre meus olhos namorados
lançam secretos olhares...

que sobre seus olhos repousam.


Amélia de Morais

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A ARTE DE CADA UM...

Na via há muitos reversos
E nesta longa jornada
A vida por vezes é inversa
A arte de nossa estrada...

Por isso é preciso criar
Saber recriar o amor
Deixar nascer da dor
A arte profunda que invade...

É preciso que cada um crie
Recrie
Construa
Invente
Reinvente
Seu próprio [uni]verso

Nem sempre as flores
São versos
Nem sempre os versos
São flores
E cada um reconhece
A arte de suas dores.

Mavie Louzada.

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* *

"BENÇA PAI !"

Sou do tempo,bença pai
Que há muito,lá se vai
Tempo de repressão
Muita repreensão
Eu queria ser Rainha
Da primavera...
Dos estudantes...
Sendo rainha
Até escola de samba me convinha
Já "Rainha do Lar",nem pensar
Queria mesmo voar
Para ler,Pequeno Príncipe,
Jorge Amado...censurado,
Era pecado
Eles diziam que as moças se perdiam.
Entre casar e comprar uma bicicleta
A dúvida era completa
A gente não sabia
Que cairia na mesma via
Trepar...
Camisinha era de "Venus"
Ai de(s) quem usar...
Não conhecia,na cabeça não cabia
Chupar bala embrulhada
Era mesmo uma "trapalhada
Não entendia nada.
Mas porém,todavia,contudo
O homem ia prá zona
Prá provar que era raçudo
Prá casar só servia "mulher virge"
"Virge Santa"prá que tanta "igigença"
E ainda tinha que ter licença.
Nossa sina era esperar...
E o machão pelo mundo
A gozar !!!!!!!
Tempos idos,
Sofridos,sentidos,
Amado,curtido...
Já é hora de dormir!
Bença pai !!!
( O meu pai resumia...Çõe !)

Mazeh Lage



* *

Fiandeira

Na velha roca onde preparo o fio
Os dias vão fiando os agasalhos
Sentada a tarde logo após o estio
Nos meus novelos envolvo mais trabalho

Os pontos dançam fartos no tear
Medida e cor acertam os ponteiros
Laçadas prendem a lã a enlaçar
Hábeis e ungidas são as mãos da fiandeira

O vento seus adágios a sussurrar
Canta e desenha livre no fumo da chaminé
No fogo lenha seca a crepitar ...

Quem dera que meus rústicos tramados
Tecidos de lã crua nas geadas
Ainda possam aquecer os desgarrados.

Gladis Deble

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* *
A ÁGUA ASSASSINA DE FUKUSHIMA

A água de Fukushima não fede
A água de Fukushima não cheira
A água de Fukushima não mata nem uma só sede. . .

A água de Fukushima queima
A água de Fukushima contamina
A água de Fukushima mata!

A ignorância de Fukushima é cega
A prepotência de Fukushima apavora
A mentira de Fukushima é covarde
A hipocrisia dos governos é cômica. . .

Digamos não à agua assassina de Fukushima!
Digamos não, de novo, ao genocídio de Hiroshima!
Digamos não à incompetência de Chernobil!
Digamos não, para sempre, à segurança nuclear impossível!
Digamos não, por amor à vida, à estupidez de Angra dos Reis!
Digamos não à anti-rosa radiotiva,
Para que o Planeta sobreviva!

JL Semeador

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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

POETISA MARLENE REIS!



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(CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR)

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POETISA MARIA RITA BOMFIM!

(CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR)


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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * * * *
Canção Calada


Vento, porque tiras assim minha calma?
Sopras o desengano pela janela aberta.
E um vazio, insano, invade minha alma,
que nesse instante estava descoberta.

Dentro, meu canto de silêncio absoluto,
recanto onde se encaixa a melancolia...
Entoa canção calada, que só eu escuto.
Toada a modular em dó maior a agonia.

Adverso, do lado de fora, o dia anoitece.
E entre brumas o firmamento faz motim.
Escondido um sol, menor, desaquece.
Peço: tragam o céu de volta prá mim...

Rosemarie Schossig Torres

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* * * * *
Caminho de Minhoca

Rastejamos nesta terra
procuramos melhoria.
Somos poeira de estrela
Ou chuvisco do meio dia

Pegadiça a poça dágua
é um espelho a refletir.
Nossas escolhas erradas
ou acertos a influir

O rombo que o tempo faz
é um túnel de minhocas.
Aprendo como se faz ,
Volto de novo prá toca

No mergulho que dou em mim
a lanterna ilumina o trilho.
No bicho que animo assim
Sou uma minhoca e brilho.

Gladis Deble

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* * * *
Quero deixar

A lembrança de meu olhar
que pousou docemente
em pessoas
em lugares
em palavras

Quero deixar

A lembrança de minha voz
que falou docemente
de histórias
de memórias
de paisagens

Quero deixar

A lembrança mais fugaz
do que falei bruscamente
sem razão
sem paixão
sem paciência

Quero deixar

A lembrança mais salutar
do que vi rapidamente
sem emoção
sem atenção
sem participação

Talvez, assim, salvar
o que dei de mim
quando passei por aqui

Anorkinda

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* * * *
Entre parêntesis

Jorra o liquido das verdades brandas
das mentiras tantas, do importante gomo
Sumo das verdades em laranjas
pingo ardente dança
nas retinas rubras

Falácia do tempo em marcha ré
dó re mi ecoa
na dúvida sonora do ontem

Falo das palavras já não ditas
apenas sentidas,
nos parênteses planos

Jorra esta saudade
que se perde
na curva da linha, rodopia
e vira interrogação

Exclama a dor que assim berra!
silenciosa mansidão
em reticências infinitas
como um eco de não.


Márcia Poesia de Sá

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* * * *
Estio d'alma

Que venha então a paz,
Curar-me a insônia d'alma,
Apaziguar-me o coração

Venha, pois, a calmaria
Que serena a tempestade,
Suscita bênçãos, luz do dia.

Apresente-se a tranquilidade,
Ilha envolta de águas mansas,
De sossego, claridade,
Sementes em mente calma
Trazendo felicidade.

Célia Sena

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* * *

SENTIDO DA PALAVRA

Gestação
Da palavra
Procura sentido exato
De nascer
E cumprir séria missão
A responsabilidade
Da mensagem.

Se inexata,
Gera pânico
Altera planos
Muitos desenganos
Gestos desumanos
Sensações possíveis
Incríveis...Terríveis...

Se mal dita,
Não pode ser recolhida
Feito tiro detonado
Na mira do alvo...
Como dose errada
Mal aviada...
Resposta letal !

Se chega e cai
Como prece, enternece
Uns dão a vida por ela
Outros tiram...
Pequenas,frágeis,
Gigantes,ágeis,
Cortantes...

Na grandeza do significado
Reside a intenção do gesto...

(Lage,Mazéh)


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(CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR)

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***A Vida Em Retalhos ***

Trouxe um saco de retalhos, alguns estão em frangalhos
Muitos deles estão bons, são simples com vários tons
Coloridos bem vistosos, foram vestidos garbosos
Aventais trabalhadores, com bolsinhos multicores

Trouxe também já bem feita, a minha colcha perfeita
com esmero agasalho, feita toda de retalho
Assim procede na vida, que as vezes colorida
segue enfeitada cores, em retalhos de amores

Quem sabe e faz bem feito, juntar pedaço perfeito
Vai fazendo a tecitura, lamenta chora e jura
por cima do véu oculto, naquele pano de luto

Onde esconde um segredo, que foi para o degredo
Apesar da confissão, jurando sempre que não
Segue a vida satisfeita, e em simples costura ajeita
by
***RosaMel***

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