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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Do tópico

ROUBA RIMA




Cansada de tanto esperar
resolví procurar o tal do amor
procurei-o, até encontrar...
agora curto com muito ardor!

Valdilene Silva

......

Ai a vida- seja como for
Para vivê-la é preciso entendê-la
Se nela existir uma dose de amor
Aproveite, e saiba como bebê-la!

Mazeh Lage

.......

E fez-se a Luz novamente,
e o verbo com sabedoria a sorvê-la,
em meio a treva deprimente,
minh'alma regozijou-se em sê-la!

Godila Fernandes

........


Devemos fazer somente,
o bem a quem nos destrata...
sendo assim, certamente...
com remorso, se retrata.

Valdilene Silva

........

Nossa caminhada por fio se ata,
umas nas outras vidas ligadas,
onde começa uma, a outra desata,
numa trama Divina enoveladas.

Godila Fernandes

.....

Palavra amiga, amada
verso de ombro e consolo
poesia não é ouro de tolo
é a sensível verve cantada

Amélia de Morais

......

Poesia é fértil solo,
onde aponto um coração,
sentimentos que isolo,
com a pena, o papel e a mão.

Godila Fernandes

......


De um lado a outro
em cada extremo, polo
há pessoas dentro
de si, pedindo um colo

Anorkinda

...

Enquanto o sol convida,
minh'alma na felicidade,
da luz Crística movida,
a lua veste-se de vaidade!

Godila Fernandes

.......


Na bagagem dos genes
a história de cada um
possui detalhes solenes.
Não desprezo nenhum!

Anorkinda

......
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!




* * * * *
Estímulo poesia

Não me acostumo
com respostas
pois é nas
perguntas
que a poesia mora

Não importuno
as horas
pois são
os minutos
que me inspiram

Não me presumo
grande
pois são
as pequenezas
que versam agora

Não derrubo
as teorias
pois no corpo
os estímulos
é que transpiram

Anorkinda

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* * * *


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* * *

Gaiola de macaco

Talvez,

de alma em caco
Pobre macaco!

Arranca lhe a mata,
A identidade primata!

Tiro de maldade,
Faz prisão a liberdade!

Chave e grade forte
Esse é o transporte!

De atrocidade capaz
Tudo fica para trás
Macaquice nos galhos
Orvalhos nos atalhos
Arvores de portes altos
Leves saltos!

Forçado a gaiola
Demitir-se da escola
Do bando, das famílias
Das suas trilhas!

Humano desumano
Em um ato insano
Envenena a banana
Barganhado pela grana!

ღRaquel Ordonesღ

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* * *
Eu era tão menina

Naquela época em que meu pai, eterno companheiro de
conversas longas e inteligentes trabalhava a tarde toda em seu consultório, e
com isto eu ficava entre duas opções: entre a biblioteca dele e aquela árvore
distante da casa grande, onde eu me sentava com meu caderninho e de lá partia
para tantos outros mundos que eu mesma criava em minhas linhas ainda infantis.
Aqueles momentos tão ternos na minha memória ainda são tão
vivos como se fosse ontem...
folhas e folhas de historinhas de fadas, gnomos, estrelas
falantes, princesas e príncipes encantados...ah! lembrei que certa vez contei
uma estorinha linda que falava de uma formiguinha real que tinha me
picado...falei do quanto ela se arrependeu depois que eu com toda calma a tirei
da minha perna colocando-a em cima de um fruto maduro....
Não vou me estender mais, mas sinto ainda forte em meu peito
que se hoje, eu já avó...sentar embaixo daquela arvore novamente, ela sorrirá
para mim, e certamente vai me perguntar: Por onde estivestes menina de
cachinhos? eu estive aqui todos esses anos esperando por tuas estórias.
Nem sabe ela que em mim também, durante todos esses anos ela
ainda desfolha, floresce e da frutos...como antes o fazia. Só uma coisa mudou
para mim, meu pai já não senta mais lá comigo, para ler as estórias escritas
durante a semana.

Márcia Poesia de Sá

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NO BANCO

Eita povinho engraçado
Esse povo brasileiro
Trabalha feito condenado
E faz fila pra perder dinheiro

*tempo é dinheiro ou não?
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NA ESCOLA

Agora veja esta aqui:
Merece ir pro pasto ou pra jaula
Pagar caro pra estudar
E torcer pra não ter aula

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NA PRAIA

É cada uma que aparece
Podem dizer que é falácia
Passar o dia na praia
Depois correr pra farmácia

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NA FLORESTA

Caminhada ecológica
Isso é legal, é bonito
Se não voltar todo coçando
Por picadas de mosquito

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NO FERIADÃO

Até que enfim, fim de semana
Quatro dias de feriado
Vou botar o pé na estrada
E ficar engarrafado

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NO SHOW

Cem reais, nem é tão caro
Pra ver meu artista preferido
Multidão na minha frente
E eu só 'vejo' pelo ouvido

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AQUI

Juntei grana o ano inteiro
Pra comprar computador
Bolei um texto maneiro
E o Orkut bloqueou.

LCPVALLE

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* * *
***Clausura***

Saudade não sei de que, talvez de uma vida inteira
o normal era sem que...
Vivendo feliz e livre, não pensasse em psique
que vive aprisionada...
Nesta tal melancolia, que fica tão corrosiva
enclausurada em mim...
Em busca da liberdade, qual bandeira tremulante
campeando o meu fim...
Onde tudo o que eu tinha, valia uma fortuna
que não definha...
tinha tudo e nada tinha...
entende?
by
***RosaMel***

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* * *
A vó do minerin

O último desejo da vó
do minerin era ser cremada.
De uns tempos pra cá,
ela passava o dia inteiro acamada,
olhando para o telhado
Nos raros momentos de lucidez,
agarrava a mão do neto
com as forças o que lhe restava
e dizia no seu dialeto:

- Meu fiu prestenção
cê num tá ouvino?
- Eu num quero não
sê interrada num caixão
tudo menu iss!.
Num vô não.

- Causdeque vó?
- Tenha dó
pronde i pra minha
urtima morada
inbaixo da terra ,
i ficá trancada
dentro dum caixão
abafado e escuro
num quero não.

- Óiaqui só de pensar,
me dá uma giriza.
E a avó do Zé
disparava a espirrar
Era inútil lembrar
que os mortos
não sentem coriza.

Não largava a mão do neto
enquanto ele não lhe prometia ,
dá a palavra e jurar
que seu corpo seria cremado.
Arriscava , então o último agrado:

- Óiaí Zé:
- Cum tamém quero
Dispois qui eu incontrar cum Deus
que minhas cinzas
sejam ispaiadas
num canteiro di Sapatin de Judeu.

Ela soltava um riso nostálgico
e pela trocentésima sétima vez
voltava para seu último desejo:
- Zé, prestenção
quano ieu for sinbora
ocê traga pra o velório
só rosas veimeia
estas fulôres que outrora
pra casar comigo seu vô Sabastião.
prometeu a noosinhora.

E pramode minha despedida
Eu quero sê vestida
Cum meu vestido di chita
Passe ruje na minha cara
E baton rosa na boca
Pramode eu ficá bunita
Quano eu encontrá cum o vô.

Joseph Dalmo

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(clique na imagem para ampliar)

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