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sábado, 13 de novembro de 2010


POETISA AMÉLIA DE MORAIS!


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sexta-feira, 12 de novembro de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


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Quadro Cambiante

Piso os umbrais de mais um dia
que se encerra; missão cumprida.
Ao pôr do sol, o astro na descida
do horizonte, boceja, em letargia.

Cores mudam; quadro cambiante.
E até a alma, no poente, entardece.
Preâmbulo do crepúsculo aparece.
Noite prepara a entrada, triunfante.

Na mente, qual retrovisor, dançam
as veredas que rodei; posso rever
as penas, que resolvi, sem sofrer.
As outras, suspensas, descansam.

Empoleirada nos raios já sem cor,
a paisagem escurece; nova veste
vai trajando, do leste até o oeste.
O toque de recolher soa em langor.

E de repente o céu é o novo campo.
O breu requer toda minha atenção.
Flores somem; seres da escuridão
vêm, com estrelas e os pirilampos.

Madrugada fará sua estréia, eu sei.
E o cenário outra vez se modificará.
Em direção ao amanhecer tudo irá.
Natureza, impassível segue sua lei.

Rosemarie Schossig Torres


* * * * * * *


DO COSMO ABISSAL PROFUNDO

Pois, sim no fundo abissal
do oceano do mundo
existem universos

Existe um complexo estrutural
em fractal convexo
mistérios abertos

Pois há no profundo natural
do oceano do mundo
a vida completa

Vida em escala dimensional
a virtual fala
sinal alerta

na alegórica mandala

Anorkinda



* * * * * * *


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* * * * *

Em tela-soneto

Pintei com tuas tintas um quadro risonho.
Da obra que nasceu, de autoria minha,
embora tuas sejam as cores do sonho,
gerou um vórtice, uma luz diminuta.

Rodopiei ali, deliciada em encanto,
na dimensão da pintura e sozinha
adentrei na atmosfera e no canto,
melodias da candura mais solta.

Não quis, mesmo se pudesse,
sair deste redimensionamento.
Deixei que a tela me falasse...

Do porvir deste novo amor,
em aquarelas de sentimento.
Dancei com as minúcias em fervor...

Anorkinda


* * * *

Berçário Ideal

Eu estava só! Mas que nada.
Fala o silêncio à minha alma.
Conversam vozes em calma...
Por sons refratários abraçada.

Então solidão é berçário ideal,
pra embalar o coração à deriva.
Recolhimento agora me cativa.
No âmago dou um salto mortal.

Saem palavras de seus cantos.
Estavam lá, quietas, em letargia.
Recheiam a ausência de poesia.
Não há receio, dor, quebranto...

Ao redor, quando a escrevente,
sou, nada é urgente, desolação
não existe; dou à afanosa mão
a emoção e um desejo ardente.

Rosemarie Schossig Torres


* * * *


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* * * *

MEUS TONS

Espero, sim, espero pelo sol
Espero eternamente pelo si
Entre sustenido e bemol
Espero eternamente pelo mi

Entre tantas canções, tantas
Escolhi apenas uma, uma apenas
Aquela que presa na garganta
Explode em muitas, centenas

E cada centelha que cai
Se abre em diversos sóis
E a tristeza se esvai
E solto, alto, a minha voz

Eu canto em todos os tons
Meu pensamento é mudo
Vem da alma os meus sons
A música é meu escudo

Amélia de Morais


* * * *

POETA

Bem-te-vi azul na palmeira
vestido de luar
encostando na tarde
sua solidão em paz.

Bem-te-vi na canção
perolando as palavras
melodiando a rosa.

Vi sua alma passarinho
entre as folhas do poema,
reconheci sua face.

Bem-te-vi ali na encosta
prestimosa alma
enfeitando a noite
da vastidão que traz

Bem-te-vi na emoção
perolando as palavras
melodiando a prosa

Vi sua alma andorinha
entre as flores de açucena
reconheci toda a cena.



Danniel Valente & Nina Araújo



* * * *

Mágoa e resignação

Fui ferida
À traição!
Cuspiram na minha mão,
Magoaram meu coração.
A sombra se fez em mim,
Muito tempo a mágoa ficou...
Minha alma chorou...
Andava pelas ruas
E o peito ardia;
O choro invadia;
As lágrimas caíam...
E eu sofri.
E eu chorei,
Até não existirem
Mais lágrimas
Pra chorar...
Desesperança invadiu
Meu céu...
Minha alma vagava
Ao léu..
Não feri,
Não ferirei!
Se é justo que eu chore,
Chorarei!
Se é justo que eu sofra,
Sofrerei!
Mas a ninguém
Magoarei.

Jane Moreira


* * * *


Há rumores

Há rumores de novidades no ar
Burburinhos felizes se ouvem
pelas esquinas e festivais

Há rumores de que irá arrepiar
a todas as pessoas do lugar

Há rumores de novidades no amar
Vizinhos curiosos alardeiam
a boa-nova nas capitais

Há rumores de que será tão bom
e todos cantarão no mesmo tom

Há rumores de novidades no ar
Locutores solícitos, se revesam
pelas rádios, em sinais

Há rumores de que irá irradiar
a energia do compartilhar

Há rumores de novidades de amar
Senhores e senhoras convidam:
- Vamos perdoar mais!

Anorkinda


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quinta-feira, 11 de novembro de 2010


POETA ALEXANDRE DE PAULA!


Soneto Para Não Morrer


Quando eu for embora na brisa quente
Não deixe sumir do peito o calor
Não deixe calar a voz. Quando eu for
Não me deixe ver o caminho à frente

Não me deixe ver, p´ra que no furor
Não queira voltar tão subitamente
E mesmo que só e um tanto descrente
Os pés neste chão possa sempre pôr

E quando eu voltar, olhe no meu rosto
Verá um sorriso, um olhar altivo
Quem sabe me veja só assim disposto

Quando eu for-me embora no velho crivo
Quero antes sentir aquele ébrio gosto
P´ra ter a certeza de que estou vivo.

Alexandre de Paula


Dois olhos


Como se em verdade a verdade eu fosse
Dois olhos me fitaram frente a frente
Dois globos se fundindo plenamente
Na essência que o não-ser a mim me trouxe

Como se em verdade a mentira eu fosse
Os olhos mesmos me fizeram crente
Dois lábios se deixando secamente
Na florescência de algo que acabou-se

Como se por certo o certo eu não era
Se fez em mim enlace tão perfeito
E em face do mais ínfimo despeito
Desfiz-me em pó e vento qual quimera?

E como se por fim eu fosse fera
Eu que nunca santo, nunca eleito
Dois olhos me domaram cá no peito
Como se eu só fosse nada. E eu era.

Alexandre de Paula

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terça-feira, 9 de novembro de 2010



POETA ALEX URBANO!


INDECIFRÁVEL CAMINHO

Perco-me sempre que mergulho
No mágico universo do teu ser
Enlouquece-me e não escondo
Já não consigo te esquecer

Indecifráveis são as pontes
Criadas ao longo caminho
Entre teus olhos e o horizonte
Como arco-íris e passarinho

Por indecifráveis caminhos
Vago tão triste e sozinho
Se tu estás, longe de mim

É como poeta sem inspiração
Romeu e Julieta sem paixão
Beija-flor sem jardim.

Poeta Urbano


O VENTO

O vento traz...
Carícias no corpo
Liberdade ao rosto
Sensação tão vivaz

Espalha aromas
Inebriantes, bucólicos
Lascivos, eróticos
Sedutores demais

O vento leva...
Meus pensamentos consigo
Meus momentos contigo
Por qualquer direção

Pluma solta no ar
Voa livre, leve e some
Sou super-homem
Posso voar então.

Poeta Urbano

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segunda-feira, 8 de novembro de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * * * *
Bênçãos....

A chuva é bênção de amor,
é a hora em que o coração decide,
a alma aprova e o espírito confirma,
a purificação e limpeza de carmas.

A chuva só é triste quando a cântaros,
ela jorra sobre todos os nossos males,
implode-os e os faz transmutar...
A tristeza da chuva é a oração da alma.

Quando a alma retoma-se em consciência,
e busca no espírito a redenção de paradigmas,
as lágrimas lavam os olhos e bendizem o amor.

O aprendizado é a felicidade que bate à porta
e sempre encontra a alegria e plenitude de viver.
A tristeza é a chuva que escorre pela vidraça da alma.

Godila Fernandes


* * * *
De repente...

E de repente
Tudo fica fora do lugar
Barco sem prumo
Peixe sem mar
Coração sem pulsar
Para os sentires do mundo.

E de repente dos olhos brilhantes
Escorrem tristeza
Imóvel sentir
Exato drama
Que derrama, espalha, ofusca
Apaga a chama.

E de repente a alegria
Se finda
Tornando a vida
Ilusão errante
Poema sem rima
Verso descontente...

Juras esquecidas
Palavras se desmentem
Promessas são quebradas
Tudo passa a ser
Distante...

De repente, não mais que de repente
Escorre entre os dedos a eternidade
A presença passa a ser saudade
Transbordando em imenso vazio.

Mavie Louzada.


* * * *
A VIDA É UM VAGÃO QUE NÃO PÁRA


A vida é um vagão
que nunca pára
passa rápido em cada estação
e quando pára, não tem solução
No começo tudo é folguedo
parece trem de brinquedo
Quando passa por dez estações
começa a mudar de tamanho
percorre como um andarilho
traçando seu próprio destino
não quer segui mais os trilhos
Logo, logo. engata companhia
e sonhos ocupam os lugares vazios
e os vagões, sem desvios
seguem por mais outras estações
juntando mais bagagens
nas suas composições
As curvas dos seus caminhos
levam a muitos lugares
assim, de estação em estação
os vagões vão envelhecendo
surgem alguns empecilhos
precisam trocar algumas peças
ou às vezes saem dos trilhos
mas no fim não tem saída
voltam ao ponto de partida.


Joseph Dalmo


* * * *
Épico

No tempo onde o amor não morre
Simplesmente vive intensamente
Nesse tempo, onde cavaleiros lutam
Esse amor nada expira, vive ardentemente

Nesse tempo de reis e rainhas
De batalhas épicas, de bravas histórias
Onde o sentimento é maior que a morte
E a morte apenas algo que se destina

Nesse tempo há o verdadeiro sentido do amor
Fenece e extirpa, evapora e torna efêmero
Até que a morte os separe... O amor sobrevive
Nesse tempo a luta pelo amor, vale sim morrer

Viveria esse tempo e morreria com ele
Minha existência é o amor do que eu vivi
Minha vida é o tempo que seu amor deste a mim
E a luta para conseguir te amar, jamais terminará

Épico são as canções de cada vitória erguida
Épico são os momentos meus, oferecido a ti
Épicos são amores batalhados, meu amor guardado
Épico são mortes minha, renascida a cada beijo seu

Nesse tempo onde não falamos... Eu te amo!
Palavras que o vento leva, dissolve com o tempo

Nesse tempo o amor não cessa, nem se esvai
São sentidos! Tomados! Arrebatados! Vividos!


Esse amor que surge como fogo em nossa mão
Que aquece quando toca a nós
Que queima por dentro quando sentimos
Que ama intensamente ao nos botar fogo

André Fernandes


* * * *

Me pergunto...

Por que a espada não cruzou
o peito da solidão
e não transformou em pó
o fundamento da desilusão?

Por que um raio não derrubou
o pilar da incompreensão
e não afrouxou o nó
da agonia e desesperação?

Talvez seja por que
Nada é por acaso
Tudo é mais um passo
Para nossa Ascenção....

O sofrimento faz parte
Do degrau da evolução
Pouco a pouco
Cedo ou tarde
Alcançamos a compreensão.

Anorkinda e Mavie Louzada


* * * *
QUESTÃO DE FASES

Sabes
Aquelas fases
Que perfazes
Como se tivesse perdido
Todos os ases
E curingas
De um jogo
Mal embaralhado ?

Ficas à mercê
Da sorte
Na mão do adversário
Que dá as cartas...
Devagarinho espias
Pelo "rabo do olho",
Torcendo, mas...
Hoje não é o teu dia!

(Lage,Mazeh)


* * * *

O que será isso?
que me faz pensar em ti o tempo todo;
que me faz sentir ser água levada pelo rodo
ao ralo comum do mesmo pensamento...

O que será isso?
Que me mantém preso ao cárcere da saudade;
que faz do teu rosto a minha única realidade
como se a vida me fosse um só momento...

O que será isso?
Que me força irresistivelmente a sair de mim;
que me faz declinar à beira do fim
indo buscar toda razão de viver em ti...

O que será isso?
Que me funde inapelavelmente a este apego;
que acaba com meu passado, com meu sossego
como se existir começasse quando te conheci...

Será que meu corpo e alma estão doentes,
às portas de mal incurável, definhando
ou simplesmente ainda estou te amando,
O que será isso?

Rui E L Tavares


* * *
Quando Abrirem Meu Coração...

Quando abrirem meu coração
um baú por certo que acharão;
arca de emoções até a tampa,
umas cristalinas;bela estampa...

Fiapos de momentos, em versos;
relógio marcando tempo submerso.

Verão uma caixinha de lágrimas,
poças de desolações, lástimas...
Mas também encontrarão alegria,
cascateando , fora de hora; euforia.

É o músculo bombeando meu riso,
já congelando, chocalho sem guiso.

Peço a quem ver-me peito aberto,
muito respeito, a alma está perto.
Não rias de minhas pieguices...
do tango triste; das esquisitices.

Remexendo no meu tique-taque
irão achar jóias e badulaques,
que para mim são preciosas.
Não cometam ações acintosas...

Pois no fundo verão num cristal
a própria face, humana, banal!

Rosemarie Schossig Torres


* * *

Canção Para Ninar Uma Rosa

A rosa ao vento se despenteia.
Cabeleira agitada no ar glacial.
Qual rubras centelhas, as melenas
caem em procissão.
Pétalas vermelhas, um filão.
sem sangue nas veias
Veste cor invernal.
Rosa lívida em trajes de açucena.

Gota a gota foi dessangrando
a seiva em torrente carmim.
O mundo está em rebuliço;
Vergel convertido em deserto;
Coração a céu aberto.
Voz embargada vai rogando:
Que ressuscite o jardim!
Rosa anêmica. Perdeu o viço.

Plantada no meio do nada
com os espinhos, e mais ninguém,
ela compartilha amarguras de flor.
A tristeza de repente falece
É um doce canto que aparece,
faz a alma sentir-se ninada.
Adormece como um neném.
Rosa acariciada recupera a cor.


Abre os olhos. Vê seu novo amigo,
Ave sem teto nem guarida.
Ainda implume; um passarinho,
que traz nas asas sua canção,
e na garganta um sol, rincão
onde a alma encontra abrigo.
Com ternura, das pétalas caídas
A Rosa feliz lhe faz um ninho

Rosemarie Schossig Torres


* * *
O poeta e sua tolice
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Todo poeta enamorado é frágil
vive a flutuar num vai e vem sem fim
por onde a brisa pende, lá vai ele
compondo versos embebidos de amor...
.
O poeta enamorado é incomum
sempre perdido entre tantas ilusões
escravo das paixões, um sonhador
vive vagando entremeio as estações...
.
Imperador de estrelas, senhor de eras
todo poeta enamorado pensa ser
e, quando a musa por capricho, o desafia
é bem capaz dele, por ela, até morrer...
.
O poeta enamorado é presa fácil
pode sim se encantar por sua bela
e se depois tentar fugir do seu destino
cairá na rede que armada foi por ela...
.
O comum enamorado é um comum
o poeta enamorado é sempre um tolo.
.
Marçal Filho


* * *
Incompetente

Não tenho competência para amar
não me permito encobrir com o véu
de falsidades, falácias, anel
-toda essa aparência me faz cansar-

Cansei do que às gentes é atraente
privo-me deste amor hipocrisia
que vendem por ai como utopia
se desvia sempre apressadamente

Arre! Estou farta de amor superfície
nasci mesmo pra o sentimento intenso
chega de falatórios, idiotíces

Coisa boa é sentir meu contra-senso
corpo e alma fugindo da mesmice
propensa à emoção d'um momento, imenso.

Yvanna Oliveira


* * *
Contrastes

Fez-se a noite
de mistérios e segredos
no mar negro brilha
o reflexo da branca lua

nas curvas se formam ondas
de longe a lua enxerga
se entrega à paisagem
chega perto pra banhar-se
no sal do mar seu doce néctar

faz-se abrigo nestas águas
no profundo abissal
a pele da lua nua
nadando no amor ideal.

Yvanna Oliveira


* * *

Quando é só chama

Nas turbulentas águas
Do oceano da paixão
Ondas de desejo
Invadem minha emoção
E eu me esqueço de tudo

Depois desse instante,
Meu corpo satisfeito,
Sinto melancolia constante...

Ardendo de desejo,
Teu corpo
Procura o meu.
E, sem pejo, me arquejo,
Meu corpo procurando o teu

Mãos que parecem tentáculos
Livrando-se dos obstáculos,
Enlaçam-me, desvendam-me,
E eu te envolvo na minha teia,
Meu corpo pelo teu anseia...
E eu te devoro,
Enquanto a alma vagueia...

Com a respiração ofegante,
Nossas veias pulsantes...
E nossos corpos,
Num só pensamento,
No esperado momento,
Juntam-se num só.

Nossos corpos se entendem.
Apenas os corpos se entendem.

Jane Moreira


* * *
Meus quereres


Quero sentir teu cheiro ao acordar
E teu hálito quente ao te beijar.
Quero a maciez da tua pele no abraço,
No calor da entrega em que me desfaço.

Eu quero, na madrugada cheirosa,
Em ti, sentir o perfume da rosa.
Quero correr na campina, no vale,
Quero contigo deitar na relva suave.

E quero...

Nossas pegadas na areia molhada,
Morder tua orelha e depois dar risada,
Sorver a frescura da madrugada.
Nas tardes serenas, contigo estar.
E, nas noites mornas, poder te amar...
Nas manhãs macias ver teu despertar.
E saber que enquanto houver sol e luar,

Juntos ou separados, contigo eu vou estar.


Jane Moreira


* * *
Dou-lhe

Dou-lhe toda minha rosa
Com todo meu espinho
Dou-lhe o jardim repleto
Com todo o meu carinho

Dou-lhe o som dos Deuses
A minha lira intensamente
Dou-lhe a canção completa
Do meu coração abertamente

Dou-lhe todas as rimas
O verso que me negas
Dou-lhe minha poesia pronta
Esse amor que te entregas

Dou-lhe o olhar inocente
Da conquista de um menino
Dou-lhe a minha admiração
Paixão de meu destino

Dou-lhe todas as sobras
Nada que lhe faltará
Dou-lhe a cada manhã
Razões para me amar

Dou-lhe minha atenção
Certeza e dedicação
Dou-lhe minha fortaleza
Abraço, zelo e afeição

Dou-lhe todo o início
De todo o meu amor
Mas não destino final
Desse amor que iniciou

André Fernandes


* * *

PAZ

Minha casa é pequenina
Tem um jardim com florzinhas
Um pé de jaboticaba
Que mancha todas as tábuas
Onde dorme a cachorrinha

Meu mundo é pequenino
Tem os sonhos e o menino
Que corre pra me abraçar
Quando tô virando a esquina

Minha vida é muito bela
De uma infinita beleza
Tem as roupas no varal
Toalha xadrez na mesa
E toda uma natureza

Como é lindo meu viver!
Quando a lua aparece
A bailar entre as florzinhas
A pratear o menino
Que corre pra me abraçar
Com uma ternura divina
Quando tô virando a esquina!

Nice Canini


* * *
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* * *
SEM AMOR, NÃO DÁ

Estou tentando relaxar...
Estou procurando
sinais de poesia no ar.

O dia está bom, belo...
Mas não é isto
o que eu quero.

Não me pergunte
o que eu quero,
porque eu também não sei...

Eu, que muito já amei
aproveito-me do passado
para rimar.

Eu quero é amar...

Eu quero é encher-me
deste combustível que é o amor
e não polui o ar.

É, sem amor não dá...
Sem amor, não há
poesia que aguente.

A J Cardiais


* * *
Apenas uma vez!

Não quero ser apenas uma canção
Que fale de amor
Não quero ser cantado
Onde tudo tem um fim
Existem canções lindas
Que nos fazem chorar
Mas! Apenas uma vez, só uma vez
Não cante...
Sinta-o! E lembre-se...
Ele é mais que uma música!

André Fernandes

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domingo, 7 de novembro de 2010


POETA A. J. CARDIAIS!





ÔXUM

Ôxum, minha menina,
minha deusa faceira,
abre em mim tua cachoeira
e lava minha alma
de tanta sujeira.

Ôxum, minha rainha,
Deusa da água doce.
Molda-me como se eu fosse
uma das tuas pedrinhas.

Leva-me no teu leito.
Acolhe-me em teu peito.
Nina-me com o teu balançar...

Eu vou dormir sossegado
pois sei que estou amparado.
Ôxum, não me deixa naufragar.

A J Cardiais




APELO A MEUS DESINFORMADOS EM FAVOR DA POESIA *

Leiam Manuel Bandeira
leiam Carlos Drummond
leiam Ascenso Ferreira...

Leiam Vinícius de Moraes
leiam Manoel de Barros
leiam outros e outros mais...

Depois leiam A J Cardiais.
Não é nenhum poeta novo,
ele é um produto dos Poetas Marginais.

Com uma caneta na mão
atira em qualquer direção
em que estejam os seus rivais.

* Parodiando o título do poema de Drummond
"APELO A MEUS DESSEMELHANTES EM FAVOR DA PAZ"

A J Cardiais

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