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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011


13º DESTAQUE

PGP InLove!!


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14º Destaque

PGP InLove!!


(empate)


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(clique nas imagens para ampliá-las!)

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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011



PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!




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Ela tece a rede.

Dentre todas as rendeiras,
a mais linda e mais formosa,
é da roda dourada, da beira,
a linda e encantada moça.

É mãe justa e tecedeira,
que lava nosso pranto,
enxuga com seu manto,
e na rede do amor é certeira.

Mãe, dourado é teu manto,
fiel é o amor que trazes no peito,
e em mim o doce encanto,

Sou tua filha no mais Um,
Na alegria e sem tormento,
Sigo contigo, Mãe Osum!

Godila Fernandes

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Sentimento Surdo

Eu só queria o amor ao alcance da mão.
A boca bem próxima, pronta para o beijo.
E o verbo poder rimando com o desejo...
Mas qual! Entre nós: muro da separação.

Nada adianta olhar de longe tuas vestes,
o andar, cabelos, é inútil sonhar contigo...
Ilusão que não nutre como pão sem trigo.
E essa água irrigando o rosto, inconteste!

Ai amor! Mágua tão fácil foi a de te adorar.
Ora vacilo entre o sofrer e ter de esquecer.
Sentimento surdo aos fatos; rejeita descrer,
pois crê no absurdo de você poder me amar.

Rosemarie Schossig Torres

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Versos andarilhos versos

Vestidos de noite estrelada, às vezes em roupa de gala, ornada de cometas e nebulosas, os versos andarilhos perambulam em busca de tudo e de nada. Seu compromisso é com a beleza que recolhem e após, espalham pelo universo etéreo dos sonhos.
Não se cansam, andam abraçados à paixão. Percorrem o mundo inteiro e além, nada detém a sua eterna pressa em passo lento. Bebem da paisagem, o orvalho, os suores, os pingos de chuvas escandalosas. Bebem nas fontes secretas, escondidas no mistério dos tempos. Rejuvenescem.


Perto da alvorada, os andarilhos versos começam com os cânticos que acordam os galos que, por fim, despertam o dia. A poesia que deles emana faz sorrir às brisas e estas, afagam os receptivos.E a manhã colore-se, sempre, com os tons mais ousados, ainda que não percebidos. As manhãs dançam com as esferas, os passos coreografados especialmente para encantar as matinais inspirações.
Os versos aplaudem e seguem o rumo certo das incertezas.

O transitório e passageiro é o que mais embeleza o caminho infinito destes versos caminhantes. Não há pó, poeira ou qualquer sujeira que resista ao sopro do efêmero, por isto estão sempre impecáveis as vestes poéticas e andarilhas .Na estrada do tempo tudo é novidade e nenhuma repetição é a mesma. São felizes os vocábulos que se encontram assim, em eterna viagem do léxico ao coração dos homens.
Eles voam como sementes emplumadas.


Beijos são embutidos nas entrelinhas que vertem destes caminhantes versos. Por vezes beijos quentes e lascivos, mas geralmente são beijos apaziguadores, leves estalos de carinho. Dependem dos receptores para mostrarem-se como queiram, são mágicas enoveladas de amor. Pelos caminhos da leitura a vida renasce e se refaz, agradecida aos ventos, danças e inspirações deste caminhar, moto-contínuo perfeito.


O esquecimento se faz presente depois que as lembranças passam, em desfile poético, em pompa quase real, como nos tempos dos nobres e reis. Seremos todos sutis emanações daqueles perenes momentos imantados de exaltação.
Solenes seres acurados na poesia.

Anorkinda



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Vida a três



E, enquanto levarmos uma vida a três,
tudo será diferente;
Levaremos você a lugares nos quais nunca esteve
Te amaremos com um amor
de quem, da vida, se absteve
por não ter te conhecido.
Teremos quem quisermos ter
(Escreva isto nalguma linha retida):
Seremos somente eu e você
e esta escrita, nossa e bem-resolvida.





John Borovisque.

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Preciosas emoções

Leves como o sopro do amor
no coração da gente

Fluidos como os desejos
de felicidade

Pluma de sonhos, os beijos
inesquecíveis
como tardes de verão

Nuvens de prazer, primores
de emoções
como dádivas do ar

São as preciosidades
que sempre
irão nos acompanhar

Anorkinda

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NAVEGANTE

E assim navego,
na pluma selvagem do amanhecer
na pétala suave da manhã
nos paralelepípedos costurados.

No mormaço que roça a pele do rio
na pedra que flutua no lago...
sobre a palmeira dourada.

Navego na claridade da rima
na estrada suada
no penhasco corajoso.

Navego...permitindo-me
mentir por vezes
e enganar-me quase sempre.

Que eu navegue
nu ou vestido de azul...
Enquanto ausento-me,
enquanto sou outro.

DANNIEL VALENTE

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Decadências

Caíram meus sonhos e os tantos enganos envoltos em ilusões
Caíram meus anos e os falsos encantos revestidos de brevidade
caíram as manhãs transformando-se em frias tardes...
caíram teus risos e os inúteis avisos que tanto te dei

Pela estrada rolaram os planos
como pano de fundo deste infinito outono
como folhas alaranjadas de tristeza...

Caíram as fotos amareladas, as férias aladas
Caiu aquela velha máscara...e o tempo foi nosso padrinho
abençoando o final da equivocada sinfonia

Decaíram as peles, os risos, as mentiras
a sustentarem a paisagem da vida
apenas sobrou a moldura da esperança
balançando leve sobre os ventos da descrença
todos os ecos de nossos atuais silêncios.

Decadência ou resistência
Desistência ou conformismo
Poesia ou eco...
é tudo resumido:
só mais uma canção sem sentido.

Márcia Poesia de Sá

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Poema

 

Deixa eu te escrever um poema

Um que fale sobre o não tema

Dessa nossa conversa.



Um poema sem vírgula

Sem estória.

Deixa eu te salvar

Te levar pra um lugar seguro

Não precisa ser um porto

Mas que seja escuro.



Deixa que eu te seguro.



Poema sem ritmo

Um que fale sobre a escória.

Desconversa.



Deixa eu te escrever um poema.

Vai que você exista mesmo.

 

John Borovisque.


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Etílico silêncio

Meus silêncios são pendentes dos teus
Gritam sem som enquanto não voltas
As voltas pelos bares, garrafas e copos.

Espero-te...
Madrugadas, mágoas e salmos.

Minhas revoltas, andando pela casa
Marcando o carpete, os olhos de águas
“Socando pontas de facas”, lembrando de épocas.

Amo-te...
Te quero como eras, abstêmio e calmo.

Tua vida, falência e desgosto
Nostalgia desarrumada
Procurando encosto, gastando saliva.

E na relva... Brotam palavras ao vento
Declamas poesia, não sonhas com mais nada.

Muitos silêncios se atrelam aos de nossos rebentos
Sons de vários momentos, que por dentro se abafam
E os mesmos por vários meses e anos
Falam muito mais que um mar de palavras.

André Anlub

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LIBERDADE

Afogado na poeira do não_saber
Preso e encarcerado numa cela
Sem tela,sem tema,sem poema,
perdido num mundo cego,
sem ar- luz- sentido de palavras
busca encontrar o ritmo perdido.

Abrindo as comportas da razão
Deixou o coração livre para voar
na emoção de uma alma lavada,leve,
respirando entre(linhas) de perfeita trama
bordada em letras mágicas-de-cura,
doce e pura companhia_uma bela poesia!

(Lage,Mazéh)

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