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sábado, 14 de agosto de 2010


POETISA LENA FERREIRA!

QUANDO O AMOR BATE À PORTA
.
Quando o amor bate à porta
é preciso que se abra depressa
rejeição o amor não suporta
e a batida à porta um dia cessa
.
Quando o amor bate à porta
ventila as janelas da alma
tristeza, medo; nada importa
só sorrisos; nada de trauma
.
Quando o amor à porta bate
é desnecessário o combate
entre a razão e o coração
.
Quando o amor à porta bate
pés com asas saltam do chão
e os olhos brilham de emoção
.
(Lena Ferreira)

POR TRÁS DA PORTA
.
Quando o amor bate a porta
no peito brota imenso vazio
doloroso; nada mais importa
a mente quente; o quarto frio
.
Quanto o amor bate a porta
os olhos viram poça d'água
represa que abre a comporta
espraiando um tanto de mágoa
.
Quando o amor a porta bate
a alma se entrega em abate
o corpo, tenso, põe-se a vagar
.
Se essa fatalidade acontece
o ser não mais vive; padece
por trás dessa porta a chorar
.
(Lena Ferreira)

.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!



* * *


Querubim


Sábios, dotados de brilho e luz
Seres de alma limpa, de magia
Com sua leveza o vento seduz
Desabrocha sorriso de alegria!

Com o dedo risca o azul do céu
Com as asas faz uma brisa suave
Balança o branco cândido do véu
Voeja além no espaço feito nave!

Espalha amor por entre os entes
Mostra: A amizade é bem querer
Porque vale muito a pena viver!

No brilho dos olhos há esperança
Fé e espera com sonhos se alcança
Pueril, com expressão de criança!


ღRaquel Ordonesღ


* *


POETA OU FARSANTE?
.
o céu é perto
e é distante

o tempo é sempre
um só instante

o sol pequeno
é um gigante

o mar agita
e é calmante

a Terra gira
sem volante

o fogo arde
crepitante

o verso pobre
é aspirante

o verso rico
confiante

eu sigo em frente
viajante

sou poeta
ou farsante?

Amélia de Morais


* *

Reverência

Curvo-me
Àqueles aos quais
A música se curva

Porque estes
Hão de possuir
Um elo com Deus

Só assim
Há de se explicar
Um mortal
Compor uma sinfonia

Porque tal feito
É de fato,
Divino

Célia Sena


* *

Lugarejo

As campinas moram o querer brando.
Entram pela janela do meu mundo.
O horizonte acorda entre os olhos sonolentos
E a fuga é apenas uma fantasia valsando.

E há um sussurro assim calmo de mim mesmo.
O bocejo é um claustro que se desfaz em dia
Querendo esse lugar de fora da vida
Sem memória, sem despedida.

Um acordar tão simples e tão limiar
Como uma epopéia entre prazeres terrenos
E cantos de ilíadas que divagam-se plenos.

O corpo semi nu entre pedaços de pano
e a sensação de que a noite foi feita enfim
e tudo que basta é ser humano.

-Mateus Araujo


* *

DILEMAS

Nos tempos de outrora, a liberdade era o melhor presente
e em lembranças de alegria, hoje, a saudade pulsa latente...
Noites enluaradas, cirandas, estrelas e violas
e nos raios do luar qualquer tristeza ia embora.

Branca era a paz, cantávamos no mesmo compasso
e nos acordes da canção solfejávamos nosso destino
envolvíamos o mundo com nossos pequenos braços
e voávamos nos nossos sonhos quais colibris bailarinos

Agora reiterados dilemas, o medo... chora a viola!
Se eu saio sou ave ferida, se fico sou pássaro na gaiola.
Em cada lampejo de liberdade, a lâmina fria ameaça
e entre os dedos do pânico, a vida condenada passa.

Os sonhos desintegrados, plúmbeos, em densa fumaça
e eu suprindo o isolamento busco na internet amigos
ancoro no mundo virtual minha solitária barcaça,
resguardo-me dos achaques eminentes, mas abraço outros perigos...

Dilemas... quantos são os dilemas que a vida moderna trás!
Se eu saio sou ave abatida, se fico sou pálido lilás!
Como viver feliz refém de sangrenta violência,
presa entre quatro paredes,
prestando aos anjos do mal total obediência?


Emudece a poesia nesta gaiola de aço,
sufocada entre tantos dilemas
e afoga-se em lágrimas, nestas linhas molhadas que traço!

Carmen Vervloet


* *


(clique na imagem para ampliar)


* *

INTENSA LOUCURA
.
Corre no meu peito
uma coragem imensa
de viver sem causa e efeito
uma loucura intensa

Viver a noite e o dia
sem medo, nem recompensa
pelo prazer que arrepia
de estar na sua presença

Viver em cada estação
todo instante de avença
sem a menor aflição
de uma alegria pretensa

Amélia de Morais


* *

Espero o Lençol

Levarei teu amor aos lábios meus! Ao lado
do que foi mecionado e nos meios...
que me atreve à pintar nossa tela
colorindo o desejo oculto.

Se do sonho eterno... teus braços
De teus braços o abraço me aguarda
a lua no teto, no quarto e aqui
Sobre o lençol, seguindo a manhã.

P.Viajei


* *

Castrando o verbo

Calando o grito
Rasgando o céu
Em labirinto
Água no fogo
Óleo na água
Amor tão tosco
Palavra amarga
Frase sem rima
Nem de menina...
Derrama seca
Mais uma lágrima
Castraram a vida
Mataram a paz
Queimaram poesia
Beleza jamais
Golpe de facão
No peito da lua
Castraram a razão
Da embriaguês tua
Pingou gelo seco
No lago do tempo
Mataram meu verbo
Morreu meu momento

Márcia Poesia de Sá

.

POETISA JULENI ANDRADE!


FECUNDO SOLO


A nostalgia e a alegria
convivem, revivem, vivem...

lamentações, fogo e frio,
gemidos fortes, cios.
Tudo junto
com sorrisos, lágrimas, chão
pão da vida e morte, emoção
certezas variáveis, imensidão.

Vastos campos, dialética, desorganização,
programação, estilo, ilusória armadilha,
gritos, ritos, magia,
tristeza, brumas, nuvens,
pena, planta, palmas, dedos,
medos, apego,
justiça, perdão...

tudo, nada, amanhecer de passado vão.

Injúria, preconceito, despeito,
leito, saudade, solidão...
homem, mulher, amante,
amargura.

Docemente, a fala...
a fúria, a jura, a mala,
o céu, o mel, amada.
O suspiro da boca que se cala.

Há...

mil silêncios esbravejando
na terra fértil da poesia.


JULENI ANDRADE

BIOPOESIA

Os dias são páginas...

Hoje, está feito. Amanhã está esboçado.
Pense um bocado, faça acontecer!

Cada instante é um verso seu
no poema mais importante:

sua vida.

JULENI ANDRADE
.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010


POETA JOTA BRASIL!

EU

Descobri no universo das palavras
Meu mundo particular
Meu cantinho de paz
De isolamento do mundo

Sou da vida
Sou cria das letras
Sou palavra falada e escrita

Sou JOTA BRASIL
Poetas sem grandes pretensões

A não ser a de ser feliz!

Jota Brasil

ENTRE O FRENESI E O FRISSON

Um frenesi toma conta da minha alma
Um delírio louco de prazer
Meus versos pedem a palavra
Para gritar ao mundo

Versos loucos e insanos
Que bateram em cheio
No peito de todos

E o frisson dessa loucura
Que se espreme em minha garganta
Saltará do papel
Saltará dos livros
E virá a tona

Nesse dia
O ar faltará a muitos asmáticos!

Jota Brasil

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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS


* * * *


POETA OU FARSANTE?
.
o céu é perto
e é distante

o tempo é sempre
um só instante

o sol pequeno
é um gigante

o mar agita
e é calmante

a Terra gira
sem volante

o fogo arde
crepitante

o verso pobre
é aspirante

o verso rico
confiante

eu sigo em frente
viajante

sou poeta
ou farsante?

Amélia de Morais


* * *

Teimosia

O teu perfume, perfuma-me ainda
a alma conectada a tua

O teu sabor, saboreio ainda
em delírio, noite de lua

O teu toque, toca-me ainda
a pele arrepiada e nua

O teu lábio, beijo ainda
em teimosia de ser tua

Anorkinda



* * *

Eu e ele

Comíamos a madrugada em favos
Nos lambuzávamos de mel e rimas
Já não haviam relógios descalços
E a hora se fazia minha...

Tão minha quanto tua, tu dizias...
Enquanto nós voávamos assim,
Éramos dois, e a noite se avizinha
Para calar tão fundo, ao coração

Eram poetas mortos, em revoada
E dois versos vivos em erupção
A lua nossa eterna namorada
No coração um mar de emoção

Em gotas sólidas de puro êxtase
Na madrugada quente fervilhante
Mas o zumbido deste frio errante
Fez acordar o sol já exultante

E só lamento, este amanhecer...

Márcia Poesia de Sá


* * *

MOMENTÂNEO SONHO


Meus olhos passeiam buscando tua face
Em meio à multidão de enganos
De promessas vencidas pelo desgaste
Largados, cansados... Enfadados planos

Mas algo ainda vibra no peito
Se mantém perpétuo e insano
A lembrança do amor escrito no leito
E delineado pelo momentâneo sonho.


Viviane Ramos


* * *

REVIVO

Toda vez
que morro de saudades
Você volta
e me ressuscita.

LCPVALLE


* *

Amor

Quando abstrato ama
Sente e declama
Ah! Doce amado...

Quando concreto clama
Chora e derrama
Ah! Como bate...

André Fernandes


* *

Não há percalços para o amor


Quando o amor de verdade chega, nos possui
Não existe percalço nenhum que o atrapalha
Faz morada dentro de nós e a tudo nos influi
O vendaval de sonho em nosso ser se espalha

Não há desculpas e muito menos há distância
Não há crença, raça, idade, nem classe social
Em nosso sentimento não vive a inconstância
Amor é irrestrito, é absoluto, é incondicional.

Quem ama, simplesmente ama nada se explica
O que vem do interior da alma, não se justifica
Chega sem recado, se apossa, dá ordens e fica

Falo do amor de verdade, não é amor-ambição.
Amor além fronteira que viaja na constelação
Desse que os olhos dizem o silêncio do coração.


ღRaquel Ordonesღ


* *

Há quem chame de amor

o que pensas saber
a meu respeito
não passa de imagem distorcida
espelho d’água refletindo
tua própria paisagem

se quiseres me conhecer
veste um escafandro
e mergulha
nos oceanos de mim
testa todas as chaves
- até que eu mesma
te destranque as portas -
e atravessa comigo
as trevas e os desertos

então terás nas mãos
minhas cartas
minha alegria
meu coração

terás nos lábios
meu sorriso
e nos olhos
minha luz

se quiseres permanecer
traz teus pertences
e habita em mim

se permitires
que eu também percorra
teus caminhos
e remova contigo
as dores e as pedras
seremos cúmplices:

conhecerei teus pensamentos
antes que cheguem às palavras
adivinharás meus desejos
antes do primeiro olhar

terei nas mãos
tuas cartas
tua alegria
teu coração

terei nos lábios
teu sorriso
e nos olhos
tua luz

então seguiremos
juntos
pelo caminho infinito
da ternura

...há quem chame isso de amor


Helenice Priedols


* *

Reverso

Que a clareza da minha verdade
Seja suficiente
Para reconhecer e respeitar
As verdades alheias
E considerar
Que o fato de serem
Verdades contrárias às minhas
Não fazem delas
Mentiras postas
São apenas verdades opostas.

Célia Sena


* *


(CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR)


* *

O peso do passado


Somos uma mistura do presente
e do passado
é nossa história posta lado a lado
Queria ser uma criança
elas não tem carga do passado
chegam ao mundo sem sobrecarga
com pureza , sem sagacidades
livres de ansiedades
livres de maldade
sem medo de errar
sem medo de falhar
Não trazem um peso psicológico
para o presente
Com a idade carregamos a indisposição
que qualquer falha incorpora
a nossa identidade
Como um pecado
uma frustração
e como resultado
podemos cair em depressão
Na hora de dormir
chute o balde, se desligue
deixe pra trás as fobias
volte a ser criança que foi um dia.

Por Joseph Dalmo


* *

É preciso, é possível

É preciso precisar e saber buscar...
O infindo e fecundo silêncio de cada um
O uno entre nós e nós mesmos

É preciso ler o que ainda não foi escrito
E saber as inspirações vindouras
Após o calado grito!

É preciso ir, apenas.

É possível ser... viver...sorrir
Achar graça das quedas, aprender com elas
Como criança ao andar de bicicleta

É possível doar, sem doer.
Amar sem sofrer
Cantar e desafinar, e daí?
É possível errar e corrigir
É possível se permitir.

É necessário cantar com olhos
Sorrir com as mãos e pintar com a voz

É absolutamente possivel assinar com sangue
Sentir com pulsar...
E pousar...

Quando cansar.

Márcia Poesia de Sá


* *


Sonhos


Assim são meus sonhos
céu coberto de estrelas
tapete de brancas nuvens

raios solares e lunares
traspassam paredes
do mais puro cristal

água fresca jorrando
continuamente em cascata
frutas ornadas de flores

vestes diáfanas bordadas
com fios de arco iris
arremate perfeito de cores

Um sonho celestial...


Eliane Thomas


* *

Por onde andei?

Se nunca tive com quem andar
Nem aonde eu chegar
Se nunca tive pés, no seu lugar
Apenas algumas razões e revés

Se nunca fui convidado a passear
Apenas fui jogado no chão
Se nunca fui tratado como irmão
Apenas sugeriu a mim a sumir!

Se nunca deram um cantinho pra pousar
Nem um lar pra eu descansar
Se nunca deram uma mão, um aperto
Apenas empurrão e dor no peito

Por onde andei?
Andei apenas comigo
Com Deus meu amigo
Não viajei nem fui longe
Não sai de perto
De quem nunca partiu
De mim!

André Fernandes


* *

O que será que há?

Há um sutil sentimento
Que penetra e não invade
Entra assim sorrateiro
Como brisa em fresta pouca

Fala manso, canta baixo
Beira o sussurro num espasmo

Apalpo o coração para senti-lo
Duvido até que ainda exista
A falta de pulsação inequívoca
Um arredio silêncio de amor

Há este maldito sentimento
Que no momento se faz mostrar
Um aperto dolorido lá dentro
Um certo frio em meu olhar...

Há e já não posso não vê-lo
Até pensei em nomeá-lo
Mania de por títulos em novelos
Que em meu peito sinto desenrolar

Talvez o chamasse saudade
Mas este nome é tão comum...
Pensei também em vazio
Em frio, em desolação
Mas esses nomes são poucos
Para o que sinto no coração
Há um sentimento sem nome...
Um vento frio sem razão.

Márcia Poesia de Sá

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POETA JOSEPH DALMO!

Amor perdido


Não posso impedir
que o sol se ponha no horizonte,
ou que o rio passe sob a ponte.
Mas sempre há saída
para o amor em nossa vida.

Das noites tristonhas
renascem os brilhos da lua.
Das noites medonhas
renascem os sonhos ocultos
do passado querido
revive o amor perdido.

Entre os flocos de nuvens
existe uma nesga de céu
por onde contemplamos o sol.
Entre as nuvens de dor
sempre surge um novo amor.


Joseph Dalmo


O ÚLTIMO POEMA


Quando escrevo poemas
falo sempre de amor,
de desgraças ou dilemas,
mas escondo mistérios e segredos

Fico com meus silêncios
meus gritos, meus medos,
guardo minhas ideias transitórias
dentro das minhas paranóias

Meus poemas são gritos
que saem do meu peito,
do meu último refúgio
que eu dissimulo de todo jeito

Em cada poema eu vivo
ou morro um pouco,
é um vício que cultivo
com a paixão de um louco.


Joseph Dalmo


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