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sexta-feira, 19 de novembro de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


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Três Tempos

Escuta...
Vou falar baixinho ao teu ouvido
Num tom que escorre ternura
Palavras doces de um amor sentido
Que ama e que jamais perjura

Atenta...
E creia no amor, ele é vasto como o céu
Olha com olhos da imensidão do mar,
grandes, abertos, retire das retinas, o véu
para poder ao amor contemplar.

Responde...
Tira de mim, as dúvidas e angústias
Não diga que nada se perdeu entre
a fumaça do tempo e as injúrias
Mas... que este perdura pra sempre

Diná Fernandes


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Acho melhor sentir

Mesmo mexendo com palavras diariamente, todo o tempo. Em pensamento, em verso, em prosa e em sonhos...mesmo assim, acho melhor sentir do que dizer.
Como vou dizer do verbo que se entranha entre as veias do amor? Como vou escrever do símbolo gráfico que desenhou teu nome estelar em meu peito? Se aqueles fonemas não soam aqui como soam lá...
Que linguagem escrita ou dita poderia expressar coerentemente o sentimento desconexo de te amar nos ontens e amanhãs, nos vãos e completudes, nos vazios de nossos existires?
Acho melhor sentir e fluir a poesia do jeito que ela vem...incompleta, surreal, sem noção do que é permitido ou mesmo funcional. Acho melhor sentir e cair neste abismo de reticências que a espera finge criar...porque é no voo desta alegria de te amar que me percebo eterna e silencio o poema quando esbarro em tua presença selada naquele tempo nativo onde misturamos o destino com a paixão.

Anorkinda


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Serenata

Serenata de dia
É poesia de encanto
Serenata de noite
É canção de melodia
É sereno com luz de poesia
É sereno como brisa de orvalho
E gosto de maresia
Um dia compus um choro
Em noites de melancolia
Coloquei amor no violão
Pra cantar sua canção
Mas a noite foi ingrata
Levou o brilho da noite
As nuvens se fecharam
As luzes se apagaram
Só restou a serenata
Que eu fazia
Noite e dia!

André Fernandes


* * * * *

SEU CHEIRO

Não teve jeito,
namorei sua poesia...

Fui folheando cada verso
cheirando cada rima,
pendurei-me na sua ilusão.

Caminhei pelas esquinas,
encontrei seus sonhos,
visitei sua carência.

Vi a sua dor
disfarçada num personagem,
reconheci seu olhar.

Não, não teve jeito
namorei sua poesia...
ou era você?

DANNIEL VALENTE


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A Gota


Desliza leve e suave,
feito óleo perfumado,
pela vidraça fechada,
um pingo doce de chuva.

Esquece o pó do caminho,
Olha-me de mansinho
como a dizer quero parar
mas a ordem é seguir.

Escorra querida gota,
que leva vida no interior,
compondo a sonata Divina,
do mais belo amor!

Os olhos param na imensidão
da gota que cai do céu
que pela vidraça escorre
descobrindo meus véus...

Sonoro é teu escorrer
ribombando céu afora,
menina gotinha em missão
deixa a marca quando chora.

Quedamos prostados de amor
perante tamanha imensidão
uma pequenina gota de chuva
orvalha de Luz, o coração!

Pensei estar vendo fora,
pela vidraça da janela
e a lágrima era eterna,
a gota azul, que ainda rola!

godila fernandes


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PRA SABER QUEM EU SOU

É preciso definir o espaço entre nós, tu e eu...Que nome dar ao infinito particular? É preciso andar descalço pelo cosmos subterrâneo e colher rubras flores astrais, delas fazer um ramalhete perene e me ofertar na noite clara da terceira lua de Saturno.
Pra saber quem eu sou é melhor que eu desapareça numa nebulosa azul para que de meu espectro-lembrança possas absorver a essência, o perfume, o colorido que eu deixar e assim sentir-me. Por que traduzir-me? Sou Nada, sou semente enraizada na flutuação do tempo. Um dia saberemos conhecer o fluido conjunto que somos, tu e eu...Então não teremos mais perguntas a fazer, seremos as respostas prontas das coisas inexistentes, faremos prosas lindas nas linhas do rosto, num tempo incorpóreo e sutil de nosso compartilhar.
É preciso fluir nos humores da correnteza para que me vejas o brilho dos olhos siderais, Sírius nascentes a bendizer nossa irmandade. É preciso esquecer os percalços, ignorar os seixos pisados e olhar pra dentro de si mesmo, onde eu estou, imortalizada naquele abraço.

Anorkinda


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* * * *

NUM POEMA

Aqui encerro minhas dores
enterro meus gritos
desarrumo meu mundo.

No campo onde pasta
o sol azul,
meu pranto nu é canção.

Desmancho segredos
que empresto ao poeta,
a rosa da criação
leva meu choro em nuvens.

Ninguém escuta minhas crises
afinal, são versos, são rimas...
estradas sem asfalto...

Aqui, embrulho minhas lágrimas
e entrego aos meus amigos
como um sol para todos.

DANNIEL VALENTE


* * * *

Quando abrirem o meu coração

Quando abrirem o meu coração
encontrarão ele ainda pulsando
como uma estrela de uma constelação
que passou pelo mundo amando
deixando vestígio de compaixão
um coração que se encheu
da alegria do sorriso da criança
da paz da serenidade do ancião
da beleza do luar
ou do crepúsculo solar
amou também a beleza das flores
e viveu muitos amores
e se um dia ele chorou
por uma perda qualquer
foi também capaz de sorrir
ao conquistar o amor de uma mulher
e quando meu coração for parando
farei uma retrospectiva do que vivi
e depois da verificação do balanço
restará ainda um último suspiro
a última batida...para um adeus
e partirei para meu sossego e descanso.

Joseph Dalmo


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AGUARDO


Enquanto a poesia não vem
recolho os fios de nuvens nos olhos
e bordo um manto de nós adversos
- meu passatempo de luas insones -

Desenho rostos passados no vento
invento verbos que jamais serão ditos
prendo o grito que rondava o canteiro
alardeando a mansidão das azaléias

Penduro a rima na ponta da lua
e espero que o verso morda a isca
mas se sua preferência for as estrelas
teria sido inútil dar asas ao pensamento?

Enquanto a poesia não vem
recolho as letras dos cantos, dispersas
enfeito a coberta dos meus sonhos, muitos
e aguardo acordar a minha inspiração

(Lena Ferreira)


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Quando Abrirem Meu Coração...

Quando abrirem meu coração
um baú por certo que acharão;
arca de emoções até a tampa,
umas cristalinas;bela estampa...

Fiapos de momentos, em versos;
relógio marcando tempo submerso.

Verão uma caixinha de lágrimas,
poças de desolações, lástimas...
Mas também encontrarão alegria,
cascateando , fora de hora; euforia.

É o músculo bombeando meu riso,
já congelando, chocalho sem guiso.

Peço a quem ver-me peito aberto,
muito respeito, a alma está perto.
Não rias de minhas pieguices...
do tango triste; das esquisitices.

Remexendo no meu tique-taque
irão achar jóias e badulaques,
que para mim são preciosas.
Não cometam ações acintosas...

Pois no fundo verão num cristal
a própria face, humana, banal!

Rosemarie Schossig Torres

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quinta-feira, 18 de novembro de 2010


POETA ANDRÉ FERNANDES!


Serenata

Serenata de dia
É poesia de encanto
Serenata de noite
É canção de melodia
É sereno com luz de poesia
É sereno como brisa de orvalho
E gosto de maresia
Um dia compus um choro
Em noites de melancolia
Coloquei amor no violão
Pra cantar sua canção
Mas a noite foi ingrata
Levou o brilho da noite
As nuvens se fecharam
As luzes se apagaram
Só restou a serenata
Que eu fazia
Noite e dia!

André Fernandes



Tanto

Tanto e tão pouco
Tão pouco e nada
Nada é tanto
Que o amor de um
Pranto...

Tanto sem ter algo
Algo sem ter tudo
Amor que não existe
De um sentimento
Mudo...

André Fernandes

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010


POETA ANDRÉ ANLUB!


Uma Carta

Olhem a carta que ela escreveu para mim:
Termino aqui nossa relação
Abra a geladeira que irá ver que comi todo o pudim
Dei para os pombos todo o pão
Joguei óleo queimado no seu jardim

Pintei com esmalte todos os seus quadros
Rasguei as fotos das suas ex
Pintei de rosa seus armários
Você nem reparou, já faz um mês

Apaguei seus contatos de e-mail
E todas as músicas do mp3
Eu quero mesmo criar devaneios
Faria tudo isso outra vez

Coloquei roupa de bailarina no seu Pitbull
O Saddam ficou uma gracinha
Pode me mandar tomar cajú
Porque ainda desfilei com ele na nossa pracinha

Joguei no seu carro o resto do saco de polvilho
Fiz um bigode na foto da sua mãe
Xinguei o operador do pay per view
Já não vai poder mais ver o brasileirão.

To be continued.......

André Anlub [Poeteideser]


Inocente e Réu

Onde andei, por caminhos difíceis, sombrios e íngremes
Descobri a esperança, o renovar de cada andança, caridades e crimes
Passeando e observando no caminho, pássaros que vão e vem com gravetos no bico
Lembro de outras épocas, ninhos de cantos e gemidos.

Uma vida de baixos e apogeus.

Sinto saudade, sinto o perdão que outrora não conhecia
Aprendi, durante esses anos vividos, a amar e saciar a quem me sacia.

Doar-me mais e cobrar menos, a ser moderno amando o eterno, ser bom aprendiz
Aprendi a controlar minha raiva, ter paciência, pisando em ovos passando feliz.

Nesse caminho, a luz de fogos, declamo mansinho os versos teus
O vento mexe as margaridas, campos de trigo, a minha vida, baú de amigos.

Em outra vida eu fui um rei, ou fui um príncipe, bobo da corte ou um plebeu
Quem sabe hoje eu te visito e faço um bolo aos sons antigos.
Só tu e eu.

Na paisagem de tua janela, de frente ao lago, o pôr do sol
E no crepúsculo, ouvindo os sapos, os violinos, clave de sol
Sinto o toque divino, no verde e no azul piscina do céu
Vejo que ainda sou menino, sou desde pequeno, inocente e réu.

André Anlub

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


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Dia e noite na pele

Quando quero um dia quente, abrasador
tua boca me traz o fogo e a chama do amor
Meus e teus beijos trocados, ardor
arde o dia, mesmo no inverno, calor

Quando necessito da noite amena
tua boca me faz tranquila e serena
Nossas bocas delicadas, açucenas
arte diáfana do amor, me drenas

Se quero tua pele em arrepios
largo-me de todos os brios
e faço-me correnteza de rios

Se necessito da pele macia
finjo-me morta, fria
e percorro-me em tua mão esguia

Anorkinda


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LIBERDADES

Livre
o espaço espalha
embaralha
seu corpo
no mar

Livre
a onda rola
embola
seu corpo
na areia

Livre
o tempo agrupa
ocupa
seu corpo
com o vento

Amélia de Morais


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Alinhamento perene

Por que me chamastes, Mãezinha,
neste alinhamento astral
as dimensões misturaram-se
em mim, pequenina fractal.

Por que me abraçastes, Jurema,
nesta tarde ensolarada,
os verdes misturaram-se
em mim, que sou nada.

Porque me enviastes os amigos
neste momento solitário,
os corações misturaram-se
em mim, ato voluntário.

Porque me amastes sempre
nesta vida solene,
as energias misturaram-se
em mim, de forma perene.

Anorkinda



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Tantos Segredos...


Tantos segredos...
Ai, tantos segredos espalhados,
Tatuados e machucados.

Tantos mistérios...
Ai, tantos mistérios pintados
Nas muralhas dos nossos corações.

E os olhos?
Ah, os olhos... eles são janelas trancadas
Nem o amigo sol toca nela

Nem os pingos da chuva batucam mais.
Ah, os olhos... os olhos são estradas bloqueadas
Nem o amigo sol o chama.

Tanta correria...
Ai, tanta correria pra acordar o mundo...
Mas hoje, hoje ele quer ficar quietinho
Debaixo dos cobertores
Não quer ouvir os lamentos da humanidade...

(Rod.Arcadia)


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É por todo sempre

Quando tiver que ir, vá
Siga seu caminho então
Comigo sempre ficará
Amor em meu coração!

Amizade é mesmo assim
É liberdade de escolha
E Jamais terá um fim
Não é no outono, folha

Ela não tem estação
Nem fases como a lua
Amizade é pura doação
Ela é minha, também sua

Algum tempo que vier
É bem vindo e é aceito
Faça o que bem quiser
Abraço sem preconceito.


ღRaquel Ordonesღ


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Amormar!.

Todas as noites a estrela do mar
subia à tona para a lua namorar.
Levantava uma das mãozinhas daqui
e de lá a lua começava a piscar...

De tanto amar e de tanto amor,
lua e estrela do mar queriam se visitar,
a lua prateava na noite, na água, o luar
e chorava de saudades a linda estrela do mar...

tanto fizeram, que deles se compadeceram
e Deus que é Pai de todas as coisas do mar,
para perpetuar este amor tão grande e sonhado,

fez a lua descer ao fundo do mar e com a estrela casar...
Lua virou sereia e a linda estrela juntou-se as demais
e o céu participou do mar, no mais lindo amormar...

Godila Fernandes


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Chuva no sertão

Inverso à dor
Que lhe vai n’alma
É o verbo
Que o poeta
Em verso
Gera com palavra calma
Avesso
Ao olho, morto gesso
Feito terra ressequida
Onde a chuva
Já não água

Ara o peito
E lavra o chão
Seco leito
Até sulcar artérias
E minar
Liquefeito
O sopro
Da divina inspiração
Que verte
Em palavras amalgamadas
Em versos
Feito chuva no sertão

Célia Sena


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SEM NOÇÃO DE NOVEMBRO


gosto de ler no escuro
e antecipar a luz
que traz o sol

gosto de café ralo
e contrastar o fel
do meu mate Barão

gosto do lusco fusco
e amo ler neblinas
nas chuvas de quintal

gosto de andar descalça
com bike e unhas vinho
e o tempo no varal

Nina Araújo


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Procurando Estrelas

Meus olhos insones perdidos no horizonte
tentando desvendar a ausência das estrelas
ancoram logo na primeira fonte
na ilusão de no espelho d’água vê-las.

Mas parece que a luz dorme cansada
coberta pelo negro manto da escuridão...
Meu olhar à deriva na água ondulada,
afoga na solidão, a breve inspiração.

Mas um anjo me viu nesse abandono
e nas suas asas de plumas trazendo aconchego
veio embalar mais uma vez meu sono
envolvendo-me em seus braços num doce chamego

Carmen Vervloet


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A NOITE ENORME;TUDO DORME
MENOS O SEU NOME.

No silêncio que a longa noite traz
Entre sonhos tão sonhados entre meus ais
A fria ausência a entorpecida ilusão
Grita seu nome como fosse oração

Eu me debato na saudade que me toma
E o peito clama recordando essa demora
O sono em pesadelo se transforma
E a minha alma alquebrada agora chora

Voce não vê não sente e nem se importa
Com a enorme noite que agora é meu tormento
Com as lembranças que retornam solidárias
Com esta dor que fez morada no meu peito

E no vazio da tua falta tudo dorme
Somente eu derramo lágrimas sentidas
Por esse adeus onde levastes os meus anseios
Deixando a noite que não adormece esta ferida
A ferro e fogo demarcando minha vida.

NICE CANINI


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POESIA CÁRCERE

Não caibo
na poesia cárcere!
Não, não compreendo tal paradoxo!

Se busco a liberdade
de usar a minha pena
sem penas
Se busco a vastidão do
espaço sem fronteiras
Se busco o lúdico a me
acalentar o espírito...

Não aceito limites!

Quero ter meu tempo
de dispor belezas
de compor certezas
e dúvidas
de medir o peso
ou leveza

Quero construir
fluir
na forma e no tempo
em que o poema surgir.

Arabela Morais


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domingo, 14 de novembro de 2010


POETISA ANA MARIA MARQUES!




Liberdade

Nas minhas mãos uma palavra
Atada em ramo de buquê
ao vento
Sentindo não sei o quê
com você no pensamento .

Em cada onda
Um olhar lacrimoso
De uma mulher não amada
Querendo um tom mais gostoso.

Lavando-se por inteira
Ela derrama seus desgostos
Numa liberdade passageira.

Num verão de ilusão
Sou teu ar , teu mar
Tua onda pronta para amar .


Ana Maria Marques



Quem sabe

O seu amor
tem gosto de incenso
em dó maior .

Você é minha miragem
Minha tatuagem
Minha folhagem

Quem sabe
Se você pedir , eu vou
Acariciar teu corpo
Chorar
O choro dos amantes
Matar meus desejos
Constatar que o tempo
perdido
passou

Do encontro
com o seu corpo
Vou fazer um frasco
Da essência
em jardinagem
Do nosso amor .


Ana Maria Marques
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