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sábado, 25 de junho de 2011

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * * *

Feitiço!.

Não chores, criança,
que a noite é esperança,
de arrependimento curar,
lágrimas nos olhos secar,
coloridas palavras de amor,
numa linda canção cantar.
À noite em lençois macios,
deixa teu corpo relaxar,
deixa tua alma vibrar,
teu espírito voar livre
e palavras ditas em hora,
mais do que imprópria, impune,
no brilho da estrela, olvidar
e qual canto de sereia enfeitiçar.
Arrependimento, diz a bruxinha,
Que se vá! Que se vá! Que se vá!

Godila Fernandes

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O poder da Leitura

Antes nosso mundo era um tanto vazio
Não tínhamos tempo
Não tínhamos livros
Não tínhamos o hábito
E o imaginário era pouco consumido
Como se nosso mundo pairasse vazio sobre o universo...
Quando mudamos o hábito
E criamos tempo hábil
Os livros repletos de suas letras impressas
Fez repleto o nosso mundo.
E do vazio nasceu o verso
O verbo, a língua, a prosa, a rima
Que faz a mente mina inteligente
Lançando mundos em nosso mundo.

Mavie Louzada.

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AMOR DA MINHA VIDA

Cresce sem aparente sentido.
Agiganta-se, toma-me, devolve-me mais seco...
Mais solto!
Desejo e corro...
Amor sem face...
Amor da minha vida!

Claudenir

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Despedida sob a chuva

"... foi quando parei molhada, olhei para trás e vi a chuva me seguindo. Sob o guarda-chuva e o barulho da chuva ouvindo, em silêncio deixei as lágrimas seguirem o ritmo das gotas. Ninguém desconfiou do pranto, havia tanta água por ali.

Em meio à visão turva, eu te vi partindo, me vi também, por dentro. Acenei como uma criança perdida ao relento. Fiquei na esperança de revê-lo o quanto antes, relutei em sair dali. Os olhos fecharam lentamente em busca do teu cheiro...

O tempo congelou quando a mente voava nas lembranças, mas a chuva continuava e no rosto o vento soprava. Contentei-me apenas com o gosto do teu beijo e a dor da saudade.

A partir de então vivo dispersa e com receio. Pensar em ti é um perigo até quando dirijo pelas ruas, por segundos fico cega, imaginando que as curvas são tuas. Já não sei mais onde me abrigo, pois encontrei outras moradas nessas lembranças que me apego.

Não o vejo há tantos dias. Já não tenho mais sossego. Sozinha nas noites frias com o silêncio ainda brigo. Quero muito o fim das horas, pra revê-lo logo, com o teu jeito meigo e divertido, alimentar-me com o teu sorriso, contar novas histórias e estrelas... Não sei mais ficar comigo! Te amo mais do que tudo! De tua esposa eterna!"

Após enviar esta pequena carta esperei ansiosa por uma resposta, que ainda não veio. Ainda torço para que o correio tenha atrasado! Sim, só pode ter atrasado!

Mas depois de alguns dias bateram em minha porta. Eram dois oficiais com papéis nas mãos. Tiraram seus quepes, baixando lentamente a guarda...

Então lembrei daquele dia de chuva e tornei a congelar, os olhos fecharam novamente em busca do cheiro dele... Em vão! Deixei as lágrimas seguirem o ritmo, do silêncio... Desmaiei, para em seguida continuar morrendo todos os outros dias, que ainda me restam.

Daniel H. M. de Carvalho

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Das razões da Vida

Do alto de minha imperfeita existência
Arrebatei-me de rebeldia
Escondi todos os meus defeitos
E esbravejei contra a vida
Que não me deu o que eu quis:
A minha lista de coisas
Imprescindíveis pra ser feliz

Hoje sei, tenho clareza
Aprendi nas incertezas
Nas buscas, na frustração
A vida é uma caminhada
Um percurso, uma missão
Não segue-nos a vontade
Não atende nossa ambição
Mas ensina a cada curva,
Cada tombo, escorregão
A dar valor às conquistas
Trabalhar pelo pão
Refazer-se em si mesmo
Em cada ciclo
Evolução.

Célia Sena

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SAUDADE

Nasci amando.
Um amor antigo, bem cuidado.
Uma dorzinha funda
Que sempre tenho embalado
Pra ver se se aquieta
Dentro do meu peito
Que por vezes se aperta
Num nó que não tem jeito.
Então somente lágrimas
Lhe impõem algum respeito.
E a dorzinha dorme
Quietinha em seu leito
Feito de um amor bem perfeito.

Anorkinda

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E entre tantos azuis-celestes
Teus olhos diante dos meus , compreenderam
A linguagem do amor
Eles falaram pétalas de rosas
Deram luz às coisas
Tudo que vem de você me alucina
Po que chegaste tão tarde para mim ?
- Não consigo responder
Sem ti , sem ter você nesse viver
Só posso dizer que o amor é diálogo mudo
Teu corpo é meu desejo
É um tocar de sílabas
Em propriedades bem mais profundas..
Sim , pele , alimento , contato...
Chamado e Morada
Um preencher de vazio
Um encontrar de alívio
Um respirar de sentimento
Guardado para eternidade
Dentro do meu corpo .

Ana Maria Marques

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Eu agradeço

Agradeço por cada olhar e minuto
Que discorrem por meus sentimentos diminutos
Por cada filigrana de emoção
Que me permitem plantar em seus corações
Sou só uma artesã de palavras
Uma artista da dor
Alguém que escreve o que sente
E poderia morrer no silêncio
Mas, apartir de seus olhos
Não me sinto assim, tão só
Divido um abraço contigo
Um grito, um grunido!
Uma lágrima, um arrebol...
Obrigada por ler minhas sandices
Por entrar comigo em mundos
Que nem os deuses dizem
São mundos tão meus
Mas que a partir dos olhos teus...
Tornam-se mundos nossos
Crentes ou ateus.
Mundos
De
Algum
Deus

Mesmo que este Deus
Seja só teu,


Márcia poesia de Sá

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CHUVA DE PRAZER

Hoje alguma coisa boa aconteceu
Dancei na noite
O melhor momento de prazer
Deixei com alegria feroz seu suor
Entrar em mim
Minha roupa molhada
Foi o claro e escuro cúmplice
Por um segundo morri de viver
Num uivo de mulher loba
Lavei os caminhos
Para conhecer o céu do seu asfalto
Teu corpo foi o meu cais
Cobrindo-me da palavra Lua
Num descansar da chuva
Eu inteira...... TUA

Ana Maria Marques

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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Do tópico

PARCERIA LIVRE!


OS OLHOS DA MADRUGADA
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Encontrei frente a frente
os olhos da madrugada
naquela curva escura
onde não se via nada

Os olhos negros, brilhantes
cansados de nunca dormir
choravam as águas do mundo
o medo do breve porvir

Sabiam da sina certa
ali à frente orquestrada
eles, tão escuros, sombras
não veriam outra alvorada

A luz que em breve sobreviria
baniria a sombria tristeza
e aos olhos escuros da noite
nem à história pertenceria, era certeza

Amélia de Morais & Anorkinda

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DESATINO

Caminhos tantos percorri
E de tristeza quase morri...
Por ter amado e não ser amada,
Andei perdida nas madrugadas...

Pedras me pisaram, sangrei...
Muitos me amaram, amei...
Outros me odiaram...
Pequei!

Ainda viva, gritei...
revoltada, vociferei
contra o destino

Corpo exausto
trilha sem fausto...
dei-me ao desatino

E fiz amor sem amar
E me entreguei sem me dar
E sorri para não chorar

E chorei para comover
E me miserei para poder viver
E muito dei, sem nada ter.

Stella Vives, Anorkinda e Jane Moreira

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SOU POETA

Sou poeta quando anoiteço
Me torno estrela e ilumino
Os apaixonados...

Quando do pranto
Me torno encanto
Canto sem medo...

Quando do riso
Me torno seu paraíso
E canto feliz...


Quando do amor
Espanto qualquer dor
E meu canto é louvor.

Mavie Louzada & Jane Moreira

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terça-feira, 21 de junho de 2011



PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


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E ASSIM QUE MOVI A TERRA

Foram-se duas emoções
que falaram da Paz e da Paixão.
Congelaram heróis e criaram o fim
pra desespero do tempo...
Com suas janelas ocupadas!
Com seus degraus rachados...

Claudenir (Novarum)

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Raízes e risos

No pulso do tambor
faz-se o louvor
pra todos os santos
lavam-se os prantos

No ponto, as vozes
fazem-se velozes
em todos os cantos
quebram quebrantos

Na cadência da vida
faz-se linda lida
com todos os santos
esticando seus mantos

Na ciência dos risos
fazem-se paraísos
por todos os cantos
compondo acalantos

Anorkinda

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A corrida pelo ter

O ser atropela outro ser
em busca do querer.
Esforça-se além do limite,
Coisas têm mais valor,
isso permite.
Mentira torna-se sua verdade;
Sentimentos perdem o valor
As coisas dominam; vaidade!
O ser não quer apenas ser
ele precisa ter para valer
O mundo sofre com isso
Ter coisas virou compromisso!

ღRaquel Ordonesღ

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Amar e brincar

De um movimento saudável
que é amar e ser amado
nunca desvies o resultado
que é a felicidade palpável

Não brinque com a seriedade
que é amar e ser amado
dê atenção por todo lado
que é achegado à lealdade

Leve e solto, admirável
é o amor edificado
em nuvem imponderável

A sorrir eternidade
é o amor abençoado
em vida sensibilidade

Anorkinda

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RETORNO

Já é dada minha hora
Sigo em paz o ciclo infindo da vida
Em retorno para minha antiga morada...
Não sei por quanto tempo ficarei ausente
Não sei se quer se irei retornar
Apenas almejo continuar
Em progressão contínua...
Nada levo além das madrugadas
Da ternura e amor que semeei
A poesia que cultivei, deixo de bom grado
Aos companheiros de jornada.
Sigo de mãos vazias e coração confiante
De que o fim nada mais é
Que o retorno ao [re]começo...

Mavie Louzada.

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Quero asas

Preciso voar
Andar entre nuvens
Brincar com raios de sol
Piscar junto com estrelas
Olhar o mundo imenso
Lembrar da beleza da vida
Sem receios de quem ainda duvida
Que tudo vale a pena, sem medida
E quão a existência, é bonita!

Eliane Thomas


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Se fores observar os FATOS,
nem todos os AMORES,
vivem de dores,
ou são ingratos...

Na CONSTELAÇÃO dos sentimentos,
os AMORES, vivem os momentos...

Kleber Bernardes

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Força Feminina


então não vês que aqui
só há delicadezas
de mãos
de olhos
de palavras?
que a mistura
de lágrimas
e levezas
modela o frágil
o doce
o sorriso?
que ternura
e amabilidade
são atributos femininos
que tudo na mulher
é sutil
é vago
e impreciso?
isso verás com teus olhos abertos
mas a força da mulher está além
em gestos ocultos
vãos encobertos
a mulher remove montanhas
sem que o homem se dê conta
tira a força das entranhas
enfrenta o maior perigo
para defender um filho
abriga a todos
em sua fortaleza
enquanto sua própria dor
nos olhos represa
resolve tudo de todos
com calma
sem sobressalto
e – o que é melhor -
sem cair do salto!

Helenice Priedols

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DESAFIO

Venha saltar a fogueira
Venha se queimar
De toda e qualquer maneira
Venha comigo brincar

Faça de conta que canta
Faça de conta que conta
Eu digo e você se levanta
Eu mostro e você me aponta

Sopro no ouvido da brisa
Que no ouvido do vento derrama
Colho a chuva que cai e desliza
Bebo a água que o corpo reclama

Amélia de Morais

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Ao pé do fogo

Sentada ao pé do fogo
Medito ao olhar as brasas
Um pensamento no livro
Outro bifurca-se e logo
Viro a página do bosque
Onde unicórnios sagrados
percorrem doces nascentes
Sonho...
Toda fragilidade e fortaleza
Incide em tocar sua alma
E corpo como se toca uma flauta.

Gladis Deble

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*** Tempo Passado ***

Passa o tempo que sorrindo viu a luz
Passa o tempo que na estrada nada vê
Nada passa com trapaça ao ver a cruz
Tudo passa com a luz quando se crê

Vou com graça e na desgraça vejo amor
Esparramo aos quatros cantos onde eu for
Que o momento é eterno como um raio
E na descarga emitida eu me esvaio

É o centro do momento na explosão
Que implode na perfeita construção
Em tempo certo que disperso voa breve

E esparrama como a trama na urdidura
Onde vejo um brilho luz que é só candura
E apagar este meu tempo, quem se atreve?
by
***RosaMel***

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A Lua Dedico

Sangro sete dias e não morro
Pois escorre de mim o sangue
Que corre para vida
Do côncavo sagrado
Que da flora, aflora
Desejo Escarlate que a carne sacia...
Nua como a lua
Que misteriosa afeta
Tão relevante ciclo
À sagrada Lua dedico
Toda a magia
De cada face
De suas fases
Que Mulher me afirma
Aflora-me a flora
Lava minha alma
E a cada ciclo de vida
Renova-me.

Mavie Louzada.

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Beijo de anjo

Sempre que dizemos amém
em concordância com o divino
um anjo beija-nos a face

Sempre que queremos um bem,
um amor com alma de menino
um anjo concede-nos o enlace

Sempre que bendizemos alguém
em substância e efeito bonito
um anjo beija-nos a face

Sempre que bemqueremos a linhagem,
a família de amor infinito
um anjo abençoa-nos o enlace

Anorkinda

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* *
Lua tímida

Quando eu era criança
Corria alegre pela praça
Olhando as árvores
Que tentavam cobrir o céu

Vivia procurando
Encontrar o Sol
Teimoso se escondendo
Atrás das nuvens densas

Nos dias nublados
Eu ficava triste
Achando que ele
Nem queria me ver

Desconfiava também
Que discutia com a Lua
Pois muitas vezes
Não andavam juntos

Eu não entendia por que
Ela brilhava menos.
Provavelmente era por isso
Que ela não me aquecia

Principalmente à noite...

Então pensei num dia:
- A Lua deve ser tímida!
Pois nem sempre aparecia.

Assim, tive uma grande idéia!
Quase na hora de ir pra cama
Eu fingi que estava dormindo

Mamãe me carregou até o quarto,
Cobriu-me, beijou a minha testa
E apagou a luz, mas minutos depois...

Lá estava eu andando
Nas pontas dos pés
(Cobertos com pantufas fofas)
E lentamente ergui a janela.

Já sentado no batente
Sentindo um frio na barriga
(com o pijama gelado)
E ignorando uma conversa de grilos
Dialoguei empolgado com a Lua, horas a fio...

Nesse dia ela estava sorridente!

Mas antes que o Sol
Despertasse imponente
Despedi-me dela
Fechei a janela
Corri pra cama

E fingi dormir novamente...

Daniel H. M. de Carvalho

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