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sábado, 4 de junho de 2011

Do tópico

PARCERIA LIVRE



Luz aurora

Escura noite dos desamores
nem a estrela dalva luzia
a lua chorava suas dores

Triste a madrugada fria
no luto, esqueceu das cores
vestindo-se de ventania

Sábia coruja pia e avisa
vai chegar a aurora
fresca em nova brisa

Tênue, uma luz lá fora,
nascendo tão precisa
ilumina a manhã agora...

Anorkinda e Telma Moreira

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RENDO-ME Á FELICIDADE

Tristeza, não será no meu coração
que fincará suas raízes...
Não queira tirar do meu sorriso
A Intensidade ou matizes.

Não me venha sutil
ou disfarçada de saudade,
Se fosse ao menos gentil,
Mas, tens cheiro de maldade!

Pensa que engana-me, em sutileza
Mas conheço sua beleza
Traiçoeira
Desfigurada

Chega devagar em nostalgia
Pouco a pouco finda alegria
Deixa a solidão e mais nada...

Tristeza, não será no meu coração
Desato-me de suas mãos
E rendo-me á felicidade!

(Diná Fernandes & Mavie Louzada)

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Tristeza

Tristeza,não será no meu coração
que fincará suas raízes ...
Não queira tirar do meu sorriso...
A intensidade ou matizes.

Não me venha sutil
ou disfarçada de saudade,
Se fosse ao menos gentil,
Mas,tens cheiro de maldade

Leva tua sombra difusa
do meu olhar prazenteiro
que estou ficando matreira
com esta falta de juízo.

Tristeza calce a botina
e vá cuidar da sua vida...
Pegue o rumo da estrada.
Eu e a Diná só queremos dar risada.

Diná Fernandes & Gladis Deble

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sexta-feira, 3 de junho de 2011

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!

* * * *


JÁ FUI PÊGO ASSIM AMANDO

Nas areias do tempo
sem corpo...
sem demora...
sem ida...
sem volta...

Sem jeito...
sem beijo...
sem consideração...
Pela vida afora,
com o coração...

Claudenir

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* * * *

Aurora

Por muitas noites vazias
Esperei que o amanhecer
Trouxesse outro milagre
Além do nascer do dia

Esperança quase vã
Pois amanhecia,
Mas a minha vida
À meia-luz permanecia
À espera do meu sol particular,
Que veio hoje, ao meio-dia,
Alumiou a noite fria
E amanheceu meu coração.

Célia Sena

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* * *

VAGAS VERDADES

Entre incertezas vagam verdades
Que clamam em silêncio
O amor esquecido
Entre escombros da superficialidade
Caos do acaso, comodidade desmedida...
Fantasmas rodam a cama
Assombram o quarto
Em gélidas noites
Que choram silêncio
Demência invade o desassossego
Abrindo brechas de frias verdades.
Em volta o vazio toma conta do espaço
Transborda a solidão dos sonhos perdidos
Encontram-se no tempo presente e passado
Momento exato
Da exatidão perdida.

Mavie Louzada.

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* * *
A estranha

Diante do espelho da razão
foi impossível reconhecer-me

Mediante artifícios busquei-me
filosofei, analisei, em vão

Meliante desatino, roubou-me
a calma, incômoda sensação

Doravante utilizarei o coração
como instrumento, valei-me...

é melhor sentir-se do que saber-se!

Anorkinda

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* * *
Amar e viver

O que nos abastece a diária emoção,
mundo de diversidades e comoção,
é vigor prazeiroso de nele ser e estar
um leque infinito de opções...
Lugar, planeta, terra e espaço
perigoso a se jogar e aventurar
de fragilidades e muitas intenções...
De mãos dadas, comungamos até do abraço
se amar nos coloca em forte laço,
viver é deixar acontecer!

Anorkinda

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* * *
EU AMO

Não faço alarde do amor que sinto,
no meu silêncio
eu amo mais que as flores

Ninguém sabe que eu rezo
para que o amor
seja a maior fartura da humanidade.

Do meu encanto ao ver o sol mais belo
na pele de um cacto

O milagre de um poema
que veste a pobreza, da beleza
que não se vê em nenhum palácio.

Um menino descalço
que se joga nos braços do mar
numa alegria imortal

Então eu penso que digo "te amo"
todas as vezes que escrevo.

DANNIEL VALENTE

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* * *
CONTUDO...

As facas dilaceram
Falência dos sentimentos
Rasgam
Cortam
Sangram
Em desatino
No tino da superficial verdade
Dores, temores, descaso, destino...

As facas abrem reais sentimentos
No momento onde a vida
Não está preparada
Estrada, caminho, poeira, mais nada
Nada, além do ermo sentido.

As facas se afiam
Desafiam verdade
Aguçam, invadem sem permissão
Marcam meu corpo
Meu coração...
...Contudo
Não desisto de querer-te.

Mavie Louzada.

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* * *

***Pedaços de Mim***

Saudade que dói e lateja é peja
uma dor que corrói e destrói
Foi amputada de mim sem fim
leva o que há de ruim faça motim

Esta dor que estraçalha e desgraça
uma parte de mim que esvoaça
E sem graça retalha frangalhos
a vida é assim amealha retalhos

Seguindo por atalhos e desvios
em busca de agasalhos tardios
Parte de mim que perdi amputada
esta ferida sem fim gotejada

Sangue rubro que escorre e morre
traz-me á boca sabor adocicado
Pela saudade do amor que escorre
em minhálma de ser um condenado.
by
***RosaMel***

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* * *
De alinhavos e costuras

Ainda no outro lado,
Fiz o molde da minha vida,
Alinhavei muito bem e, no início,
Onde coloquei a alegria
Da infância e toda a magia
Da vida que ainda é fantasia,
Não deixei entrar a dor
E costurei com amor.


E os anjos me emprestaram a lira...
E a suave melodia,
Deixou o doce sentimento
Para embalar o sagrado momento
De ser criança outra vez.
E deixei as notas lá dentro.


E fui alinhavando as idades, as fases,
Sob o olhar sempre atento
Dos mestres superiores,
Que dariam o acabamento...
Já pensando no livre arbítrio,
Fui deixando aberturas
Nos alinhavos e nas costuras...


Em cada costura guardei um espaço
Para os segredos e os medos...
Noutra parte os meus amores...
Bem escondido ficou o pecado,
Que eu sabia que ia ter...
Mas no lugar ficou manchado,
Para todo mundo saber
Que ali haveria algo errado...

Mas não revelo os segredos,
Nem lhes conto dos meus medos.
Meu pecado eu já esqueci,
No dia em que me arrependi.
Não vou falar dos amores,
(Que os tive de várias cores),
Nem vou mostrar a cicatriz
Das dores que enfrentei,
Nessa vida de aprendiz.

Jane Moreira

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* * *
Criando sonhos

Eu queria a maciez singela
De um sol de manhãzinha

A despontar tranqüilo
Por sobre a relva,
Decorando de dourado
Teu dorso, amanhecido

Eu queria o som tranqüilo
Dos cochichos dos pardais

Cantarolando
Por sobre murais de ventos de teus ais

Eu queria a preguiça
Do tempo, a passar muito lento
Em teus olhos de manhã

E um perfume de lavanda
a balançar as redes da esperança
de nossa varanda iluminada

Eu queria também
quem sabe, um som de neném
a ecoar nas paredes do passado

Eu queria um mundo de abraços
De crianças e adultos embalados
De verdades e carinhos
Sem ter fim


Eu só queria um sonho alado!
Ter estado ao lado, quem sabe
Do escritor de risos do destino.

Márcia Poesia de Sá

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* * *
MANHÃ DIVINA.

Nesta manhã divina em esplendor,
Eu louvo a Deus por tamanha beleza!
O Sol já beija o orvalho que há na flor;
E os pássaros já cantam à natureza...

Como é belo acordar com tanto amor!
Como é bom sentir de Deus a realeza!
Como é bom na manhã cantar louvor
Ao Senhor que nos doa a fortaleza!

Ao longe, avisto o mar grandioso e imenso,
E quanto mais o vejo, em Deus penso,
Por ver no céu e no mar a imensidade...

Nesta manhã divina, em cor e luz,
O Sol já espelha o rosto de Jesus
Que se irradia em luz e Eternidade!...

J. Udine

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segunda-feira, 30 de maio de 2011

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * * *
Retorno.

Eis-me aqui! Coração limpo, vazio...
Liberto das paixões e vãos amores
Como o outono pleno em seu estio
Sem adorno de rosas, folhas, flores...

Eis-me aqui! Sem fome, sede, sem pressa...
Sem o apelo do verso premeditado.
Como a ave que arriba e cedo regressa
Temendo a investida do inesperado!

Eis-me aqui! Tão simplesmente nua
Cedendo o que de melhor em mim houver
Repartindo-me em fases como a lua...
Sem ser lua, mas uma grande mulher.

Marisa Rosa Cabral.


* * * *
NO INFINITO


Descansa na brevidade do infinito
as pálpebras docemente cansadas
do nada que preenche-me a existência
um buraco vazio, famigerado;um fundo falso

Engole o tempo e de tempo em tempo
abre-se num pirilampear tão fagueiro
varrendo a pesada poeira do vento aceso
espantando lembranças de ressentimento

Dorme, oh, olhos envelhecidos e fartos
da mesmice das atitudes aleatóricas
dorme, descansa a visão morta dos fatos
deixa acordar a realidade do sonho eterno

Desista nunca de amar, amar e amar
mesmo que ao largo lhe pisque o desespero
acorda a potencialidade de sua alma
desperta os séculos que no infinit dormem.

(Lena Ferreira)


* * *


PORRE

Entre cálices de rócio
sem gelo; cowboy,
esqueço o divórcio
de minhas idéias,
meus versos
já não fazem sentido,
não sinto o gosto
da comunhão de verbos,
a combinação de fonemas,
parece que estou posto
de lado adverso,
do lado de fora do cinema;
dentro de uma cápsula
ou casulo, sei lá ...

Falta harmonia,
excede a agonia,
minha mente se desfez,
os sentimentos ausentes,
crônica insensatez.
Uma trava me impede
de seguir em frente;
o mal não cede,
cogito uma greve,
hibernar em Saigon,
mergulhar em mim,
talvez me atrevo
a ouvir o som
de rosa, jasmim;
um diálogo improvável,
possível de se ouvir,
a chorar ou rir.

[gustavo drummond]


* * *

INCERTEZA DA HORA...

O que nos leva
A tantos apegos
Tantos valores,
Um querer insaciável,
Sem levar em conta
Nossa natureza
Impermanente
Mutável
Inescapável!?!

Ciclo interminável
Vida...
Morte...
Vida...
Norte perdido
Em meio a emoções
Complexas
Perturbadoras
Profundas...

Quem quiser
Perceber
A verdade,
Luzeiro do tempo
Cuida da claridade
Iluminando
As escolhas,
O modo de viver
"Despido"...

Com bênçãos
Dos seres de sabedoria
Alinhando os elementos
Em busca da natureza
Absoluta...
A morte não é incerta
Mas sua hora,sim.
É preciso estar inteiro
Para a experiência da travessia...

(Lage,Mazéh)


* * *
Pipoca

Quantas tardes não estavam em filmes
lembro-me delas feito copos
de refri, jarros de pipoca
e propagandas esportivas.

Não me importavam sóis nem mesmo brisas
apenas a imagem televisiva
igual uma janela, ou dimensão
havia outros mundos na ilusão.

P. Viajei

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