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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!





MENINA


Há noites em que nem acredito
Acho até bonito o que sinto
As estrelas acaricio
Meu amor anuncio
Sagaz e jovial
Amante sem igual
Saio pela rua
Namorando a lua
Tendo ninguém junto a mim
Amo a todos, neste mundo sem fim.
Cálice sagrado e bento
Peito infla com meu intento
Seria tão bom...
Noutras volto a ser pequeno
Sensato e sereno
E na grandiosidade de um sonho
Penso na insignificância do que componho
Em vidas sem brilho
Matou ao pai e pariu ao filho
Que não conhece ao pai
Sem saber de quem vem ou para onde vai
Pobre menina sem a certeza de quem é
Promiscuidade em forma de mulher
E a mulher que amei
Valia apenas todo amor que a dei
Mas não havia paz
Desejava sempre demais
Tudo para ela era bastante
Nada tirou deste errante
Que errou e demorou ir embora
Como tudo tem sua hora
Cansado de ter o peito partido
Juntou as partes e partiu.


UNDER AC

***
 
 
A NOSSA NOITE

 Abro as asas dos desejos
Arpejos que me fazem sonhar
O céu se faz de moldura
Vôo num tom de te amar
Já não concebo a clausura
Entre o cobalto e o Prússia
Delineando um novo futuro
Nossos pincéis se cruzam
Na obra plena de um olhar
Os corpos entre nuvens flutuam
E sorrisos ecoam em cantos de estrelas
A lua soberana dama...
Esboça um sorriso...
Vendo o quão de paraíso
Fazemos do céu nosso altar
E nesta noite sem fim
Cometas vestem marfim
Há som de piano no ar...
O amor então, se faz absoluto!
E o céu vestido de luto
Goteja diamantes no mar...
Márcia Poesia de Sá



***


MEIA NOITE E 1/4

Quando a porta maliciosa se abriu
Vimos o brilho desnudo dos espelhos
Pisamos lindo tapete macio e vermelho
Que, nossos sonhos, coloriu...
Tecemos ali o nosso instigante paraíso
Com banho de espuma e pétalas de rosas.
Mergulhamos no mar, sedentos e sem juízo
Atrás das pérolas mais formosas.
À meia-noite, com a lua do lado de fora
Deixamo-nos envolver por meia-luz...
Sem pensar no tempo, sentindo o agora
Entregues a essa força que nos conduz.
Sons mágicos, efeito de tantas carícias
Inundaram os ares da nossa imaginação
Criando e pintando imensas delícias
Na tela melodiosa de insaciável emoção.
No bailar dos nossos profundos encontros
Infinitos encantos e dimensões se revelam.
Desfrutamos os segredos dos sabores prontos
Enquanto outras misturas misteriosas se modelam.
As mãos e os beijos como lençóis de seda
Desvario do destino, desalinho do desejo
Descobrem interiores, sem nenhuma perda
Inteiros, palmo a palmo, de um grande ensejo.
E, no meio do quarto dois corpos em êxtase de amor,
Por hora inteira, meia hora e mais um quarto de céu
Desenhando estrelas no pensamento sonhador
Enfim, quando acordamos, vemos que as paredes são de papel...

Janete do Carmo


***


TARTA(RUGA)


Segue a saga cega
suga-sanguessuga
cego, o ego nega:
sangue alheio aluga

Segue, sangue esfrega
escorre em insana fuga
incendiário; emprega
escárnio em alheia ruga

Segue a saga cega
segue tal qual tartaruga
segue em inteira entrega
segue e a alma enruga
Lena Ferreira



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domingo, 17 de janeiro de 2010

CAVALHEIROS DA POESIA

Este é o tópico/movimento de parcerias sublimes entre os amigos poetas e as poetisas da Pequenos Grandes Poetas


OUTRAS TRÊS SUBLIMES PARCERIAS!


A valsa da afeição

Tum tum tum
Faz este coração dentro do peito
é a felicidade de ver-te, parceiro
Nesta elevação poética, eu vibro

Nessas letras arriscadas
Arrisco cada passo de emoção
Danço conforme me leva
A música do tum tum tum do coração

Rio rio rio
é o nervoso de tê-lo, em verso ritmado
Que faz o riso sair descompassado
Nesta dança de passos livres

Dança das letras é pura criação
Pois de estrofes e únicos versos
Criamos a liberdade em uma só canção

E unidos em cada passo, reverso
Na valsa dessa afeição
Despertamos o gosto pelo diverso
Na simples atração

Bom bom bom
Dançar contigo é satisfação
é cruzar o passo mais certo
E curtir toda a diversificação!

Diogo Fernandes e Anorkinda

........


A valsa dos pintores


Ela nos olha estática e branca
aguarda nosso versejar em cor
enquanto dentro do artista clama!
preciso sair...por favor...

Um grito mudo, ensurdecedor
A dor do encéfalo em combustão
Imaginação desabrochando em flor
Na mão a porta, a solução

Aquece o peito, a mente profusão!
escorrem idéias, cores e emoção
pincel tateia, firme condução
e nela nasce a grande explosão

Carmins se beijam na paixão
e violáceos se encantam
pincéis azuis bailam conosco
na dança louca deste encontro

Energia que não tem fim
arco iris de êxtase pleno
adoração de um querubim
paz, vida, amor ao extremo

Frenético vai e vem de cores
pingos de suor ao chão
na mente, a representação de amores
na tela, a do coração.

Márcia Poesia de Sá e André Luiz Anlub

........


VERSANDO NO FIRMAMENTO

Canção
Cantada com mão
Inverso
Que busca o verso
Toada
Conto-de-fada
Procuro
Uma dama alada
Que valse
Ao tom da balada

Emoção
Que o coração digita
Receber
Um convite em verso
Meu peito
Logo se agita
Dançando
Sonata ou lira
Cantada
Neste compasso

Debruço os ouvidos aos seus passos
Deito minhas asas em seus ombros
E me deixo levar

Pelos versos seus
Pelos versos meus
Pela nossa dança
Pelos ventos meus
Pelos passos seus
Pela nossa ânsia

De ver valsarem, aladas
Letras em verso-sentimento
Nos salões do firmamento

Celso Mendes & Lena Ferreira
Do tópico VIVIANE RAMOS!

Alinhar ao centroQuem Sou ?



Sou um mundo ...
no meu próprio mundo.
Sou capaz de causar amor e simpatia
e às vezes ódio e repulsa.

Sou instável como o tempo;
furiosa como a dor.
Às vezes anjo,
às vezes demônio,
ambos dissolvidos em mim.

Sou assim:
sou amor,
vendaval
e trovão,
um raio sem direção.

Sou o que devo
e o que não preciso ser.
Sou o tempo insaciável,
incansável de passar...
Sou alma, corpo e sonho.

Tua dúvida e o teu medo.
Teu pesadelo e a minha realidade.
Sou quem se esconde sob a tua verdade.
Sou a letra da canção,
que não tevês tempo de criar.
Sou o que ser não foi,
e o que não foi...... será..

Viviane Ramos
1998
....

Alma da Poesia



Eu sou poesia...
E ela me descreve.
Sou o encanto e a magia
Que nela se perde.

Sou um sonho bonito
Que não quer despertar
Sou um turvo infinito
Um universo a desvendar.

Sou quente e ardo
Em meu desejo de amar
Mas carrego o fardo
De sempre me calar.

Sou meus medos e pudores
O temor de imaginar
Calando meus ardores
Que insistem em gritar...

Sou haicai...
Sou prosa e canção...
Sou a alma da poesia
Que nasce no teu coração!

Viviane Ramos
31-01-2009

Do tópico UNDER POETA!
Desilusão

Ninguém mandou acreditar
Alguns vieram alertar
Não lhes deu ouvido
Agora está arrependido
"A VIDA É BOA, MAS COBRA SEUS TRIBUTOS"
Não, não me venha com insultos...
Não sou ela e não machuquei teu coração
Se a não é dela, é toda tua então.
Paciência
Esta é a tua penitência
Deixe o tempo passar
Tuas feridas irão secar
Guarde esta experiência
Se novamente ocorrer, já terás ciência.
Ninguém vem te socorrer
Aprenda logo a viver
Pois o tempo aqui é pouco
Se a queda não machuca o corpo
Trate do teu ferimento
Só assim termina teu tormento
Ficar se lamentando é que não dá...
Deve se levantar
Seguir teu caminho
Mesmo que sozinho
O tempo não cessa para ouvir teus lamentos
A vida fornece todos os instrumentos
Para que novamente volte a sorrir
Não podes desistir
Não agora...
Não agora que já estás tão proximo.

Under Poeta

.......
De tanto amor
Velho peito já não respira
Suspira
Enclausurado neste ardor
Rezando
Vivendo em comunhão
Nesta repetida oração
Buscando
Aceito como se é
Não como querem que seja
Lábios que o colibri beija
Um doce beijo de mulher
Atrás desta cara de ruim
Existe muita coisa boa
Mas o diferente sempre destoa
Não devia ser assim...

Under Poeta