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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Do tópico




PARCERIA LIVRE!



Fome poética

Quem tem o dom da escrita
Sente fome incontrolável
Seu verso é irretocável
Tem vida pulsa e grita

Um verso precede o outro
Como o cintilar das estrelas
Num instante o poema é exposto
Nasce uma riqueza em tela

Quem escreve com emoção
Espera a inspiração chegar
Que ela vem, vem com sede
Vem com fome de versar

E então gerando a forma
Dá a luz o lindo quadro
Uma tela versejada
Poesia emoldurada

Diná Fernandes & Jane Moreira


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POESIA E LOUVOR

Poetar, sina do poeta
Amar, ensina a vida
Por te amar, em carta aberta
Vivo a poetar minha ferida

Pousar, diz a seta
Parar, bendiz a trilha
Por me amar refiz a meta
Verso meu que mais brilha

Sou poeta, sigo a seta
E dos astros sou amigo
E bendigo a minha meta
E dos que vem versar comigo

Nos meus versos canto o mundo
E louvo toda a emoção
Louvo todo o sabor profundo
E louvo a trilha, minha direção.


Anorkinda & Jane Moreira

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PORTO SEGURO

Noite escura.
Chove forte.
Raios riscando o céu...
Trovões ribombando...
E eu à procura
De ti, precisando
De um porto seguro,
Onde possa ancorar.

Esse porto seguro,
Que tanto procuro,
Preciso encontrar
Na noite sem lua,
Na rua vazia,
Na paisagem nua,
Da chuva a cair.

Esse porto seguro
a luz do meu futuro,
hei de encontrar
nas curvas do rio,
nas asas do mar.

No pôr-do-sol, nos campos
nos galhos do luar,
na minha vida sonhadora
triste ou alegre, a poetar.

Jane Moreira e Danniel Valente

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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012




PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


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Caminho para Tao

Caminhamos
inexoravelmente,
Sutilmente,
Para o desconhecido,
Que se revela somente
Na Origem.
Num círculo sem fim,
Caminhamos livremente,
Indo e vindo
sutilmente,
Sem questionamentos,
Para o Destino,
enfim.
Cada viagem
É uma etapa.
Cada etapa
É um degrau.
Cada degrau
É o caminho
Para Tao.
A Lógica Universal,
Absoluta e eterna,
Leva-nos ao encontro
Da casa materna ou
paterna,
Sem explicação
existencial.
Cada passo no caminho,
É o Destino que se
aproxima
E o Destino é a
Revelação.

Jane Moreira

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* *
***Tempo de Espera***

A espera me desespera
pela sua lentidão...
na demora da espera
me perco...
na multidão em solidão
Se corro contra o tempo
fico ao sabor de vento
Quanto mais corro te vejo
distanciando...
fugindo com folhas mortas
reverenciando...
Árvores tristes e tortas
que ficaram na paisagem
Deixando sua mensagem
no relógio do tempo
eterno...
pois que fora
amor...
tão terno...
by
***RosaMel***

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NOTURNO

As criaturas da noite enfadonha,
sem baile, sem ciranda, entediados,
com o clima silente,
coradas de vergonha,
recolhem-se aos seus catres,
vazios e dessarrumados,
escovam, antes, os dentes,
da engrenagem da boca,
nem cantos, nem programas,
nem vida louca,
ameaçam um pranto,
encolhem-se na cama
e não conseguem dormir.

[gustavo drummond]

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* *
Em torno da árvore

Fevereiro a fulgir os favos de mel
e a doçura do dia transgride e arrepia
Tudo é dourado de luz, calor titânico...
Tagarelas felizes pegam o ônibus
seguem os rumos do Jardim Botânico.

As carpas do Lago do Galho Seco
disputam espaço e atenção,
contando ninguém acredita
que as tartarugas nadam e brigam
atraem olhares e muitas fotos.

A leve brisa no bambuzal
toca sua flauta ao natural
e um cheiro doce amadeirado
preenche a tarde toda encantada,
Só coisas simples tem por aqui...

Bicho do mato, aroma de pinhas
uma centelha, asa de inseto
pedra e semente, pulsa o lugar
duendes e seres que neste sítio habitam
juntam-se ao grupo a celebrar,
Em torno da árvore meditam.

Gladis Deble

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