Tópicos

sábado, 6 de março de 2010


Do tópico VIVIANE RAMOS!

Quando eu não estiver mais aqui...


Um dia...
O sol nascerá
E não mais estarei aqui
Mas o que escrevi
Aqui ficará...
E de alguma forma ...
O sol também nascerá
Para mim.
Nas palavras de um livro
Ou talvez, não chegue a tanto,
Neste invólucro em diário
Que causar-te a pranto
Ao ler-me,
Descrita nestas folhas
Que antes em branco...
Agora possuem algo de mim,
Mesmo que eu não esteja mais aqui.

Viviane Ramos

...


Eu... Sapinho...

Eu perdida em cogitações...
Olhando o nada,
Com minhas murmurações.
Olhei para o alto...
E o vi, lá tão quietinho,
Se equilibrando num fio de aço...
Um pobre sapinho.
Tão pequeno, indefeso...
Tentando não cair.
E o olho ficou surpreso...
Com o que o coração começava a sentir.
Era tão pequeno...
Tão frágil seu coração.
Bastaria um tombo ameno...
Para cessar sua respiração.
Tão sozinho...
Ninguém lhe estende a mão,
Tão perdido...
Em meio a sua solidão.
Pobre sapinho...
Equilibrava sua vida.
Tão sozinho...
Que fiquei comovida.
Subi o mais alto que pude,
O peguei na palma da mão;
Mas o sapinho tão rude...
Escapou-me entre os dedos, e então...
Desabei a chorar...
Queria encontrá-lo,
E seguro o deixar...
Onde não pudessem machucá-lo.
Eu procurava a certeza
De que ele estava seguro...
Acho que procurava a mim mesma...
No meu quintal escuro!

Viviane Ramos



Do tópico UNDER POETA!

Linda lua
Triste solidão
Realidade na rua
Essência da multidão
Incansável te caço
Pensamentos no teu olhar
Desiludido não te acho
Em nenhum lugar
Ninguém irá se afogar
Neste pranto vertido
Ninguém irá se importar
Neste poema sentido
Nem a lua
Nem a solidão
Nada na rua
Ninguém na multidão.

Under Poeta

...


E o eco do meu silêncio irá repercutir
Tocando o vácuo destas mentes repletas
Arrancando mordaças de bocas que querem sorrir
Cantar e berrar, fazer festas e serestas

Não tenho que dizer sim ao que ouço
Se o que eu ouço não concordo
Podem pensar que sou louco
Mas vou gritar o que discordo

Tenho mente e consciência plena
Não desejo podá-las, me sujeitando a massificação
Pois somente besteiras, na mídia reina
Iludindo e enganando a população

Quero pensar, sorrir, chorar, sofrer e amar
Desejo aprender com erros diversos
Pois caindo é que se aprende a caminhar
Vou escrever muita besteira, até conquistar os versos.

Under Poeta


sexta-feira, 5 de março de 2010

Do tópico O GRANDE UDINE!

ESDRÚXULO.

Jamais, na vida, fui um poeta chulo!
Nunca, em versos, eu disse palavrões!
Na verdade, eu sou um poeta esdrúxulo,
Pleno de extravagantes convicções...

Por ser esdrúxulo, eu sou bizarro.
Faço coisas que fogem ao comum:
Teço versos ao fumo de um cigarro,
Quando fito da Lua o seu bumbum...

E, muitas vezes, quando a solidão
Vem, de inopino, me trazer tristeza,
Arranco as cordas do meu violão,

De modo estapafúrdio e sensual,
E vejo a minha amada sobre a mesa
A sorrir nua e bela, em seu astral...

(A.) J. Udine

...




UIRAPURU.

Dizem que o teu mavioso canto-poesia
Atrai bandos de aves para ti escutar :
Até mesmo a floresta, em festa, silencia,
E escuta a tua mágica flauta tocar...

Teu canto longo e melodioso é tão sagrado!
Apenas quinze dias é ouvido por ano,
Num ritual prodigioso e legendado,
Como tangido pelas mãos hábeis do Arcano...

Ah, Uirapuru, vem cantar à minha amada,
Que, feito Lua, vaga só e desvairada
Por sobre as nuvens dos vis sentimentos meus...

Certamente ela escutará teu canto-encanto,
E, quem sabe, compreenderá o meu pranto,
Que se esvai triste e só, pelos amores seus...

A.) J. Udine



quinta-feira, 4 de março de 2010


Do tópico TERNURA E POESIA...SÔNIA TARASSIUK

Apenas uma pergunta:

Que ser tão estranho, sou eu?!...

Por que esta sensação de peso, cansaço e limitação?
E por que estes sentimentos tão ínfimos e ilusórios como,
a insegurança, o desapontamento, a raiva, o egoísmo, a
dor, a euforia, a depressão, ou o temor?
E por que esta mente tão pequena, que apesar do esforço
por absorver conhecimentos, continua ignorante e cada vez
mais caótica?!...

Afinal,

Por que tenho pernas, quando deveria voar?
Por que estou aprisionada neste corpo disforme e desajeitado,
se sou um raio de luz?
E por que sinto-me impotente, se sou um espírito perfeito,
detentor da sabedoria universal, e gerado à imagem e
semelhança do Criador?!...

Que ser tão estranho sou eu?!

Sônia Tarassiuk

....



Outono

Folhas secas derramadas
a rendilhar os caminhos
são varridas, são pisadas
são dos ventos amorinhos

Nas suas últimas danças
bailam seus últimos passos
já não têm mais esperanças
já não reatam seus laços

Decompõem-se mas, serenas
sentem sua transformação
pois, depois de duras penas
sempre há nova floração!

Círculo esse abençoado
natureza renovada...
Tudo se faz revezado
nessa dança ritmada...

Starassiuk


quarta-feira, 3 de março de 2010


Do tópico DIVA PROCURA!

"Seus cachos morenos"

Seus cachos morenos
Da cor do bom-bom
Me causam arrepios
Sufoco e frisson...

Seus cachos morenos
Grilhões e ardis
São como um novelo
Prendendo meus ais...

Morena seus cachos
Anéis da paixão
São teias que prendem
O meu coração...

Então me deixo prender
Nos cachos vou me enrolar
Que sejam só bem querer
Os cachos do nosso amar.

Marçal Filho

...

MENINA POESIA

naceu assim:
chorando em versos
compassado, ritmado,
declamando em vogais
com perfume de branco jasmim
conhecia autores diversos
nem bem aprendeu a ler
saia, casa a dentro,
quintal a fora,
rimando
cantando,
com encanto,
magia.

a poesia, a menina
cresceram da mãos dadas,
essência feminina,
estrofes aladas.
sensível ao amor,
ao arco-íris
multi-cor
dançou na chuva
hipnotizou o sol
fez reta; a curva
de seu anel.

talento, imaginação
esreve como qem beija
feitiço, oração
sabor de graça, cereja
estilo definido
estio consentido.
(fértil, apta)
poetisa, com certeza,)
de primeira grandeza!

gustavo drummond


...


Uma canção

Não o é! Se nada dela for com emoção
Uma canção apenas sem perfeita fala
Não causa impacto e nem paixão
Se dele não vier do coração...

Uma ária chamada e até declamada
É poesia feita por dentro não em papeis
É honra se vestir em versos... Cantada!
Ode aclamada dos poetas menestréis

Uma música, todos querem aprender
Mas saber cantar uma estrofe apenas
Não o torna cantador nem o faz entender
Se não olhas cantando o juramento em penas...

Pode ser choros benditos, e benditos é o fruto
Que o ventre inflado de ar, solta ao declarar
Uma canção presa em meu peito e não reluto
Em mostrar a grata cantoria que a fiz destinar

Bendito é o fruto de nossas ideias
Nascida no âmago de nossas inspirações...

André Fernandes



Do tópico PEDIDO DE CAVALHEIRO!

FILHOS

Sementes de ontem
Frutos maduros de hoje
Árvores do amanhã

Amélia de Morais

..

TUDO O QUE SINTO



O que sinto, é tanto
Que já não sei comedir
Alarga o meu pranto
E estreita meu discernir


Não cabe num canto
Nem na imensidão do por vir
Ah! É-me tão grande! Quebranto!
Não cabe no sentir!


É tanto! É tanto...
Que não posso transmitir
Tento e me espanto
De tão imenso é o que tenho em mim!



Viviane Ramos

...

AOS MEUS FILHOS

São como a chuva
no sertão,
esperada, esperada...
e recebida como prêmio,
como graça,
como benção.

São como o sol
no litoral,
desejado e recebido
com alegria,
com prazer,
com festa.

Sou como a terra
fértil,
grávida das sementes,
seiva das árvores,
mãe dos frutos.

Dos mais doces frutos
que a terra pode gerar.

Amélia de Morais



Do tópico COM MAESTRIA...RUI E L TAVARES!

LIGAÇÕES

Grilhões de ferro super resistentes
a me prenderem ao tempo já vencido
elos enferrujados de correntes
ligando-me ao passado transcorrido.

Liga indissolúvel esta saudade
resistente ao sal do tempo implacável
que sufoca eliminando a vontade
submetendo-a de forma formidável.

Submisso, derrotado, rendo-me a ela
deixando verter a dor da sequela
que me ficou espalhada na memória.

Nas fortes ligações eternizadas
que em torturas amargas transformadas
ditaram com mágoas nossa história!

Rui E L Tavares

..


RASCUNHOS

Nestas horas, quando reina a paz
envolto em papéis e neles
encontro-te pois tu estás
no meio de todos eles...

São Poemas, Sonetos, tantos Cordéis,
Indrisos, Rondéis que fiz para ti
rascunhos em velhos papéis
que nas madrugadas eu escrevi...

Nestas horas, saudoso agora os leio
e releio como tantas vezes fiz
são tantos, mas é no seu meio
que te encontro e que sou feliz...

São eles todos, os nossos anéis
elos de união de vários momentos
aqui, nestes guardados papéis
estão rascunhados meus sentimentos...

A saudade me traz e assim eu venho
ler de novo e pensar em nós
agora, além dos rascunhos eu tenho
o doce timbre da tua voz...

Assim, te amando, por aqui eu fico
nesta cama, em meio a tanto papel
e na madrugada, quando no pico
adormeço abraçado a um Rondel...!

Rui E L Tavares


terça-feira, 2 de março de 2010


Do tópico A FORÇA E O VERSO DE ROSEMARIE!

Musa caduca da agonia

Se tu tens que vir dor
venhas de cânfora untada
garras de veludo amortecedor
E de pelúcia a tua punhalada

Com doce dilaceração
Arranhe-me teu fel
De luva a tua vocação
Ao meu talhe sejas fiel

Se tiveres que me amar, dor
Que seja de mal grado
Paixão breve, sem ardor
Brasa tíbia, fogo cansado

Afrouxe os laços, inimiga
Tua amnésia venha me socorrer
omissão que abriga
E te esqueças do ofício de doer

Quando tudo for inútil
o tempo advogará a meu favor
Então serás traste oco e fútil
e te direi: perdestes o vigor

Agora és página virada
Já andei por teu império
Conheço teus truques, jogadas
Perdestes o poder do mistério

Antes que fechem as portas
beije musa caduca da agonia
mesmo que seja em linhas tortas
em minha pele cansada uma poesia

Rosemarie Schossig Torres

...


O vôo kamikazi de Ícaro

A imaginação é combustível, carvão.
Fogo místico que alimenta a chama,
lume criador da divina inspiração.
Aviva a idéia que o verso derrama.

Devaneio, fogueira que me incendeia.
Salva da solidão, distrai do abismo.
A mente trota nas nuvens sem correia,
o corpo, esquecido, vaga no ostracismo.

Cruzo tempo e espaço. Vou no vento.
condução para chegar ao céu. Mais além.
Sem lei da gravidade.Só em pensamento.
Meu guia ao horizonte perdido, Shangri-lá.

Nau para sair do ermo; criar novo arrebol.
Ao zênite cheguei com o quixotesco elmo.
Sou Ícaro em vôo Kamikaze, rumo ao sol.
Volto a bordo dos raios azuis de Santelmo.

Rosemarie Schossig Torres



Do tópico O VERSO FORTE DE RÔ ELKEYN!

MINHA SORTE


Minha sorte anda e dispara
Ela vem a galope e vive da morosidade
minha vida tem altos e meio médios
mas depois de ti, nada se compara

minha sorte tem olhos
e enxerga além de tanta coisa
ela ouve com atençao
respeita com reverência cada opção

a sorte que tenho
fica quieta boa parte do tempo,
esperando a hora certa no espaço
para se fazer presente sem estardalhaço

minha sorte acontece, sem dia;
ela produz efeitos colaterais
silêncios, euforia, (conselhos)
gargalhadas solitárias em frente do espelho

Essa sorte sortuda
que por menor que fique, é gigante
traçando um caminho de tijolos de ouro
na minha ja nem tão curta estrada.

Rô Elkeyn

...


AQUI JAZ


Aqui meus passos ja não fazem barulho
As lufadas de vento ja nao me arrastam
as chuvas não me molham mais
aqui há muito silencio, encontrei luz!

Ando por caminhos livremente
docemente guiado pela intuição pura
sem medo, sem raiva,sem luxúria
ando por aí, admirando

Meus pensamentos ja não assombram
se foram quando me fui
displicente diversão, pacifista
meus pés flutuam em meio à multidão

Ando solto,finalmente
percebendo pequenos detalhes
que antes despercebidos iam
minha melodia mudou,ficou suave

Minha nau, minha nave
agora são as nuvens,leves
que me levam pra onde desejo
e num simples gesto, lá eu chego

Voando com os passaros
surgindo sobre a neve ou nas profundezas
oceano de mansidão, de paz
finalmente descansou meu coração, aqui jaz.

Rô Elkeyn

segunda-feira, 1 de março de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS DA SEMANA!



TESTAMENTO

Quando eu partir
deixarei um punhado
de letras insanas
inconformadas
com a clausura
das gavetas
de minha alma

Lena Ferreira


NTROSPECÇÃO
.
Ah, se todos pudessem aceitar
Que em cada passo que um adulto dá
Há uma criança aprendendo a andar

Por vezes, a criança que há em mim
Perde a paciência com o adulto
No qual me tornei

A vida continua a mostrar
O próximo passo
Qual será?

Cada passo nunca foi igual
E não será
No próximo degrau

E sigo em sol e chuvas
Esticando caminhos
Desfazendo curvas

Talvez não haja um fim
Quando o tempo não anda
Sem mim.


LCPVALLE



NOVE MUSAS

Invocações ao Olimpo faço
às nove musas eu solicito
retire-me desse embaraço
meu verso caminha aflito

À Clio, musa da História
Venha com teu pergaminho
Reavivai minha memória
E jamais me deixe sozinho

Érato, do erótico verso
sensualidade aflorada
socorrei-me no reverso
e serás a minha amada

Euterpe, da música a musa
com tua flauta encantada
toque meu verso, tão difusa
não fiqueis tão encabulada

Melpomene, musa da tragédia
cantora e também poetisa
dai aos meus versos, rédea
qual fazes com a doce brisa

Polimnia, dos hinos sagrados
não me abandones jamais
teus sons tão encantados
dão aos versos muita paz

Tália, que faz brotar flores
com sua tamanha alegria
musa-comédia, amores
inspirai a minha poesia

Terpsíore, a musa da dança
venhas assim, rodopiante
inspiração que não se cansa
meus versos serão constantes

Urânia, musa da astronomia
sentada na aboóboda do céu
inspirações com harmonia
desçam assim como um véu

Calíope, musa da eloquência
com sua voz doce inspiradora
dê aos meus versos frequência
seja, de mim, a redentora

As nove musas invoco
não abandonem-me jamais
nas vossas mãos, coloco
os versos de que sou capaz...

Lena Ferreira


Meu Mar de Estrelas


Em meio a esta imensidão enluarada
navego neste mar pontilhado de estrelas,
nele vejo o cair de imensas centelhas
luz por mim adorada!

A refletir sobre os teus olhos claros
e me inundar deste sentir
Pensamentos doces e raros
a fazer-me rosa a reflorir

E o que sinto já não me cabe
me perco nestas nuvens perfumadas
esqueço o tudo, que desabe!
enfim... apaixonada!

E se amo, como não estarei certa
e não me importo em ser julgada
se amo em meio a esta fúria desperta
como não estou sendo abençoada?

Por este mar de estrelas
que lavam toda a escuridão
e ecoam na alma as mais belas
poesias do meu coração!

Viviane Ramos



Templários

Eram cavaleiros sem fé
O aço a sua cruzada
O sangue a sua penitência
A morte seu destino e jornada

Entre a cruz e espadas
Onde a mão faz o sinal
Aqui jaz seu fadário
Sabor de guerra do mal

Nenhuma cruzada foi grata
Apenas foi ordem... Aflição
Dos que foram pedindo
Morrer com grande menção.

Do alto de suas nobrezas
Templários da terra santa
Mas santa que nada!
Cristão de guerra e pobrezas

A cruz vermelha de malta
Cruzada armada, indecentes
Jamais foi nobre a causa
Só morte aos inocentes

O propósito era proteger
Com todos aos seus pés
Pedindo que se possa ter
Paz e não só revés... E dito!

Feito eu sou... Cruzada!
Sou a vida, sou a morte
Sou humano que apenas
Quero um pouco de sorte

André Fernandes


Debaixo das Estrelas


Debaixo das estrelas do seu olhar,
Um universo se abre, mundo de maravilhas,
Meu planeta iluminado, a estrela maior,

Que eu busquei, pra mim, seu sorriso,
Ah... O seu sorriso me agrada, carinhoso, lábios
Que se abrem, feito à flor mais linda, o despertar da rosa.

Ah... Debaixo das estrelas do seu olhar...
Perdi-me, me perdi nessa estrela mais radiante,
A única que me ilumina ricamente.

Ah... Entre a eterna estrela,
Sua canção é um sonhar de devaneio,
Meu sonhar infinito, a morada do meu viver.

Debaixo das estrelas do seu olhar,
Minha estrela infinita, ilumina, ilumina,
Ah... Brilha o farol que eu sou.

Rod.Arcadia

domingo, 28 de fevereiro de 2010

DIVAS DA POESIA

É festival de parcerias femininas... das amigas-poetas desse movimento viciante e poético virtual tão apaixonante!


MARAVILHOSAS PARCERIAS!



ESPERO...

Espero-te ainda nesta vida
no cruzamento de uma esquina
ou num café, despreocupado

Embora cansados da lida
os olhos aguardam a tua chegada,
alento de um sempre batalhar

Anelando o sonho do encontro
vasculho ansiosa, ao meu redor.
Te reconhecerei?

E como serás?
E como te vestes?
E qual é o teu cheiro?

Delego ao destino, a tarefa
de te pôr em meu caminho
por isso espero...

Arabela Morais e Rosemarie Schossig Torres
...



OBRA-PRIMA: POESIA!

Mãos à obra-prima
Poesia que permeia
toda pulsante veia
que vibra, pulsando rima.

Arte independente
poesia que norteia
toda enredante teia
que cresce tecendo vida.

Mãos à obra-prima
do poeta que deveras sente
mas nem sempre é condizente
com sua verdade escrita...

Mãos à obra-prima
da real[idade] exposta
da sensibilidade explícita
na arte da dor suposta.

Anorkinda e Mavie Louzada
...


UM SOPRO


Dá-me, Senhor, uma dose suficiente de loucura
Para enfrentar os que se dizem sãos e salvos
Dá-me, Senhor, na mesma medida, a brandura
Para desviar-nos das tantas más palavras-alvos

Quero libertar-me desse campo de batalha
Onde ninguém vence quando a guerra termina
Quero andar por um caminho que me valha
Onde seja certo; quem aprende é quem ensina

Que mais vale estar de bem consigo
Sem precisar ser orgulhoso ou arrogante
Nem transformar amigo em inimigo

Sem precisar ser mentiroso ou pedante
E, se tropeçar, lembrar a todo o instante
Que em ti teremos sempre o melhor abrigo

Helenice PS & Lena Ferreira