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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * * * * * * * *
Vive o Poeta



Aqui dentro de mim
Um poeta vive
E ele se alimenta de ricas poesias,
Tesouros do ventre em versos.

Vive o poeta,
Meu ser é poeta
Que canta saudoso cantar de amor
Vive o poeta coletando
As pinturas do mundo.

E o poeta, esse ser,
Esse ser é livre, não possui rimas
Nem métricas, apenas o colorido,

O céu azul. O mar navegante,
O rico vale e seu verde,
O sambar do pierrô,
Ele sou eu, o poeta que sou.

Vive o poeta
Dentro de mim declama.
Dentro de mim eco.
Dentro de mim explode universos de versos.

(Rod.Arcadia)


* * * * * * *
Ecoa o lume no Terreiro!.

Ilumine com o lampião,
o caminho entorno da casa,
olhe bem o terreiro, chão batido
é nele que negro entoa a canção.

Negro, levanta a voz e canta.
Ilumina o coração da gente,
Faça do eito nosso de cada dia
a vitória, nunca a nostalgia...

Negro pede passagem e adentra,
a senzala é morada do amor,
dos cânticos que invocam a pátria.

Ilumina o terreiro Iansã, ecoa o trovão,
que o raio do Luzeiro deixe aqui a marca
do cruzeiro, do escravo e do Sinhô!

Godila Fernandes


* * * * * * *
TAMBORES DE MINAS:

Saltam os muros de pedras,
passeiam pela Mata Atlântica,
navegam pelo velho Chico.
dormem em grutas históricas,
cantam o mesmo grito:
"Libertas quae sera tamen",
também conhecem as minas
onde moram os diamantes,
em Diamantina;
onde está o ouro preto,
nas ladeiras de Turmalina.
são de minas,
cantos gerais,
serestas nas esquinas,
Festa do Divino,
são demais.
as lavadeiras do Jequitinhonha,
lavam no mesmo cantar,
passam mensagem de paz
e nostalgia sofrida.
os mares de Minas
estão nos quintais
ao lado.
amores de Minas são velados
pelos cruzeiros tantos,
pelas montanhas
e represados
de norte a sul.
Minas são tantas,
inigualável céu azul
Minas se levanta
sem , sequer, dormir!

[gustavo drummond]


* * * * * * *
Lua crescente!

A lua branca prateando a escuridão,
passeava solene pela paisagem,
em busca de uma janela em flor.

Ilumina-se o rosto da amada a espera,
no balcão, qual Julieta aguardando Romeu,
e cristais de lágrimas pelo rosto...

A lua em prantos também a consola,
sabendo-se ambas tão sós e tão donzelas
a buscarem no amor o rubor às alvuras.

Achega-se temeroso o poeta apaixonado,
de tamanha covardia que tenha aprontado,
suave, beija-lhe a fronte e murmura seu amor!

Qual pássaro triste, abre os olhos a beldade,
suspira e pergunta: onde andavas querido,
que apareces assim, ao sol chegado?!

Procurava flores para ornar teus cabelos,
perdi o rumo, era tão linda a noite escura,
vaguei sozinho a ter doces sonhos contigo...

Agora adeus amor meu, o sol é chegado,
a lua deixou um sincero recado, enquanto
vagava o poeta, cedi ela um ombro amado!

Sol e poeta enciumados voltaram a vagar na Luz,
e hoje quando a noite é muito escura diz-se que
lá vai o poeta em sua aventura, amar outra criatura!

Godila Fernandes


* * * * * *
Ponto sem nó

Talvez o lápis seja-me a lança
Porque aqui as palavras doem
E fincam, onde a voz não alcança
Riscam efêmeras verdades
Rabiscam apertos, pontos, nós
Aportados nesse branco porto só

Quiçá o lápis seja agulha fina
Perpassada pela linha além do tempo
Pespontando íntimas impressões
Atravessando o tecido quarado
Que trago estendido para secar ao sol

E ainda que me fure os dedos
Serei sempre bordadeira de versos
Costurando as palavras doídas, ou não
Antes que fujam na poeira da estrada
Levando as marcas da minha vida.

Célia Sena


* * * * *
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* * * * *
Linguagem inaudível

Vagaroso e suave como a brisa
Da noite, é a voz de veludo
Da boca suspirando desejos
Febris, contidos.

É que os sussurros da linguagem
Do olhar, do toque dos lábios,
Do passeio atrevido das mãos,
faz-me insana num delírio quase mortal.

Tamanha e inaudível linguagem
Tocam a pele em ritmos que gritam ao coração,
Nessa loucura visionária, devaneio...
Desfaleço!

Diná Fernandes


* * * * *
REALIDADE

O sonho do poeta
não é esse
que todos falam.

O sonho do poeta
é realizado no exato instante
de um poema.

DANNIEL VALENTE


* * * * *
O Milagre Da Tua Presença

As asas do desejo voam tão longe...
Buscam os teus sinais noutra esfera.
A minha saudade fica comigo, monge
em eterna contemplação à tua espera.

Ouvidos sonham com uma doce fala.
Queria ouvir-te; não imaginar a tua voz.
Minha utopia em muros do real resvala;
distância que nos separa; inimigo algoz.

Queria pequeno milagre! A tua presença.
Resta-me esperar do futuro uma benção.
Que minha sorte a dura separação vença.
Essa parede entre eu e você: imensidão.

Rosemarie Schossig Torres


* * * * *
Aerada!.

Sou poeira cósmica,
soprada pelo vento,
sou chuva muito ácida
pela tempestade elétrica!

Sou poeira cósmica
que gira elétrons,
que força o portal,
que desce ao mar!

Sou o que sou lá,
quando só, lá estou,
quando retorno aqui,
sou pião de energia...

rodo, rodo, giro o giro,
quase desequilibro
do vôo ao aportar,
já nem sei quem sou.

Se sou você, ou você é eu,
se somos poeira cósmica,
num chão descalços...
Somos pó de estrada!

Godila Fernandes


* * * * *
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* * * *
LINHAS TORTAS

Não sei se é muito correto
compor com a minha emoção
eu mesma, acho que é certo...
repassar o que diz meu coração!

As veze, até enfeito um pouquinho...
dou voltas no tempo, ''esqueço'' da dor
mas aí...ao começar um versinho...
a mão, sozinha, inicia um clamor...

Vou me policiar, controlar minha mente....rsrsr
dar-lhe ordens, mandar inventar, mandar fingir...
dizer-lhe: vai emoção...mente, pelo menos, tente!

Ao que ela me responde:se é pra mentir...
vou parar por aquí!

Valdilene D M da Silva.


* * * *
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* * * *
EU TAMBÉM ERRO

Na vida não é possível
que não se tenha cometido
um erro qualquer

A vida não é sempre um azul céu
Eu também cometi
muitos erros, inoportunos...
não fiz bem meu papel

Nenhum ser humano
passa pela vida
sem que tenha
cometido algum engano

A vida é um grande carrocel
que gira pra frente ou pra trás
Importante é se arrepender
dos erros que se faz

Não pode é ficar parado
sem que possa reconhecer
as experiência dos erros
seja eu ou você.

Os erros nos ajuda a reparar
o que se fez indevido
Não se pode é paralisar
devido erros comentidos.


Joseph Dalmo


* * * *

Brasilidade brasileira!

Este é o tempo de espíritos,
que desencarnaram cedo,
e. por cedo, temos jovens,
e, por jovens, a loucura
de amar a terra feito a mãe!
Entregar-se a beleza da noite,
vivê-la em sonhos etéreos,
vivê-la para tornar-se mártir.
Mal nutridos, a doença levava,
após muito sofrimento...
o mal de amor - tuberculose.
Espíritos que resgataram
pela dor, pela saudade,banzo,
em nome de uma pátria livre,
liberdade da prisão corpórea.
Espíritos declaramente pau-brasil,
fortemente verde e amarelo...
Missão: amar a Pátria, mãe gentil!

Godila Fernandes


* * * *
TOMARA!

Tomara meus jardins inda floresçam
E a lua faça coro com o mar
Pra marulhar e enluarar

Tomara as crianças inda nasçam
Tomara a melodia vá com elas residir
Pra resistirem e poderem existir

Tomara meus amigos inda cantem
Tomara eu daquí, ainda ouça
Pra me juntar as vozes
A coroar o canto!

Tomara toda guerra inda se acabe
Tomara toda vida inda se salve
Para viver sem dor
E ver a paz e o amor

Tomara o novo dia seja luz
Tomara os pobres seres inda o vejam
Para brilhar com ele
E se livrar da dor

Tomara todos nós sejamos irmãos
Tomara consigamos dar as mãos
Pra caminharmos juntos
Rumo a um futuro são

Tomara nos amemos uns aos outros
Tomara todo amor inda seja pouco
Tomara..., Tomara!

NICE CANINI


* * * *
Aquele tempo

Adolescência minha
nunca foste embora
de verdade

Sonhava os mesmos
sonhos de agora
de liberdade

Não sabia os passos
mas tropeçava
aqui e ali

Doía o pensamento
a realidade
cuspia na face

Declarava em tom
tão revoltado
utopias

Não sabia ainda
que passo
a passo

Eu construía
uma linha
direta

Comigo mesma

E eu crescia

Anorkinda


* * * *

PLENITUDE

Entre viver
E apenas estar vivo

Quero amar
Amor intenso
Infinito

Da flor
Ser rosa

Do azul
Ser mar

Do preto e branco
Ser colorido...

Quero a junção
Dos quatro elementos
Ser fogo, terra
Água e ar
Inteireza

Ser plenitude
No milagre infinito
De que viver
É muito mais
Que estar vivo.


Mavie Louzada.


* * * *
Jardineiras Andarilhas

O meu jardim dos sonhos...
No terreno do incerto plantei.
E alegrias sempre-vivas semeei
em canteiros de dias tristonhos.

Rosa aberta na agonia se arraigou.
Pétalas brancas, de paz, vingaram.
Esperanças, em ramas, medraram.
Vergel , adubado na fé, prosperou.

Culpa dessas perpétuas, teimosas,
que em solo inóspito já vão florindo.
Amenos percalços; quase sorrindo.
Já não temo essas rotas espinhosas.

Feito um heliotrópio, o meu coração
para o sol se virou, o campo minado
de desenganos, de flores adornado,
amores colheu; alumiou a desolação.

E jardineiras de jasmins, andarilhas,
Levo comigo ; a minha estrela faísca
com belas promessas;lanço a isca
e pesco felicidade com buganvílias.

Rosemarie Schossig Torres


* * * *
TOMARA

Tomara que a ilusão
Não lance o teu desejo ao vento
Não te faça esquecer os juramentos
De fidelidade e paixão.

Tomara não demore a perceber
Que de tudo, sou o teu melhor encaixe
Que de tantos outros, sou eu o enlace
Que enlaça o teu coração.

Tomara meu amor, logo perceba
O quanto te quero bem
Se não eu, não haverá ninguém
Que te faça intenso, pleno, tanto...

Tomara não seja tarde este dia
Pois a paixão que arrebata, finda
E eu posso encontrar ainda
Alguém que mereça meu encanto.

Hoje tripudia do meu pranto
Convicto
Desdenha do meu amor

Mas amanhã
Posso desabrochar em flor
E ser colhida com alento
E carinho.

Tomara meu amor, tomara
Que não seja necessário
O arrependimento
Que perceba o meu amor
Neste momento
E caia em meus braços
Sem engano.

Mavie Louzada


* * * *
Saída.


Que eu possa meu Deus,
nesta noite de harmonia,
sair por entre as estrelas,
voar por etéreos mundos!

Preciso de uma grande saída,
um portal maior de Luz eterna,
por onde eu veja o meu amor,
que está sozinho a minha espera.

Que a estrela cadente traga notícias
e que acompanhem-me os anjos,
na busca da eternidade dos sonhos.

Desvendo esta saída como a única,
no Universo do Mestre, a aprendizagem,
de que todos conspiram, inclusive Deus!

Godila Fernandes

.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010


POETISA ARABELA MORAIS!


MEUS SONHOS



Guardei meus sonhos num baú.
Escondi o baú no porão de um castelo.
Tranquei a porta e fui.
Deixei meus sonhos lá
Para que ficassem esquecidos...

Vivi sem sonhos,
Mas não esqueci o castelo...

Guardei a vida que sonhei
E vivi à sombra do castelo.

Vivi à sombra de mim mesma...
Vivi...
A despeito dos sonhos que tive.

Busquei, em vão, a chave que
Destrancaria a porta...
Não pude, então, recuperar meus sonhos.

Vivi...
Para enfim descobrir
Que o castelo e o baú
Eram apenas
Mais um sonho.

Arabela Morais



Ardentes Mensagens


Insanos instintos que embotam a mente
Que queimam o corpo
E preparam as vidas
Para os selvagens amores.

Ardentes mensagens...

Espera que dói
mas que é sobrepujada
pelo gozo que chega!

Arabela Morais

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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010


POETISA ANORKINDA!


Do fremir do papel em meu pincel
Nascem os caminhos da minha consciência

Ivan Lantyer Neto


CONSCIÊNCIA PAIXÃO

Do instante mesmo em que ouvi
fremir os tons e semitons
do poema inspirado em ti...
Papel, foi confessionário
em missão soberana,
meu aliado primário,
pincel que trama enredos...

Nascem assim, por mim,
os versos tenros de som,
caminhos insuflados no prana
da vida completa e plena.
Minha poesia, satisfação,
consciência, omnisciência, paixão!

Anorkinda

..


È preciso paz pra poder sorrir
È preciso chuva para florir.

RENATO TEIXEIRA


..

Pra sorrir e florir

É na gostosura dos dias primaveris
preciso momento de renovação
paz na aura dos dias
pra degustar os açúcares das flores
poder da Natureza que me faz
sorrir... as sensações febris

É no acalanto dos ventos primaveris
preciso canto das bênçãos
chuva de tons divinos
para embalar os sonhos que faço
florir...nas pétalas de Lis

Anorkinda

.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * * * * *
Silêncios de veludo

Onde podia ter sentido
o fragor dos ventos
ouviu-se apenas
o silêncio
dos olhos
molhados


Onde podia ter carinho
o calor dos abraços
sentiu-se apenas
o silêncio
do braço
gelado


Onde podia ter vertido
o amor dos tempos
ouviu-se apenas
o silêncio
do verso
alugado


Onde podia ter vinho
o licor dos gostos
sentiu-se apenas
o silêncio
dos labios
crispados

Anorkinda


* * * * *
ENTENDA


Entenda que, liberta,
minha voz trará consigo
o sentimento represado há muito
retirando as vestes de uma alma
que desfilava andrajosa inconstância.

Entenda que, liberta,
minha voz vasculhará as sobras
das gavetas mais secretas e escuras,
desdobrando cada um dos vincos,
sacodindo, com um grito, o acúmulo de nós
depositado no fundo da garganta ressecada.

Entenda que, com o grito,
virá, à boca, um coração desnudo,
pulso acelerado em quase explosão
revelando as marcas de um sangrar constante.

Há um pranto empoçado nos meus olhos
pronto a transbordar e brilha mas minhas mãos
trêmulas e inseguras, por hora, não suportam.

Entenda que, com isso,
pode ser que o meu sorriso salgue...
e se isso acontecer, cante pois cantarei contigo
usando a força que seu canto traz para meu canto.

Entenda que, liberta,
minha voz revelará a enormidão do encanto
de amar tanto, tanto e tanto.

(Lena Ferreira)


* * * * *
Criança - Alegria

Mesmo se meu mundo estiver ruindo
E minha coragem sucumbindo
Com certeza estarei rindo
Do amor surgindo,
Da beleza fluindo,
Rindo, até mesmo,
Da dor
E assim, ela vai fugindo...

Meu coração alegre
Espalha perdão por aí.
Minha alma está entregue
À criança que pari,
No dia em que nasci...

Vivo prenhe de alegria
E meu mundo se conserta sozinho.
Vai à frente meu anjinho,
Minha criança feliz...
Nasci
E cresci...
A criança que pari
Continua aqui.

Jane Moreira


* * * * *
OBJETIVO DO POETA

Fui eu que despertei do sono escravo
E recolhi os sonhos como grãos do respigar.
Eu, também, pisei a realidade
E separei o vinho do vinagre.

Entende que não sofri o jugo só por mim
Mas por ti, por ele, pelo outro
Por todo desconhecido de outrora
E todos que serão, no futuro.

Assim, cumpri minha sina
Semear e colher palavras
Na seara abençoada da poesia.

Janete do Carmo


* * * * *
Machucado



Ai peito que arde
Que dói tanto
Que chora demasiado.

Ai coração machucado
Que sangra por dentro
Que chora por horas.

E depois no peito resta o bagaço
Restam olhos inchados e avermelhados,
Sobra um rio de lagrimas.

E depois no coração o bagaço
Resta mágoa, resta tristeza
E o coração vira deserto.

E assim foi ao partir,
Ao se despedir de mim.
Restou apenas o beijo molhado
Molhado em meu rosto...

E me restou saudade,
A dor da saudade.
Virei um oceano de solidão...

(Rod.Arcadia)


* * * * *
Reflexão

Eu nunca te escrevi...
Nem sabes o que te diria...
O poema que não fiz
Eras tu, minha poesia.
Todo o amor que eu senti
Fez-me sofrer um dia.

Porque contigo não vivi,
Pouco a pouco senti que morria.
A ti não me entreguei,
Aos poucos, adiei...
E tu de mim desististe...

Ah, se eu conseguisse!
Fazer tudo o que não fiz!
Não seria este ser que chora
Tu foste embora
Restou o Adeus...
Agora...
O adeus que se deu,
Sem nunca teres sido
Meu.

Jane Moreira


* * * * *

VERDADES E FANTASIAS...

o meu jeito de escrever!
Se eu fosse deveras poeta, ou poetisa...
não só falaria do meu amor, do meu clamor...
o poeta tem mente aberta,que se energiza...
e descreve esse amplo universo com fervor...

Eu, com a dor, e o amor alheio, no entanto...
tento, finjo, me engano que descrevo
e sempre escrevo sobre o meu pranto,
sobre meu viver, e (ou) sobre o meu enlevo!

Será egoísmo de minha parte?
porque escrevo o que sinto? as vezes fantasio...
tem horas que acredito na minha pretensa arte...
tem horas que eu paro e sorrio...

E assim, vou escrevendo minhas ''mal traçadas linhas''
pensando: se continuo ou se paro de vez...
se deixo ou apago essas escritas minhas...
isso eu me pergunto, e respondo: Talvez...

Valdilene D M da Silva


* * * *
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* * * *
Carinho

Não é algo que inventamos
É algo que vem e que sente
Carinho é coração de gente
É amor que conquistamos

Não é sentimento qualquer
Nem assunto pra comentar
É afeição que sente e quer
Pelo resto da vida namorar

Ele é sentido quando triste
Quando nos faz aparecer
Ele é tudo que possa ser

Menos mágoa que insiste
Amiga quando eu te amar
Que seja algo pra se lembrar

André Fernandes


* * * *
Lição de Vida

Então, o que há com o mundo lá fora.
O mundo aqui dentro está se afetando
Pessoas não se importam, tudo ignora
Por todos os lados, há gente chorando.

O brado da calma está sendo abortado
As lágrimas adotam o lugar do sorriso
A terra poderia ser um céu encantado
Com anjo humano vivendo no paraíso.

Há indivíduo cegado pela ignorância
O amor é deixado em segundo plano
O ter se sobressai ao ser. É ganância.

Escrevo esses versos com esperança
Eles são verdes, no meu pensamento
O egoísmo não pode matar a criança.

ღRaquel Ordonesღ


* * *

Institucionaliz(ações)!.

Assim é também no lar,
a truculência dos amigos,
transformam os filhos,
que geram atritos entre pais,
e , por fim, adoecem todos,
sem causas justificadas...


Que fazer em uma sociedade
arrasadoramente destituída
de esperanças e novos rumos,
senão, através do amor incondicional,
gerar encontros homosexuais,
afim de obrigar uma retomada de posição?!

Ajustem seus lares de uma vez,
comecem nele as mudanças pretendidas
e a seguir partam para um ajuste maior.
Eliminem focos de discórdia e autoritarismo.
Acostumem-se a dar satisfações de seus atos,
se querem ter satisfação dos atos de seus filhos.

A verdade é o moinho que regenera os seres após a moagem!

Godila Fernandes


* * *
Ser querubim ou criança....

Todos os diálogos são importantes
porém há um que é o maior de todos
e neste tempo de Natal, dá muita saudade,
e em meu interior, vislumbro um bom tempo.

Ai, que saudade eu tenho das longínquas eras
do éter onde brincávamos como querubins...
e agora tão distante ainda lembro de casa,
de onde tive que partir, aprender para depois voltar.

Ai, Pai querido de amor, minha saudade é Tu,
é teu colinho abençoado onde todos sentávamos.
E juntos orávamos ao bem da humanidade...

O diálogo mais importante Criador dos mundos,
das estrelas e dos planetas foi quando Te prometi:
jamais em tempo algum, Paizinho, esquecer de Ti.

Godila Fernandes


* * *
Eixo de Roda

há dentro de mim
introjetada
a chave da sorte

o túnel interior
da paz e busca

expansão da consciência
a provocar processos
de eternidade

há dentro de mim
introjetada
a madeira da ponte

uma Luz que equilibra
o eixo da roda

há dentro de mim
introjetada
meu pequeno big bang

a guerrreira ativa
o monge a fibra

e o acerto do bote
para não ir à deriva.



Claudia Imbovich


* * *

PLENITUDE

Entre viver
E apenas estar vivo

Quero amar
Amor intenso
Infinito

Da flor
Ser rosa

Do azul
Ser mar

Do preto e branco
Ser colorido...

Quero a junção
Dos quatro elementos
Ser fogo, terra
Água e ar
Inteireza

Ser plenitude
No milagre infinito
De que viver
É muito mais
Que estar vivo.


Mavie Louzada.


* * *

Às vezes estamos na Terra,
em outras estamos no céu...
Simplesmente deixamos que o amor
nos leve aonde quiser...!

Rui E L Tavares


* * *
(clique na imagem para ampliar)


* * *
Bênçãos....

A chuva é bênção de amor,
é a hora em que o coração decide,
a alma aprova e o espírito confirma,
a purificação e limpeza de carmas.

A chuva só é triste quando a cântaros,
ela jorra sobre todos os nossos males,
implode-os e os faz transmutar...
A tristeza da chuva é a oração da alma.

Quando a alma retoma-se em consciência,
e busca no espírito a redenção de paradigmas,
as lágrimas lavam os olhos e bendizem o amor.

O aprendizado é a felicidade que bate à porta
e sempre encontra a alegria e plenitude de viver.
A tristeza é a chuva que escorre pela vidraça da alma.

Godila Fernandes


* * *
De repente...

E de repente
Tudo fica fora do lugar
Barco sem prumo
Peixe sem mar
Coração sem pulsar
Para os sentires do mundo.

E de repente dos olhos brilhantes
Escorrem tristeza
Imóvel sentir
Exato drama
Que derrama, espalha, ofusca
Apaga a chama.

E de repente a alegria
Se finda
Tornando a vida
Ilusão errante
Poema sem rima
Verso descontente...

Juras esquecidas
Palavras se desmentem
Promessas são quebradas
Tudo passa a ser
Distante...

De repente, não mais que de repente
Escorre entre os dedos a eternidade
A presença passa a ser saudade
Transbordando em imenso vazio.

Mavie Louzada.

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domingo, 28 de novembro de 2010



POEMAS VENCEDORES NO 4º CONCURSO DE POEMAS

PEQUENOS GRANDES POETAS!




O Livro dos Treze Contos


O livro dos treze contos
conta histórias da
bruxinha aprendiz
Os treze contos do livro
contam segredos de
magia feliz

A bruxinha de treze anos
traz seu livro na algibeira
E transforma treze príncipes
em sapinhos na lagoa
Colhe treze trevos fortes
guardando-os dentro do livro

Um trevo para cada conto
Um conto para cada sapo
Um sapo para cada história
Uma magia para cada ano
da bruxinha aprendiz

O livro dos treze contos
guarda mistérios profundos
E a bruxinha guarda em si
A esperança de que um dia
Um sapo/príncipe encontre
Um trevo forte guardado

E de novo transformado
Em príncipe encantado
Descubra que o grande mistério
no livro tão bem cuidado
-com treze chaves fechado!-
É que ele é o coração
da bruxinha aprendiz

E tem grande amor guardado
Amor livre de sortilégios
Amor que correspondido
transforma qualquer bruxinha
Em bela mulher feliz!


Arabela Morais




O LIVRO E A BRUXA

Ambos foram queimados
A bruxa e o livro sagrado
Que guardava segredos encantados
Poções de cura e sabedoria.

Porém de nada adiantou
A cruel perseguição
Apenas causou dor
E mortes foram em vão.

Pois não há nada que cesse
A força da Natureza
A Grande Mãe Ancestral
Poder feminino
Rara beleza.

A força Sagrada da Terra
O mistério Profundo da Lua
Energia da Fauna e Flora
Grande Útero
Mãe Farta e Fecunda.

E a velha bruxa malvada
Que voa em sua vassoura
Transformando príncipes em sapos
Ficou trancafiada, nos europeus
Contos de Fada.

Novos livros, antigos mistérios
Guardados, silente nas mentes
Mantém vivo, sutilmente
O Grande Culto Sagrado.

E hoje a bruxa moderna
É sábia reverência
Cultua a Grande Mãe Terra
Magia de grande influência.

No silêncio da noite é adorada
Protegida pelo círculo da lua
Em volta da grande fogueira
Dança, linda, LIVRE e nua...

Mavie Louzada


BRUXINHA DE LUZ

Inspiro-me nos livros de “Lobato” e “Coelho”
Levanto vôo nas asas da noite viúva
Unhas negras nos longos artelhos
Esparramo o bem nos arcos da chuva

Aranhas tecem ao meu redor
Enquanto no céu da minha inspiração
Alinhavo o início do tema maior...
Para os raios da lua cheia abro o portão.

Todos os símbolos da escuridão
Brotam nas páginas da imaginação
Mexo com força o frenético caldeirão
Que fervilha no mistério desta estranha criação

Rabisco epitáfios nas páginas sem pauta
Apago vampiros dos frutos do medo
Desenho duendes nas árvores mais altas
Com meu feitiço mudo o enredo.

Sou bruxa do bem, poeta e mulher
Protejo crianças que vivem no escuro
No meu caldeirão ninguém mete a colher
Com a boa leitura, a insipiência eu curo.

Carmen Vervloet

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